segunda-feira, abril 30, 2012

A Crise: uma oportunidade de Subsidiariedade!

Os exemplos continuam a multiplicar-se...!

JN

Pais fizeram rifas e pagaram obras na escola de Frejufe

"Pedir é fácil, o que é difícil é fazer, daí que este exemplo da sociedade civil seja tão importante: porque eles concretizaram". Bragança Fernandes, presidente da Câmara da Maia, agradeceu a capacidade de iniciativa da associação de pais da Escola Básica de Frejufe, na Maia.
O que fizeram eles? Mexeram-se: como a EB1 continuava a precisava de uma cobertura no recreio para abrigar as crianças, não se limitaram a pedir ou a reclamar - começaram a juntar dinheiro e lançaram a obra.
"Tínhamos um problema e, em vez de nos limitarmos a pedir o arranjo à Câmara e esperar, como se costuma fazer, resolvemos o assunto juntos", diz o arquiteto Sérgio Antão, da associação de pais.
Leia mais na edição e-paper ou na edição impressa
JOSÉ MIGUEL GASPAR

publicado a 2012-04-29 às 00:30

Para mais detalhes consulte:
http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Maia&Option=Interior&content_id=2447055
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Pluralismo nos Media (a lata do BE...)

No último Notícias TV (suplemento sobre televisão de um jornal que agora não consigo identificar...?) vejo estas declarações de uma, creio, deputada do BE, chamada Catarina Martins (38 anos diz sobre a fotografia): "É preciso monitorizar o pluralismo [político nas televisões] de forma mais densa"...!

Quase que seria engraçado, se não fosse trágico, ouvir estas afirmações por parte do BE, até hoje levado ao colo pela comunicação social, meio no qual este partido é esmagadoramente dominante. Se ela diz isso, imaginem o que não diremos nós dos movimentos civicos pela Vida e Família e pelas Liberdades de Educação e Religiosa...!!??

Uma monitorização de facto talvez faça falta. Mas as conclusões creio seriam dramáticas para o BE se a intenção da monitorização fosse assegurar o pluralismo político das Televisões...;-)

Campeões, Campeões, nós somos Campeões!



Dos meus 50 anos de vida, 30 foram passados com Pinto da Costa como presidente do Futebol Clube do Porto. Ou seja, foi-me dado o privilégio de viver na época de ouro do meu clube. Quanto tempo mais esta durará não sei...mas que grandes alegrias isso me proporciona, disso não há dúvida...! ;-) Obrigado, presidente!

domingo, abril 29, 2012

O mortinho que eles estão para haver "molho" como na Grécia...!

Diz João Proença no Expresso: "[Portugal] é [um país] pacifico, mas já matámos um rei. Por isso não abusem...". Inacreditável! E como se dar uns tiros nuns e umas pedras contra outros, fosse resolver alguma coisa...
Sendo que ainda por cima quando depois fossem presos ou levassem umas cecetadas, ainda apareciam os mesmos a choramingar contra a violência da polícia...!

sábado, abril 28, 2012

Na morte de Miguel Portas



Tenho andado muito impressionado com a morte de Miguel Portas. A razão mais próxima é ditada pela amizade pelo irmão Paulo de quem fui colega muitos anos no Colégio São João de Brito e com quem depois me fui cruzando na política, sobretudo em momentos relacionados com as questões fracturantes.

A outra razão é que há nesta morte um coro de simpatia, admiração e saudade, que vai muito além daquele habitual coro de dar por bom ou melhor do que era, aqueles que morrem. Um dos sinais dessa diferença é que esse mesmo "coro" conta com vozes de todos os quadrantes (isto é, não o celebram a ele só os "do seu clube", mas também adversários de todos os azimutes). Outro sinal é que mais do que a história política a laude de Miguel Portas assenta muito na própria humanidade (defeitos incluídos em artigos de alguns dos seus amigos mais próximos) e na forma como combatia e na dúvida que não deixou em ninguém de que o fazia pelo bem comum assim como o entendia.

Impossivel quando ainda não passou um ano evitar a analogia com o que se passou com Maria José Nogueira Pinto. Ambos tão diferentes nas opções, caminhos e histórias pessoais, mas tendo em comum essa forma de ser e estar (e, também, curiosamente, origem no mesmo meio social).

Uma última nota. Na Sábado transcrevem esta frase retirada do Expresso de 23 de Julho de 2011: "Ao chegar ao fim da vida, quero poder olhar para trás e dizer: 'terei feito algumas asneiras, mas no conjunto posso partir, lá para onde for, com tranquilidade'". Agora que já chegou onde Deus sempre o esperou na Sua infinita Misericórdia que surpresa e encantamento não serão os seus...;-)

quarta-feira, abril 25, 2012

25 de Abril: como o tempo passa...



Ontem cá em casa tivemos uma churrascada com amigos da minha filha mais velha. Deitamo-nos tarde. A essa hora dava na SIC - Notícias uma série na qual é feita uma reconstituicção ficcionada desse dia e da Revolução. Surpreendi-me interessado em ver e até "entusiasmado" com o andamento do golpe conforme ele se ia desenrolando. Um pouco desiludido com o "à portuguesa" da coisa e novamente espantado com a falta de reacção do poder de então e dos seus braços armados, sucessivamente enviados ao Terreiro do Paço. Pelo menos nas cenas que vi (já era tarde, pus a gravar, continuarei hoje) não havia de facto ninguém que estivesse disposto a morrer pelo regime (ou pela ideia de Portugal que aquele defendia)...

