quarta-feira, outubro 28, 2009

Angolagate e o fado da UNITA

A noticia do Público de hoje sobre o Angolagate é uma peça importante para perceber como nasce e onde se desenvolve a tenaz internacional que se fechou sobre a UNITA e a derrotou sem apelo nem agravo.
Se é verdade que também a esta se podem assacar responsabilidades e (muitas) inabilidades pelo decurso da guerra civil, não o é menos que nesses ultimos anos de guerra a mesma, e os povos que nela se abrigavam e confiavam, foram vitimas de uma conspiração que contou com o assentimento de interesses bem concretos, alguma ignorância e muito alheamento, no Ocidente em especial.
E o fado triste de a paz se ter sucedido à morte de Savimbi (uma das grandes figuras africanas do século) e a democracia que foi assegurada pelos resistentes ao marxismo aquando do seu exercicio, nas ultimas eleições, ter reduzido a mesma UNITA a uma expressão menor, são exemplos impressionantes dos desencontros da história...

Cancro da Mama: Juntos pela Vida patrocinam acções contra Estado português



Associação Juntos pela Vida
COMUNICADO

Associação Juntos pela Vida Patrocina Processos contra o Estado


No Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama (30 de Outubro) queremos recordar o seguinte:

1. Em 1986 uma equipa de cientistas escreveu que "o aborto provocado antes da primeira gravidez levada a termo aumenta o risco de cancro da mama". ("Induced abortion before first term pregnancy increases the risk of breast cancer." Lancet, 2/22/86, p. 436)

2. A descoberta acima abriu um novo campo de pesquisa científica e médica que suscitou um amplo debate público, alguma controvérsia e dolorosas consequências para quem foi deliberadamente privado do seu conhecimento.

3. Na verdade, a evidência científica reunida nos últimos 50 anos é clara: o aborto provocado é, entre os factores de risco evitáveis, o que tem maior impacto no aumento do cancro da mama. Independentemente da posição pessoal ou institucional no debate sobre o aborto diversas organizações médicas afirmam que o aborto aumenta o risco de cancro da mama.

4. O Estado português tem o dever de informar todas as mulheres: o aborto provocado agrava o risco de contrair cancro da mama. No entanto não o faz.

5. A nossa associação oferece-se para ajudar as mulheres que desejem pedir responsabilidades e eventual indemnização ao Estado por não terem sido informadas de que o aborto aumenta o risco de ter cancro da mama.

Lisboa, 30 de Outubro de 2009.


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Contacto para a Comunicação Social:

Dr. João Paulo Malta, médico ginecologista e obstetra.

Para mais informação:

http://www.abortionbreastcancer.com/
www.juntospelavida.org

terça-feira, outubro 27, 2009

O Solista: um filme extraordinário!

Vão ver O Solista! Um filme extraordinário sobre a amizade e a misericórdia. Altissima sensibilidade humana, imagens impressionantes (os sem abrigo), o Pai-Nosso mais bonito que vi no cinema, extraordinário!
O site do filme é este.

Notas de leitura do Público de hoje (Padre preso e Saramago)

Confesso continuo fascinado com a história do Pároco de Covas do Barroso...! Ou muito me engano ou isto ainda vai acabar no cinema...entretanto a história está assim.
Tudo o que acontece é sempre para um bem! Os disparates de Saramago, fizeram explodir a verdade e suscitaram alguns textos geniais (como os de Pulido Valente, sempre virulento, e do Padre Gonçalo Portocarrero de Almada, sempre bem humorado, que reproduzo aqui abaixo). Veja-se também o "Saramago e a insustentável leveza da ignorância" de Richard Zimler (no P2 do Público) ou Daniel de Oliveira no Expresso do último Sábado.

Uma farsa

Por Vasco Pulido Valente – PUBLICO – 23.Out.2009

O problema com o furor que provocaram os comentários de Saramago sobre a Bíblia (mais precisamente sobre o Antigo Testamento) é que não devia ter existido furor algum. Saramago não disse mais do que se dizia nas folhas anticlericais do século XIX ou nas tabernas republicanas no tempo de Afonso Costa. São ideias de trolha ou de tipógrafo semianalfabeto, zangado com os padres por razões de política e de inveja. Já não vêm a propósito. Claro que Saramago tem 80 e tal anos, coisa que não costuma acompanhar uma cabeça clara, e que, ainda por cima, não estudou o que devia estudar, muito provavelmente contra a vontade dele. Mas, se há desculpa para Saramago, não há desculpa para o país, que se resolveu escandalizar inutilmente com meia dúzia de patetices.

Claro que Saramago ganhou o Prémio Nobel, como vários "camaradas" que não valiam nada, e vendeu milhões de livros, como muita gente acéfala e feliz que não sabia, ou sabe, distinguir a mão esquerda da mão direita. E claro que o saloiice portuguesa delirou com a façanha. Só que daí não se segue que seja obrigatório levar a criatura a sério. Não assiste a Saramago a mais remota autoridade para dar a sua opinião sobre a Bíblia ou sobre qualquer outro assunto, excepto sobre os produtos que ele fabrica, à maneira latino-americana, de acordo com o tradição epigonal indígena. Depois do que fez no PREC, Saramago está mesmo entre as pessoas que nenhum indivíduo inteligente em princípio ouve.

