quinta-feira, outubro 27, 2011

O Ministro da Saúde e aborto

A resposta do Ministro Paulo Macedo à pergunta que ontem lhe foi colocada sobre a questão do aborto além de revelar que este não percebeu a pergunta (aquilo em que foi questionado foi se o actual governo tencionava continuar com a politica do partido socialista de deitar dinheiro para cima de quem aborta através da isenção de taxas moderadoras, concessão de licenças e subsidio "de parentalidade"...!, pagamento das despesas de transporte que não são feitas a quem se encontra em situação de doença grave, etc.) mostra o desnorte em que se encontra parte dos responsáveis do centro-direita ou aqueles que estes colocam em postos de responsabilidade, em relação àquelas que são as preocupações dos seus eleitores e também aquele medo primitivo que a esquerda dominante na comunicação social conseguiu impor sobre este e outros temas aparentados...
No entanto e no que à pergunta respeitava tratava-se tão só de uma questão de justiça (porque há-de quem aborta ser mais bem tratado que um doente com doença grave?) e também de inteligência na redução de custos do SNS: ou abortar é uma prioridade "de saúde"?

quarta-feira, outubro 26, 2011

Portugal com 2ª mais baixa taxa de fecundidade do mundo...!

Venho reparando nos artigos que se multiplicam na imprensa sobre os 7 mil milhões de pessoas (7 biliões) a que estamos a chegar no mundo e escandalizo-me com frequência com o egoismo, frieza e falta de confiança e esperança, com que a maioria dos que escrevem sobre o assunto, o abordam.
E depois fico também confuso quando comparo esse crescimento demográfico com o cenário do inverno demográfico e com as conhecidas taxas de fecundidade miseráveis quando comparadas com a taxa minima de substituição da população, pelo menos no mundo ocidental.
Mas a perplexidade atingiu hoje o seu cume com esta notícia da tsf:
«Portugal tem a segunda taxa de fecundidade mais baixa do mundo, o que na prática significa que as mulheres portuguesas estão entre as que têm menos filhos.
Em média, cada mulher portuguesa tem apenas 1,3 filhos, muito abaixo do necessário para renovar a população. Este número encontra-se no Relatório sobre a Situação da População Mundial em 2011, feito pelo Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) e que está a ser apresentado em várias capitais mundiais.
Numa altura em que a população mundial se prepara para chegar à barreira dos 7 mil milhões de habitantes, os especialistas salientam que nos países ricos as baixas taxas de fecundidade são uma preocupação.
Neste relatório, as Nações Unidas admitem que «a falta de mão de obra ameaça bloquear as economias de alguns países industrializados».
As baixas taxas de fecundidade significam menos pessoas a entrar no mercado de trabalho, numa tendência que põe em causa o crescimento económico e a viabilidade da segurança social.»

terça-feira, outubro 25, 2011

Lisboa: debate sobre o estado da cidade

Esta a decorrer neste momento na Assembleia Municipal de Lisboa o debate sobre o estado da cidade. Acabo de intervir sobre os temas das autarquias familiarmente responsaveis e a acção social da Camara Municipal de Lisboa (a quem me pedir posso enviar a minha intervenção).
Mas o ponto mais importante e o desconforto que se sente perante a distancia entre o discurso prazenteiro e satisfeito de Antonio Costa (falando do que fez como se fosse grande coisa e do que nao fez como tendo feito e anunciando o que, nao, vai fazer) porque e um remake de Jose Socrates: propaganda. Mas que de acordo com os dados disponiveis (e como acontecia com o outro) cola...!?
Escrever assim soa como cruel mas tal e a distancia entre o que e dito e a realidade que nao ha outra forma de expressa-lo e na politica (e isso de facto e cruel) o que conta nao e a intencao subjectiva de bem mas o resultado objectivo de mal (se esse for o caso). E de facto a actual gestao nao e melhor que as anteriores de Carmona Rodrigues e Santana Lopes e entao em relaçao a este ultimo esta a milhas do que um bom presidente da camara (como Santana Lopes foi) pode e deve ser...
Mas enfim, e para isso que aqui estamos, como deputados da oposiçao e com dois anos para construir uma alternativa e libertar a autarquia deste dominio socialista que e objectivamente prejudicial para a cidade.
Por razoes misteriosas hoje nao consigo por acentuaçao neste texto...?

domingo, outubro 23, 2011

Europa: Euro ou Erro?

É impressionante ler o Público de hoje desde o título da 1ª página "Maratona negocial de última hora para tentar salvar o euro" até 5 páginas de texto no interior sem contar com a opinião.
Não excluindo algum histerismo podemos estar de facto perante o fim da moeda única que só seria possivel manter se fosse verdadeira a quimera (nós os europeus somos todos iguais, cada país conta da mesma maneira e estaremos cá para as dificuldades de cada um, seja o que for que aconteça) que os dirigentes europeus nos tem tentado vender ao longo destes anos...no que (e já parece que só bato no ceguinho...;-) se tem distinguido o bom do nosso presidente da republica que depois de ter sido o "bom aluno" que a mais não ambiciona (e assim destruiu a nossa frota de pescas e arrasou os nossos campos e o mundo rural) agora se admira muito por afinal os seus mestres de escola serem "maus"...
Parece-me muito útil, também no Público, se leia o artigo da Isabel Arriaga e Cunha ("Só um milagre pode salvar o euro") para ter conhecimento de causa sobre os riscos e os desafios do momento presente mas também todo os resto das noticias entre as quais a de que "o chefe da diplomacia alemã defendeu que os paises que precisem da ajuda do fundo de socorro devem estar "preparados para renunciar a partes da sua soberania"...só por muita caridade não faço nenhuma alusão aos anos 30 do século passado...
Concluindo: tenho tentado fazer o que posso para ser entusiasta da União Europeia (veja-se aqui a prova) mas realmente não consigo sair desta posição de euro-céptico em que me encontro há tantos anos quantos os da nossa entrada na CEE...feitios (como diria o Solnado)...!

sexta-feira, outubro 21, 2011

Cavaco: a crise e Vasco Pulido Valente

As recentes observações de Cavaco sobre algumas medidas do Orçamento de Estado (mesmo se são legitimas as dúvidas sobre algumas destas e se não há outros lados por onde mexer) e o juizo implacável que Vasco Pulido Valente faz hoje no Público sobre como chegámos a este ponto sem que nos anos do seu mandato o Presidente tenha feito o que deveria para que isso não acontecesse, tornam irresistivel recordar como estavam certos aqueles que antes das últimas presidenciais diziam que merecia a pena o centro-direita ter um outro candidato...mas, de facto, nada é mais inútil do que, aparentemente, ter razão antes de tempo...

A morte de Khadafi

Impressionam-me sempre muito estas mortes. Por várias razões:
O contraste entre o poder destes ditadores(com tudo o que este traz incluindo o dominio dos outros e a riqueza) e as suas imagens finais: um corpo massacrado. A curiosidade sobre o encontro dele com Deus. O triunfo da cobardia e da hipocrisia de todos os que o serviram, usaram e adularam, e agora o condenam, festejam a sua morte e fingem nunca ter sido seus amigos. O desepero das horas finais e a loucura dos últimos gestos. A horrivel politica dos ditadores bons (os que convém ao mundo ocidental) e os ditadores maus (os que deixaram de servir e se abandonam). A riqueza acumulada por pessoas como ele e nas quais nunca chegam a tocar ou gozar e que ou morrerá nas contas escondidas ou irá parar às contas dos novos detentores do poder. A ilusão de todas estas revoluções árabes que não prometem senão futuras ditaduras, dominios islâmicos ou confusão generalizada. O primitivismo de boa parte destes países seja na sua vida social e política seja nas próprias condições de vida. Novamente a curiosidade sobre o que acontecerá aos seus familiares e principais ajudantes: será que se arrependem agora das malfeitorias feitas? Com que angustia fogem, se escondem ou entregam?
Não sei se é de cada vez perceber melhor o amor de Deus por cada homem, o facto de Ele se ajoelhar perante a nossa liberdade, o valor infinito da humanidade de cada um, mas cada vez menos consigo me alegrar com estas mortes e assalta-me sempre uma infinita pena, e pergunto-me se do ponto vista "educativo" (para todos os outros ditadores) não seria mais justo que pessoas como Kadhafi fossem deixadas vivas, pagar os seus crimes na prisão e todos termos a possibilidade de ver (e algumas coisas sê-lo-iam certamente com grande surpresa) qual a sua evolução, que lições tirariam das suas vidas, a que conclusões chegariam, e como assim, poderiam de facto ajudar a que quem se encontra na mesma estrada que eles percorreram, fizesse meia-volta e aprendesse de facto a lição...!?
Nota final: mortes como estas não vão ajudar nenhum dos ditadores no poder a pensar, por um momento sequer, em retirar-se do poder ou fazer marcha atrás nos seus crimes, tão claro lhes está o que o destino lhes reserva (mesmo se ás vezes pensam poder evitá-lo)...

quarta-feira, outubro 05, 2011

Uma experiência socialista... em 1931

Numa altura em que se lançam tantos anátemas sobre os ricos e a expoliação das respectivas fortunas seria o remédio da crise é bom recordar este texto que no ano passado me enviou um dos meus afilhados de casamento.
(declaração de interesses: não sou rico, nem coisa que se pareça, também acho imoral o uso que vejo de tanta riqueza, mas a caridade não se decreta, parte de um coração comovido, e, claro, as fortunas obtidas ilegalmente devem ser objecto de censura penal, fiscal e social)

Uma experiência socialista... em 1931.

Um professor de economia da universidade Texas Tech disse que raramente chumbava um aluno, mas tinha, uma vez, chumbado uma turma inteira. Esta turma em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e "justo".

O professor então disse, "Ok, vamos fazer uma experiência socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos as vossas notas dos exames." Todas as notas seriam concedidas com base na média da turma e, portanto seriam "justas". Isto quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém chumbaria. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia 20 valores...

Logo que a média dos primeiros exames foi calculada, todos receberam 12 valores. Quem estudou com dedicaçăo ficou indignado, pois achou que merecia mais, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado!

Quando o segundo teste foi aplicado, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que também eles se deviam aproveitar da média das notas. Portanto, agindo contra os seus princípios, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. O resultado, a segunda média dos testes foi 10. Ninguém gostou.

Depois do terceiro teste, a média geral foi um 5. As notas nunca mais voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, procura de culpados e palavrões passaram
a fazer parte da atmosfera das aulas daquela turma. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No fim de contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar os outros.

Portanto, todos os alunos chumbaram...Para sua total surpresa.

O professor explicou que a experiência socialista tinha falhado porque ela era baseada no menor esforço possível da parte de seus participantes. Preguiça e mágoas foi o seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual a experiência tinha começado. "Quando a recompensa é grande", disse, o professor, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem o seu consentimento para dar a outros que não lutaram por elas, então o fracasso é inevitável."

O pensamento abaixo foi escrito em 1931. "É impossível levar o pobre à prosperidade através de leis que punem os ricos pela sua prosperidade.>> Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa tem de trabalhar recebendo menos. O governo só pode dar a alguém aquilo que tira de outro alguém. Quando metade da população descobre que não precisa de trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."

Humor em tempos de crise...

Que pelo menos não nos falte o humor nesta circunstância do país...;-)

Nobel da Física

Este ano Portugal será um forte candidato ao prémio da Nobel da Física!
Depois da descoberta do átomo, do neutrão, do protão e do electrão, acabou de ser descoberto o Pelintrão.
E como se caracteriza o Pelintrão?
O pelintrão é um tuga sem massa e sem energia, mas que suporta qualquer carga!

terça-feira, outubro 04, 2011

Prémios de mérito aos melhores alunos: a Subsidiariedade funciona!