Escrevi acima surpreendido porque seja em virtude da minha história de militância juvenil anti-comunista seja pela ferida profunda da descolonização (uma verdadeira tragédia pela qual entre outras coisas não nutro simpatia nenhuma por Mário Soares, mesmo com o desconto da Fonte Luminosa) ou pelo conhecimento próximo que tenho de muita injustiça que daí nasceu (esbulho da propriedade, ofensa dos direitos fundamentais de muitos, sofrimento familiar) esta foi a primeira vez ao fim de 38 anos em que estava a ver uma coisa sobre o 25 de Abril e que não estava de pé atrás (mesmo tendo presente desde há anos o resultado bom e desejável das liberdades civicas e da democracia) e até estava a simpatizar, do ponto de vista de empreendimento-operação militar, com "a coisa"...o que me fez pensar em como realmente o tempo tem um efeito poderoso e hoje em dia permite um distanciamento em relação ao acontecido que na proximidade é impossivel...e torna-se-me assim mais possivel compreender tantas aproximações, amizades e ligações, que se sucederam a confrontos grandes (eleições, guerras civis nos Palop's, etc.) as quais estranho porque em geral eu me conservo nas mesmas posições então assumidas...

Como dizia um grande presidente de um grupo industrial de origem belga: "C'est l'age...!" ;-)

terça-feira, abril 24, 2012

Eleições americanas: a imposição dos media


Agora que com Santorum fora de jogo nada parece poder evitar que Mitt Romney seja o candidato dos republicanos às presidenciais americanas, os media procuram estabelecer (melhor se diria impor) as regras do debate e o que pode ou não ser defendido por este candidato em campanha...

Sem perceber que o que gera os fenómenos que depois não percebem (como e sem comparação possivel mas apenas para exemplificar o que aconteceu com Marine Le Pen em França) é precisamente que os eleitores estão fartos da conversa enrolada dos "moderados de serviço" e cada vez mais decididos a arriscar (algumas vezes, sobretudo na Europa, infelizmente, é verdade) nos candidatos que "partem a louça toda".

Isto é, a autenticidade e a energia política estão a dar frutos e quem se quiser afastar destas arrisca-se a ficar como os tolos a meio da ponte perdendo o seu espaço natural e não ganhando nada fora deste (domesticamente veja-se o caso de Cavaco que sem ganhar votos à esquerda, perdeu 500 mil à sua direita, com predominio nos conselhos onde o Não no último referendo do aborto havia ganho...).

Concluindo: o que poderá eventualmente fazer Romney vencer é quanto mais republicano este for. Porque para assegurar os valores democratas Obama chega e sobra...!


segunda-feira, abril 23, 2012

Que experiência de família terão...?

Impressionou-me muito no editorial do Público de hoje a parte intitulada "A emergência das famílias?" em que reflectindo sobre a actual crise se progonostica um regresso (por perda de capacidade financeira de quem neste momento vive independentemente para pagar as prestações da casa) de muita gente a casa dos pais e por isso ao modelo de habitação conjunta de várias gerações.

Ou seja provavelmente uma coisa boa (sou testemunha disso no meu contexto familiar). Posição do editorialista do Público: "Há nesta nova tendência um potencial de conflitualidade que em pouco ajudará os portugueses a enfrentarem a crise ou a serem mais felizes"...!!!! Como dizem os ingleses: "I beg your pardon...!?"

Não só esta posição é incompreensivel já que num âmbito familiar mais alargado há inegáveis poupanças e facilitações da vida (nomeadamente no cuidado dos filhos e também dos idosos) como a dúvida que fica é "que experiência de família faz quem assim escreve...?". A não ser que o que esteja na origem da rejeição do facto seja um egoísmo que parece ter tomado todos (e a que nenhum de nós é imune...mea culpa!) e que se expressa no horror manifestado acima às inevitáveis responsabilidade e contemporização que implicam viver num agregado mais vasto...!? Um egoísmo tão forte que faz preferir a solidão...! Espantoso!

Eleições em França: muito me ria se Sarkozy ganha...



É impressionante como a esquerda, sobretudo a mediática, confunde desejos com realidade e tantas vezes leva ao colo candidatos, partidos e posições políticas, independentemente da sua força real no terrreno ou a importância de pessoas e ideias concorrentes da direita...

Uma das manifestações desse irrealismo foi o entusiasmo com Hollande e Mélenchon, o certificado de óbito político passado a Nicolas Sarkozy e a tentativa desesperada de ignorar o eleitorado que se revê em Marine Le Pen. Mas a realidade tem muita força e impôs-se ao preconceito das esquerdas políticas e mediáticas.

Na verdade olhando para os resultados eleitorais o que se constata é que neste momento a(s) direita(s) têm maioria nas presidenciais e por isso Sarkozy pode ganhar...! Muito me ria...

Nota: dois discursos de Sarkozy são para mim causa da maior simpatia com este. Um é o discurso da tomada de posse intitulado "Vou reabilitar o trabalho". O outro é este pronunciado em São João de Latrão. Extraordinários!

domingo, abril 22, 2012

Nos 30 anos de Pinto da Costa á frente do FCP: parabéns presidente!



Um sucesso notável, um homem à altura da função, um marco inigualável na história do meu clube, um presidente que deixará por certo muitas saudades.
E cuja personalidade, história e significado estão aqui no Diário de Notícias magnificamente caracterizadas por Pedro Marques Lopes:

dn

No país que odeia vencedores

Jorge Nuno Pinto da Costa completou na última terça-feira trinta anos como presidente da mais bem sucedida instituição portuguesa da nossa história recente: o Futebol Clube do Porto.

