sexta-feira, abril 10, 2009

Aborto e como mentem os abortistas

Ou se não acreditam, leiam este comunicado ontem emitido pelos Juntos pela Vida (que também enviei à Fernanda Câncio e sempre quero ver se esta tem a coragem de apurar o assunto ou se o DN só publica propaganda facturante...):

Úteros perfurados e Corações partidos

1. A Associação Juntos pela Vida foi surpreendida pelas declarações (veja-se entre outros o Diário de Notícias de ontem, 8 de Abril de 2009) do Director Geral de Saúde, Dr. Francisco George, congratulando-se com o fim das perfurações do útero após a aprovação da lei do aborto.
2. Cumpre esclarecer que de acordo com as informações oficiais da Direcção Geral de Saúde em 2002 e 2006 houve um caso de perfuração do útero de mulheres que fizeram um aborto clandestino. De 2003 a 2005 houve zero casos de úteros perfurados.
3. Em 2007, primeiro ano de vigência da lei do aborto, houve 12 casos de perfurações do útero;
4. Os dados de 2008 são apenas conhecidos do Dr Francisco George, mas permitimo-nos expressar a dúvida de que em 2008 tenha havido menos úteros perfurados do que houve no período 2003-2005.
5. Além disso, ao número de úteros perfurados em 2008 convém juntar os 8 mil e 500 úteros rasgados das 8 mil e 500 meninas que foram cruelmente abortadas durante esse ano. [durante o ano de 2008 houve, de acordo com a DGS, 16.839 abortos legais sendo razoável estimar que ½ das crianças abortadas fossem do género feminino]
6. Vistas seja por que prisma for as declarações do Director-geral de Saúde são não apenas infelizes como sobretudo revelam um desconhecimento não apenas das informações oficias que ele próprio presta como um profundo desconhecimento da realidade
7. Por nada nos garantir que o Director-geral de Saúde não trate com igual displicência, insensibilidade e irresponsabilidade, outros dos importantes assuntos que lhe estão confiados e fundamentais para a saúde dos portugueses, interrogamo-nos se tem justificação a sua continuidade nas actuais funções…

terça-feira, abril 07, 2009

O Sol, o Bispo de Viseu, a SIDA, o Papa e eu

Na semana passada fui contactado pelo Sol para me pronunciar a propósito de todas as questões acima referidas. Pedi perguntas por escrito e eis as respostas que dei:

- O que pensa das declarações feitas pelo bispo de Viseu, na sequência da vista do Papa Bento XVI a África?

Que a excitação mediática à volta de um parte ínfima das mesmas deixa as pessoas na ignorância sobre o facto do Bispo de Viseu ter escrito uma Nota na qual manifesta a sua unidade com o Santo Padre, em que subscreve o que o Papa disse no decorrer de um voo em resposta a um jornalista, e lamenta que uma obsessão contemporânea tenha ocultado a importância, coragem e profundidade de tudo o que Bento XVI disse nesta viagem a África.

- Concorda com a nota pastoral de D. Idílio?

Apesar do escândalo que esta resposta possa suscitar, para nós católicos, as Notas Pastorais não são para concordar ou discordar…Os Bispos são os sucessores dos Apóstolos e o que dizem são sempre um convite à nossa inteligência e ao nosso coração para com maior alegria aderirmos ao que aconteceu nas nossas vidas: o encontro com Cristo, presente na Sua Igreja.

- Em que sentido estas declarações colidem ou não com as declarações do Papa Bento XVI fez em África em relação à problemática da SIDA e do uso do preservativo?

Resposta prejudicada pela acima à primeira pergunta.

- Tem conhecimento se nas missas de domingo este assunto tem sido abordado?

Na minha Paróquia (Nossa Senhora do Carmo no Lumiar) foi e muito bem. Onde não foi espero que o seja. As Missas são também uma ocasião de educação dos católicos e a unidade com o Santo Padre e a adesão à doutrina da Igreja são dois “instrumentos” úteis para viver melhor a alegria grande que encontrámos na nossa vida.