É impressionante a profusão de notícias sobre entidades, organismos, associações e particulares, que desde o fim dos prémios de mérito aos melhores alunos das escolas secundárias, se propõem a fazê-lo em vez do Estado.
Um exemplo é esta da Ordem dos Médicos.
A importância disto é enorme pois veio demonstrar que esteve bem o Governo ao deixar-se substituir pela sociedade nesse campo especifico. E que esta (a sociedade) desde que solicitada responde espôntaneamente ás necessidades sem necessidade do Governo ou do seu orçamento (que recorde-se é suportado por todos nós através dos impostos ou do fardo da divida).
Ou seja: de facto a Subsidiariedade funciona!

terça-feira, setembro 13, 2011

25 Anos de Casados

Faço hoje 25 anos de casados. Casei-me em 1986 na Matriz de Caminha.
Como a minha mulher não lê este blog, posso escrever sobre o nosso aniversário.
Só para confirmar o que diz o Miguel Esteves Cardoso: "É quando o amor continua (perdura, digo eu) que estamos mais apaixonados"...;-)

segunda-feira, setembro 12, 2011

11 de Setembro: a coragem e o Bem

"Uma das lições do 11 de Setembro é que o mal é verdadeiro mas a coragem também" disse ontem o Presidente Bush na cerimónia que teve lugar no Ground Zero em Nova Iorque.
Numa linha ainda mais profunda (mas com a mesma asserção de que a constatação do mal não oculta a do Bem) e muito bem esteve a Aura Miguel na RR como se pode ler aqui.

sexta-feira, setembro 09, 2011

Aborto gratuito: excelente artigo de Henrique Raposo!

No Expresso.

O aborto gratuito é ofensivo
Henrique Raposo (www.expresso.pt)
8:00 Segunda feira, 5 de setembro de 2011

I. "O aborto não pode ter isenção como tem a gravidez (...)". José Manuel Silva, bastonário da ordem dos médicos (Expresso de sábado).
II. O Estado não deve considerar que o aborto é crime até x semanas, sim senhora, mas também não deve instituir o aborto gratuito no seu serviço de saúde. O aborto não é um direito, meus caros. Se uma pessoa quer fazer um aborto, tem bom remédio: pagar do seu bolso. A irresponsabilidade não pode ser recompensada. A irresponsabilidade não pode ser subsidiada. A irresponsabilidade não pode ser transformada num direito. E, acima de tudo, a irresponsabilidade não pode ser colocada no mesmo patamar da responsabilidade que é assumir uma gravidez e ter um filho.
Em qualquer cenário financeiro, este aborto gratuito seria sempre uma política imoral. Ora, no nosso contexto de crise, esta política sobe vários níveis de imoralidade. É uma daquelas coisas realmente ofensivas. Os cortes da saúde chegaram e as taxas moderadoras têm de subir, mas o aborto é gratuito. Faz todo o sentido, sim senhora. As maternidades debatem-se com problemas sérios para suportar a sua atividade principal (recorde-se: trazer crianças a este mundo), mas o aborto é gratuito. Faz sentido, sim senhora. Num contexto de crise demográfica, o tratamento de fertilidade deixou de ser uma prioridade, mas o aborto é gratuito . Faz sentido, sim senhora. Mas sabem o que é ainda pior? Num país onde o aborto é completamente gratuito (até acho que a mulher recebe um subsídio de - pasme-se - maternidade), é quase impossível encontrar um especialista em saúde materna nos centros de saúde. Portanto, no Portugal progressista de 2011, uma mulher que dá à luz é menos protegida do que uma mulher que escolhe abortar. Meus caros, tudo isto é uma imoralidade tremenda, para usar um eufemismo publicável.

Ainda a comparticipação da pílula

Da leitura do comunicado do Ministério da Saúde, dando por boa a história apresentada, pode-se suspeitar se a então a saída a público do estudo da medida não corresponde a uma manobra bem orquestrada seja pela indústria afectada seja pelos lobbies ideológicos que vivem desta ou com esta estão objectivamente concertados (em termos de objectivos coincidentes)...
E fica também uma questão: então e a pílula do dia seguinte que é objecto de receita médica e suponho eu de comparticipação...?

Comparticipação na Pílula: a gravidez não é uma doença!

A anunciada supressão da comparticipação na pílula (que de facto não impede o acesso à mesma já que continuará a ser distribuida gratuitamente nos centros de saúde) veio provocar um escândalo e muita confusão.
O escândalo é sobretudo ideológico e há que ter paciência. Já a confusão propositada é a da relação (inexistente ou quanto muito em sentido inverso) entre as práticas da contracepção e a do aborto. Ora, quanto a esta última (confusão) é necessário ter muito claro que não há evidência empirica de que a generalização da contracepção faça diminuir as taxas de aborto e antes pelo contrário em países de grande consumo de contracepção o drama do aborto é em termos quantitativos muito impressivo.
Mas entretanto parece que a industria da contracepção (como as do aborto ou os lobbies que trabalham na área do HIV-SIDA) é muito forte e já apareceu um desmentido do Ministério da Saúde...se de facto a medida não for para a frente é muito mau sinal quanto à fortaleza e independência do Governo em relação a estes e outros interesses...
De qualquer das formas esta polémica fez-me pensar o seguinte: se a gravidez não é uma doença porque é distribuida gratuitamente a pílula...!? Então porque acontece isso com a pílula e não com, por exemplo, os remédios para a diabetes, ou o cancro, ou etc...!?
Alguém me explica? Por mim só vejo ideologia nisto tudo...
Que defendo eu sobre este assunto? Que:
- não há razão e é objectivamente injusto (por ofensa do principio da igualdade) que a pílula seja distribuida gratuitamente
- que sempre que receitada como um medicamento (isto é, por razões médicas) deve ser comparticipada
- que a medida a ir para a frente pode ser uma oportunidade de ouro para as mulheres portuguesas conhecerem outros métodos de regulação da fertilidade que não são prejudiciais à sua saúde e ao contrário do que a douta ignorância da mentalidade comum afirma tem uma taxa de sucesso superior à da contracepção quimica
Mais informações sobre esse método aqui.

domingo, agosto 28, 2011

Aquecimento global: eu bem me parecia...!

No Público de hoje saem duas páginas muito interessantes sobre as próximas presidenciais americanas e a candidatura de Rick Perry e o ambiente de primárias no Partido Republicano.
Fazendo referência a este último ponto o artigo tem um quadro à parte em que retoma as opiniões de Rick Perry, Mitt Romney e Michele Bachmann, sobre um conjunto de assuntos: casamento gay, teoria da evolução, aborto e, cá está, aquecimento global...Ou seja, confirma-se trata-se este último de um assunto tão ideológico como os restantes e "tabu" para a mentalidade politicamente correcta dos media e da esquerda...ou seja, não é assunto em que se os deva levar a sério e para enervá-los nada como dar-lhes para trás nisso...;-)

A espionagem pelo SIED ao telefone de um jornalista do Público

Percebo a indignação que percorre o meio dos jornalistas quanto à espionagem ao telefone do jornalista Nuno Simas (então do Publico, agora da Lusa). Assusta-me também a sensação generalizada de que o uso de escutas telefónicas é frequente no nosso país e por isso a nossa liberdade é menor do que aquela que cremos usufruir. Pessoalmente já me asseveraram fontes muito crediveis que também eu e outros amigos das movimentações civicas a favor da Vida e da Família fomos ocasional ou permanentemente objecto de vigilância pelos serviços de informações...será verdade? O simples facto de se poder admiti-lo é já de si um triste retrato da situação...
Dito isto não será normal no caso que essa espionagem tivesse existido...? O dito jornalista escreve sobre a actividade dos serviços com caracter de regularidade. Não será função da contra-espionagem procurar assegurar-se de que não existiam nos serviços "buracos" pelos quais as informações chegavam à comunicação social e assim podiam também chegar a muitos outros meios, com prejuizo para a segurança nacional...? Questão diferente é se as ditas escutas ou vigilâncias foram efectuadas no quadro e de acordo com os procedimentos legais aplicáveis e eventual respaldo judicial.
Percebo este controle a que aludo acima é dificil, mas, bolas!, há-de existir forma de o efectuar...! E de assim nós ficarmos sossegados quanto à nossa liberdade e quanto às secretas cumprirem a sua missão que é de facto indispensável.
Nota final: como português confiado em que alguém estará a tratar da segurança de todos nós, estou muito intranquilo com:
a) que todos os dias matérias dos serviços estejam nos jornais, se saiba quem lá trabalha, como fazem e o que fazem, etc.
b) o eventual predominio da Maçonaria nos quadros dirigentes dos serviços de informações...

Católicos e política: um artigo óptimo de Henrique Raposo

Excelente artigo no Expresso de Henrique Raposo sobre a ataraxia política de muitos católicos: veja-se no site online deste jornal.
Com a devida vénia aqui está o texto respectivo:

Os católicos e a política
Henrique Raposo (www.expresso.pt)
8:00 | Sexta feira, 26

Há sempre um ponto que me desgosta em muitos amigas e amigos católicos: é a distância em relação ao debate público e político, é o nojo fácil pela política. Isso é visível, por exemplo, no Facebook. Ali podemos ver milhentas pessoas a assumir com orgulho a identidade católica e, ao mesmo tempo, a desprezar a identidade política. Na secção "religious views", surge triunfante a palavra "católica". Na secção "political views", surge um pobre e fácil "não uso disso" ou um "são todos iguais", etc. Na revista Communio (Setembro 1988), o omnipresente Francisco Lucas Pires escreveu um artigo que é, para mim, a melhor resposta a esta pobreza apolítica de um certo catolicismo.
Nesta prosa, intitulada "Pureza de Coração e Vida Política", Lucas Pires afirma que existem duas maneiras de um cristão lidar com a esfera política. A primeira passa por aceitar que os princípios e regras da esfera política são de "outro tipo" e que, por isso, o cristão só deve ter preocupações com a salvação da sua consciência. Ou seja, o cristão deve criar uma redoma à sua volta, retirando-se assim dos debates da Cidade. Nesta via, o cristão julga-se tão puro, que não quer sujar as mãos na realidade. "Sim, sou muito católico, mas não quero nada com a política, são todos iguais".
Como já perceberam, Francisco Lucas Pires critica esta primeira via, e defende uma alternativa. Para o ex-líder do CDS e inspirador de boa parte do PSD atua l, um cristão tem o dever de lutar na Cidade, tem o dever de fazer opções públicas e políticas. Porque o leigo não é o padre a viver fora da Cidade. O leigo tem de viver no mundo, tem de produzir e/ou participar numa narrativa normativa para a Cidade, mesmo quando essa Cidade é dura e suja. Sim, a política namora com o pecado e com a mentira, mas - precisamente por causa disso - a política é o terreno propício para se apurar a "pureza de coração". Só podemos testar a nossa pureza num mundo imperfeito e duro. A redoma apolítica é uma via fácil e pouco cristão.
Portanto, numa lógica algo parecida à de T.S. Eliot, Lucas Pires diz que o cristão tem de tentar influenciar o espaço público, tem de levar os seus valores cristãos para a Cidade. O cristão não tem apenas de salvar a sua consciência: também tem de salvar a sua cultura. O cristão não é apenas um ser metafísico, também é um ser historicamente situado. No fundo, não deve existir uma separação entre a obediência moral (a Cristo, a Deus) e a vida política e colectiva aqui na Cidade dos homens. Pelo contrário: deve existir uma tensão criadora entre a ética cristã e a realidade política.

segunda-feira, julho 18, 2011

Casamento gay e independência da Madeira

Conforme o tempo passa mais gosto de Alberto João Jardim: desempoeirado, autêntico, razoável e de bom senso político no registo politicamente incorrecto.
Vem isto a propósito do que reproduz o Público no passado dia 1 de Julho como sendo suas declarações (sobre a exibição no Funchal de bandeiras da FLAMA):
"A partir do momento em que há casamentos gay por que razão não pode haver pessoas que pensem a favor da independência?" Lol!

quarta-feira, julho 13, 2011

Europa: bem me parecia íamos por mau caminho...!

