sexta-feira, dezembro 07, 2007

Artigo na Sábado sobre a Opus Dei

Enviei esta carta ontem ao Director da Sábado. Vamos ver se a publicam...?

Caro Director

Nunca frequentei ou pertenci à Opus Dei e sou um leitor assíduo da Sábado. Fica assim declarada a isenção da minha tristeza com o artigo de 6 de Dezembro sobre aquela instituição.
De facto ligam-me às pessoas da Opus Dei laços de amizade e admiração, nascidos no comum empenho em iniciativas cívicas e também da minha pertença à Igreja católica. São pessoas em quem vejo a entrega das próprias vidas ao crescimento da presença de Cristo no mundo, movidas por um grande amor a Deus e ao seu próximo. Quanto aos defeitos delas, chegam-me os meus…
Além disso conheço outras facetas da Opus Dei que no artigo foram omitidas em detrimento da exploração sensacionalista dos testemunhos generosamente dados. Falo das pessoas da Prelatura que assistem os deficientes profundos que ninguém quer ou pode cuidar, que trabalham nos bairros mais recônditos onde nenhum de nós ousa entrar ou daquelas que num trabalho persistente se dedicam ao acolhimento das mães que querem ter os seus filhos numa sociedade que às suas limitações e misérias só oferece o aborto. É todo um outro código…
Quanto aos testemunhos negativos: quantos factos da nossa vida pessoal, vistos isoladamente, fora do contexto, não poderiam transformar o retrato dos nossos amigos e familiares, numa realidade em que não nos reconheceríamos e que diria injustamente mal de nós?
Com os meus cumprimentos

Antonio Pinheiro Torres
Ex. Deputado à Assembleia da República

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Bruxelas: Cristo no Parlamento Europeu

Estive ontem em Bruxelas para participar num encontro promovido por Comunhão e Libertação no Parlamento Europeu.
Cristo anunciado com a mesma simplicidade, abertura e humanidade, de há 2000 mil anos e de sempre: no rosto de homens (neste caso de políticos e funcionários de organizações internacionais) a quem aconteceu um encontro que mudou as suas vidas.
Voltarei ao tema mas impressionou-me esta: "vivemos num tempo dominado por uma mentalidade que nos diz "não é possível" [uma outra vida, uma outra forma de viver, uma outra solução] e por isso só conhece o acomodamento. Mas nós fazemos experiência de que é possível [mais vida, amor, beleza, satisfação, esperança]. O que pode mudar a politica é os homens encontrarem uma experiência humana que lhes evidencia que é possível".
Um exemplo (por mim): a pílula do dia seguinte. Não é possivel que as pessoas se amem respeitando-se. Por isso acomodamo-nos e damos-lhe a pilula do dia seguinte. Porque não é possivel que a possivel criança que surja de uma relação "desprotegida" seja acolhida e amada. Por isso deixamos que ela seja abortada. Porque não há esperança. Que tristeza!

Paredes: população quer mais saúde e não abortos

A partir de Paredes está a gerar-se uma movimentação muito interessante de oposição à prática de abortos no respectivo centro de saúde e de exigência de cuidados médicos para os problemas reais de saúde das populações.
Mais pormenores em Paredes pela Vida.
Eu acho que os abortistas ainda não pensaram bem no que aconteceu na sua "vitória" de 11 de Fevereiro: passaram a tropa de ocupação, convencional, e nós a guerrilheiros... ;-)

terça-feira, dezembro 04, 2007

Não haverá Natal este ano...? ;-)

Felizmente não é verdade...!
Mas tem graça este email que recebi agora :-)

Este ano não vai haver presépio!...

Lamentamos mas: - Os Reis Magos lançaram uma OPA sobre a manjedoura e esta
foi retirada do estábulo até decisão governamental;

- Os camelos estão no governo;

- Os cordeirinhos estão tão magros e tão feios que não podem ser exibidos;

- A vaca está louca e não se segura nas patas ;

- O burro está na Escola Básica a dar aulas de substituição;

- Nossa Senhora e São José foram chamados à Escola Básica para avaliar o burro;

- A estrelinha de Belém perdeu o brilho porque o Menino Jesus não tem tempo para olhar para ela;

- O Menino Jesus está no Politeama em actividades de enriquecimento curricular e o tribunal de Coimbra ordenou a sua entrega imediata ao pai biológico;

