quinta-feira, novembro 29, 2007

Controle da Policia: será mesmo verdade?

Recebi este email que, apesar da loucura geral (vide actuação da ASAE), ainda me custa a crer possa ser verdade...??

ATENÇÃO às novas fiscalizações nas operações STOP!!!

Ontem à noite, depois de sair com um grupo de amigos, fomos mandados parar por uma brigada de trânsito da BT.
Até certo ponto, achamos normal por se tratar de um fim-de-semana e ser costume haver a caça ao condutor com álcool.
Depois de o condutor soprar no balão, qual o nosso espanto quando o polícia pergunta se temos leitor de CD's no carro.
Tínhamos leitor de CD's e logo a seguir pediu-nos para ver os CD's que tínhamos no carro, para verem se eram cópias!!!
Sobre isto, já eu tinha ouvido falar num mail que recebi recentemente (ver mais abaixo).
O que é incrível é que, depois dos CD's, o polícia manda-nos sair do carro e começa a olhar para a nossa roupa! Verídico!!!
Nisto, chama uma mulher-polícia para junto das minhas colegas e um outro polícia para junto de nós e... PEDEM-NOS PARA VER A ETIQUETA DAS NOSSAS ROUPAS!
Recusámos imediatamente e eles informaram-nos que, naquela Operação Stop, estava incluída uma busca por contrafacção!!!
É incrível que uma pessoa já não tenha liberdade para vestir a roupa que lhe apetece!
Um dos meus colegas tinha um casaco Paul & Shark, comprado na feira de Espinho, e eles identificaram-no!
O meu colega já contactou o advogado e este informou-o de que o que os polícias fizeram está dentro da lei!
Pelos vistos, quando compramos roupa na feira, sabemos que estamos a comprar material ilegal e isso é crime!
Estamos a pactuar com uma actuação fora da lei e por isso sujeitos a coimas por conivência de forma de delito.
Pelo que percebemos, só algumas marcas é que estão sujeitas a fiscalização, tipo, bolsas Gucci, óculos Channel, roupas Lacoste, Nike, Gant, Louis Vuitton, etc etc.
Façam chegar este mail a toda a gente para que todos saibam o abuso que estamos a sofrer!
A polícia, em vez de prender os ladrões e zelar pela nossa segurança, fazem de estilistas e analisam o que temos vestido!!! Aqui está uma boa ideia para um episódio do SCI...
A GNR-BT, nos auto-stops, começou por fiscalizar os CD's "piratas" que temos no carro.
Se os CD's não forem originais ou então se não possuímos o original que deu origem à cópia, (é permitido por lei efectuar UMA cópia de segurança), a viatura pode ser apreendida e sujeitamo-nos às respectivas sanções. Retirem urgentemente os CD's piratas do carro, não vá o diabo tecê-las.
Este controlo foi efectuado este fim-de-semana, na A1.

(notas:
1. o email que recebi já por interpostas pessoas datava respectivamente de 27 e 29 de Novembro
2. a pena para o download ilegal é de 3 anos de prisão...mas a maioria dos votantes acharam que a mesma pena era um escândalo para o aborto a pedido até aos 3 anos...)

quarta-feira, novembro 28, 2007

Bispo do Porto defende presença pública dos crucifixos

Bispo do Porto defende presença pública dos crucifixos
O Bispo do Porto defendeu a presença dos crucifixos "em qualquer espaço adequado, mesmo que público", numa atitude de "cidadania justamente partilhada com crentes e não crentes".
Na homilia da solenidade de Cristo Rei, que a Igreja celebrou no passado Domingo, D. Manuel Clemente sublinhou que "gostamos de ver a Cruz por a reconhecermos como altíssimo sinal de tantas vidas abnegadas ao serviço do próximo".
"No nosso caso português ela, a Cruz de Cristo, foi até o mais alto símbolo do que fizemos de melhor, na descoberta do mundo e na construção duma humanidade comum", acrescentou.
O Bispo admitiu "eventuais contrafacções que se tenham verificado da nossa parte", mas indicou que "foi exactamente o regresso à Cruz e aos sentimentos de Cristo que constantemente nos corrigiu e mais longe nos transportou e transporta, como cidadania amável e solidariedade universal".
Numa mensagem particularmente dirigida aos leigos do Porto, D. Manuel Clemente pediu uma maior colaboração na vida "interna" da Igreja, "para sustentar as comunidades paroquiais, que têm poucos presbíteros e diáconos ao seu serviço".
Esta, disse, é "uma situação que se poderá agravar nos próximos anos, apesar da muita abnegação pastoral de que o nosso clero dá bastas provas".
"Havemos de promover ainda mais e formar persistentemente muitos de vós para os ministérios e serviços que a Igreja vos pode e deve conferir, dentro do que as normas canónicas e pastorais contemplam", indicou ao laicado da Diocese.
D. Manuel Clemente recordou algumas indicações deixadas pelo Papa, durante a recente visita Ad limina dos Bispos portugueses, pedindo avanços "numa corresponsabilidade cada vez maior, ao serviço da comunidade cristã e da sua missão no mundo".
"A urgência da nova evangelização impele-nos a aumentarmos a projecção missionária das nossas comunidades, para levar a cada sector específico da sociedade e da cultura a verdade, a beleza e a bondade divinas que refulgem em Cristo", indicou.
Nacional Octávio Carmo 27/11/2007 16:30 1998 Caracteres 70 Diocese do Porto

Aulas de cristianismo nos liceus: ainda bem que são no Iraque!

Porque se fossem em Portugal teríamos queixa da Associação Laicidade e República pela certa...! :-)
A notícia é esta:
Aulas de cristianismo no ensino público iraquiano
Explica Dom Jacques Ishaq, bispo auxiliar de Nisibi dos Caldeus
TURIM/ROMA, quinta-feira, 22 de novembro de 2007 (ZENIT.org).- Em um recente encontro, o presidente da República Iraquiana, Jalal Talabani, assegurou ao patriarca Caldeu de Bagdá, mar Emmanuel III Delly, que, nas escolas públicas, os estudantes poderão ter aulas de religião cristã, declarou Dom Jacques Ishaq, bispo auxiliar de Nissibi (Iraque).
Dom Ishaq, que é também reitor do Babel College e responsável de Assuntos Culturais do Patriarcado da Babilônia dos Caldeus, fez estas revelações em uma entrevista concedida a Luigia Storti, da Sala da Pastoral para os Imigrantes, da Arquidiocese de Turim, Itália.
O prelado aludiu a que o ensinamento da religião cristã deve ser garantido por lei nas escolas públicas de seu país, nas quais os estudantes cristãos sejam ao menos 25% do total.
«O sistema educativo iraquiano se baseia na valorização centesimal dada pela soma das notas finais em cada disciplina estudada – explicou o bispo auxiliar. Em muitas escolas, o único ensinamento religioso ministrado é o islâmico e, em conseqüência, a falta de uma disciplina e de sua qualificação, para os estudantes cristãos é muito difícil ter notas finais iguais que as de seus companheiros muçulmanos que, ao contrário, têm um exame a mais.»
Revelou que «o presidente Talabani prometeu ao patriarca mar Emmanuel III Delly intervir ante o Ministério da Educação para que também os alunos cristãos pudessem ter exames de religião no fim do c urso – cristã, obviamente –, que lhes permitiriam obter notas finais mais altas».
No artigo, revela-se que antes da queda do regime de Sadam Hussein, a não-admissão de estudantes cristãos pelos diretores escolares, que mantinha a porcentagem sempre abaixo do requerido (25%) estabelecido por um decreto de 1972, podia dever-se à necessidade de não agravar o orçamento escolar com um salário a mais.
Neste sentido, Dom Ishaq disse que «não se pode ignorar que às vezes a exclusão foi ditada mais por motivos 'políticos' que econômicos, e isso apesar do fato de que, durante o regime de Sadam Hussein, foi nomeado pelo Governo um responsável pelo ensino da religião cristã ligado ao Ministério de Educação, e encarregado justamente de supervisionar que se respeitasse o decreto de 1972».