E Manuel Monteiro confirma-o e resume-o como ninguém (e com uma autoridade total) hoje no Público, neste artigo (realmente que pena quem sai de um partido do sistema, parece nunca mais encontrar espaço e poiso, nem os novos partidos conseguirem vingar...!):

Ricos sem património e com o dinheiro dos outros
Público 2011-07-13 Manuel Monteiro
Na verdade, todos falharam! Falharam os governantes, mas também falharam os iluminados do discurso fácil
________________________________________
Numa conferência de imprensa, a 18 de Setembro de 1992, a propósito do Tratado de Maastricht e na qualidade de presidente do então CDS, afirmei: "Na verdade, a União Económica e Monetária queima etapas da construção europeia. Ainda não entrou em vigor o Mercado Único, ainda estamos a assistir a crises espectaculares no Sistema Monetário Europeu e já os tecnocratas exigem mais. E exigem mais no curto espaço de cinco a seis anos. Seria preferível deixar funcionar o Mercado Único e consolidar o delicado Sistema Monetário Europeu. A União proposta em Maastricht é precipitada e podemos pagar caro por isso."
Mais tarde, a 9 de Maio de 1995, tive também oportunidade de publicamente referir: "A obsessão de chegar à moeda única sacrificou a economia real a uma economia que só existe no papel. O dogmatismo com que abrimos todas as fronteiras à competição com economias bem mais fortes e novas economias bem mais baratas, ignorou criminosamente os prejuízos que daí resultam para as nossas fábricas, a nossa lavoura e a nossa pesca. (...) Em nome da moeda única, em nome da abertura indiscriminada de fronteiras e em nome do escudo caro, sacrificámos o crescimento, a produção e o emprego. Valeu a pena? Não valeu. (...). Basta referir que, na vigência deste triângulo fatal - Maastricht, GATT e SME - crescemos menos que a Europa, ficámos mais longe dela, perdemos produtividade na indústria, na agricultura e nas pescas e, como todos sabem, assistimos ao disparar em flecha do desemprego. A ferida social tem hoje actores conhecidos. É o desempregado, mas é também a classe média que teme perder o emprego; é o excluído, o pobre e o novo pobre, quantos deles vítimas da dissolução do Estado político e da desarticulação das formas tradicionais de solidariedade. A ferida social representa uma Nação doente, perante um Estado impotente para a proteger e defender. Nunca o poder político esteve tão longe da realidade. Cá, como por essa Europa fora, a ferida social provocará a falência do tal pensamento único e o fracasso dos seus representantes na classe política."
Hoje gostaria de perguntar ao então primeiro-ministro Cavaco Silva, aos que com ele governaram, e à esmagadora maioria da classe dirigente portuguesa, se têm orgulho do caminho que seguiram. Na verdade, todos falharam! Falharam os governantes, mas também falharam os iluminados do discurso fácil que preenchiam seminários e conferências anunciando a miragem de um mundo novo, do lucro fácil, da economia artificial, do sucesso sem trabalho, sem esforço, sem produção.
O que temos em mãos não é obra do acaso, é simplesmente o resultado da teimosia, da mediocridade, do arrivismo de quem busca em qualquer ocasião a possibilidade de saltar de ideia em ideia para alcançar o benefício pessoal. Sócrates conduziu-nos à falência e não tem desculpa, mas Sócrates foi apenas o filho político de vários pais menores que nos ensinaram ao longo de mais de vinte anos a ser ricos sem património e com o dinheiro dos outros.
Agora só temos duas alternativas. Ou seguimos cega e exclusivamente o que da Europa nos dizem para seguir, ou pensamos com seriedade nos avisados conselhos do prof. João Ferreira do Amaral. Com seriedade e com humildade, recordando afinal que se já o tivéssemos ouvido há mais tempo talvez não estivéssemos como estamos. Ex-dirigente do CDS-PP e da Nova Democracia

quinta-feira, julho 07, 2011

Zézinha (Maria José Nogueira Pinto): obrigado e até ao Céu!


Morreu hoje a Maria José Nogueira Pinto que conheci em 1980 quando comecei a trabalhar com o Jaime, seu marido na revista "Futuro Presente". Conhecia-a então e no tempo fomos ficando amigos de casa. Sendo momento de dor pela perda de uma amiga e pela falta que faz aos seus, é também ocasião de dar graças a Deus por uma vida dada no bom combate. Muito bem na sua memória o José Ribeiro e Castro nas suas declarações. Curiosamente ambos tínhamos jantado juntos ontem e estado a falar sobre ela a uns amigos americanos.
Na história dos nossos movimentos cívicos (pro-família e pro-vida), começada com os Juntos pela Vida em 1996/1997 ela foi decisiva (a origem mesmo) e desde então para mim pessoalmente determinante no meu envolvimento na política "oficial" e dos partidos.
Uma grande mulher, uma grande católica, uma grande portuguesa.
Na Misericórdia esperamo-la já no Céu e com ela daí contamos. Como na despedida entre o Francisco e a Jacinta (pastorinhos de Fátima): "Até ao Céu!"

sexta-feira, julho 01, 2011

A privatização da RTP 1 e Pinto Balsemão

Tenho dois receios em relação à privatização da RTP e/ou de algum ou dos dois dos seus canais: o primeiro é puramente sentimental e aquela pena de ver eventualmente desaparecer aquelas entidades ou marcas, "companhias de bandeira" (como a TAP) com as quais vivi durante 50 anos (quase...;-). O segundo é que na voragem desapareçam as RTP Internacional e África que sendo moderadamente viajado (sobretudo para paragens africanas) sei bem como são importantes para as nossas comunidades espalhadas pelo mundo e para esses países de origem lusófona com que temos especiais laços.
Mas é provavelmente verdadeiro que é mais importante desapareça essa despesa para o Estado português (que é, recorde-se, paga por nós) e que o mesmo serviço da Internacional e da África podem ser subcontratados a qualquer canal privado e por metade ou menos do actual custo e a mesma qualidade...?
Já me dá vontade inversa (ou seja, vender esses canais rapidamente) as declarações de Pais Amaral e Pinto Balsemão queixando-se da concorrência que daí adviria. Ou seja, quem louvando os valores da concorrência se tem batido e bem pela iniciativa privada na televisão, vem agora dizer: "o argumento da concorrência é bom de ser invocado para eu existir mas péssimo quando invocado por outros pela mesma razão"...
Além de que ver Pinto Balsemão (o introdutor da SIC em Portugal e através desta de toda a ordinarice em que foi pioneiro e a que depois a televisão inteira cedeu) a dizer que a privatização da RTP pode fazer baixar a qualidade da programação é uma anedota...!

Ora aí está a eutanásia...pela mão de Maria Filomena Mónica

Como era fatal (o aborto ilegal era o cimento que ainda mantinha de pé a muralha da civilização, cheia de buracos é um facto) aí está o debate da eutanásia. Agora com uma ajuda da Maria Filomena Mónica.
O lançamento do seu livro é um dos acontecimentos da semana e convém estar atento ao que daqui vai sair...
Não fora a ligação de Maria Filomena Mónica a António Barreto seria de estranhar que o lançamento do livro fosse um evento promovido pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Foi de facto premonitório que o primeiro Encontro Vida que se sucedeu ao referendo do aborto de 2007 tivesse a Eutanásia como tema...

quinta-feira, junho 30, 2011

Censos: os primeiros resultados preocupantes

Sairam os primeiros resultados do Censos. Há uma notícia aqui.
Impressionante que o crescimento da população em Portugal nos últimos dez anos tenha sido de apenas 1,9%.
Mas pior. Esse crescimento reparte-se entre apenas +17600 pessoas do saldo natural (nascimentos-mortes) e +182100 de saldo migratório (imigrantes-emigrantes). Ou seja, em termos de nascimentos um crescimento quase 0.
O que me deixa a pensar que não fora as famílias religiosas e/ou católicas e/ou numerosas (em alguns casos realidades equivalentes, noutros não) o saldo teria sido perfeitamente catastrófico e o resultado final o de um decréscimo da população...
Aguardo com curiosidade ver o percentual de famílias numerosas. Os últimos números que tenho são 7% dos agregados familiares tem 25% do "stock" de crianças. Como será hoje em dia?
Notas positivas: este Governo finalmente está preocupado com este assunto e na próxima geração o resultado eleitoral somos nós que o determinamos...! ;-)

Fundamental informar a mulher que aborta: um exemplo no Texas

O conhecimento é uma condição fundamental da liberdade. Só está livre para decidir quem saiba que acto vai praticar, quais as suas consequências, quais as suas alternativas. Sem isso nada resta senão uma violência e um abuso.
Precisamente o caso da lei portuguesa do aborto que não dá à grávida a possibilidade de ponderação dos pros e contras dos seus actos (os médicos objectores de consciência estão impedidos de participar no aconselhamento), das possiveis consequências (psiquiatricas e duradouras pela vida inteira) e das alternativas que existem. E, depois, até o acesso à ecografia do bébé que vão abortar...! isto é, muitas fazem-no sem noção de até que ponto é uma humanidade viva e animada, completa na sua proporção, que irão vitimar com o seu acto...
Por isso é interessante esta decisão no Texas que teremos de fazer conhecer e se possivel implantar em Portugal:
TEXAS, 27 May. 11 (ACI/EWTN Noticias).- El gobernador de Texas (Estados Unidos), Rick Perry, firmó el Proyecto de Ley 15, que entraría en vigor en septiembre, y exige que una mujer se realice un ultrasonido antes de decidir si se practicará un aborto.
"Toda vida perdida por un aborto es una tragedia que todos debemos tratar de prevenir a través de trabajo conjunto", dijo Perry el pasado 24 de mayo. Afirmó que con "esta importante ley se asegurará de que toda mujer en Texas que busca realizarse un aborto conozca todos los factores sobre la vida que lleva y entienda el devastador impacto que tiene esta decisión".
La ley señala que un médico debe realizar un ultrasonido 24 horas antes de un aborto, excepto en casos de emergencia médica, y mostrar la imagen a la madre, haciéndole escuchar los latidos del corazón del feto.
Sin embargo, la mujer puede optar por no ver la imagen o escuchar los latidos. Para ello deberá firmar una declaración antes de que se le realice el sonograma.
También podrá negarse a recibir la explicación del ultrasonido si el embarazo es resultado de una violación o incesto, si es una menor de edad con permiso judicial para practicarse el aborto o si el feto tiene una condición médica irreversible o anormalidad.

quarta-feira, junho 29, 2011

Mais uma vida salva! Com 52 cm e mais de 4 Kgs!