Em nenhum sector de actividade uma organização conseguiu sequer aproximar-se do desempenho nacional e internacional do clube nortenho. Até o mais distraído dos cidadãos não ignora as sistemáticas vitórias do Futebol Clube do Porto no plano interno em todos os desportos profissionais ou semiprofissionais e os êxitos retumbantes a nível internacional. Desde 1964, o único clube de futebol português a ganhar provas europeias e mundiais foi o FC Porto. Ganhou sete, batendo-se de igual para igual com clubes representativos de cidades e países com muitíssimas mais capacidades financeiras e com uma capacidade de recrutamento de jogadores e treinadores quase ilimitada - não vale a pena perder tempo referindo os campeonatos e taças dentro de fronteiras, o espaço nesta página é demasiado pequeno.
A pergunta impõe-se: que empresa portuguesa, que instituição, foi a melhor da Europa, no seu ramo de actividade, por duas vezes ou, pelo menos, chegou perto disso nos últimos trinta anos? Pois...
Os sócios e adeptos do FC Porto, o desporto português e a comunidade portuguesa devem todos esses feitos a uma pessoa: Pinto da Costa. Claro que nenhum homem sozinho seria capaz de tão espantosa obra, mas foi, de facto, ele o grande motor, o grande líder duma das mais extraordinárias histórias de sucesso duma organização portuguesa.
Pinto da Costa é, sem sombra de dúvida, o mais brilhante gestor português e, no seu sector, um dos melhores do mundo, senão o melhor (é o presidente dum clube, no mundo inteiro, com mais títulos ganhos). Em qualquer país que não estivesse minado pela inveja, que não vivesse obcecado pela intriga e não odiasse vencedores, o presidente do FC do Porto seria um autêntico herói nacional. O exemplo de alguém que com parcos recursos, liderando uma organização originária duma região pobre da Europa, conseguiu, à custa de trabalho, capacidade de organização e uma dedicação sem limites transformar um clube como muitos outros num dos maiores do mundo seria estudado, promovido, glorificado. Não é em vão que por esse mundo fora o FC Porto e o seu presidente são homenageados e vistos como autênticos fenómenos. Mas, em Portugal, quanto maior for o sucesso, maior será o ódio, maior será o desprezo, e, claro está, Pinto da Costa é o alvo de toda a desconsideração, de toda a infâmia, de toda a calúnia.
Desenganem-se os que acreditam que a razão para tanta falta de respeito pela obra realizada se deve exclusivamente à paixão que rodeia as coisas do futebol, ao facto de um clube com menos adeptos que os seus rivais lhes ganhar sistematicamente, às tomadas de posição muitas vezes duras do presidente ou ao discurso exageradamente regionalista. Terão essas razões algum peso, mas estão longe de ser as fundamentais. Pinto da Costa é invejado e odiado porque ganha. E ganha porque sabe mais do seu ofício, porque trabalha mais, porque sabe organizar melhor a sua empresa. Mas isso no nosso país pouco conta. Toda a gente sabe que se alguém é rico é porque roubou, se alguém tem um bom contrato é porque tem cunhas. Porque seria diferente com Pinto da Costa?
O sucesso em Portugal nunca serve de exemplo, nunca leva as pessoas a quererem fazer melhor, a trabalharem mais, a serem mais empenhadas.
Como dizia um meu bom amigo benfiquista, em Portugal só no futebol se fazem declarações de interesses. Sou sócio do FC Porto. Estarei eternamente agradecido a quem me proporcionou tantas alegrias e me fez quase arrebentar de orgulho por ser portista e português. Mas isso, para o tema, pouco importa. É quase patético ter de anunciar a minha condição de adepto dum clube apenas porque se reconhece a obra de alguém ímpar na nossa comunidade, de alguém que honrou o nome da cidade do Porto e de Portugal.
Muito obrigado, sr. Pinto da Costa.
Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.
PEDRO MARQUES LOPES

publicado a 2012-04-22 às 01:15

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sexta-feira, abril 20, 2012

Tribunal Constitucional: sensibilidade e bom senso

Começou desastrado o processo de eleição (como estão as coisas é mais de nomeação do que outra coisa como bem o referiu hoje o Professor Jorge Miranda...) dos novos juizes do Tribunal Constitucional...
Primeiro que tudo dois maçons, dois, como nas Touradas, e do GOL ainda por cima. Depois um dos candidatos parece estar envolvido numa embrulhada no Ministério da Justiça (o do PS) e o outro (daí o bom senso), indicado pelo PSD, acaba de retirar a candidatura (provavelmente será mais correcto dizer que a sua candidatura foi retirada...).
Mas continuamos com um problema de sensibilidade: o da sub-representação dos católicos nas instituições políticas e no Tribunal Constitucional...cirurgicamente se afasta estes (representativos de uma esmagadora maioria da população que assim se o declara embora como se veja pela prática, com alguma inconsequência...) não vá haver quem olhe para o que a Constituição de facto diz e sem ligar à filiação partidária ou ao partido proponente da lei em exame, se lembre de decidir independentemente...
Para mim é desde há muito claro: acabe-se com este Tribunal e remetam-se as suas funções para uma secção do Supremo Tribunal de Justiça. Foi de credenciada gente que o ouvi e estou cada vez mais convencido da solução.

quinta-feira, abril 19, 2012

Parabéns Santo Padre!