terça-feira, novembro 27, 2007

D. Carlos Azevedo sobre o Estado laico

D. Carlos Azevedo deixa conselhos ao Estado laico
O secretário e porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa adverte para o facto de o secularismo militante não poder ser a base do Estado.
A mensagem de D. Carlos Azevedo foi deixada no encerramento de um ciclo de conferências organizado pela SEDES, em conjunto com a Universidade Católica Portuguesa.
D. Carlos Azevedo explicou o lugar de um Estado laico na sociedade, lembrando que "Estado laico não significa arreligioso ou anti-religioso".
"O velho laicismo é inadequado no futuro para compreender o contributo positivo da religião na sociedade. O secularismo militante não pode ser a base do Estado, sob pena de, não reconhecendo a pluralidade, fazer de presumida laicidade, o fundamentalismo, igual ao que pretende combater", referiu.
"Para as religiões a laicidade aberta é uma garantia contra as pretensões laicistas de um fundamentalismo aninhado em Democracias liberais e é também uma protecção contra a utilização instrumental da Fé como religião civil, a uso exclusivo do poder dominante", disse ainda.
Mário Soares, por seu lado, sublinhou a importância do diálogo entre as religiões. "A liberdade religiosa é um direito – e não só um direito é qualquer coisa de essencial – e está consagrada na Declaração Universal dos Direitos do Homem. Em Portugal existe uma boa lei de liberdade religiosa e é preciso que essa lei seja cumprida porque isso é a condição da nossa paz social", referiu o actual presidente da Comissão da Liberdade Religiosa.
(Com Rádio Renascença)
Nacional Agência Ecclesia 22/11/2007 12:11 1503 Caracteres 156 Igreja/Estado

domingo, novembro 25, 2007

Viva a Liberdade! Dois artigos no Público de hoje

Recomendo vivamente os artigos hoje no Público de Vasco Pulido Valente e António Barreto. O primeiro uma explicação de como se perde a liberdade, o segundo uma denúncia da loucura, insanidade, disparate estapafurdio, da mentalidade e acção da ASAE, uma autêntica PIDE dos tempos modernos (pior em cegueira a ASAE do que a PIDE, bem entendido).
Diz Vasco Pulido Valente:
"Vivemos sobre um despotismo 'iluminado' que não aceita a irregularidade, a dissidência, o direito de cada um à sua própria vida e ao uso irrestrito da sua própria cabeça."
Fica no entanto um problema: como se pára a ASAE?
Nota para quem pensa que estou a exagerar: vão ao site da ASAE: http://www.asae.pt/ e vejam o que lá está (é o "Admirável Mundo Novo" do Aldous Huxley que ali se anuncia). Só para amostra: nota da ASAE sobre a utilização de CD's não originais em VIATURAS PARTICULARES!!!!!

sexta-feira, novembro 23, 2007

The Doors: grande música!

Passeando entre Blogs detenho-me no Cachimbo de Magritte onde escrevem alguns bons amigos. Coluna da direita e que encontro: o Glória Fácil onde costumava pontificar a Fernanda Câncio de nossa estimação.
Uma espreitadela e que encontro: os grandes Doors num post intitulado Verão de S. Martinho!
São pequenas coisas humanas que nos reconciliam até com os adversários mais ferrenhos! :-)

quinta-feira, novembro 22, 2007

Homossexuais nas famílias de acolhimento?

Da entrevista no Público de Idália Moniz ("Ser família de acolhimento é um acto de generosidade"), Secretária de Estado adjunta e da Reabilitação, no passado dia 12 de Novembro: "Pergunta: Casais homossexuais poderão candidatar-se a esta figura [famílias de acolhimento]?
Resposta: O que esta lei é: [pode candidatar-se] uma família que resulta de um contrato de casamento, uma pessoa singular, ou duas pessoas em união de facto ou em economia comum"!!
Pobres crianças...mas também que desnorteamento humano e político! E que pobreza de tantos que no PS tinham obrigação de estar mais atentos...

terça-feira, novembro 20, 2007

Procriação artificial: a terra movediça onde nascem todas as loucuras

Vou confessar uma fraqueza: das coisas que mais me irrita nas discussões de questões de civilização são os "moderados" de serviço que quando argumentamos com os caminhos perigosos e as portas desconhecidas de algumas decisões políticas (como na procriação artificial) do alto do seu desdêm, vivendo de uma tranquila ignorância (regra geral nós sabemos mais do que eles e por isso nos metemos nas "guerras" em que nos metemos...) e da descontracção que nasce da inevitabilidade (a seus olhos) da mentalidade dominante, nos respondem: "que exagero! Vocês lembram-se de cada coisa! As pessoas têm bom senso, a lei [qualquer uma, a que estiver em discussão na altura] vem precisamente estabelecer o que se pode ou não fazer para que não haja derrapagens, é uma lei moderada, etc."...
Não é preciso muito tempo (sempre!) para que a realidade nos venha dar razão! Se não acreditam pensem nas 140 mil pílulas do dia seguinte POR ANO ou no exemplo abaixo (atentem no que digo: em Portugal também acontecerá...).
Nota: sublinhei a negrito as palavras mágicas que vendem as aberrações:


Reino Unido planeia lei para criar bebés com duas mães
19.11.2007, Clara Barata no Público

O Governo britânico prepara-se para apresentar hoje a discussão no Parlamento uma nova lei que permitirá usar técnicas de clonagem para criar embriões que terão duas mães, em termos genéticos. O objectivo é tratar a infertilidade de mulheres que sofrem de anomalias nas mitocôndrias dos óvulos, o que as impede de ter filhos. Mas o assunto envolve polémica.
A ideia é criar óvulos híbridos: o núcleo da célula da mulher que quer ser mãe seria transferido para um óvulo de uma dadora, previamente esvaziado do seu núcleo (onde se encontra a esmagadora maioria do ADN). As mitocôndrias são estruturas que existem fora do núcleo, com muito pouco material genético, mas que são consideradas as baterias da célula - se não funcionarem bem, podem dar origem a muitas doenças.
Esse óvulo híbrido seria depois fundido com um espermatozóide, usando técnicas comuns de fertilização assistida. O bebé que vier a nascer teria metade dos genes do pai e metade dos genes da mãe, como todos bebés - embora as suas mitocôndrias fossem diferentes das da sua mãe, que funcionavam mal.O ADN das mitocôndrias é muito pouco: 16.500 pares de bases químicas (identificadas pelas letras A, C, T e G) que formam a molécula de ADN, enquanto o património genético do núcleo das células é composto por 3000 milhões de pares de bases.
Grupos de pressão cristãos e ligados à bioética estão já a preparar-se para contestar esta lei, dizia ontem o jornal The Independent.
A ideia é usar técnicas de clonagem para criar embriões que têm uma pequena parcela de ADN de uma terceira pessoa

TGV: travar para pensar

Recebi este email que me deixou a pensar (não percebi quem era o autor...)...:

Há uns meses optei por ir de Copenhaga a Estocolmo de comboio. Comprado o bilhete, dei comigo num comboio que só se diferenciava dos nossos Alfa por ser menos luxuoso e dotado de menos serviços de apoio aos passageiros.
A viagem, através de florestas geladas e planícies brancas a perder de vista, demorou cerca de cinco horas.
Não fora ser crítico do projecto TGV e conhecer a realidade económica e social desses países, daria comigo a pensar que os nórdicos, emblemas únicos dos superavites orçamentais, seriam mesmo uns tontos. Se não os conhecesse bem perguntaria onde gastam eles os abundantes recursos resultantes da substantiva criação de riqueza.
A resposta está na excelência das suas escolas, na qualidade do seu Ensino Superior, nos seus museus e escolas de arte, nas creches e jardins-de-infância em cada esquina, nas políticas pró-activas de apoio à terceira idade. Percebe-se bem porque não construíram estádios de futebol desnecessários, porque não constroem aeroportos em cima de pântanos nem optam por ter comboios supersónicos que só agradam a meia dúzia de multinacionais.
O TGV é um transporte adaptado a países de dimensão continental, extensos, onde o comboio rápido é, numa perspectiva de tempo de viagem/custo por passageiro, competitivo com o transporte aéreo.
É por isso, para além da já referida pressão de certos grupos que fornecem essas tecnologias, que existe TGV em França ou Espanha (com pequenas extensões a países vizinhos). É por razões de sensatez que não o encontramos na Noruega, na Suécia, na Holanda e em muitos outros países ricos. Tirar 20 ou 30 minutos ao Lisboa-Porto à custa de um investimento de cerca de 7,5 mil milhões de euros não terá qualquer repercussão na economia do País.
Para além de que, dado hoje ser um projecto praticamente não financiado pela União Europeia, ser um presente envenenado para várias gerações de portugueses que, com mais ou menos engenharia financeira, o vão ter de pagar.
Com 7,5 mil milhões de euros pode construir-se mil escolas Básicas e Secundárias de primeiríssimo mundo que substituam as mais de cinco mil obsoletas e subdimensionadas (a 2,5 milhões de euros cada uma), mais mil creches inexistentes (a 1 milhão de euros cada uma), mais mil centros de dia para os nossos idosos (a 1 milhão de euros cada um).
Ainda sobrariam cerca de 3,5 mil milhões de euros para aplicar em muitas outras carências, como a urgente reabilitação de toda a degradada rede viária secundária.
CABE ao Governo REFLECTIR.
CABE à Oposição CONTRAPOR.
CABE AOS CIDADÃOS MANIFESTAREM-SE!!!