Oregime de liberdade, aliás relativa, em que vivemos permite ao primeiro transeunte evacuar o espírito de toda a espécie de tralha. É um privilégio que devemos intransigentemente defender. O Estado autoriza Saramago a contribuir para o dislate nacional, mas não encomendou a ninguém? principalmente a dignatários da Igreja como o bispo do Porto - a tarefa de honrar o dislate com a sua preocupação e a sua crítica. Nem por caridade cristã. D. Manuel Clemente conhece com certeza a dificuldade de explicar a mediocridade a um medíocre e a impossibilidade prática de suprir, sobre o tarde, certos dotes de nascença e de educação. O que, finalmente, espanta neste ridículo episódio não é Saramago, de quem - suponho - não se esperava melhor. É a extraordinária importância que lhe deram criaturas com bom senso e a escolaridade obrigatória.

Caim Bolchevique

Gonçalo Portocarrero de Almada

Muito se tem escrito e dito sobre o mais recente opúsculo do Nobel português mas, na realidade, não se percebe a razão, porque nesta sua última ficção literária, o escritor iberista não apresenta nada de novo. Pelo contrário, é mais do mesmo. Com efeito, não é de estranhar que o autor do falso «Evangelho segundo Jesus Cristo» manifeste, mais uma vez, o seu desdém pela Bíblia, palavra de um Deus em que não crê, e que, por isso, de novo arremeta contra as religiões em geral e a católica em particular, sua inimiga de longa data e muita estimação.

É verdade que alguns cristãos ficaram incomodados pela recorrente deturpação dos textos sagrados e pela falta de respeito pela liberdade religiosa que uma tal atitude evidencia. Mas reconheça-se, em abono da verdade, que o criador desta mistificação, com laivos auto-biográficos, não podia ter sido mais sincero nem coerente com a teoria política que tão devotamente segue. Com efeito, que outra personagem, que não Caim, poderia personificar melhor a ideologia em que se revê o galardoado autor?! Não é o irmão de Abel a melhor expressão bíblica do que foi, e é, o comunismo para a humanidade?

O ilustre premiado com o ignóbil prémio Nobel acredita que Caim nunca existiu, o que é, convenhamos, um acto de muita fé para quem se confessa ateu, até porque não tem qualquer evidência científica dessa suposta inexistência em que tão dogmaticamente crê. Mas decerto não ignora a realidade histórica de muitos outros Cains – Lenine, Estaline, Mao, Pol Pot e outros diabretes de menor monta – todos eles sobejamente conhecidos pelas atrocidades a que associaram os seus nomes e a sua comum ideologia.

À conta do Caim bíblico, agora reabilitado, por obra e graça deste seu oficioso defensor, pretende redimir os não poucos Cains que lhe são doutrinal e eticamente afins, mas a verdade é que o pretenso carácter mítico daquele não faz lendários os crimes destes seus comparsas mais modernos, até porque esta sanha fratricida ainda hoje impera, impunemente, na China, no Tibete, no Vietname, na Coreia do Norte, em Cuba, etc.

Mas não é só Caim que é um mito para o ortodoxo militante comunista, pois Deus também não existe (em todo o caso seria sempre um segundo Deus, porque o primeiro é, como é óbvio, o próprio escritor), e a Igreja Católica mais não é do que uma aberração. Mas, se assim é de facto, porque se incomoda tanto com a inexistente divindade e a pretensamente caduca instituição eclesial?! Será que, apesar de não acreditar em bruxas, no entanto nelas crê e teme?! Ou, melhor ainda, será que se está finalmente a converter, senão num cristão convicto, pelo menos num ateu não praticante?! Deus, que crê também nos que n’Ele não crêem, o queira…

Sem a Bíblia seriamos diferentes? Sem dúvida. Melhores? Duvido, porque todas as grandes tiranias do século XX – o fascismo, o nazismo e o comunismo – foram e são visceralmente ateias e, pelo contrário, todas as grandes gestas de justiça social são cristãs, como católica é também a maior rede mundial de assistência aos mais necessitados. Mas uma coisa é certa: sem o marxismo seriamos hoje muitos mais, concretamente mais cem milhões de mulheres e homens, tantos quantas foram as vítimas do comunismo em todo o mundo (cf. Stéphane Courtois, Le livre noir du communisme, Robert Laffont, 1998, pág. 14).

domingo, outubro 25, 2009

Um Padre preso...!?