Recebi agora esta mensagem de uma das nossas amigas (pode-se ver esta obra extraordinária em: Mãos Erguidas)que à porta da "clinica" dos Arcos tenta uma dissuasão de última hora com as mães que lá vão abortar:
"Depois de duas vezes marcada a hora da sua morte e da insistência por telefone do abortório em marcar uma terceira vez, nasceu hoje o "nome", 52 centimetros, mais de 4 quilos e muito cabelo. Mãe, pai e filho, encontram-se muito bem e muito felizes com a Vida! Obrigado a todos pelas orações, acreditem e não desanimem, como este há mais!"
Extraordinário, não é?

O Programa do novo Governo

Acabei de dar uma vista de olhos rápida ao Programa do novo Governo. Muito bom!
Experimentem fazer uma pesquisa no pdf com as palavras família, subsidiariedade, economia social, liberdade de escolha, natalidade, demografia, etc.
É verdade que também encontram igualdade de género e não há Vida mas o ideal já sabemos nem sempre é possível...
Mas temos Programa (já tinhamos Governo) e agora é a partir da sociedade civil batalhar árduamente para que faça caminho o que Portugal mais precisa e que lhe dará as energias de que carece para sair da actual crise (a esse propósito o meu artigo aqui)

13 anos depois do 1º referendo do aborto

Ontem passaram 13 anos sobre o 1º referendo do aborto. Nesse dia vencemos. Depois houve outro em 2007, esse perdemos. Agora vamo-nos preparando para o 3º referendo(seremos nós a marcar o tempo e o lugar do embate) e o resultado não o conhecemos. Mas seria limitada a nossa vida se a nossa vitória ou derrota dependessem do resultado nas urnas. Porque uma vitória não dura para sempre e o que está em jogo é maior do que uma derrota num referendo.
Por isso foi impressionante constatar nas mensagens entre nós (nos sms's trocados) como vivemos hoje com a mesma alegria com que em 1998 vencemos, em 2007 perdemos e noutro ano qualquer, batalharemos novamente. Porquê?
Porque (e isto foi só o dia de ontem) nos contámos que:
- deu entrada numa instituição uma rapariga (jovem mãe) que às portas da Clínica dos Arcos conversando connosco desisitiu de abortar e
- esta madrugada, se Deus quiser, nasce um rapaz, também ele salvo às portas do abortório dos Arcos
Ora, enquanto isto continuar, estas histórias que se multiplicam desde há 14 anos, estas vidas salvas de uma morte certa, a Vida continua a imperar e vencer. E isso diz mais do resultado das nossas amizade e fidelidade, do que qualquer resultado nas urnas...! E funda a nossa alegria e determinação. Disto os referendos são apenas um momento e uma consequência aos quais não faltaremos mas que não julgam nem determinam a nossa vida, esta história de uma rede que a nível nacional transforma as palavras em realidades viventes.

terça-feira, junho 28, 2011

Michelle Bachmann abre campanha no Iowa

É com este título que o Público de hoje noticia o inicio oficial da campanha desta candidata republicana que parece estar a mobilizar o inteiro Tea Party.
O fenómeno é interessante de seguir não apenas porque relevante em termos americanos, mas porque na actual reviravolta política em Portugal, começa a existirem condições para que no centro-direita venham à tona movimentos como estes, dando expressão a um sector político que existe e está aí.

segunda-feira, junho 27, 2011

As linhas de Comboio: uma extinção inevitável?

Tenho um enorme apreço pelas viagens de Comboio, pelo charme das estações que conheci nas minhas infância e adolescência, e mais tarde durante o serviço militar: as linhas Lisboa-Porto e todas as do Minho.
E tenho visto ao longo da vida com muito desgosto como sucessivamente se fecham linhas e desaparecem os comboios das nossas paisagens e dos nossos hábitos de deslocação. Uma perda de beleza e também de comodidade.
Por isso mais triste fiquei com a noticia do Publico de ontem de que o Governo Sócrates se teria comprometido com a Troika ao encerramento de cerca de 800 kms de linha férrea...!!
Talvez por ignorância a minha teoria é esta: reduzem-se linhas porque se diz não são viáveis, essa redução engendra que as que restam se tornem menos úteis (menos horários e percursos) e daí mais encerramentos. E as contrapartidas não me parecem boas: mais utilização de transportes alternativos, estradas saturadas, maior possibilidade de acidentes de trânsito, poluição, desertificação do interior por dificuldade de transportes, etc.
Ora, as linhas de Metro do Norte a pertir do Porto, tem sido um sucesso e facilitaram enormemente a vida a milhares de pessoas...a pergunta pois é esta: quem beneficia com estes encerramentos? Será que este caminho é inevitável? Como é nos restantes países europeus? Não há quem pegue na CP e dando-lhe uma volta a torne naquilo que ela já foi como dinamizadora do tecido económico?
Isto claro tendo presente que a concentração por "pessoa quadrada" de sindicalistas irrazoáveis e irresponsáveis atinge o seu máximo precisamente nesse sector. E será também essa uma das razões deste declínio?

Os novos membros do Governo Passos Coelho

Tenho visto com esperança as nomeações de que dão conta os jornais e aguardo com curiosidade a lista que hoje será divulgada dos novos secretários de estado. O primeiro pensamento que me ocorre a esse respeito é que Deus os ajude...!
O segundo é "sic transit gloria mundi" o que às primeiras soa como mau presságio, mas tendo já visto o que é chegar ao poder e depois deixá-lo, dá-me como que uma pena antecipada, pela transitoriedade do bem (e graças a Deus também do mal) em política...
Encerrando este comentário achei graça ao que no Metro escreveu o Sérgio Coimbra citando Abraham Lincoln: "Nearly all man can stand adversity, but if you want to test a man's caracther, give him power"...e subscrevo também o seu final: "Boa sorte, rapazes!" ;-)

domingo, junho 26, 2011

Reforma do sistema eleitoral: sauda-se a convergência!

De acordo com o Publico de hoje estamos no bom caminho para uma convergência entre o PSD e o PS no que respeita à reforma do sistema eleitoral e no sentido de uma maior democraticidade do mesmo...boas notícias que confirmam uma intuição que já aqui referi muitas vezes...! E que não me espantam sobretudo atendendo ao que vem defendendo Pedro Passos Coelho e António José Seguro (a Francisco Assis desconhecia-lhe essa preocupação...?).
Em 2007 na sequência de um artigo de Helena Roseta em que esta valorizava a participação na vida política dos movimentos civis, escrevi um artigo intitulado "Reforma eleitoral: um desafio a Helena Roseta" (ao qual esta nunca respondeu...:-( em que sublinhava algumas das linhas para mim importantes nessa tão desejável reforma:
"A eleição dos deputados de cada partido num sistema de primárias, a existência de círculos uninominais (com o direito de qualquer pessoa se submeter a eleição mediante a apresentação de um número mínimo de assinaturas), a possibilidade, nas eleições legislativas, europeias e locais, de na lista apresentada a sufrágio e dentro da votação em cada partido escolher o candidato da nossa preferência, o tratamento de uma vez por todas democrático e equitativo de todas as candidaturas pela comunicação social (é um escândalo a definição pelos patrões dos media de quais os candidatos que importam e de quais os irrelevantes…), o fim de um regime absurdo de referendo em que este só tem lugar apesar do povo o ter pedido, se os partidos concordarem com ele, o financiamento das campanhas referendárias nos mesmos termos das campanhas eleitorais, são algumas das medidas que tornariam possível, a bem da saúde do regime democrático e do envolvimento na causa pública de tantos hoje dela ausentes, o reencontro entre as movimentações destes e de outros cidadãos e os partidos políticos, o reencontros das democracias participativa com a representativa."
Nota. a quem me pedir posso enviar um pdf deste artigo.

sábado, junho 25, 2011

Drogas: liberalizacao e irresponsabilidade

Anda aí uma campanha decidida a favor da despenalizaçao (nao estou a conseguir por acentuaçao hoje...) do consumo das drogas e da legalizaçao da sua producao e comercializacao, para ja "apenas" atraves do Estado...!
O equivoco (a convicçao nas vantagens do modelo, veja-se este artigo) tem sido denunciado pela Associaçao para um Portugal Livre de Drogas e pelo seu presidente Manuel Pinto Coelho cujos ultimos quatro artigos se podem encontrar aqui.
Ainda hoje ca em casa com algumas da malta ca de casa (filhas, sobrinha, etc.)constatei como a mentalidade drogadicta (para utilizar uma expressao espanhola) esta implantada e a esta nova geracao se mente quanto as consequencias do consumo de drogas, privando-os por isso de uma decisao realmente responsavel (isto e, na posse de todos os elementos).
Uma mentalidade que e facilitade por "perolas" como esta...e que me deixam a perguntar se este tipo:
a) alguma vez provou uma droga sequer (o que para o caso faz muita diferença porque se nao o fez nao sabe mesmo do que fala...;-)
b) tem alguem (filhos, sobrinhos, etc.) a quem queira bem e lhe e indiferente esses provem e consumem drogas e
c) tem a menor das ideias da responsabilidade gravissima em que incorre...?
Claro que tambem aqui se tratou (a despenalizacao do consumo das drogas) de uma decisao totalitaria do governo socialista da altura que negou a realizacao de um referendo apesar do pedido nesse sentido de 65 mil cidadaos. Veja-se a esse proposito (e por ser um manancial de informacao) este site.

quinta-feira, junho 23, 2011

Primárias nos partidos: proposta de Assis e PSD

Francisco Assis veio defender a realização no PS de eleições primárias para escolha dos candidatos em autárquicas e legislativas. Estranhamente do lado de Seguro veio uma contraposição á ideia, segundo o i de hoje. Escrevo estranhamente porque Seguro tem um trabalho notável no parlamento, sobretudo nas duas últimas legislaturas, no sentido de uma maior accountability dos deputados perante os eleitores e do Governo perante a AR e tem sempre defendido reformas no sentido de assegurar ao nosso sistema político mais transparência e democraticidade...
Desde há muito que defendo a realização de primárias e espero com muitos outros pela oportunidade que no próximo Congresso do PSD haverá de no debate dos estatutos começar a fazer vingar esta ideia. E assim dar a possibilidade a qualquer militante do partido de dizer: "eu gostava de me apresentar a eleições, com este tal programa, para fazer isto ou aquilo".
Na verdade a alternativa é o sistema actual de nomeação como candidatos (a deputados ou a autarcas) dos amiguinhos do círculo do poder, por vezes gente com base eleitoral própria, e outras vezes gente em quem nem a própria família votaria...lol!
O que traz à colação a excelente proposta de Passos Coelho de permitir o voto de preferência (isto é quando se vota num partido, tem-se a possibilidade de indicar da lista apresentada, qual preferimos) na próxima reforma do sistema eleitoral. Aí é que se vai ver quem vale votos ou não...! ;-)

A poupança de Passos Coelho

Impressionou-me pela simplicidade e pelo valor de exemplo o facto do nosso primeiro-ministro ter escolhido ir a Bruxelas de avião não em executiva mas em classe económica. Não faltará quem diga que é demagogia e que a despesa (a diferença de 2265 euros, segundo o i) não era significativa, mas:
a) como sempre a minha mãe me repetiu (tendo aprendido com um tio que fez fortuna no Brasil) a poupança faz-se nos cêntimos e não nos euros ou às unidades e não às dezenas ou a estas e não às centenas (a imagem dela era com escudos, mas já não me lembro dos valores...;-)
b) grão a grão enche a galinha o papo e
c) o valor de exemplo é de facto muito significativo para todos e dá outra credibilidade aos nossos credores
Parabéns pois e começamos bem!

quarta-feira, junho 22, 2011

Homossexuais com 20 vezes mais probabilidade de contrair o HIV

Muito bem o Blog O Inimputável recorda que os homossexuais têm 20 vezes mais probabilidade de contrair o HIV e que quem o diz não é nenhuma organização "papista" mas a própria OMS.
Interessa recordá-lo pela polémica que houve com o presidente do Instituto do Sangue e porque é bom, em termos de saúde pública, se saiba tudo, sem preconceitos ideológicos.
Depois e como sempre à liberdade de cada um de escolher o seu caminho, mas para isso há uma condição prévia: a pessoa estar devidamente informada das consequências possíveis da sua acção...