segunda-feira, novembro 19, 2007

Parlamento Europeu defende liberdade religiosa (uma importante iniciativa de Mario Mauro)

Libertad religiosa
Unión Europea aprueba resolución que condena persecución de cristianos en el mundo

ESTRASBURGO, 17 Nov. 07 / 04:32 pm (ACI).- La Unión Europea aprobó ayer la resolución "Serios episodios que ponen en peligro la existencia de las comunidades cristianas y de otras comunidades religiosas", en la que se condena la persecución, en algunas partes del mundo, de quienes creen en Cristo.
Según informa la agencia italiana SIR, Mario Mauro, presentador de la iniciativa y vicepresidente del Parlamento Europeo, indicó que "la libertad religiosa es la prueba de fuego respecto a las otras libertades y derechos, y la persecución de los cristianos en todo el mundo es uno de los desafíos más grandes contra la dignidad del hombre".
El texto, que contó con el apoyo del Partido Socialista, el Partido Liberal Demócrata, el UEN. Independencia y Democracia, el GUE; condena todos los hechos de violencia contra las comunidades cristianas especialmente en África y Asia ; y pide a los países involucrados "proporcionar las garantías necesarias para la libertad religiosa y seguridad de las comunidades cristianas".
Además de mencionar algunos casos de persecución a los cristianos en Pakistán, Gaza, Turquía, China, Vietnam, Sudán, Irak y Siria, el documento "deplora el secuestro del Padre Giancarlo Bossi en Filipinas, condena firmemente el asesinato del periodista Hrant Dink y del sacerdote católico Andrea Santoro en Turquía; así como también destaca los problemas de libertad de expresión en China y remarcan las represiones en Vietnam.
"Gracias a la votación de hoy –que tuvo solo dos pronunciamientos en contra y una abstención– la Comisión Europea tendrá que tomar medidas para el desarrollo y planeamiento para que la cooperación y ayuda sean entregadas a condición de que se respete el principio del respeto a la verdadera libertad religiosa", dijo Mauro.
Finalmente, la resolución también expresa que "la importancia del diálogo entre religiones para promover la paz y el entendimiento entre las personas" y llama a los líderes religiosos a luchar "contra los extremismos y promover el respeto mutuo", finalize Mario Mauro.

Ainda o Papa e os Bispos portugueses: entrevista Bispo de Setúbal

Entrevista ao Bispo de Setúbal, a propósito da visita «ad limina» que decorreu há poucos dias.

D. Gilberto afirma que se tratou de um encontro que confirma na fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, na comunhão da Igreja e no desejo de dar testemunho do Senhor. Destaca a experiência de comunhão e de universalidade vivida durante aqueles dias, acolhendo os desafios da esperança e da caridade de Papa Bento XVI.

Entrevista a Dom Gilberto Reis, Bispo de Setúbal, a propósito da visita «ad limina» que ocorreu entre o dia 3 a 12 de Novembro em Roma.

Portal Diocesano: A última visita «ad limina» foi há oito anos e na altura o Dom Gilberto era bispo de Setúbal há um ano. Como foi esta visita, comparativamente, e como tem sido daí para cá?
D.Gilberto: A visita «ad limina» é sempre com Pedro – seja no rosto de João Paulo II ou de Bento XVI. Encontro que confirma na fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, na comunhão da Igreja e no desejo de dar testemunho do Senhor. Nestes últimos anos, a Igreja de Setúbal continuou a crescer de muitas formas. Registo o empenho na formação dos leigos e dos formadores e o empenho no cuidado do Seminário e das vocações. A par disso gostaria de sublinhar o investimento feito no aprofundamento feito na palavra de Deus e da Eucaristia com os dois triénios dedicados a estes temas.
Portal Diocesano: Passou pelas várias congregações, o que reteve de essencial?
D.Gilberto: O mais relevante foi a experiência de universalidade da Igreja, da variedade dos órgãos da Cúria Romana e da riqueza do corpo eclesial de Cristo: um corpo tão grande e tão belo que nunca se esgota em nenhuma expressão e em nenhum órgão.
Portal Diocesano: Na mensagem aos Bispos portugueses, o Papa fala “da participação comunitária e nas formas de integração”. Como será na Diocese de Setúbal?
D.Gilberto: O Santo Padre insiste naquilo que é central no Vaticano II: a Igreja, mistério de comunhão com Deus e dos homens entre si. Na nossa Diocese não é diferente das outras dioceses. Muito se tem feito nestes 32 anos de vida, como Diocese, mas há um longo trabalho a realizar sobretudo na mudança de mentalidades. É fácil criar estruturas de comunhão, mas se falta a mentalidade de comunhão, pouco se alcança. Vamos continuar a encontrar meios que nos façam crescer em Igreja-comunhão. Nesse sentido, peço a todos que nos deixemos interpelar pelo desafio do Santo Padre e manifesto muita confiança em todos, nomeadamente no clero e em todos os leigos.
Portal Diocesano: O Papa Bento XVI lembra igualmente que é “preciso mudar o estilo de organização da comunidade eclesial portuguesa […] sendo estabelecida bem a função do clero e laicado, na corresponsabilidade”. O que lhe apraz dizer?
D.Gilberto: Na resposta anterior já deixei elementos que respondem a esta pergunta. Agradeço ao Santo Padre este desafio. Quanto mais conseguirmos que as nossas comunidades sejam lugar, escola e experiência de comunhão, em que todos ajudam e são ajudados a crescer na fé, na esperança e na caridade, tanto mais daremos testemunho de Jesus. Como é belo encontrar uma comunidade em que o padre, pelo seu ministério, ajuda cada um dos fiéis da sua paróquia a descobrir o seu caminho próprio e a desenvolvê-lo, a pô-lo ao serviço do bem comum, de forma orgânica e harmónica. Como é belo e urgente alcançar isto.
Portal Diocesano: “A primeira missão da Igreja é falar de Deus”, afirmou o Sumo Pontífice. Como se fala de Deus na Diocese de Setúbal?
D.Gilberto: Fala-se de Deus, ou melhor, anuncia-se Deus Amor:
a) pelo cuidado dos pobres, dos doentes, dos marginais, dos jovens que têm fome e sede de sentido;
b) pela palavra esclarecida e oportuna, palavra dita de muitas formas;
c) pela oração;
d) pelo testemunho de vida pessoal e comunitária que mostra que, quando Deus é acolhido, é fonte de alegria, de paz, de vida;
Todas estas palavras se completam, mas se falta o testemunho do amor, nada feito. A este propósito, dou graças a Deus por tantos e tão belos testemunhos do amor de Deus que vou encontrando pela diocese inteira.
Portal Diocesano: Qual a mensagem do Bispo para a Diocese depois desta visita? Que desafios deixa esta visita?
D.Gilberto: O desafio da esperança: esperança porque na diocese, como o Santo Padre disse, há muitos sinais de esperança. Esperança, antes de mais, porque Jesus, que nos enviou e colocou aqui, está connosco, é o Ressuscitado e vencedor da morte. Depois, o desafio da caridade: tudo em nós e nas comunidades e serviços exprima, eduque e leve à caridade com que Deus nos santificou no baptismo. Sem este amor de Deus e de uns para com os outros, não amaremos Deus nem nos realizaremos como Igreja e como pessoas. Por fim, o desafio mais concreto, mas difícil, de sermos fiéis e Igreja que escuta, medita, ensina, celebra, vive e testemunha a palavra de Deus.
Se não escutarmos a palavra de Jesus, nos muitos sinais da Sua linguagem, no sermos Igreja, não chegaremos à eucaristia, não seremos luz e fermento, não descobriremos o mistério da vocação de especial consagração, nomeadamente a vocação sacerdotal.
Ajudemo-nos uns aos outros a ser discípulos de Jesus para sermos suas testemunhas e apóstolos.