De um Padre meu amigo dos Açores acabo de receber este sms que reproduzo e que me permite associar ao coro de acção de graças por este homem, sacerdote e eleição:
"Hj 7o aniversa'rio d eleic,ao d Sto Padre Bento XVI K o SENHOR o abenc,oe guarde santifike e defenda d todo o mal na firmeza da fe' e da verdade no servic,o da Igreja e de todo o Povo d DEUS Rezemos pelas intenc,oes do Sto Padre"
E, já agora,  também que há três dias (16 de Abril) celebrou-se o 85º aniversário do Papa e também do meu pai (nascido no mesmo dia e ano do Papa!)...

Estados Unidos: taxar os ricos

Confesso que não sou propriamente um especialista em teoria da justiça e equidade fiscal mas pareceu-me bem o chumbo pelos republicanos da Regra Buffett que pretendia um aumento fiscal para os mais ricos. Não só porque tendencialmente desconfio do que Obama defende mas também porque (e recorrendo aos exemplos do jornal Público) não me choca que 374 mil dólares (de rendimento anual, mais ou menos 300 mil euros) paguem 35% de imposto (receita fiscal de 105 mil euros) e 21.7 milhões de dólares (de rendimento anual, mais ou menos 17 milhões de euros) paguem 13.9% de imposto (receita fiscal de 2,4 milhões de euros)...
Maxime, concordaria com a diminuição da despesa do Governo americano (é o meu conjunto de costelas Tea Party) e que diminuisse também a taxação dos rendimentos "mais baixos" (do exemplo)...
Sem falar que sem riqueza não há investimento nem, nos Estados Unidos, esmagadora beneficiência...!

Os Partos nas Maternidades de Lisboa

"Maternidades de Lisboa podiam fazer 28 mil partos mas fazem 21 mil" intitula o Publico de ontem. Não admira...lê-se aqui o relatório da Direcção Geral de Saúde sobre o aborto em Portugal com os números de 2010 (ir ao separador publicações e escolher:
"Relatório dos Registos das Interrupções de Gravidez ao abrigo da Lei nº 16/2007 de 17 de Abril
Dados referentes ao período de Janeiro a Dezembro de 2010") e verifica-se que nesse ano (ainda não há números de 2011 mas devem ser "bonitos" para a DGS os estar a segurar...), sem a habitual correcção (os números de Março sobre o ano anterior são sempre revistos em alta em Julho seguinte, por causa do fecho de estatisticas) houve na região de Lisboa e Vale do Tejo 10.729 abortos dos quais 10.468 por opção da mulher...
E na famigerada Maternidade Alfredo da Costa (e a propósito do assunto: será que no "desmentido" dos números do Ministro, a Maternidade teve a lata de juntar ao número de partos, o número de abortos, e por isso os dois números não coincidem...!?) os abortos foram 1629, dos quais 1476 por iniciativa da mulher...é o resultado da actividade de "profissionais" como a Ana Campos, figura de proa do movimento abortista...
Conclusão: não fizessem abortos e já não tinham problemas de excesso de capacidade...!

segunda-feira, abril 16, 2012

O novo programa do PSD

Impressionou-me muito o conteúdo do novo programa do PSD aprovado no último Congresso. Ousaria mesmo dizer que há uma mais claro e inspirado regresso às origens do PPD (nomeadamente quando se pensa na declaração de princípios intitulada "Os Nossos Valores" e que se encontra no site do partido) e à matriz social-cristã ou da Doutrina Social da Igreja que era a formação original da maior parte dos fundadores do partido e os inspirou nos primeiros documentos (a este propósito é fundamental ler o inspirado artigo de Pedro Lomba "O fim da social-democracia").

Claro que depois o problema, como me observava uma destacada figura do catolicismo nacional, é que "as mesmas palavras não têm o mesmo significado para toda a gente"...;-)

Passos Coelho: mais sociedade, menos Estado



Há em Passos Coelho um discurso que por causa da austeridade e da crise, tem passsado desapercebido, mas é fundamental e creio corresponde de facto às suas intenções: mais sociedade e menos Estado.
Ou seja, o princípio da subsidiariedade em acto. Vale a pena sublinhá-lo e tentar perceber como se pode a partir da sociedade corresponder a esta sua intenção e colaborar nesta reforma indispensável.

No seu discurso ao Congresso do PSD/Açores que teve lugar este fim-de-semana o actual primeiro-ministro disse entre outras coisas (citações retiradas da edição impressa do Público):

- "Temos de alterar profundamente as estruturas económicas, políticas e sociais do país para que privilégios injustificados não voltem a acontecer" e para que a sociedade seja não só "mais aberta, mais dinâmica e competitiva, mas também mais solidária e mais responsável".
- No "longo caminho" que perspectiva para a concretização de reformas estruturais, Passos quer "reformar mentalidades" relativamente ao papel do Estado. Que deve estar "ao serviço das pessoas" e não deve representar uma "administração que complique a vida, mas que se justifique em função daquilo que é a nossa actividade económica e social". O Estado, frisou, "tem obrigações indeclináveis" mas tem de "deixar a nossa sociedade respirar", de "premiar a iniciativa das pessoas" para criar "riqueza, sem a qual não conseguimos distribuir de uma forma mais justa".
- Contra as "estruturas que perduraram durante tantos anos" e "mantiveram muitas vezes as pessoas na dependência da esmola que o Estado lhes dá".

Enfim, todo um programa que vale a pena encorajar, colaborar e incentivar...!

domingo, abril 15, 2012

TEXTO “HUMORÍSTICO”, SÔBRE O ACÔRDO ORTOGRÁFICO DA " LÍNGUA PORTUGUESA "

O acordo ortográfico e o futuro da língua portuguesa.