Hoje é dia de São Tomás Moro!

Chama hoje a atenção a lista Povo (editada pelo meu amigo Pedro Aguiar Pinto) para o facto do primeiro dia do governo ser hoje e por isso dia de São Tomás Moro, patrono dos políticos.
Boa ocasião pois para pedir a Deus se revejam os nossos novos governantes na imitação deste grande santo e que o mesmo os proteja e abençoe nos seus novos encargos!

Maçonaria: a coragem de Pacheco Pereira

Na Sábado que hoje saiu (Corpo de Deus amanhã, oblige...) Pacheco Pereira chama a atenção para o pudor que há em nomear a maçonaria e como é importante perceber que na política hoje em dia em Portugal não se consegue ler os acontecimentos sem tomar em consideração a sua existência.
Bem-haja pela coragem!

Patriarca e casamento pessoas mesmo sexo

"O problema do casamento entre pessoas do mesmo sexo não está encerrado" diz o Patriarca de Lisboa numa entrevista muito interessante publicada na última edição da revista da Ordem dos Advogados, cuja leitura recomendo.
Embora de facto neste momento haja tanta coisa urgente a tratar que não é o momento de efectuar um debate indispensável, é sempre bom ir lembrando que estes assuntos não estão fechados e que agora com mais liberdade (a anterior maioria absoluta da esquerda era esmagadora e pouco respeitadora da vontade popular, lembre-se a escandalosa recusa do referendo pedido sobre este tema) será possível regressar a eles.

terça-feira, junho 21, 2011

A saída de Villas-Boas do Futebol Clube do Porto

Estou em estado de choque com a saída do nosso treinador, embora perceba que não há amor ao clube que resista a ganhar um milhão de contos por ano...conquanto não tenha a certeza que a oportunidade não poderia ter vindo a ocorrer mais tarde e que Villas-Boas teria ganho em fazer mais uns anitos no Porto. Mas isso nunca o saberemos.
Dois pontos importantes:
- o êxito do Porto não se deveu só nem exclusivamente aos méritos de Villas-Boas, mas sim e muito e com grande preponderância à máquina impecavelmente oleada do clube, jogadores incluídos. Que aí está e continua mais determinada que nunca e debaixo da autoridade indiscutivel do nosso presidente e
- este já em muitas ocasiões enfrentou circunstâncias dificeis e sempre soube suplantá-las com maestria e sucesso. Confio assim será mais uma vez.
Como nas Missas e em fim de homília: assim seja! ;-)
Acabo de ir buscar o endereço do site do clube e já lá está que Vitor Pereira é o novo treinador. Grande presidente Pinto da Costa!

A posse hoje do novo Governo: o discurso do Primeiro-Ministro

Gostei muito do discurso hoje do primeiro-ministro. A humildade (haverá erros, disse), a determinação e o acento fortissimo na questão da subsidiariedade.
A ambição e a confiança na própria capacidade e na capacidade do país. O realismo como um principio orientador, a valorização do empenho pessoal e depois o propósito de que "ninguém ficará para trás". Importante também a questão da justiça, o cumprimento do memorando e os outros pontos económico e fiscal. Belissimo discurso!
E todo um programa que é exactamente o que Portugal precisa (embora faltando a referência à questão da familia que chamo à colação não por fixação ideológica mas porque estou convencido que enquanto não for bem tratada, não há reconstrução do tecido social que sustenha o esforço de reconstrução do país).
Deus ajude os que hoje tomaram posse a levar a tarefa hoje enunciada a bom porto...

quinta-feira, junho 16, 2011

França rejeita casamento homossexual

De acordo com o jornal Metro os deputados franceses rejeitaram no dia 14 de Junho por maioria (293 votos contra 222) um projecto de lei que visava a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Na linha da frente da oposição ao projecto esteve o partido (conservador acrescenta o jornal...;-) UMP, liderado por Nicolas Sarkozy.
É sempre consolador quando há um país onde o presidente, nestas matérias, tem juizo...! Lol!

O Patriarca de Lisboa e o aborto

As declarações estão aqui no site da Ecclesia.
Vale a pena ler.

O acordo de governação entre o PSD e o PP

Chama-se "Acordo político Maioria para a Mudança" e foi hoje assinado, há poucas horas, por Pedro Passos Coelho e Paulo Portas.
É um acordo muito completo, parece-me bom, e aguarde-se agora pelo documento seguinte (que servirá de base ao programa de Governo): "Acordo relativo às Bases Programáticas do Governo de Coligação", para ver em detalhe e nas diversas áreas da governação, quais as medidas a que estes dois partidos se propõem em concreto.
De qualquer das formas e em relação à "agenda" pela qual com muitos amigos me venho batendo ao longo destes anos (vida e família, liberdade de educação e religiosa, subsidiariedade) ficam anotadas as referências à:
- preocupação central com a pessoa humana e a sua dignidade
- reforma do sistema fiscal valorizando a familia
- importância da economia social e a intenção de pugnar pela máxima utilização da capacidade instalada nos sectores da educação, saúde e solidariedade
- progressiva liberdade de escolha na segurança social
- necessidade de um plano social de emergência
- garantia do Estado Social
- solidariedade no voto de propostas de referendo nacional
Como sempre em política seria desejável mais (nomeadamente uma referência à tradição religiosa do povo português e também à questão nuclear da liberdade de educação) mas como disse o Papa Bento XVI, então Cardeal Ratzinger, na Nota doutrinal sobre algumas questões relativas à participação e comportamento dos católicos na vida política, a "alternativa" na política ao diálogo e à negociação é a guerra civil...
Partamos pois do que está e do lado da sociedade civil batamo-nos por todas estas reformas (que decorrem da nossa agenda) tão necessárias para o futuro de Portugal.

quarta-feira, junho 15, 2011

A diferença entre educação e ensino

Está muito bem explicada num artigo de opinião que hoje saiu no Público da autoria de Jorge Reis-Sá sob o título "O poder da palavra".
Educação é uma tarefa das famílias, ensino (instrução) é uma tarefa das escolas.
É com esta consciência que vale a pena lutar pela liberdade de educação e pela liberdade de escolha na educação sexual. E foi por isso que nasceu o MOVE. Agora só falta mesmo é uma nova confederação de pais cujo primeiro objectivo seja este...

Michelle Bachmann e as presidenciais americanas

O comentário será provavelmente sexista, segundo as regras do politicamente correcto, mas há uma nova geração de mulheres conservadoras na política que dá gosto e que na média são claramente mais bonitas que as suas oponentes da esquerda...;-)
A observação surge na sequência do anúncio por Michelle Bachmann de que se apresentar nas primárias dos republicanos como candidata á presidência dos Estados Unidos e também da notícia hoje no Público sobre o debate na CNN entre os actualmente sete candidatos do lado republicano, numa prova de vitalidade política que certamente dará ainda muito trabalho a Obama. Com o consolo de se verificar (na apresentação de Michelle Bachmann) que por ora o Tea Party está aí para lavar e durar (tenho uma decidida simpatia, apesar de todos os limites e extravagâncias do movimento, por estes "descamisados" que se estão a impor ao establishment republicano e também aos media esquerdistas, apesar da chuva de impropérios e campanhas de descrédito lançados por estes sobre aqueles ;-)
Enfim, uma campanha a acompanhar com interesse...

Casais inférteis com niveis altos de ansiedade e depressão

No Público de hoje saiu uma noticia sobre o título em referência. Numa pesquisa no Google sobre o tema são inúmeras as páginas sobre o tema. Nomeadamente este estudo.
A interrogação que fica é: será a procriação medicamente assistida a resposta adequada a esse problema ou um engano em que esses casais são induzidos e no qual no fim não encontram a resposta que os seus corações anseiam?
Neste momento de viragem politica não será que é de colocar em novo em discussão uma lei que foi abusivamente aprovada (uma das mais disparatadas da Europa...) e em que um pedido de referendo foi ilegitimamente ignorado pelo sistema político dominado, à altura, por uma deriva de politicamente correcto completamente desrespeitadora não apenas da vida e da dignidade do embrião humano, mas também da vida e dignidade dos casais inférteis...?

terça-feira, junho 14, 2011

O escândalo sexual do congressista americano

Sou um grande admirador dos Estados Unidos. E apreciador dos seus multiplos usos e costumes. No entanto estranho muito os escândalos políticos com a motivação indicada no título. Há um moralismo qualquer que esse sim me escandaliza e prefiro o bom velho ambiente dos países católicos onde tanto quanto possível não se confunde a vida privada com a vida pública (com excepção dos casos de natureza criminal como os da pedofilia, violação, etc. em que aí sim os principios de ordem pública devem prevalecer). Embora também espante a imprudência e desnorte de andar a trocar fotografias pela internet, já que as normais normas de recato (para usar uma palavra na moda) se deveriam aplicar a um politico por maioria de razão...
No entanto também tanto quanto percebo uma parte substancial do escândalo não tem tanto a ver com o comportamento em si (a infidelidade no caso) mas mais com o facto de confrontados com essas situações os politicos mentirem. E parece ser isso em última instância que desencadeia a maior censura. O que se por um lado impressiona (uma exigência tão viva de verdade) por outro lá soa outra vez a moralismo...!?
Já completamente incompreensivel é para mim, depois, a ida para tratamento...!? O único tratamento que conheço e funciona com o mal do pecado original é uma confissão em boa ordem e uma frequência regular da eucaristia...Ou seja, a procura da santidade...! ;-)

segunda-feira, junho 13, 2011

O Crisma de ontem e obrigado por serem Padres!