Setúbal, 16 de Novembro de 2005
Pe. Marco Luis

Foi um encontro cordial que D. Gilberto Reis, Bispo de Setúbal teve com o Papa Bento XVI. Encontro individual que se realizou na sexta-feira, dia 9 de Novembro à tarde.O Sumo Pontífice olha para a Diocese de Setúbal com esperança.
D. Gilberto afirma que «o Papa estava dentro das grandes linhas da diocese, certamente através da leitura do relatório que foi enviado, como preparação da visita. O Santo Padre foi perguntando por varias situações humanas e eclesiais da nossa diocese, fundamentalmente. Também lhe disse que rezamos por ele e perguntei-lhe se podia dizer à diocese que dava bênção especial para a diocese e em particular para o clero, jovens, irmãs contemplativas. Ele disse que sim.»
Quanto ao que se tem feito na Diocese de Setúbal «gostou de ouvir falar do triénio dedicado à Eucaristia e do triénio da Sagrada Escritura, que ainda estamos a viver.»
O Bispo de Setúbal falou ao Papa Bento XVI da baixa percentagem da prática dominical em Setúbal, que ele aliás já sabia. Igualmente referiu as várias iniciativas da diocese, «ao que ele disse que eram sinais de esperança muito bonitos, que nos fazem pensar no futuro com muita esperança.»
D. Gilberto, na alegria que as fotografias do encontro bem revelam, falou ao Papa de várias realidades eclesiais: «Disse-lhe que temos bons catequistas, falei-lhe do empenho na sua formação, concretamente este ano e no ano passado, igualmente do empenho na pastoral das vocações, referindo a dificuldade de apresentar Cristo neste mundo com cultura própria, com dificuldades em acolher o Evangelho» ao que Bento XVI respondeu «que há que continuar a anunciar Cristo e ter esperança.»

Os erros de Al Gore: uma verdade inconveniente

Sempre achei que o pânico com o aquecimento global é como aquele dos anos 60-70 com a "explosão demográfica" (lembram-se?): geralmente um encadeamento catastrofista de alguns factos, outras teorias e muito desplante perante o método cientifico, acaba com mais disparates do que aqueles que visa prevenir e sobretudo ignora que há Alguém que está a tomar conta disto e por isso não há que desesperar...

Para além disso geralmente (perdoe-se-me a injustiça da generalização) a "indústria do pânico com o aquecimento global" é a mesma que investe ou faz vista grossa a todos os atentados à Vida e à Família. Por isso não tenho pachorra para a conversa quando ela surge lá em casa.

Esta notícia encontrada no Sol Online foi hoje por mim lida com júbilo às minhas filhas e sobrinhos que, não desfazendo, neste aspecto me parecem assaz moldados pela propaganda do poder...! :-)

"Reza" assim:

Uma Verdade Inconveniente
Juiz aponta nove erros a Al Gore
O Supremo Tribunal da Grã-Bretanha aponta vários imprecisões científicas ao premiado documentário do ex-vice-presidente dos EUA, sobre os perigos do aquecimento global. São nove os alegados erros de Uma Verdade Inconveniente

O documentário que ganhou o Óscar de 2007 na sua categoria, foi ontem criticado por um magistrado britânico, Michael Burton, que se opõe à apresentação integral do filme nas escolas inglesas.
Burton aponta «nove erros significativos» a Uma Verdade Inconveniente, que considera passíveis de induzir os espectadores a «alarmismos e exageros» sobre a realidade do aquecimento global do planeta.
Apesar de ter sido já alvo de reparos por parte de alguns activistas ambientais na altura em que foi lançado, estes erros foram desvalorizadas em nome do objectivo final do documentário – o alerta mundial para as alterações climáticas.
A decisão do Governo britânico de exibir o documentário nas escolas secundárias do país foi contestada e levada ao Supremo Tribunal por um director escolar de Kent, um condado próximo da capital.
Um dos erros apontados pelo Juiz Burton refere-se à afirmação de Gore de que o nível dos mares poderá aumentar seis metros «num futuro próximo», afirmação que considera «excessiva» e que, segundo o magistrado, contraria o consenso científico.
Apesar das falhas apontadas, o juiz ressalvou que o alerta central do filme – de que é urgente reduzir as emissões de dióxido de carbono e outros gases poluentes produzidos pelo homem – deve ser considerado e discutido pública e governamentalmente.
Os nove erros de Al Gore
1- Não há provas que haja atóis do Pacífico a ser evacuados devido à subida das águas.
2 – É um exagero alarmista afirmar que o nível do mar poderá subir seis metros nos próximos anos.
3 - Não é provável que a corrente do Golfo esteja prestes a deixar de circular, lançando a Europa Ocidental numa nova Idade do Gelo.
4 - A coincidência exacta entre os aumentos das emissões de dióxido de carbono e as subidas da temperatura registadas nos últimos 650 mil anos, como afirma Al Gore, não existe.
5 - O derretimento da neve no Monte Kilimanjaro está longe de poder ser exclusivamente relacionada com a acção do homem.
6 - Não há provas da relação directa entre o desaparecimento do Lago Chad e o aquecimento global.
7 - São insuficientes as provas de que o Furacão Katrina seja consequência das alterações climáticas.
8 - Não há provas que os ursos polares estejam a morrer afogados por nadarem cada vez maiores distâncias em busca de placas de gelo. A verdade é que nos últimos tempos apenas foram encontrados quatro ursos mortos, por causa de uma tempestade.
9 - O desaparecimento de recifes de coral nos oceanos de todo o mundo não é consequência unicamente do aquecimento global. Há outros factores, como a poluição e a pesca intensiva.
Lusa/SOL

domingo, novembro 18, 2007

O Papa e a crise actual da Igreja

Neste momento em que tantos julgando saber de tudo se pronunciam sobre o significado do que o Papa disse aos Bispos portugueses é bom recordar este despacho da Zenit de 7 de Dezembro de 2006:

Resposta à crise atual da Igreja, segundo Papa

Anunciar a grandeza do amor de Deus que se experimenta na oração

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 7 de dezembro de 2006 (ZENIT.org).- A resposta à crise que a Igreja experimenta, particularmente no Ocidente, consiste em anunciar e fazer redescobrir a grandeza do amor experimentada na oração, considera Bento XVI.
O Santo Padre analisou com os bispos suíços os desafios da evangelização hoje em várias reuniões que manteve entre 7 e 9 de novembro, que vieram a Roma para concluir sua visita qüinqüenal «ad limina apostolorum», interrompida em 2005 pela doença de João Paulo II.
Suas duas intervenções, assim como uma homilia, são sumamente reveladoras, pois o Papa as pronunciou sem papéis, em sua língua materna, o alemão. Posteriormente, foram traduzidas pela Santa Sé (podem ser vistas na seção de documentação do serviço deste 7 de dezembro de Zenit).
O Papa começou sua intervenção conclusiva com uma profissão de humildade, ao explicar que não havia encontrado o tempo para preparar seus discursos como ele queria: «apresento-me com esta pobreza, mas talvez ser pobre em todos os sentidos convém também a um Papa neste momento da história da Igreja».
«Em todo caso, agora não posso pronunciar um grande discurso, como conviria depois de um encontro com estes frutos», afirmava. Para enfrentar a crise atual da Igreja, recordou que «quando ia eu para Alemanha, nas décadas de 1980 e 1990, me pediam entrevistas e sempre me davam por antecipado as perguntas». «Tratava-se da ordenação de mulheres, da anticoncepção, do aborto e de outros problemas como estes, que voltam continuamente à atualidade», explicou. «Se nos deixamos arrastar por estas discussões, então a Igreja se identifica com alguns mandamentos ou proibições, e nós somos etiquetados de moralistas com algumas convicções passadas de moda, e a verdadeira grandeza da fé não se aprecia», constatou. «Por isso -- assegurou --, creio que é fundamental destacar continuamente a grandeza de nossa fé, um compromisso do qual não devemos permitir que essas situações nos afastem.» Desde esta perspectiva se entendem os grandes documentos deste pontificado, em particular, sua encíclica «Deus caritas est» e o anúncio para a primavera de um livro centrado em Jesus.
«Deus é “Logos” e Deus é “Amor”, até o ponto de que se fez totalmente pequeno, assumindo um corpo humano, e ao final se entregou como pão em nossas mãos», explicou.
«Sabemos que Deus não é uma hipótese filosófica; não é algo que “talvez” exista; mas que nós o conhecemos e ele nos conhece. E podemos conhecê-lo cada vez melhor se permanecermos em diálogo com Ele», indicou.
Por isso, propôs, a pastoral deve ter como «missão fundamental ensinar a orar e aprender pessoalmente cada vez mais».
«Muitos buscam a meditação em alguma outra parte, porque pensam que no cristianismo não podem encontrar a dimensão espiritual -- constatou. Nós devemos mostrar-lhes de novo que esta dimensão espiritual não só existe, mas também é a fonte de tudo.»
«Com este fim, devemos multiplicar essas escolas de oração, onde se ensine a orar juntos, onde se possa aprender a oração pessoal em todas suas dimensões: como escuta silenciosa de Deus, como escuta que penetra em sua Palavra, que penetra em seu silêncio, que sonda sua ação na história e em minha pessoa.»
«Este íntimo estar com Deus e, portanto, a experiência da presença de Deus, é o que nos permite experimentar continuamente, por dizer assim, a grandeza do cristianismo, e depois nos ajuda também a atravessar todos os detalhes que, certamente, devemos viver e realizar, dia a dia, sofrendo e amando, na alegria e na tristeza.».
© Innovative Media, Inc.