- A ASAE fechou temporariamente o estábulo pela falta da manjedoura e, sobretudo,até serem corrigidas as péssimas condições higiénicas do estábulo, de acordo com as normas da União Europeia.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Eles estão doidos! Grande artigo de António Barreto

Já em post anterior ("Viva a Liberdade! Dois artigos no Público de hoje") datado de 25 de Novembro referi este artigo do António Barreto.
Como "não há cão que não tenha sorte" (frase que sempre aplico a mim próprio...;-) recebi agora do meu amigo Pedro Sérgio o link para o mesmo.
Aqui fica, recomendando eu vivamente uma visita: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhseCprO3JFFPLdDJhwPQkQLu4AA5TyYU5LKRzTiORrlggLbAGheYQzSvD1XJRHpdFEUmAt_grqd4N9X5Mcd7abVRtK6joSOD2_GYA2mJ6KcrJbLptL1Yhb5ACnnG4slv8Oyffn/ 0-h/ant%C3%B3nio+barreto.jpg

Começou o Advento: está a chegar o Natal!

Da Escola de Direcção e Negócios AESE (onde entre 1999 e 2000 fiz o Programa de Alta Direcção de Empresas) acabo de receber o boletim da respectiva Capelania onde encontrei este artigo do Padre Hugo de Azevedo (um amigo do meu pai ;-)
Parece-me uma boa forma de iniciar o Advento, este tempo de espera e tensão, num pedido que também neste lugar de escombros e desarrumado, que tantas vezes caracteriza o nosso coração, nas palhinhas que são os nossos gestos de fé, esperança e caridade, possa nascer Aquele sem o qual a nossa vida se reduzia a um elenco absurdo de circunstâncias e sentimentos.

O NATAL

«No meu tempo», como dizem os velhos, o Natal era em casa e na igreja. Os presépios, raros. Umas breves figurinhas sobre a cómoda. Quase ninguém enviava postais natalícios a ninguém. Nem quase os havia. As ruas, silenciosas e escuras à noite. Prendas, uma para cada criança, no sapatinho: a sonhada surpresa! E os doces da festa, é claro: a mesa encantada de sorrisos, risos, sabores e cores diferentes... E a Missa «do galo». O Natal era Deus em família.
Agora (exageremos, como fazem os velhos) é nas ruas e praças iluminadas; nas lojas cintilantes; nos supermercados cheios de movimento, carrinhos e sacos; nas montras repletas de mecanismos electrónicos; e música, muita música, a mesma, por toda a parte; e varandas escaladas por palhaços coca-cola; e o lauto jantar, bem regado, entre pessoas mais ou menos amigas... E as crianças a verificarem se a «play-station» é realmente a que pretendiam. Porque a vida é outra, subiu de nível, a família é o que se sabe, e o comércio precisa de tudo. Hoje o nosso Natal é chinês.
A verdade é que a imagem de um jovem casal e um menino encantador se fixa na retina dos fregueses e munícipes, aureolada de estrelas e figuras angélicas, e os jornalistas não deixam de referir, embora displicentes, o velho «mito do Natal»... Alguns até se lembram da história e do seu significado.
E assim o comércio vai transmitindo a mensagem natalícia de geração em geração. Muito vaga e confusamente, é certo, com uma animação mais parecida ao bulício da estalagem, onde «não havia lugar para eles», do que ao recolhimento da gruta de Belém, mas sempre nos avisa de que por cá passou a Sagrada Família, e está presente em qualquer lar que a convide a abençoá-lo.
É altura de exclamar com o poeta: «Como a família é verdade!» Não há felicidade comparável neste mundo. Nem «melhor negócio», como lembrava S. Josemaria aos empresários...
- Ah, mas tão difícil!... - Sem dúvida: quando o nosso principal negócio é outro. - Mas «hoje em dia», com o custo de vida, «nestes tempos de stress», é impossível recortar o trabalho!
Talvez organizando melhor o dia... como quando joga Portugal. Talvez conversando menos e «produzindo» mais... Talvez não sabendo tanto do que dizem que se diz que se suspeita haver sido dito... Talvez seguindo o velho princípio da «subsidiariedade», que consiste em não querer fazer tudo por nós, e respeitando os diversos âmbitos de competência - incluindo o dos superiores... Talvez confiando parte das tarefas a quem precisa e pode fazer esse trabalho... Talvez sendo menos individualistas, menos invejosos, menos carreiristas, mais ordenados... Enfim, talvez trabalhando mais e melhor.
Pe. Hugo de Azevedo