Tem-se falado muito do Acordo Ortográfico e da necessidade de a língua evoluir no sentido da simplificação, eliminando letras desnecessárias e acompanhando a forma como as pessoas realmente falam.

Sempre combati o dito Acordo mas, pensando bem, até começo a pensar que este peca por defeito. Acho que toda a escrita deveria ser repensada, tornando-a mais moderna, mais simples, mais fácil de aprender pelos estrangeiros.

Comecemos pelas consoantes mudas: deviam ser todas eliminadas.

É um facto que não se pronunciam.

Se não se pronunciam, porque ão-de escrever-se ?

O que estão lá a fazer ?

Aliás, o qe estão lá a fazer ?

Defendo qe todas as letras qe não se pronunciam devem ser, pura e simplesmente, eliminadas da escrita já qe não existem na oralidade .

Outra complicação decorre da leitura igual qe se faz de letras diferentes e das leituras diferentes qe pode ter a mesma letra .

Porqe é qe "assunção" se escreve com "ç" e "ascensão" se escreve com "s"  ?

Seria muito mais fácil para as nossas crianças atribuír um som único a cada letra até porqe, quando aprendem o alfabeto, lhes atribuem um único nome.

Além disso, os teclados portugueses deixariam de ser diferentes se eliminássemos liminarmente o "ç"  .

Por isso, proponho qe o próximo acordo ortográfico elimine o "ç" e o substitua por um simples "s" o qual passaria a ter um único som .

Como consequência, também os "ss" deixariam de ser nesesários já qe um "s" se pasará a ler sempre e apenas "s"  .

Esta é uma enorme simplificasão com amplas consequências económicas, designadamente ao nível da redusão do número de carateres a uzar. Claro, "uzar", é isso mesmo, se o "s" pasar a ter sempre o som de "s" o som "z" pasará a ser sempre reprezentado por um "z" .

Simples não é? se o som é "s", escreve-se sempre com s. Se o som é "z" escreve-se sempre com "z" .

Quanto ao "c" (que se diz "cê" mas qe, na maior parte dos casos, tem valor de "q") pode, com vantagem, ser substituído pelo "q". Sou patriota e defendo a língua portugueza, não qonqordo qom a introdusão de letras estrangeiras.

Nada de "k" .Ponha um q.

Não pensem qe me esqesi do som "ch" .

O som "ch"  será  reprezentado pela letra "x".

Alguém dix "csix" para dezinar o "x"? Ninguém, pois não ?

O "x" xama-se "xis".

Poix é iso mexmo qe fiqa .

Qomo podem ver, já eliminámox o "c", o "h", o "p" e o "u" inúteix, a tripla leitura da letra "s" e também a tripla leitura da letra "x" .

Reparem qomo, gradualmente, a exqrita se torna menox eqívoca, maix fluida, maix qursiva, maix expontânea, maix simplex .

Não, não leiam "simpléqs", leiam simplex .

O som "qs" pasa a ser exqrito "qs" u qe é muito maix qonforme à leitura natural .

No entanto, ax mudansax na ortografia podem ainda ir maix longe, melhorar qonsideravelmente  .

Vejamox o qaso do som "j" .

Umax vezex excrevemox exte som qom "j" outrax vezex qom "g"- ixtu é lójiqu?

Para qê qomplicar ? ! ?

Se uzarmox sempre o "j" para o som "j" não presizamox do "u" a segir à letra "g" poix exta terá, sempre, o som "g" e nunqa o som "j" .
 
Serto ?

Maix uma letra muda qe eliminamox .

É impresionante a quantidade de ambivalênsiax e de letras inuteix qe a língua portugesa tem  !

Uma língua qe tem pretensõex a ser a qinta língua maix falada do planeta, qomo pode impôr-se qom tantax qompliqasõex ?

Qomo pode expalhar-se pelo mundo, qomo póde tornar-se realmente impurtante se não aqompanha a evolusão natural da oralidade ?

Outro problema é o dox asentox.

Ox asentox só qompliqam !

Se qada vogal tiver sempre o mexmo som, ox asentox tornam-se dexnesesáriox .

A qextão a qoloqar é: á alternativa ?

Se não ouver alternativa, pasiênsia.

É o qazo da letra "a" .

Umax vezex lê-se "á", aberto, outrax vezex lê-se "â", fexado .

Nada a fazer.

Max, em outrox qazos, á alternativax .

Vejamox o "o": umax vezex lê-se "ó", outrax  lê-se "u" e outrax, lê-se "ô" .

Seria tão maix fásil se aqabásemox qom isso !

qe é qe temux o "u" ?

Se u som "u" pasar a ser sempre reprezentado pela letra "u" fiqa tudo tão maix fásil !

Pur seu lado, u "o" pasa a suar sempre "ó", tornandu até dexnesesáriu u asentu.

Já nu qazu da letra "e", também pudemux fazer alguma qoiza :

quandu soa "é", abertu, pudemux usar u "e" .

U mexmu para u som "ê" .

Max quandu u "e" se lê "i", deverá ser subxtituídu pelu "i" .

I naqelex qazux em qe u "e" se lê "â" deve ser subxtituidu pelu "a" .

Sempre. Simplex i sem qompliqasõex .

Pudemux ainda melhurar maix alguma qoiza: eliminamux u "til" subxtituindu, nus ditongux, "ão" pur "aum", "ães" - ou melhor "ãix" - pur "ainx" i "õix" pur "oinx" .