Europa e Turquia: grande Sarkozy!

De um jornal:
"O Presidente francês reafirmou ainda - mas à porta fechada - a sua oposição a uma adesão da Turquia que alargaria as fronteiras da UE "até à Síria". "O Presidente reafirmou ainda a posição francesa. Ele disse que a Turquia é um país de 100 milhões de habitantes que não se situa na Europa, mas na Ásia menor e que não queria ter de explicar aos alunos franceses que as fronteiras da Europa se encontravam na Síria" reafirmou uma fonte do Eliseu, no final do encontro reservado entre o chefe de Estado francês e os presidentes dos grupos políticos do Parlamento Europeu em Estrasburgo."

Liberdade religiosa: a 1ª fronteira da liberdade

Não sendo isento de contradição (os melhores amigos dos EUA na guerra do Iraque foram os países árabes onde os cristãos são perseguidos e o Iraque era um dos poucos países laicos da região onde as igrejas cristãs gozavam de uma relativa liberdade...) remeto para um discurso do Presidente Bush quando no Congresso americano participou numa cerimónia de condecoração do Dalai Lama (no passado dia 17 de Outubro).
Está lá tudo o que é preciso defender no que à liberdade religiosa diz respeito!
(nota: com os meus agradecimentos ao artigo de Raquel Vaz Pinto no Público do passado dia 31 de Outubro, sem o qual este discurso me tinha passado desapercebido...! :-)

Os papeis de Portas: muito bem o Vasco Pulido Valente!

"Sobre Paulo Portas caiu um novo "escândalo", o "escândalo dos papeis", que em parte alguma da "Europa" ou da América seria considerado um escândalo, mas que chega e sobra para provocar a patetice indígena e a nunca desmentida virtude do amável prof. Amaral" diz Vasco Pulido Valente no Público de hoje.
E muito bem!
Aliás pense-se só no que é a barragem mediática sobre Portas (submarinos, sobreiros, sondagens, etc.) e como este não estaria indefeso se não pudesse conservar consigo a documentação do que fez ou passou pelas suas mãos!
Esta gente realmente vive no outro mundo!

A arrogância do poder: a Ordem dos Médicos e o aborto

"A arrogência do poder" assim se chama um artigo da editora do Público São José Almeida, se não estou em erro, militante do PCP. Nele trata de duas questões entre as quais a do actual conflito entre o Ministro da Saúde e a Ordem dos Médicos a propósito do Código Deontológico destes últimos.
É impressionante que esta gente favorável ao aborto livre e legal não quer só que assim seja. Quer, exige, que toda a gente diga que está bem! De outra forma como compreender a ofensiva a que São José Almeida dá cobertura?
Mas por outro lado esta ofensiva do poder do mundo é também sintomática de outra fobia que anima os impulsionadores da mentalidade dominante: a fobia, o pavor, da liberdade. No limite por que raio não poderia uma Ordem profissional castigar um seu membro pela prática de um acto legal? Por que raio não pode uma classe de profissionais dizer a alguém: "se queres ser dos nossos, segues estas regras ou sujeitas-te a estas sanções"...? "Se queres praticar actos que à luz do nosso Código não podes, resignas a ser um dos nossos ou a viver constantemente castigado se insistires em estar connosco"...?
Note-se só para não haver confusões que não é esse o caso hoje da Ordem onde a proibição da prática do aborto se mantém no respectivo Código sem que sejam sancionados os médicos que o fazem ao abrigo e por causa da lei actual.
Neste post estava só a "esticar a corda" para, por absurdo, demonstrar que em reacções como as do Ministro da Saúde e dos seus apoiantes, o que existe, no fundo, é um pavor à liberdade. Uma pretensão totalitária que ou é combatida ou na próxima geração acabamos todos no matadouro da politicamente correcto, excluídos da convivência social, atirados para a pobreza e a marginalidade, como num qualquer cenário de ficção cientifica...! É que já estivemos muito mais longe...

sábado, novembro 17, 2007

ATL's: a ofensiva do poder do mundo (e das lojas...)

Transcrevo texto recebido do boletim electrónico Infovitae:

Declaração do P. Lino Maia sobre a Ofensiva do Governo contra ATL

Padre Lino Maia
Presidente da CNIS
Porto, 13 de Novembro de 2007

CNIS denuncia ofensiva do governo contra ATL das IPSS

"O Ministério da Educação, com a complacência do Ministério do Trabalho e da Solidariedade, tem em curso uma ofensiva com vista ao encerramento dos Centros de Actividades de Tempos Livres (ATL) das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).
Desde há várias décadas que as IPSS se organizaram para assegurar a guarda das crianças do 1º ciclo do ensino básico – antiga escola primária – no período do dia em que não tinham aulas na escola, através de actividades lúdicas e de enriquecimento cultural e extracurricular, compatibilizando a vida profissional dos pais e encarregados de educação com os deveres decorrentes da maternidade e paternidade.
São os chamados ATL.
No início da presente crise com o Governo sobre esta matéria, havia mais de 1000 ATL de IPSS espalhados por todo o país, abrangendo cerca de um quarto das crianças da escola primária.
Há mais ou menos um ano, o Ministério da Educação entendeu, numa medida de política educativa que não se questiona, prolongar o horário escolar no 1º ciclo, pretendendo assegurar a todas as crianças que frequentam a escola primária as chamadas actividades de enriquecimento curricular – AEC -, bem como o acolhimento na escola durante um período mais alargado – das 9 horas às 17,30 horas.
Este modelo não assegura a compatibilização da vida profissional dos pais com a frequência da escola.
Como se sabe, muitos pais trabalhadores têm que deixar os seus filhos às 7,30 da manhã, a fim de irem depois trabalhar. E não os podem ir buscar antes das 19,30 horas, depois do trabalho. Nem têm férias sempre que as escolas fecham, nas pausas lectivas.
Os ATL das IPSS asseguram essa compatibilização; a escola a tempo inteiro, porque não é a tempo inteiro, como o Ministério lhe chama, não a assegura.
O Ministério da Educação, a fim de fazer vingar a sua medida, acertou com o Ministério do Trabalho e da Solidariedade que este cessasse o apoio aos ATL das IPSS, forçando todas as crianças da primária a abandonar os ATL para frequentar as agora designadas AEC.
Nessa sequência o MTSS vem notificando as instituições que mantêm ATL de que pretende cessar a cooperação legalmente prevista, com o encerramento dessa resposta tão necessária à estabilidade e segurança das famílias, procurando empurrar as instituições para aquilo a que chamam o “serviço de pontas” – isto é, acolherem as crianças das 7,30 às 9 horas da manhã, das 17,30 às 19,30 horas da tarde e durante as férias escolares.
Esta proposta é o reconhecimento por parte do Governo de que a proposta do alargamento de horário do Ministério da Educação não serve as famílias. E não pode ser aceite pelas instituições porque constitui uma falta de respeito para com o trabalho pedagogicamente exigente e profissionalmente qualificado que vem sendo levado a cabo nos ATL e porque só poderia ser executada com modalidades de trabalho mais do que precário por parte dos trabalhadores das IPSS. (Como contratar alguém de forma estável para trabalhar das 7,30 às 9 e das 17,30 às 19,30 e durante as férias?)
E implicaria o encerramento de mais de 1000 equipamentos, o despedimento de mais de 12.000 trabalhadores e a cessação do atendimento a cerca de 100.000 crianças.
A CNIS nada tem contra a intenção de alargar, nem que seja de forma ainda insatisfatória, o atendimento e as actividades extra-escolares às crianças do 1º ciclo.
Pelo contrário, dispõe-se a colaborar nesse desígnio, como sempre tem sucedido:
No Governo do Engº António Guterres, quando se decidiu alargar a todas as crianças o atendimento em jardim de infância, através da criação do Programa de Expansão do Ensino Pré-Escolar, esse objectivo atingiu-se pela conjugação da Rede Pública com a Rede Solidária, que representa, dizem as autarquias, cerca de 60% da resposta existente.
E constituiu um sucesso.
Não se atingiu, nem atingiria nunca, eliminando a Rede Solidária, como agora o Ministério pretende fazer eliminando os ATL das IPSS.
O mesmo estilo de colaboração foi oferecido ao Ministério do Trabalho, já no actual Governo, no que respeita ao plano deste Ministério para o alargamento da rede de creches – e encontra-se também a dar resultados.
É o que a CNIS pretende com o ATL: integrar a sua rede de ATL na rede nacional e ajudar esta a crescer bem.
Sem propaganda, mas a servir as crianças e as famílias.
O que não aceita é que a generalização a todos os alunos das actividades de tempos livres venha prejudicar a qualidade do atendimento de que já beneficiam um quarto desses alunos, como sucederá a vingar a pretensão do Ministério da Educação, em vez da opção, mais sensata e mais qualificada, de integrar os ATL das IPSS numa rede mais ampla que viesse a cobrir as necessidades de todos os alunos da primária.
Nesse sentido, a CNIS, a União das Misericórdias e a União das Mutualidades apresentaram, há 4 meses, aos Ministérios envolvidos, uma proposta de colaboração destas entidades no propósito governamental de generalização do apoio extracurricular a todas as crianças do 1º ciclo do ensino básico, mantendo as respostas actualmente existentes sempre que os pais assim o pretendessem ou necessitassem; e disponibilizando as instituições para a prestação da serviços complementares, como pontas e pausas lectivas, relativamente ao alargamento das referidas respostas a toda a população escolar.
Tal proposta não obteve qualquer resposta concreta.
A resposta foi a notificação formal, feita pelos Centros Distritais de Segurança Social às instituições, de que vai cessar o apoio aos ATL das instituições e de que estes se devem transformar para atender as “pontas” que as políticas do Ministério da Educação vão deixar penduradas – o que significa, em termos práticos, encerrar como ATL, despedimentos e abandono das crianças em horários desenquadrados das necessidades das famílias.
Só no distrito do Porto, e num único dia da semana passada, foram cerca de 150 notificações, com vista ao encerramento desses equipamentos a partir de 31 de Janeiro próximo.
Tem sido assim, com variações de pormenor, por todo o país – em Braga, em Vila Real, Setúbal…
Tais decisões têm sido justificadas pela Segurança Social pelo facto de as localidades onde funcionam os ATL que querem desactivar já disporem, de acordo com as listagens do Ministério da Educação, de escolas a funcionar em regime normal, e não em regime duplo; e de em todas essas escolas se dispor de actividades de enriquecimento curricular asseguradas pelas autarquias, na escola ou fora dela.
Essas listagens, na maioria dos casos, não correspondem à verdade, havendo milhares de crianças que vão ficar desprovidos de atendimento nos ATL, por decisão do Governo, e que não vão ter horário alargado na escola, por aí nem sequer haver condições, ao contrário do que diz a propaganda oficial.
Mesmo nos casos em que as autarquias ou as escolas já montaram o serviço das AEC, em numerosos casos estas funcionam em instalações sem qualidade, ao contrário do que era exigido, e bem, nas IPSS; com recursos humanos insuficientes e menos qualificados do que os que trabalham nas IPSS.
A União das IPSS do Distrito de Braga fez um completo estudo das condições de funcionamento das AEC desse distrito – estando o Presidente dessa União, aqui presente, disponível para dar aos senhores jornalistas informações mais detalhadas sobre essas condições.
Por todas as referidas razões, a CNIS não aceita que este processo seja um retrocesso e seja apresentado como um sucesso.
A manter-se o bloqueio do Governo à concertação com a CNIS, em violação do Pacto para a Cooperação assinado entre ambos no tempo do Governo do Engº António Guterres, a CNIS poderá ter que dar às suas associadas a indicação de que não aceitem nenhuma proposta da Segurança Social no sentido de converterem os seus ATL em “serviço de pontas”, continuando a privilegiar, mesmo contra as instruções da mesma Segurança Social, as necessidades das famílias; e de as aconselhar, sempre que entendam que a denúncia dos acordos de cooperação por parte da Segurança Social se baseia, como tem sucedido, em pressupostos que se não verificam na realidade, como, por exemplo, por serem falsas as listagens elaboradas pelo Ministério da Educação, a impugnar junto dos Tribunais tais decisões ilegítimas e a requerer a suspensão dessas decisões – alterando, a seu pesar, o que tem sido a invariável prática de cooperação com o Ministério do Trabalho nas últimas três décadas."