Ontem foi o Crisma da minha filha Madalena e ainda fui padrinho de uma filha de amigos meus, que andou connosco (Comunhão e Libertação) nos Liceus. Um momento grande, para cada uma de elas, para mim, para reviver o meu Crisma, e também, sobretudo nos cânticos e na ordem da celebração, de me dar conta outra vez da grandeza da Igreja, da perenidade da mesma no tempo e de que bem podem "lá fora" arreliar-nos e fazerem asneiras, que nós, os católicos, cá estamos e estaremos, e que, quer queiram, quer não, Cristo reina e Cristo vence...! ;-)
No caminho para entender isto e no caminho que me falta percorrer, encontrei e continuo a encontrar grandes Padres. Por isso vale a pena ver este vídeo

100 mil em defesa das Touradas

É uma boa notícia...!
Pode ler-se, entre outros sitios, no Expresso.
Neste momento em que cresce um neo-paganismo (vejam-se os resultados do Partido dos Animais e da Natureza) e quem defende a natureza, defende-a toda, desde que não seja a humana (tudo abortistas convictos e encartados ;-), é bom que haja a noção que um homem é um homem, e um bicho é um bicho. E que toda a qualidade de são relacionamento com a natureza, é-o porque revelando uma caracteristica humana, e não por causa dos animais, criados, como tudo do mundo das coisas, para nós, homens.
Há uns anos atrás o Paulo Teixeira Pinto escreveu um texto genial sobre o tema que tenho de encontrar e reproduzir aqui...

sábado, junho 11, 2011

A liberdade, a Internet e os Anonymous

Estou convencido, ou receio muito, nos encaminhemos a grande velocidade para um sistema totalitário, como aquele do "Admirável Mundo Novo" do Aldous Huxley. Os sinais estão aí e à atenção de os notar.
Uma circunstância dessas originará forçosamente alianças inesperadas e o reconhecimento por muitos (os suficientes para que haja resistência) de que a liberdade é o mais precioso dos valores e que defendendo a nossa, defendemos a de todos.
Nesse sentido não me espantaria que neste cenário (quase Matrix ;-) nos viessemos a encontrar juntos no caminho com grupos como o dos Anonymous de que hoje foram noticiadas algumas detenções em Espanha. Bem entendido neste momento as detenções justificam-se pela ilegalidade de ataques informáticos que estes fizeram a diversas empresas mas o pano de fundo que os move (e se pode ver aqui) é o da defesa da liberdade de expressão e circulação na Internet e com esse objectivo quem, como eu, se encontra na rede desde 1996 não pode deixar de simpatizar...;-)
Percebo ler isto espante quem não o espere de um católico e conservador, mas precisamente para ambas as categorias em politica o que mais importa é a liberdade e essa estamos cada vez mais a perdê-la dia a dia: na regulamentação legislativa dos mais pequenos pormenores da vida, na ditadura do politicamente correcto que impede a menor "dissidência", na perda de soberania, descontrolada, de cada país membro para a união europeia, etc.

sexta-feira, junho 10, 2011

Alunos brasileiros obrigados a ver kit gay

Eu às vezes percebo os nossos adversários que nos vêem ou como uns maníacos preocupados com sexo ou uns exagerados (isto sobretudo visto do lado dos "moderados" [as aspas é porque, como bem explica um amigo meu, o moderado é aquele que quando um radical diz que 2+2 são 4, e outro que são 13, proclama com aclamação geral que 2+2=8.5;-)]) que vêem perigos e ameaças onde não as há nem se pensa venham a existir tais...
Como não gosto de dar abébias a adversários (faz parte do respeito por eles ;-) nem lembro aqui alguns dos meios do nosso lado, onde também isto (aquela visão de nós) ocorre...lol!
No entanto notícias como esta vem infelizmente confirmar o que receávamos...
Nota para ver se nos entendemos: aqueles que defendemos a liberdade de escolha na educação sexual não o fazemos no intuito de interditar qualquer educação sexual a qualquer criança que seja. Não. O que fazemos é lutar pela nossa liberdade de educar os nosso filhos como entendemos (o que neste caso implica sim que não frequentem aulas como as acima descritas) e pela liberdade dos pais do Bloco de Esquerda poderem dar essas mesmas aulas aos seus filhos...está claro o conceito, ou não?

Uma tarefa: a reforma do sistema político

Desde há já uns anos que estou persuadido que tão importante como batermo-nos pela agenda que fizemos nossa (vida e família, liberdade de educação e religiosa, subsidiariedade) é bater-nos por uma reforma do sistema politico que permita este seja mais democrático e mais participado, isto é, mais livre.
Sendo o sujeito da oração, o nós, os dos movimentos civicos que desde 1997 vimos tendo alguma intervenção em tantos e tão importantes debates (quando soubre editar melhor um blog tratarei de fazer uma secção sobre isso...;-)
Em 2007 no Público saiu um artigo meu chamado "Reforma eleitoral: um desafio a Helena Roseta" (respondia a um artigo dela no mesmo jornal intitulado "partidos e movimentos") que enviarei a quem me pedir porque não dou com ele na net...:-( onde justifico de onde vem essa preocupação e quais os seus fundamentos.
Este ciclo politico novo que se abriu parece-me a ocasião privilegiada para desenvolver esse tema para o qual podemos encontrar aliados em muitos e diversos sectores (por exemplo veja-se o trabalho nesse sentido e durante estes anos todos de Antonio José Seguro)
Vem isto a propósito do artigo "Estes partidos precisam de uma lição" de Maria Filomena Mónica onde ressalta a mesma preocupação.
Enfim, um assunto a seguir...

Uma observação: Madoff

Não tenho em geral nenhuma simpatia por juizes justiceiros, geralmente esquerdistas disfarçados ou manifestos, que procuram fazer na vida profissional a revolução que não conseguiram fazer quando estudantes. Ou até derrubar governos eleitos por largas maiorias como acontece agora na Itália.
E, numa outra perspectiva, acho que há um pessimismo exagerado na maior parte das intervenções de Maria José Morgado. No entanto o artigo desta que hoje saíu no Expresso "A Síndroma de Madoff" é de facto impressionante sobre a impunidade prática do crime de colarinho branco e sobre a vergonha que é o sistema europeu de justiça quando comparado com o americano...vale a pena ler.

quinta-feira, junho 09, 2011

Sobre a Europa: eu já vivi o vosso "futuro"...

Do meu amigo Nuno Guedes recebi este email que transcreve um texto de Vladimir Bukovsky. Por mais que me esforce continuo um euro-céptico e este texto confima-me nessa posição. Apesar de saber da origem da União Europeia como uma gesta de católicos (os seus fundadores eram de Missa diária)e ver o entusiasmo com que o Mário Mauro e outros vivem a política e a união europeia no Parlamento Europeu...
Diz o email: Salvas as devidas distâncias, este texto não deixa de ser oportuno por ser polémico. Na realidade, há coincidências que estão longe de serem felizes, sobretudo para aqueles como Portugal e os países do Sul da Europa que dificilmente sobreviverão numa união com indicadores tão díspares como a economia, finanças, cultura e modos de vida. Sem dúvida alguma que nesta UE prevalecerá a lei do mais forte e os restantes terão que submeter às regras que lhes forem impostas. Como sair disto é a questão que se coloca.

EU JÁ VIVI O VOSSO FUTURO !
Assunto: " Declarações do escritor e dissidente soviético, Vladimir Bukovsky, sobre o Tratado de Lisboa
"É surpreendente que, após ter enterrado um monstro, a URSS, se tenha construído outro semelhante: a União Europeia (UE).
O que é, exactamente a União Europeia? Talvez fiquemos a sabe-lo examinando a sua versão soviética.
A URSS era governada por quinze pessoas não eleitas que se cooptavam mutuamente e não tinham que responder perante ninguém. A UE é governada por duas dúzias de pessoas que se reúnem à porta fechada e, também não têm que responder perante ninguém, sendo politicamente impunes.
Poderá dizer-se que a UE tem um Parlamento. A URSS também tinha uma espécie de Parlamento, o Soviete Supremo. Nós, (na URSS) aprovámos, sem discussão, as decisões do Politburo, como na prática acontece no Parlamento Europeu, em que o uso da palavra concedido a cada grupo está limitado, frequentemente, a um minuto por cada interveniente.
Na UE há centenas de milhares de eurocratas com vencimentos muito elevados, com prémios e privilégios enormes e, com imunidade judicial vitalícia, sendo apenas transferidos de um posto para outro, façam bem ou façam mal. Não é a URSS escarrada?
A URSS foi criada sob coacção, muitas vezes pela via da ocupação militar. No caso da Europa está a criar-se uma UE, não sob a força das armas, mas pelo constrangimento e pelo terror económicos.
Para poder continuar a existir, a URSS expandiu-se de forma crescente. Desde que deixou de crescer, começou a desabar. Suspeito que venha a acontecer o mesmo com a UE. Proclamou-se que o objectivo da URSS era criar uma nova entidade histórica: o Povo Soviético. Era necessário esquecer as nacionalidades, as tradições e os costumes. O mesmo acontece com a UE parece. A UE não quer que sejais ingleses ou franceses, pretende dar-vos uma nova identidade: ser «europeus», reprimindo os vosso sentimentos nacionais e, forçar-vos a viver numa comunidade multinacional. Setenta e três anos deste sistema na URSS acabaram em mais conflitos étnicos, como não aconteceu em nenhuma outra parte do mundo.
Um dos objectivos «grandiosos» da URSS era destruir os estados-nação. É exactamente isso que vemos na Europa, hoje. Bruxelas tem a intenção de fagocitar os estados-nação para que deixem de existir.
O sistema soviético era corrupto de alto a baixo. Acontece a mesma coisa na UE. Os procedimentos antidemocráticos que víamos na URSS florescem na UE. Os que se lhe opõem ou os denunciam são amordaçados ou punidos. Nada mudou. Na URSS tínhamos o «goulag». Creio que ele também existe na UE. Um goulag intelectual, designado por «politicamente correcto». Experimentai dizer o que pensais sobre questões como a raça e a sexualidade. Se as vossas opiniões não forem «boas», «politicamente correctas», sereis ostracizados. É o começo do «goulag». É o princípio da perda da vossa liberdade. Na URSS pensava-se que só um estado federal evitaria a guerra. Dizem-nos exactamente a mesma coisa na UE. Em resumo, é a mesma ideologia em ambos os sistemas. A UE é o velho modelo soviético vestido à moda ocidental. Mas, como a URSS, a UE traz consigo os germes da sua própria destruição. Desgraçadamente, quando ela desabar, porque irá desabar, deixará atrás de si um imenso descalabro e enormes problemas económicos e étnicos. O antigo sistema soviético era irreformável. Do mesmo modo, a UE também o é. (…)
Eu já vivi o vosso «futuro»…"

quarta-feira, junho 08, 2011

FMI: uma piada e um grande artigo de César das Neves!

Recebi agora esta num email:
"Liguei para as finanças e ouvi a mensagem: "Aviso, está a ligar para um cliente que agora pertence ao FMI"" LOL!
Mais a sério, não percam este artigo excelente do João Luis César das Neves sobre a aplicação do programa da Troika chamado "Não há duas sem três". Belissimo pela simplicidade com que explica economia e história (da intervenção do FMI em Portugal) e pelo tom positivo, realista, razoável e mobilizador.
Vamos a isto, Portugal!

David Cameron e a sexualização precoce

Parece-me bem a intenção do Primeiro-Ministro britânico de tomar medidas contra a sexualização precoce das crianças e adolescentes. A notícia vem hoje na Sábado e também no Público.
Encontrei-a aqui e também aqui com mais alguns desenvolvimentos.
Não faltará quem fale já em "cruzada" ou "moralismo" mas a verdade é que muitos dos problemas que sofrem as nossas sociedades (pedofilia, gravidez adolescente, violência sexual, etc.) tem a sua origem neste vale tudo e mostra tudo em que presentemente vivemos.
O que não implica qualquer censura ou proibição (a liberdade de cada um editar, produzir e consumir o que entender, não deve ser coibida, salvaguardados os direitos humanos e os principios de ordem pública) mas apenas que a exposição a essas coisas não aconteça de forma espontânea mas apenas a quem a procura (isto é, não se está a dizer que se proibam materiais pornográficos, apenas que esses não devem estar expostos ou ser exibidos junto a outros da mesma natureza mas diferente propósitos: numa banca de jornais, por exemplo).
Claro que em Portugal se fossem Passos Coelho ou Portas a propor a mesma coisa, caía o Carmo e a Trindade...

terça-feira, junho 07, 2011

Para perceber melhor o BE

Bem sei que sendo Louçã um moralista como há muito não se via e estando todos muito cansados daquele estilo inquisitorial e doutoral, a tentação de criticá-lo por não se ter demitido, é muito grande.
Mas quem o faz esquece que o BE (como o PCP aliás) é um partido revolucionário e por isso a lógica dos partidos burgueses (orientados sobretudo para a conquista do poder e sem grandes causas a defender) não se lhe aplica.
A questão pode parecer acessória mas é fundamental para conhecer a natureza e fundamentos do adversário (e o BE é-o e perigosissimo) e assim melhor se poder combatê-lo...
Não excluindo no entanto que maçá-los com esta questão menor não possa ajudar a separá-los de algum eleitorado e, nesse sentido, não é mau de todo fazê-lo ;-)

segunda-feira, junho 06, 2011

Eleições 2011: um balanço rápido

José Sócrates foi-se embora, terminou um pesadelo de seis anos. As feridas estão lá mas pelo menos estancou a hemorragia, mas vai levar um tempão a cicicatrizar e muito mais a deixar de se ver a cicatriz.
O centro-direita tem uma maioria absoluta (embora duvide tenha o Presidente que Sá Carneiro sonhou...;-), a AD voltou.
Os pequenos partidos da área social e politica da militância católica (por injusto que isso seja em relação ao esforço feito e ao mérito da coragem) não conseguiram furar o cerco dos grandes e está provado, para quem não o viu até hoje, que não é por ai o caminho (a esse propósito muito razoável a conclusão de Rui Marques).
Agora está tudo por fazer e por isso: ao trabalho!
Nota: como ouvi a um responsável do PP há uns tempos "vamos tomar conta do comboio, mas este está à desfilada, em direcção que por ora não é possível inverter, a tripulação é do adversário e só reduzir a velocidade já vai dar um trabalhão"...