Ixtu até satixfax aqeles xatux purixtax da língua qe goxtaum tantu de arqaíxmux.

Pensu qe ainda puderiamux prupor maix algumax melhuriax max parese-me qe exte breve ezersísiu já e sufisiente para todux perseberem qomu a simplifiqasaum i a aprosimasaum da ortografia à oralidade so pode trazer vantajainx qompetitivax para a língua purtugeza i para a sua aixpansaum nu mundu .

Será qe algum dia xegaremux a exta perfaisaum ?

Proibição fumar nos carros: contra o fascismo sanitário!!

Anda por aí uma perigosa deriva fascista qual é a do totalitarismo sanitário. Desta vez a ASAEsice é proibir fumar nos carros quando estes transportem crianças. Ou seja, impor o bom senso à força!

E depois: proibir de fumar em casa onde existam crianças? Proibir de fumar ao ar livre na presença das mesmas e sobretudo quando estas estão a favor do vento? Proibir de fumar, pronto!? Enquanto se autoriza o consumo de drogas leves em qualquer lado e das pesadas nas "salas de chuto", o aborto à vontade, etc.? Valha-nos Deus!

Recomendo a este propósito dois artigos excelentes no Expresso deste sábado: do Ricardo Costa e do Miguel Sousa Tavares.

Presidenciais USA: mais uma prova de como os media estão tão fora...


Quem leia a imprensa portuguesa no que se refere às primárias republicanas é levado a pensar que Rick Santorum é mais ou menos o equivalente a José Pinto Coelho (do PNR) e Mitt Romney um politico que nos temas fracturantes está mais ou menos alinhado na mediana entre Paulo Portas (actual...) e Pedro Passos Coelho...! A origem da confusão parece-me estar em que o sistema intelectual de esquerda português não é estúpido (isto é, ainda que confusamente, adverte o perigo do momento em que o centro-direita português se verá confrontado com o mesmo conflito de identidade). Ora, quando isso coexiste com uma profunda ignorância jornalistica está reunido o caldo favorável à confusão acima identificada.

Mas na verdade, nada mais longe da realidade...a existir comparação (e pedindo perdão pela incompletude a ambos) a de Rick Santorum poderia ser com qualquer um dos protagonistas do chamado "voto católico" e a de Mitt Romney (no que às questões fracturantes respeita) com Manuel Monteiro (do PND) ou Paulo Portas (nos seus melhores dias...).

A prova do acima referido está aqui no site de Romney, já que quando a Rick Santorum, não é necessária demonstração tal a "peste" que o mesmo é para a classe jornalistica (onde como uma vez ouvi a um ex-director de um diário "se o universo eleitoral português se reduzisse aos portadores de carteira de jornalista, o Bloco de Esquerda tinha maioria absoluta"...;-)

Papa Bento XVI e quando os media estão tão longe e não imaginam



Acabo de passar uma vista de olhos sobre o editorial de hoje do Público e as páginas desenvolvidas sobre "os nove casos que estão a abalar um Papa que perdeu a mão no Vaticano"...a tentação primeira é um sorriso tão "ao lado" e "fora" está o seu conteúdo...mas depois vem a segunda tentação: que experiência triste e desconsoladora de Igreja tem quem assim a vive ou vê...até que depois assalta-nos a gratidão e a graça em que mais não se quer do que corresponder ao pedido que o Papa fez e que a Ecclesia reproduz assim:

Vaticano: Papa pede «força» para cumprir missão, antecipando 7.º aniversário do pontificado

Bento XVI completa 85 anos esta segunda-feira e lembrou eleição, a 19 de abril de 2005

Lusa | Bento XVI na janela do seu apartamento, Vaticano, 15.04.2012
Cidade do Vaticano, 15 abr 2012 (Ecclesia) – Bento XVI apelou hoje às orações dos católicos numa semana em que vai celebrar o seu 85.º aniversário natalício e 7 anos de pontificado, pedindo “força” para a sua missão.
“Na próxima quinta-feira, por ocasião do sétimo aniversário da minha eleição para a sede de Pedro, peço-vos que rezem por mim, para que o Senhor me dê a força de cumprir a missão que me foi confiada”, afirmou o Papa, em francês, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, para a recitação da oração do “Regina Coeli” que durante o tempo da Páscoa substitui o Angelus.
Joseph Ratzinger, que esta segunda-feira completa 85 anos, nasceu na localidade alemã Marktl am Inn, Diocese de Passau (Alemanha), região da Baviera.
O então cardeal Ratzinger foi eleito sucessor de João Paulo II na tarde de 19 de abril de 2005, no quarto escrutínio do conclave iniciado um dia antes, tendo escolhido o nome de Bento XVI.
Nestes sete anos, o Papa alemão realizou 26 viagens na Itália e 23 ao estrangeiro, incluindo um visita a Portugal, entre 11 e 14 de maio de 2010, com passagens por Lisboa, Fátima e Porto.
Bento XVI assinou três encíclicas e presidiu a três Jornadas Mundiais da Juventude, para além de ter convocado quatro Sínodos de Bispos, um Ano Paulino e um Ano da Fé; em outubro vai ter lugar um novo Sínodo e inicia-se o Ano da Fé.
Num balanço do atual pontificado, o porta-voz do Vaticano destaca que o Papa enfrentou “com coragem, humildade e determinação situações difíceis, como a crise que se seguiu aos abusos sexuais” cometidos por membros do clero ou em instituições católicas de vários países.
“Aprendemos coma coerência e a constância do seu [Bento XVI] ensinamento que a prioridade do seu serviço à Igreja e à humanidade é orientar a vida para Deus (…), que o esquecimento de Deus e o relativismo são perigos gravíssimos no nosso tempo”, afirma o padre Lombardi, no editorial do programa ‘Octava Dies’, do Centro Televisivo Vaticano.
Bento XVI é o sexto Papa mais velho dos últimos 700 anos, superando o seu predecessor, João Paulo II, que faleceu aos 84 anos, no dia 2 de abril de 2005.
Segundo as estatísticas apresentadas pelo blogue "Popes-and-papacy.com", o atual Papa foi o quinto mais velho a ser eleito nos últimos 500 anos: tinha 78 anos aquando do final do conclave de 2005.
O Papa mais velho da história foi Leão XIII, que faleceu com 93 anos no dia 20 de julho de 1903.
OC