quinta-feira, novembro 15, 2007

Alemanha: uma agressão à Igreja católica

Polémica entre Igreja e «Verdes» na Alemanha

A acusação de "pregador do ódio", lançada pelo líder do Partido dos Verdes na Alemanha, Volker Beck contra o cardeal-arcebispo de Colónia, Joachim Meisner, desencadeou nova polémicas entre o partido ecologista e a Igreja Católica no país, que estuda até mesmo a possibilidade de uma acção legal contra os Verdes.
Numa entrevista publicada pelo semanário "Der Spiegel", Volker Beck chama o cardeal, textualmente, de "pregador do ódio", referindo-se a declarações feitas, precedentemente, pelo cardeal, nas quais, entre outras coisas, critica a legalização dos matrimónios homossexuais e a adopção de crianças por esse tipo de pares.
Um porta-voz da Arquidiocese de Colónia a anunciou neste Domingo, 28 de Outubro, que está a ser avaliada a possibilidade de uma acção legal contra Beck, como já foi feito no passado, quando um tribunal proibiu que um humorista político alemão usasse a mesma definição para se referir ao Cardeal Meisner.
Outros parlamentares "verdes" distanciaram-se das afirmações de Beck, qualificando-as de "desapropriadas e desproporcionais".
(Com Rádio Vaticano)
Internacional Agência Ecclesia 30/10/2007 10:35 1097 Caracteres 26 Europa

O discurso do Papa aos Bispos portugueses

Pode encontrar-se em: http://www.ecclesia.pt/videobentoxvi.wmv.

Sobre o significado das palavras do Papa e sendo ainda cedo para medir o justo alcance e sobretudo o desafio que representam para todos nós, os católicos, há esta nota da Lusa que retoma declarações belíssimas obtidas junto do Opus Dei.
Transcrevo e partilho:

Religião: Bento XVI lançou desafio a todos os cristãos portugueses - Opus Dei
Fonte: Lusa12 de Novembro de 2007, 18:43
Lisboa, 12 Nov (Lusa) - A Opus Dei considera que o Papa Bento XVI lançou a todos os cristãos portugueses, mais do que uma crítica, um desafio para a intensificação da aplicação do Concílio Vaticano II, disse hoje à Lusa uma fonte daquela instituição católica.
No seu discurso final aos bispos, que marcou o encerramento da visita "Ad Limina" da hierarquia católica portuguesa ao Vaticano, no domingo, Bento XVI defendeu um novo estilo de organização da Igreja em Portugal.
"É preciso mudar o estilo de organização da comunidade eclesial portuguesa e a mentalidade dos seus membros para se ter uma Igreja ao ritmo do Concílio Vaticano II, na qual esteja bem estabelecida a função do clero e do laicado", afirmou o Papa.
Bento XVI considerou que este novo modelo eclesial é a "rota certa a seguir", mas sem valorizar em demasia as questões organizativas da própria Igreja.
Para a Opus Dei, na sua intervenção o Papa lançou a todos os cristãos portugueses, e não só aos bispos, um desafio que é muito mais um estímulo do que uma crítica, apelando à intensificação da aplicação do II Concílio do Vaticano, que "sempre foi, aliás, uma preocupação muito viva dos bispos portugueses".
O desafio lançado por Bento XVI, refere a Opus Dei, inclui três elementos: "Devolver a Deus a primazia", "Que os padres sejam padres e que os leigos sejam leigos" e a "Comunhão na Igreja".
No que respeita ao primeiro elemento - "Devolver a Deus a primazia" -, a instituição católica refere que "tem-se tentado construir o mundo prescindindo de Deus, agora é altura de voltar a colocá-lo no 'prime time' do quotidiano".
Relativamente ao segundo elemento - "Que os padres sejam padres e que os leigos sejam leigos " -, a Opus Dei explica que os cristãos leigos (profissionais de todos os sectores, homens e mulheres, casados e solteiros, sãos e doentes, ricos e pobres) são responsáveis por tornar Deus presente nas famílias e na sociedade.
"É a sua competência. Mas para 'dar' Deus têm de 'ter' Deus. Para isso, são imprescindíveis os padres. São os padres que permitem aos leigos encontrar Deus na Eucaristia e nos restantes sacramentos, através do ensino e pregação, e com a assistência pessoal a cada um. É a sua competência", refere um documento da Opus Dei enviado à Lusa.
Já no que se refere à "Comunhão da Igreja", a Opus Dei explica que é boa a diversidade de experiências e caminhos, podendo aprender todos uns dos outros, em sintonia plena com os bispos.
A Opus Dei é uma instituição da Igreja Católica fundada por Josemaria Escrivã de Balaguer e que colabora com as igrejas locais, organizando encontros de formação cristã (aulas, retiros, atendimento sacerdotal) destinados a quem tenha o desejo de renovar a sua vida espiritual e o seu apostolado.
GC.
Lusa/Fim

Noções de Capitalismo: com humor se diz tanta verdade!