Dois homens, uma eleição e o Pai do Céu

Vai soar estranho este post mas ontem enquanto não eram conhecidos os resultados aquilo em que mais pensava era em dois homens, enquanto tais, e como estariam a viver a circunstância que se aproximava:
Em Pedro Passos Coelho, como teria acordado de manhã, que impressões o assaltavam e como se teria olhado ao espelho enquanto fazia a barba, e como e com que densidade dramática, se teria encarado como a pessoa que estava chamada a partir daquele dia a governar um país, a "tomar conta" dos seus compatriotas, a enfrentar na primeira pessoa e na primeira linha o futuro de Portugal...
Em José Sócrates, também, como se sentiria depois de seis anos inteiramente dedicados áquelas funções, ao fim de um período da sua vida (raro, ao qual poucos são chamados) sem igual, já começando a olhar para o depois desse dia...
E, depois, na sabedoria da Igreja que em todas as orações dos fieis, creio que todos os dias, nos põe a rezar por quem nos governa, pelas autoridades civis, por quem tem a seu cargo a condução do destino colectivo e a prossecução do bem comum.
Concluindo com a lembrança daquele diálogo espantoso entre Cristo e Pilatos em que este irritado recorda ao primeiro que tem poder sobre Ele e Jesus lhe diz "não terias nenhum poder sobre os homens se Deus não te o tivesse dado".
E por fim (pensamento reforçado à noite ao ver a saída alucinante de empurrões, cumprimentos, luzes e fotografias, de Passos Coelho do Sana em direcção ao Marquês de Pombal) em como pode enebriar o poder e como é dificil aos homens quando o perdem...

sábado, junho 04, 2011

Casamento gay: uma lei contra o país e a favor de 820 pessoas

O Público de hoje divulga as estatisticas do casamento gay num artigo que assinala um ano da lei. Much ado about nothing...
Houve neste período 380 "casamentos" em Portugal e 30 nos consulados portugueses no estrangeiro...ou seja (e enquanto, o que também é um preconceito conservador..., um casamento for só entre duas pessoas) 820 pessoas beneficiaram da nova lei...
Como se vê tratava-se de uma expressiva necessidade social e como diz Francisco Louçã quem está contra isto é uma ultra-minoria...lol!
Nas vésperas de Sócrates se ir embora é bom lembrar o que foram estes seis anos trágicos de leis erradas, mentalidades distorcidas e politicas patéticas. E que estas leis são, nas palavras do próprio, "emblemáticas da governação socialista".
Enfim, a partir de segunda-feira teremos muito trabalhinho para modificar tudo isto...mas como sempre o que menos nos falta é coragem, determinação e vontade de servir o bem-comum!

quinta-feira, junho 02, 2011

O assunto das próximas eleições: há mais vida além do défice!

Retomo o meu artigo no Público de ontem para sublinhar que no próximo Domingo não se decide apenas quem será o próximo primeiro-ministro mas a eleição de 230 deputados que nos próximos quatro anos (normalmente...) decidirão sobre multiplos aspectos da nossa vida e do bem comum.
Isso não significa que tendo isto em consideração não se vote coincidentemente com o que seria o "voto útil" (conceito que varia com a perspectiva e a posição: o PSD pode ser o voto útil do centro-direita, como o PP pode ser o voto útil da área conservadora e o MEP em Lisboa o voto útil da área dos pequenos partidos que integra aquela última...) mas chama a atenção para que há mais vida além do défice (e do FMI) como acertada, embora inoportunamente, disse um dia Jorge Sampaio.
A propósito ainda destes últimos temas é útil ir ao Publico de hoje e aí na página 13 ver duas noticias: pedido condenação de uma mulher que ocultou o cadáver de um feto de 37 semanas e queixa no DIAP contra "barrigas de aluguer". E já agora ver a nota genial de Helena Matos "referendos fofinhos e referendos muito feios" ;-)

quarta-feira, junho 01, 2011

As providências cautelares e os debates na Televisão (desta vez o MEP)

Enviei ontem mensagens encomiásticas a alguns dos meus amigos que são dirigentes do MEP a felicitá-los vivamente pela vitória ontem no Tribunal de Oeiras (cuja independência, respeito da legalidade e sentido de justiça, são também de louvar) da segunda providência cautelar que puseram (seguindo a do MRPP).
Na verdade essa vitória extraordinária (sobre a tirania dos grandes partidos e dos media que os servem e promovem) aproveita de hoje em diante a todos (nesta e nas próximas gerações) que vão gozar mais democracia em Portugal e vinga todos os humilhados e esquecidos que ao longo de 37 anos, na politica partidária ou civica, foram vitimas de descriminação no acesso aos meios de comunicação e de um silenciamento sistemático, incompreensivel até nos próprios termos e interesses de um jornalismo digno desse nome.
No caso particular não sei, como ninguém sabe,qual o destino e sucesso reservados ao MEP, empresa na qual não estou envolvido, mas tenho a certeza profunda que através da iniciativa deles pelo menos um grande resultado já alcançaram: o de lutando pela liberdade deles, terem-na proporcionado a todos nós.
Em nome dos portugueses que o percebem e sobretudo em nome dos que não o percebem, de todas as cores e todos os matizes: muito obrigado.

terça-feira, maio 31, 2011

A perda de Milão e Berlusconi

Tenho pena o PDL tenha perdido Milão porque é um prémio ao infractor na campanha miserável que tem sido feita contra Berlusconi.
É verdade que como me dizia um amigo, citando uns comuns amigos italianos, "está cada vez mais dificil defender o Berlusconi", mas é de repudiar vivamente uma campanha moralista conduzida por quem (a esquerda)sempre defendeu o maior dos desregramentos moral e social, que morre de fúria por não ter conseguido derrubar o homem em eleições e no fundo o que mais teme é o bom senso do Premier em algumas questões fracturantes...
Como não o conseguiram derrubar democraticamente, eis que usam os tribunais e os media, numa campanha de desgaste a que não resisitiria o mais santo dos homens, quanto mais Berlusconi...
Pode ser dificil de entender mas, salvo a clara ilegalidade (eventual abuso de poder ou infracção de normas penais) pouco importa se Berlusconi se porta bem ou mal nas festas que entende fazer. Dos pecados não deve curar a politica ou a sociedade, mas apenas ele e o seu confessor...mais vale um mulherengo que decida bem, do que um "santinho" que decida mal! (veja-se a esse propósito a óptima entrevista de Vittorio Messori aqui)

Sarah Palin no Rolling Thunder

Mais informações sobre este assunto no Público de hoje, ou o video deste site ou este slide-show.
E esta fotografia que será apreciada por todos os politicamente incorrectos que graças a Deus ainda existem...;-)

segunda-feira, maio 30, 2011

Pequenos partidos e Televisão: haja justiça e liberdade!

Hoje na sua coluna do Público sobre televisão Jorge Mourinha publicou o artigo "Assim se vê a força do PC(TP)" sobre o sucesso da providência cultural interposta pelo MRPP no Tribunal de Oeiras contra as televisões por omissão do dever de cobertura igual e imparcial de todas as candidaturas às eleições. O artigo pode ler-se aqui.
Em consequência da mesma as televisões são obrigadas a realizar debates que incluam os pequenos partidos o que (independentemente da simpatia menor ou menor por um ou outro) é de inteira justiça e um momento importante para a democracia em Portugal.
Vitimas de silenciamento sistemático nós, nos movimentos civicos, não podemos deixar de nos congratular com esta vitória dos pequenos partidos, na consciência de que defendendo a liberdade de uns, defendemos a liberdade de todos, a nossa incluída...!

domingo, maio 29, 2011

O voto católico que não existe mas do qual se fala...

O Público retoma hoje numa sondagem (da qual não divulga os dados técnicos mas que no texto refere ter "uma amostra reduzida e com pouco tempo de máquina, por dificuldades de financiamentos") num artigo que intitula "o voto católico não existe" da autoria de António Marujo.
O artigo é interessante de ler e desperta o apetite pela questão (nomeadamente para umas jornadas "Catolicismo e fronteiras políticas" dias 30 e 31 de Maio em Lisboa e em que tenho uma pena gigante de não poder assistir...).
Particularmente curioso (e desmentindo um pouco o tom geral do artigo) o quadro de relação entre a frequência de actos de culto por voto nos partidos políticos nas eleições para a AR em 2009, que coincide com a observação empirica de quem tem estado envolvido nas movimentações civicas da Vida e Família e na sua envolvente geral politica e partidária...
Num artigo meu que saiu no Público em 21 de Janeiro deste ano e a esse propósito escrevi:
"Conforme muitas e credenciadas vozes vêm afirmando, não se pode dizer que exista um eleitorado, ou um voto, católico, nem sequer simplesmente cristão, se por essa designação entendermos uma expressão eleitoral unitária de quem se afirma como sendo parte dessa confissão religiosa: ao longo dos anos e em Portugal ,os católicos exprimem-se em diferentes partidos e votam por diversas opções. Se atendermos aos resultados eleitorais, pode mesmo duvidar-se se muitos dos cristãos se darão ao trabalho de confrontar a sua escolha política com os princípios da sua fé (conforme a hierarquia da Igreja católica e algumas iniciativas de leigos sempre convidam nas vésperas de qualquer acto eleitoral) ...
Este facto, porém, não contradiz que dentro desse eleitorado que professa o cristianismo, ou no quadro mais amplo, e abrangendo quem não partilha essa fé, do centro-direita, não se venha afirmando ao longo dos anos um corpo eleitoral com um volume de voto estável (vejam-se o milhão e meio de votos "não" nos referendos do aborto). Com manifestações cívicas quantitativamente impressivas (petições populares a um ritmo médio de dois em dois anos que reúnem entre 80 e 200 mil assinaturas) e até, em alguns actos eleitorais, esporádicos movimentos uniformes (como a transferência de voto para o PP nas últimas Europeias)."
Ora, deste último ponto de vista, "eppure si muove"...;-)