Internacional | Agência Ecclesia | 2012-04-15 | 15:53:27 | 2426 Caracteres | Bento XVI


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sexta-feira, abril 13, 2012

União Lusófona: uma proposta inovadora



O Sol da passada sexta-feira traz um artigo muito interessante de um Miguel P. Lopes do ISCSP em que é proposta uma União Lusófona, à imagem da União Europeia, e constituída pelos actuais PALOP's. Muito interessante...(seria uma comunidade de 250 milhões de pessoas...).

Fui procurar o artigo na net e não o encontrei mas em contrapartida dei com a mesma proposta feita pelo Senhor D. Duarte no último jantar do 1º de Dezembro. Está aqui.

Enfim, ideias politicas inovadoras não faltam, graças a Deus!

quinta-feira, abril 12, 2012

Maternidade Alfredo da Costa: partos e abortos



Diz o Publico hoje que a MAC sofreu uma redução de 6000 para 3000 partos anuais e que faltam 1500 partos ao Hospital Santa Maria para classificá-lo como maternidade. É útil recordar que desde que há aborto por opção da mulher em Portugal (meio de 2007) na MAC já se fizeram estes abortos:
2007 - 509
2008 - 1406
2009 - 1497
2010 (provisório) - 1476
Não tenho aqui agora os abortos feitos no Hospital de Santa Maria mas duas conclusões desde já:
a) Não tenho pena nenhuma que encerre uma "maternidade" em que se faz abortos e
b) Não fora os abortos nem a MAC, nem o Hospital de Santa Maria, estavam com estes problemas. Isto é: cá se fazem, cá se pagam...!

quarta-feira, abril 11, 2012

O aniversário da Renascença (75 anos)


Ontem estive na Católica na sessão solene dos 75 anos da Emissora Católica Portuguesa. Foi uma cerimónia bonita, simples e sentida. Teve além disso uma intervenção extraordinária do Reitor da Católica sobre a intervenção dos leigos na sociedade que é todo um programa.

Mas neste aniversário o que me impressionou particularmente foram dois pontos:

1- A riqueza, riscos e desafios, do discernimento no trabalho diário da RR da aplicação do seu ideário de Evangelização (uma tarefa a que todos os que não trabalhamos lá também estamos chamados seja pela pura e simples oração, seja pela companhia e amizade da critica caridosa e do louvor oportuno) e
2- A grandeza e extensão da história da presença da Igreja Católica que vai para lá (que é maior) do que a perspectiva que cada um individualmente "no seu canto" tem da mesma (da "coisa"). É um grande conforto fazer parte de uma história maior do que a nossa, é educativa essa humildade e ao mesmo tempo perceber como cada um de nós, leigos empenhados, é na sua parte respectiva o terminal e manifestação, dessa mesma história...!

Ainda a Maternidade Alfredo da Costa e o aborto



Parafraseando o título acima do Público: "[N]um lugar onde se nasce, nunca [se] deveria morrer [por aborto provocado]"...

terça-feira, abril 10, 2012

Fecho da Maternidade Alfredo da Costa: e se não fizessem abortos...?



Nas notícias de hoje fala-se de um cordão humano convocado em torno da Maternidade Alfredo da Costa para protestar contra o encerramento da mesma. Entre outras razões o encerramento deve-se à sub-utilização deste estabelecimento onde não há número suficiente de nascimentos...

Mas que esperavam os abortistas e todo o pessoal de saúde conivente com os mesmos (na verdade lá pontificam algumas das figuras do Sim, entre as quais Maria José Alves e outros protagonistas da APF) que acontecesse num país onde um sexto das gravidezes acaba em aborto...? Isto é, de uma situação, que no caso concreto significava que a Maternidade podia ter mais 17% de serviço do que aquele que tem hoje em dia, se lá não se fizessem abortos...!?

As decisões ideológicas e desumanas tem consequências...

domingo, abril 08, 2012

Do Blog Povo: Cristo ressuscitou!

Na sua mensagem de hoje o meu amigo Pedro Aguiar Pinto, editor do Blog Povo, diz isto com que me identifico totalmente, na alegria de uma Páscoa celebrada a bem uns milhares de quilómetros daquele Norte onde hoje de manhã teria integrado a Visita Pascal:

"Depois do silêncio de sexta-feira e sábado santos, o repicar dos sinos logo de manhã, acordam um Portugal que ainda é essencialmente cristão. Tenho essa consciência na missa da manhã quando o povo maioritariamente idoso e habitualmente tristonho que enche a igreja da paróquia onde vou à missa quando venho ao Porto, canta com uma alegria que vem de dentro enquanto as campainhas que acompanharam os “compassos” entram ruidosas ao entoar do Glória pelo corredor central.
É mesmo neste momento que se sente vibrar a totalidade de significado que Cristo veio trazer à nossa existência. Perante o túmulo vazio de hoje e as manifestações do esplendor da presença de Cristo glorioso de que os próximos dias deste tempo pascal fazem memória o nosso coração enche-se de contentamento por ter o melhor dos chefes."