Recebi hoje no meu email e achei tão verdadeiro...

CAPITALISMO IDEAL
Você tem duas vacas. Vende uma e compra um boi. Eles multiplicam-se, e a economia cresce. Você vende a manada e aposenta-se. Fica rico!
CAPITALISMO AMERICANO
Você tem duas vacas. Vende uma e força a outra a produzir o leite de quatro vacas. Fica surpreso quando ela morre.
CAPITALISMO JAPONÊS Você tem duas vacas. Redesenha-as para que tenham um décimo do tamanho de uma vaca normal e produzam 20 vezes mais leite. Depois cria desenhinhos de vacas chamados Vaquimon e vende-os para o mundo inteiro.
CAPITALISMO BRITÂNICO
Você tem duas vacas. As duas são loucas.
CAPITALISMO HOLANDÊS
Você tem duas vacas. Elas vivem juntas, em união de facto, não gostam de bois e tudo bem.
CAPITALISMO ALEMÃO
Você tem duas vacas. Elas produzem leite regularmente, segundo padrões de quantidade e horário previamente estabelecido, de forma precisa e lucrativa. Mas o que você queria mesmo era criar porcos.
CAPITALISMO RUSSO
Você tem duas vacas. Conta-as e vê que tem cinco. Conta de novo e vê que tem 42. Conta de novo e vê que tem 12 vacas. Você pára de contar e abre outra garrafa de vodka.
CAPITALISMO SUÍÇO Você tem 500 vacas, mas nenhuma é sua. Você cobra para guardar as vacas dos outros.
CAPITALISMO ESPANHOL Você tem muito orgulho de ter duas vacas.
CAPITALISMO BRASILEIRO
Você tem duas vacas. E reclama porque o rebanho não cresce...
CAPITALISMO HINDU
Você tem duas vacas. Ai de quem tocar nelas.
CAPITALISMO PORTUGUÊS
Você tem duas vacas. Foram compradas através do Fundo Social Europeu. O governo cria O IVVA - Imposto de Valor Vacuum Acrescentado. Você vende uma vaca para pagar o imposto. Um fiscal vem e multa-o, porque embora você tenha pago correctamente o IVVA, o valor era pelo número de vacas presumidas e não pelo de vacas reais. O Ministério das Finanças, por meio de dados também presumidos do seu consumo de leite, queijo, sapatos de couro, botões, presume que você tenha 200 vacas. Para se livrar do sarilho, você dá a vaca que resta ao inspector das finanças para que ele feche os olhos e dê um jeitinho...

quarta-feira, novembro 14, 2007

Prostituição: teoria e realidade

Hoje no Diário de Notícias (artigo de Fernanda Câncio) é lançada a discussão sobre a legalização das casas de passe ou da prostituição. O debate surge periodicamente e também teve lugar quando eu estava no parlamento (entre 2002 e 2005). Recordo particularmente uma conversa que então tive com a Inês Fontinha (da Associação O Ninho) e um debate com a JSD sobre o assunto.
O que então mais me impressionou foi o contraste entre uma visão "romantizada" (no caso da JSD "enebriada" com as reportagens sobre umas "universitárias" simpáticas que completavam assim a mesada escassa da família...) ou descarnada (isto é sem ter presente a violência, brutalidade e desumanidade da prostituição, mesmo quando exercida de forma "livre") dos adeptos da legalização e a visão lucida, realista, experimentada, feita de amizades, memórias, encontros e aflições, da Inês Fontinha e seus companheiros de percurso. O contraste entre a teoria e a realidade.

terça-feira, novembro 13, 2007

Um novo Blog muito recomendável

Chama-se Mais Vida Mais Família e tem origem na lista electrónica do mesmo nome que a partir de agora servirá só para efeitos de mobilização. Noticias da comunicação social, artigos de fundo e documentos importantes sobre as questões da Vida, Família, Liberdade de Educação e Religiosa, Subsidiariedade e outras, encontrarão aqui um arquivo que se espera útil à formação e acção de todos os empenhados nestes movimentos, e agora também ao grande público.

Um mundo totalitário cada vez mais próximo...

Recebi hoje no meu email:

* ** Pedindo Uma Pizza Em 2009...*
*Telefonista* : Pizza Hot, boa noite!
*Cliente* : Boa noite, quero encomendar pizzas...
*Telefonista* : Pode-me dar o seu NIDN?
*Cliente* : Sim, o meu número de identificação nacional é 6102-1993-8456-54632107.
*Telefonista* : Obrigada, Sr. Lacerda. Seu endereço é Av. Comandante Valódia, 198 ap. 52 B, e o número de seu telefone é 222 494 666, certo? O telefone do seu escritório da Lincoln Seguros é o 226 620 026 e o seu telemóvel é 962 662 566.
*Cliente* : Como é que você conseguiu essas informações todas?
*Telefonista *: Nós estamos ligados em rede ao Grande Sistema Central.
*Cliente *: Ah, sim, é verdade! Eu queria encomendar duas pizzas, uma quatro queijos e outra calabresa...
*Telefonista* : Talvez não seja uma boa idéia...
*Cliente *: O quê?
*Telefonista* : Consta na sua ficha médica que o Sr. sofre de hipertensão e tem a taxa de colesterol muito alta. Além disso, o seu seguro de vida proíbe categoricamente escolhas perigosas para a sua saúde.
*Cliente* : É. Tem razão! O que você sugere?
*Telefonista* : Por que é que o Sr. não experimenta a nossa pizza Superlight, com tofu e rabanetes? O Sr. vai adorar!
*Cliente* : Como é que você sabe que vou adorar?
*Telefonista* : O Sr. consultou o site 'Recettes Gourmandes au Soja' da Biblioteca Municipal, dia 15 de janeiro, às 14:27h, onde permaneceu ligado à rede durante 39 minutos. Daí a minha sugestão...
*Cliente* : OK, está bem! Mande-me duas pizzas tamanho família!
*Telefonista *: É a escolha certa para si, sua esposa e seus 4 filhos, pode ter certeza. *Cliente* : Quanto é?
*Telefonista* : São ? Kz. 3.699,90
*Cliente* : Você quer o número do meu cartão de crédito?
*Telefonista *: Lamento, mas o Sr. vai ter que pagar em dinheiro. O limite do seu cartão de crédito foi ultrapassado.
*Cliente* : Tudo bem, eu posso ir ao Multicaixa levantar dinheiro antes que chegue a pizza.
*Telefonista* : Duvido que consiga, o Sr. está com o saldo negativo no banco.
*Cliente* : Meta-se na sua vida! Mande-me as pizzas que eu arranjo o dinheiro. Quando é que entregam?
*Telefonista* : Estamos um pouco atrasados, serão entregues em 45 minutos. Se o Sr. estiver com muita pressa pode vir buscá-las, se bem que transportar duas pizzas na moto não é aconselhável, além de ser perigoso...
*Cliente* : Mas que história é essa, como é que você sabe que eu vou de moto? *Telefonista* : Peço desculpas, mas reparei aqui que o Sr. não pagou as últimas prestações do carro e ele foi penhorado. Mas a sua moto está paga, e então pensei que fosse utilizá-la.
*Cliente* : @#%/§@&?#§/%#
*Telefonista* : Gostaria de pedir ao Sr. para não me insultar... Não se esqueça de que o Sr. já foi condenado em Julho de 2006 por desacato em público a um Agente da autoridade.
*Cliente* : (Silêncio)
*Telefonista* : Mais alguma coisa?
*Cliente* : Não, é só isso... Não, espere... Não se esqueça dos 2 litros de Coca-Cola que constam na promoção.
*Telefonista* : Senhor, o regulamento da nossa promoção, conforme citado no artigo 095423/12, proíbe a venda de bebidas com açúcar a pessoas diabéticas...
*Cliente* : Aaaaaaaahhhhhhhh!!!!!!!!!!! Vou-me atirar pela janela!!!!!
*Telefonista* : E torcer um pé? O Sr. mora no rés-do-chão!

sábado, novembro 10, 2007

A redenção de Fernanda Câncio

O artigo de Fernanda Câncio Num Lugar Tranquilo sobre os infelizes acontecimentos na Finlândia onde um jovem de 18 anos irrompeu aos tiros na sua escola, matando diversas pessoas, suscita em mim, depois de ler o relato e a reflexão que vem junto, aquela natural estupefacção e a inevitável pergunta: "mas estes não se dão conta de que estas coisas sucedem cada vez mais num mundo que está a tentar viver como se Deus não existisse?" e " estes não percebem que toda a mentalidade para a formação da qual contribuem desagua e propicia a criação de lugares desumanos, onde cresce a loucura humana, o abandono, a solidão e a estúpida violência?"...
Com o que lhe restará da catequese que imagino tenha frequentado Fernanda Câncio acaba com referências à redenção que procurará para si e para os outros quem comete estes desvarios. Observando o modo como esses nos querem redimir, não será de nos perguntarmos:
- a violência não mostra que o homem é incapaz de se redimir a si e por si próprio e
- que a redenção verdadeira se apresenta como o inverso do que vimos acontecer e
- o homem deseja-o no fundo do seu coração, por muito intelectual e moderno que seja?
Porque convenhamos: se não fosse esse desejo de redenção (de felicidade, plenitude, de um melhor do que o melhor que experimentamos, de uma beleza, paz e alegria, que não tenham fim) porque haveria a nossa Fernanda de concluir um artigo sobre aqueles factos suscitando esta questão e não as habituais do comentador mediano: segurança, educação, solidão, etc.?