sábado, maio 28, 2011

Aniversário do meu curso da Católica

Hoje comemoram-se os 25 anos de licenciatura do meu curso de origem (1980) na Católica (Direito). De origem pois por vicissitudes várias não conclui com eles em 1986 a licenciatura, mas apenas mais tarde em 1992 (alguns homens precisam de fazer a tropa primeiro e casarem-se depois com mulheres de fibra, para conseguirem terminar o seu curso...;-)
Vai ser uma Missa e um jantar do qual presumo esteja ausente um colega em campanha eleitoral (Paulo Portas) mas não um seu antecessor na presidência do partido (Manuel Monteiro)...
A propósito deste aniversário e para o "jornal" do curso escrevi (menos bem que a colega jornalista do mesmo curso: Inês Serra Lopes) o seguinte artigo:
"A comemoração do aniversário do curso é uma ocasião de gratidão, orgulho, compromisso e reflexão.
De gratidão a tanta gente: aos nossos pais que nos pagaram o curso, aos colegas que nos acompanharam nas horas difíceis de estudo e exames, aos professores que nos aturaram e procuraram dar o melhor que tinham e sabiam, aos funcionários da casa que asseguraram que tudo andasse sempre “sobre rodas”, aos benfeitores da universidade cujos nomes e rostos desconhecemos mas sem os quais a casa não estaria lá, a todos que se empenharam durante aqueles anos em fazer mais coisas do que apenas estudar e por fim à provocação humana e religiosa dos que tiveram a missão de ser entre nós a presença tocável do Senhor para cujo conhecimento a universidade foi criada.
Orgulho porque é impressionante registar como o nome da nossa universidade em todos os meios em que nos movemos de alguma forma nunca soa como um simples substantivo mas sempre como uma exclamação: “Ah, da Católica!”.
Compromisso porque não é possível constatar que se foi objecto de um dom e não ser imediatamente impelido a pensar como se pode corresponder e retribuir a essa gratuidade. Ocasião pois de decidir ser melhor, atento aos que connosco se cruzam, empenhados na vida da profissão e do país, com a preocupação de que ninguém fique para trás, colegas de curso incluídos.
Reflexão porque a vida passa e o tempo faz-se breve. Tempo por isso de nos perguntarmos quem somos, o que desejamos e manter a pergunta viva, o coração desperto e atento. Porque muito perde o seu tempo quem não ama bem. Quem bem não Te ama!"

sexta-feira, maio 27, 2011

A intolerância dos "tolerantes"

O frémito de terror de que exista um novo referendo sobre o aborto (vejam-se as declarações de Louçã ou a opinião expandida no jornal i de hoje) veio mais uma vez demonstrar como para alguns a tolerância implica sempre a exclusão de alguém...
As declarações de Passos Coelho no sentido de que nenhuma lei está livre de avaliação (o que no caso do aborto é uma necessidade evidente, no que toca à respectiva regulamentação, até para figuras de destaque do Sim) e que é uma das implicações da democracia aceitar que se alguém propuser um novo referendo este deve ter lugar (em resposta a perguntas da RR no programa em que a Sandra Anastácio foi "directora" por uma hora) foram suficientes para desencadear uma tempestade política que provou que o debate sobre o aborto não morreu e está bem vivo na sociedade portuguesa.
O que só espanta quem ainda não se deu conta que em 2007, conjungando as percentagens de abstenção com a votação do Sim, apenas 1/4 dos eleitores sufragaram a actual lei...
Por isso sem surpresa na votação telefónica hoje durante o programa Opinião Pública da SIC Noticias a realização de um novo referendo foi apoiada por 60% dos participantes...
Enfim, um assunto a seguir, mas sobretudo a prova de que vale a pena não deixar de se bater por uma boa causa, apenas por receio de uma má refrega ;-)

quinta-feira, maio 26, 2011

Aborto: as declarações de hoje de Pedro Passos Coelho

As declarações de hoje de Pedro Passos Coelho, prontamente corroboradas por Paulo Portas, são muito importantes porque correspondem não apenas a um sentido democrático (se houver cidadãos que proponham um terceiro referendo ao aborto, tem direito a que este se realize, desde que preenchidas as condições legais) mas também à constatação do "falhanço" da actual lei (quando comparada com os seus objectivos, nas palavras dos seus promotores, "que o aborto se torne legal, seguro e raro"), veja-se a este propósito o estudo mais recente da Federação Portuguesa pela Vida, e, sobretudo, de que o debate na sociedade continua tão vivo como em 1998 e 2007, como um recente seminário do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, veio demonstrar.
A essse propósito (do falhanço da lei) falam melhor do que nós figuras de referência do Sim como Miguel Oliveira e Silva e Luis Graça (do Hospital de Santa Maria)como se pode ver no primeiro número do Biojornal o que revela a existência clara de um consenso em Portugal (ao qual se juntou o Bastonário da Ordem dos Médicos como se pode ver aqui e defendendo o pagamento também no aborto de uma taxa moderadora) no sentido de que a actual lei deve ser revista.

sexta-feira, janeiro 21, 2011

Ordem de nascimento dos filhos

O texto abaixo também recebido de um amigo, tem alguns disparates, outros exageros e é caricatural, mas não sendo a coisa bem assim, não está longe da realidade...penso qualquer pai/mãe de familia numerosa lhe saboreará o sentido de humor...;-)

ORDEM DE NASCIMENTO DOS FILHOS
O 1º filho é de vidro...
O 2º é de borracha...
O 3º é de aço.

(...)

A ORDEM DE NASCIMENTO DAS CRIANÇAS
1º- Os irmãos mais velhos têm álbum de fotografias completo, relato
minucioso do dia que vieram ao mundo, fios de cabelo e dentes de leite
guardados.
2º - O segundo mal consegue achar fotografias do primeiro aniversário.
3º- Os terceiros, não fazem ideia das circunstâncias em que
chegaram à família

O que vestir
1º bebé - Você começa a usar roupas de grávidas assim que o exame
dá positivo.
2º bebé - Você usa as roupas normais o máximo que puder.
3º bebé - As roupas para grávidas são as suas roupas normais, porque já
deixou de ter um corpinho de sereia e passou a ter um de baleia.

Preparação para o nascimento
1º bebé - Você faz exercícios de respiração religiosamente.
2º bebé - Você não se preocupa com os exercícios de respiração -
afinal lembra-se que, na última vez, eles não funcionaram.
3º bebé - Você pede para tomar a peridural no 8º mês porque se lembra
que dói muito.

O guarda-roupas
1º bebé - Você lava as roupas que ganha para o bebé, arruma de
acordo com as cores e dobra delicadamente dentro da gaveta.
2º bebé - Você vê se as roupas estão limpas e só descarta aquelas
com manchas escuras.
3º bebé - Meninos podem usar rosa, não é? Afinal o seu marido é
liberal e tem certeza que o filho vai ser macho igual ao pai! (será
que vai mesmo?)

Preocupações
1º bebé - Ao menor resmungo do bebé, você corre para lhe pegar ao colo.
2º bebé - Você pega no bebé ao colo quando os gritos ameaçam
acordar o irmão mais velho..
3º bebé - Você ensina o mais velho a abanar o berço
ou manda o marido ir ao quarto da criança.

A chupeta
1º bebé - Se a chupeta cair ao chão, você guarda-a até que possa
chegar a casa e fervê-la.
2º bebé - Se a chupeta cair ao chão, você lava-a.
3º bebé - Se a chupeta cair ao chão, você passa-a na camisa, dá
uma lambidela, passa-a de novo na camisa, desta vez para dar secar e não pegar a doença dos sapinhos ao bebé, e dá-a novamente ao bebé, porque o
que não mata, engorda (vitamina B, de Bicho, off course!)

Muda de fraldas
1º bebé - Você troca as fraldas a cada hora, mesmo que elas estejam limpas.
2º bebé - Você troca as fraldas a cada duas ou três horas, se necessário.
3º bebé - Você tenta trocar a fralda somente quando as outras
crianças começam a reclamar do mau cheiro.

Banho
1º bebé - A água é filtrada e fervida e a temperatura medida por
termómetro.
2º bebé - A água é da torneira e a temperatura é fresquinha.
3º bebé - É enfiado directamente debaixo do chuveiro à temperatura
que vier, porque você, o seu marido e os seus pais foram criados assim, e
ninguém morreu de frio.

Actividades
1º bebé - Você leva o seu filho às aulas de musica para bebés, ao
teatro, à narração de histórias, à natação, ao judo, etc...
2º bebè - Você leva o seu filho à escola e vá lá...
3º bebé - Você leva o seu filho ao supermercado, à padaria, à
manicure, e o seu marido que trate de o levar à escola e ao campo
de futebol...

Saídas
1º bebé - A primeira vez que sai sem o seu filho, liga cinco vezes
para casa da sua mãe, para saber se ele está bem (a sua sogra não pode ficar com a criança porque na sua cabeça, ela nunca foi mãe).
2º bebé - Quando você está a abrir a porta para sair, lembra-se de
deixar o número de telefone à empregada.
3º bebé - Você manda a empregada ligar só se vir sangue.

Em casa
1º bebé - Você passa boa parte do dia só olhando para o bebé.
2º bebé - Você passa um tempo olhando para as crianças só para ter
certeza que o mais velho não está apertando, mordendo,
beliscando, batendo ou brincando ao superman com o bebé, amarrando um
saco de plástico do carrefour ao pescoço dele ou atirando-o de cima do sofá.
3º bebé - Você passa todo o tempo a esconder-se das crianças.

Engolir moedas
1º bebé - Quando o primeiro filho engole uma moeda, você corre para
o hospital e pede um raio-x.
2º bebé - Quando o segundo filho engole uma moeda, você fica a pau até ela sair.
3º bebé - Quando o terceiro filho engole uma moeda, você desconta
na mesada dele.

Diferenças entre o homem de direita e o de esquerda

De um amigo meu recebi este email que segundo a informação que vinha junto é tradução de original francês e não tem autor conhecido

De esquerda ou direita?

Quando um tipo de direita não gosta das armas, não as compra.
Quando um tipo de esquerda não gosta das armas, quer proibi-las.
_______________________________
Quando um tipo de direita é vegetariano, não come carne.
Quando um tipo de esquerda é vegetariano, quer fazer campanha contra os produtos à base de proteínas animais.

Quando um tipo de direita é homossexual, vive tranquilamente a sua vida como tal.
Quando um tipo de esquerda é homossexual, faz um chinfrim para que todos o respeitem.
________________________________
Quando um tipo de direita é prejudicado no trabalho, reflecte sobre a forma de sair desta situação e age em conformidade.
Quando um tipo de esquerda é prejudicado no trabalho, levanta uma queixa contra a discriminação de que foi alvo.
________________________________
Quando um tipo de direita não gosta de um debate emitido por televisão, apaga a televisão ou muda de canal.
Quando um tipo de esquerda não gosta de um debate emitido por televisão, quer prosseguir em justiça contra os sacanas que dizem essas sacanices. Se for caso disso, uma pequena queixa por difamação será bem-vinda.
________________________________
Quando um tipo de direita é ateu, não vai à igreja, nem à sinagoga, nem à mesquita.
Quando um tipo de esquerda é ateu, quer que nenhuma alusão à Deus ou à uma religião seja feita na esfera pública, excepto para o Islão (com medo de retaliações, provavelmente).
________________________________
Quando um tipo de direita tem necessidade de cuidados médicos, vai ver o seu médico e, seguidamente, compra os medicamentos receitados.
Quando um tipo de esquerda tem necessidade de cuidados médicos, recorre à solidariedade nacional.
________________________________
Quando a economia vai mal, o tipo de direita diz que é necessário arregaçar as mangas e trabalhar mais.
Quando a economia vai mal, o tipo de esquerda diz que os sacanas dos proprietários são os responsáveis e punem o país.
________________________________
Teste final:
Quando um tipo de direita leu este teste, fá-lo seguir.
Quando um tipo de esquerda leu este teste, não o transfere de certeza.