Uma Santa Páscoa a todos!


Ressurreição de Cristo e as mulheres no túmulo

(1441)

Museo di San Marco

Florença

Páscoa: Ressuscitou, Aleluia!

sábado, abril 07, 2012

Descansado a ouvir Blues...!

O efeito conjugado de uma gripe que me prostou completamente e da viagem de visita e para passar a Páscoa com uns amigos na Roménia estão a fazer-me passar uns dias como há muito e muito tempo não tinha: descansar, ler (uma biografia sobre o caso Madoff já cá canta e o "American by Heart" da Sarah Palin já vai bem adiantado), estar com a família, ver a série dos Pequenos Vagabundos, procurar viver as circunstâncias da época (Semana Santa) da melhor maneira, etc. Um descanso!



Desse descanso faz agora parte ouvir o disco Let Them Talk do Hugh Laurie (conhecido actor que faz a personagem do Dr. House) que comprei há uns dias numa livraria maravilhosa (com a respectiva esplanada) em Bucareste. Que maravilha de Blues! Na entrada logo o St. James Infirmary que aqui deixo na interpretação de Louis Amstrong (seu autor, creio...?).

quarta-feira, abril 04, 2012

Retornados: uma história impressionante

Apesar de ter 12 anos na altura dei muito pelo que então se passou no país. Recordo-me de ter chorado quando em 27 de Julho ouvi o discurso de abandono do Ultramar de Spínola e em 1975 ler a imprensa de extrema-esquerda, em especial, o "Luta Popular" do MRPP. Recordo-me também logo em 1974 do MAEESL (movimento associativo dos estudantes do ensino secundário de lisboa) e das manifestações a que então íamos (pacificos e burgueses alunos do São João de Brito). Acho que o meu primeiro artigo político foi uma defesa das guerrilhas de esquerda na América-latina (num jornal policopiado editado no Colégio e sintomaticamente chamado "O Burro"...) mas ao mesmo tempo a primeira colagem de cartazes em que participei foi do então PPD com partida de uma sede na João XXI e a companhia de Paulo Portas (fomos colegas e contemporâneos no colégio). Ainda no mesmo colégio levei uma vez um jornal do MES que acabou queimado por alguns colegas de turma. Por 1976 creio já distribua propaganda do CDS pelo Porto. Enfim, memórias da revolução e da iniciação política...

Mas no meio disso tudo, dou-me agora conta, passou-me ao lado a história e o drama dos retornados. Não me recordo de ter tido nenhum da minha idade como amigo e a aproximação à ideia do Ultramar português chegou-me pelas leituras e pelo convivio a partir de 1978 com antigos combatentes, pretos e brancos, nas actividades (anti-comunistas, nacional-revolucionárias) em que participava. Agora homem feito e sobretudo pai de família dou-me conta de que drama humano, familiar, não foi e a que tragédia uma quantidade razoável de portugueses (na maioria brancos), entre meio e um milhão, foi submetida...!






Vem isto a propósito de uma visita a este Blog de memorabilia da grande migração de portugueses do Ultramar e das fotografias impressionantes que fui vendo. Imaginando-me no meio daquilo: bens perdidos, sem emprego, a olhar a família sem nada, ali dependente de mim, carecida da caridade da familia que cá tivesse (e se...), com o futuro por diante como uma grande incógnita...que drama!

E depois, não excluindo as canalhices e misérias humanas, que história grande de esforço e devoção, de refazer a vida e contribuir para o desenvolvimento de um país que tão mal os tratou (e no qual metade deles, no continente, nunca tinha estado...), de laços de amizade e sangue...! Uma história que valeria sempre a pena ler: em homenagem a quem a viveu, para nossa educação e até hoje em dia, nas actuais circunstâncias, como roteiro de como se vence uma crise verdadeira...!

terça-feira, abril 03, 2012

Sem fazer nada no estrangeiro e reencontra-se um primeiro amor...

Sim, é verdade. 25 anos de casado, em férias com a família no estrangeiro, dias seguidos a curar uma gripe mortal e sem fazer integralmente nada, uma sensação de descanso como há muito tempo não tinha apesar de uma "culpa" muito difusa (sempre tanto para fazer...), e, de repente, uma bela noite, em casa dos amigos diplomatas que viemos visitar, encontrei-a de novo...! Linda como sempre, loira, olhos claros. Sim, de novo a mesma paixão...! Ou senão veja esta fotografia e digam-me como pode um homem resistir...;-)


Bom, chama-se Beatrice Marcillac, hoje em dia aproxima-se dos seus 55 anos e Deus apiedado de tanta beleza poupou-a a uma carreira de actriz (por este post no 31 da Armada descobri trabalha em imobiliário), pelo que ficará para sempre na memória de pelo menos uma geração (a minha, nascida no início dos anos sessenta) como a imemorial Marion-des-Neiges da série os Pequenos Vagabundos (que tenho estado a rever todas as noites, completamente deleitado e não apenas pela razão acima já que a série é uma combinação irresistivel de aventuras, amizade, espírito de grupo, natureza e temas de sempre como o dos Templários). Ont est de son adolescence comme ont est de son pays...;-)

Mais memorabilia do tema no YouTube e aqui.