A alegria e paz do Papa Bento XVI-um testemunho da Aura Miguel

Através da lista electrónica Povo acabo de receber este texto que muito me impressionou a mim que ando sempre afogado e aflito em tarefas, mobilizações, reuniões e iniciativas...:

A serenidade e alegria que tanto desejamos não é questão de idade.

Os bispos de Portugal estão em Roma. Um a um são recebidos pelo Papa para falar da sua diocese. Cada encontro dura cerca de 15 minutos. E é marcado também pela maneira de ser de cada prelado e pela diversidade das terras que representam. É, por isso, grande a variedade da Igreja portuguesa, como num mosaico…
Há, no entanto, uma coisa que todos os bispos – um a um – sublinham impressionados, quando saem da audiência: é a alegria e disponibilidade de Bento XVI. O seu sorriso e a serenidade com que o Papa acolhe cada um é surpreendente. Isto mesmo já tinham notado os italianos, no dia em que Bento XVI celebrou 80 anos. Aquele rosto tão tranquilo e cheio de certezas é o reflexo de algo maior do que ele, que vem de dentro, de alguém que, depois de velho, aceitou o vertiginoso desafio de conduzir a Igreja e confirmar os seus irmãos na fé.
Está provado. A serenidade e alegria que tanto desejamos não é questão de idade. Na sua raiz está uma promessa de plenitude que muitos já experimentam e da qual Bento XVI é um poderoso sinal.
Aura Miguel

sexta-feira, novembro 09, 2007

Médio Oriente: uma para rir e sobretudo chorar...

Recebi há pouco no meu email:

Quando a piada e a realidade se misturam…*

**Em Jerusalém, uma repórter da TV vai ao **Muro das Lamentações**para entrevistar um velho palestiniano. Chega ao local, evê-o a rezar. Depois de uma hora, o ancião pára de rezar e quando se prepara para deixar o local, ela aborda-o: **
- **Bom dia, senhor! Eu sou da TV AL JAHZIRA e queria entrevista-lo. O senhor é a pessoa mais antiga que vem diariamente rezar aqui no muro. Há quanto tempo o senhor vem aqui para rezar? ** **
- **Ahh... Há uns 80 anos** - responde o provecto senhor. ****
- **Fogo! 80 anos! E, durante todos estes anos, o senhor rezou pedindo o quê? ****
- **Rezo pela Paz entre judeus, muçulmanos e cristãos, rezo para que o ódio pare e que nossos filhos cresçam juntos em Paz e Amizade. **
- **E como o senhor se sente após 80 anos de orações diárias?****
- **Sinto-me como se estivesse falando com uma parede... *

Eleições de ontem para a Distrital de Lisboa do PSD

Ontem a lista de Helena Lopes da Costa (a qual eu integrava como candidato a vogal do Conselho de Jurisdição Distrital) perdeu as eleições na Distrital de Lisboa do PSD contra a lista dirigida por Carlos Carreiras (um sócio da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas, diga-se de passagem). É assim a vida em democracia: vai-se a votos, propondo aos eleitores um certo caminho e protagonistas, e umas vezes perde-se e outras ganha-se...a vida essa continua igual a antes (quer se perca, quer se ganhe): família, trabalho, a comunidade, etc. E é bom que assim seja. Ai de quem tem a vida dependente das vitórias políticas...
Por outro lado e na minha Secção (a G, do Lumiar), no que diz respeito a outras eleições que ontem tinham lugar (para a escolha dos delegados da Secção à Assembleia Distrital do partido) já o resultado da lista que eu integrava foi mais honroso: 5 votos de distância da lista mais votada (e mais 13 que a seguinte), e apenas menos um delegado que a vencedora (universo eleitoral: 151 votantes que elegeram 23 delegados).
Algumas observações retiradas desta experiência eleitoral:
- no PSD está-se a assistir em Lisboa a um fenómeno preocupante de sindicatos de voto (em si uma coisa natural: pertence-se a um determinado grupo, em nome deste alguns integram uma lista e a "malta" desse grupo vota nessa lista) que são determinados não por opções políticas (escolher um rumo não outro) ou ligações pessoais (pessoas em quem se confia e que se quer ver protagonizar determinadas posições), mas por fenómenos de puro caciquismo.
- a abstenção ou o desempenho de tantos eleitores do partido recompensa o fenómeno acima e sobretudo desmotiva a militância política e partidária, tão importantes para o crescimento da democracia e o desenvolvimento da sociedade. Se temos os políticos que temos devemo-lo aos eleitores que queixando-se deles, não arriscam nenhum tempo das suas vidas para que a atmosfera política seja diferente.
- consequência final: a politica reduz-se aos dias de eleições, o debate é nulo, as ideias definham ou desaparecem, e depois queixem-se que os partidos uma vez no poder naveguem à vista, sem um ideal...
Nota final: as pessoas não imaginam o universo curioso e simultâneamente engraçado e comovente que é uma Secção de um partido: gente tão diferente, circunstâncias tão peculiares, convivências e amizades diversificadas, muita boa vontade e também algum interesseirismo, etc. E no entanto a partir daquele nível é que se começam a desenvolver os níveis de poder e influência. Seria tão bom (e tão decisivo para os partidos, para o poder) que houvesse mais participação...

quinta-feira, novembro 08, 2007

Empenhamento na politica: hoje sou candidato duas vezes

Nestes 10 anos e muito por influência nos primeiros anos da relação dos movimentos civis com Maria José Nogueira Pinto, vim-me convencendo de duas coisas: que ou nos ocupamos da política ou ela ocupa-se de nós. E que para nos ocuparmos da politica não chega a iniciativa de movimentos civis (indispensáveis mas não suficientes). É necessário estar nos partidos e dentro destes afirmar os valores em que se acredita (até para apoiar e ampliar a nossa força civil).
Nesse sentido e desde antes do Congresso que elegeu Marques Mendes entrei juntamente com um grupo de amigos para o PSD e neste venho assistindo entre o comovido e o entusiasmado ao crescimento de uma corrente de gente que se bate pela Família e pela Vida, pelas liberdades de Educação e religiosa, pelo princípio da subsidiariedade.
É nesse quadro que hoje (dia de eleições no partido) sou duplamente candidato: a delegado da Secção (do Lumiar) à Assembleia Distrital de Lisboa e também a vogal no Conselho de Jurisdição Distrital na lista de Helena Lopes da Costa.
É um gosto "ir a votos" e ter eventualmente (se formos eleitos) a oportunidade de nos batermos por aquilo em que acreditamos. É verdade que ficamos ansiosos, mas sobretudo felizes por podermos participar!

quinta-feira, novembro 01, 2007

O caso James Watson e a coragem de José Manuel Fernandes

No passado dia 21 de Outubro José Manuel Fernandes publicou um editorial de altíssima coragem sobre o caso James Watson.
Resumo com o destaque feito pelo jornal: "James Watson, um dos mais notáveis cientistas do século XX, disse que achava que os negros eram menos inteligentes. Pode ser o maior dos disparates, mas será sempre um disparate maior pretender silenciá-lo".
Num tempo em que a liberdade se vai esvaíndo e o pensamento ou é detido nas masmorras do politicamente dominante e correcto ou mesmo causa de perseguição efectiva (veja-se o caso Charrua, a Directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho, a sede do sindicato na Covilhã, ou a "ordem" de Correia de Campos à Ordem dos Médicosno sentido de esta última modificar o seu estatuto deontológico), é muito importante cerrar fileiras em defesa daquele que é "o maior bem que os céus deram aos homens" (Cervantes em "D. Quixote").
Nota: ouvi dizer que Correia de Campos deu já instruções ao Ministério Público no sentido de mandar notificar um tal Hipócrates, habitante da Grécia, no sentido de que este corrija o juramento dos médicos, em conformidade com as leis da República portuguesa... ;-)