O meu pai sempre me disse (quando falavamos sobre cinema) "a realidade ultrapassa a ficção". A noticia do Público de hoje ("Padre septuagenário detido por suspeita de posse de armas, munições e explosivos") é um desses casos...!
Que se terá passado? Que história é esta? Temos de confessar que se vissemos isto no cinema elogiariamos a imaginação do realizador...;-)

Os animais de circo e a sanha do Governo

Com as suas habituais acutilância, sagacidade e inteligência, Maria José Nogueira Pinto diz hoje no DN tudo o que se devia dizer sobre a incompreensível sanha "animalista" do Governo português...
Pobres crianças privadas de Circo, pobres animais condenados ao abate porque nem podem ser devolvidos à procedência nem utilizados de acordo com a ferocidade regulamentistica do governo, pobres artistas circences proibidos de nos oferecer a sua genialidade e arte, pobres cabeças dos "animalistas" que se atravessam por qualquer animal menos o humano, pobres governantes que se distraem do que os devia ocupar e se ocupam com o que não sabem regular...!

quarta-feira, outubro 21, 2009

Reacção de Mário David às declarações de Saramago

Não me parece valha a pena fazer outra coisa por Saramago do que rezar por ele mas esta reacção de Mário David eurodeputado do PSD é de saudar pela coragem e convicção que mostra.
A noticia está nos media e esta recebia-a dos meus amigos do Politica XXI- PSD Palmela:

Eurodeputado do PSD encoraja Saramago a abdicar da cidadania portuguesa
Por Redacção

Mário David, deputado do Parlamento Europeu, eleito nas listas do PSD, incentivou José Saramago a abdicar da cidadania portuguesa e confessou ter «vergonha de o [José Saramago] ter como compatriota».

«José Saramago, há uns anos, fez a ameaça de renunciar à cidadania portuguesa. Na altura, pensei quão ignóbil era esta atitude. Hoje, peço-lhe que a concretize... E depressa!», escreveu Mário David, no seu site pessoal.

O apelo do eurodeputado social-democrata surge depois de declarações recentes de José Saramago, em que o Nobel português classificou a Bíblia como «um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana».

Para Mário David, «a outorga do Prémio Nobel (...) não lhe confere a autoridade para vilipendiar povos e confissões religiosas», razão por que diz ter «vergonha» de ter Saramago «como compatriota».

Aplicação da pena de morte nos EUA não diminuiu crime


Apesar da ala dura dos republicanos (com quem tanto simpatizo ;-) me parecer ser favorável à aplicação da pena de morte essa é uma posição que não subscrevo. Daí ter achado interessante este «take» da Lusa:

Aplicação da pena de morte nos EUA não diminuiu crime

A aplicação da pena de morte nos EUA não conseguiu reduzir a violência criminal - é a convicção da maioria das autoridades policiais, segundo um relatório oficial do Centro de Informação da Pena de Morte hoje divulgado.

O relatório conclui que a pena de morte se converteu num desperdício orçamental para os estados que mantêm essa forma de punição criminal.

"Com tantos estados que gastam milhões de dólares para manter a pena de morte e quase nunca ou poucas vezes a aplicam, o castigo converteu-se numa forma onerosa de prisão perpétua", afirmou Richard Dieter, director do CIPM e autor do relatório.

Em muitos casos, a espera da execução pode prolongar-se por mais de dez anos e, actualmente, segundo os dados do CIPM, estão 3297 condenados nos corredores da morte à espera de execução.

Dieter acrescentou que com os actuais défices orçamentais, a pena de morte não pode furtar-se a uma reavaliação, "juntamente com outros esbanjamentos de outros programas governamentais que não têm o mínimo sentido".

O relatório cita o caso da Califórnia, um estado que gasta 137 milhões de dólares por ano com a pena de morte e não realizou uma única execução nos últimos quatro anos.

Na Florida, onde os tribunais perderam cerca de 10 por cento dos seus recursos fiscais, o estado gasta 51 milhões de dólares por ano com a pena de morte .

A pena de morte foi restabelecida pelo Supremo Tribunal dos EUA em 1976 e desde esse ano foram executados 1176 condenados por assassínio, dos quais 441 no estado do Texas, segundo os números do CIPM.

Nos últimos anos, 15 dos 50 estados derrogaram ou suspenderam a pena de morte , em face de denúncias de uma aplicação racista desta punição, de se terem cometido injustiças irreparáveis e da ausência, por parte dos acusados, de recursos para uma defesa competente.

O castigo é principalmente aplicado através de uma injecção letal, mas o método tem sido objecto de críticas.

Só em 2009, 11 estados debateram projectos legais para derrogar esta pena.

Ao anunciar este ano a derrogação, o governador do Novo México, Bill Richardson indicou que não poderia suportar a sua consciência se viesse a saber que no seu estado se tinha condenado um inocente.

A pena de morte , cuja restauração foi apoiada por 80 por cento da população, viu o seu apoio reduzido a menos de 60 por cento, segundo as últimas sondagens.

Por outro lado, segundo o relatório, um inquérito a 500 chefes de polícia apurou que 57 por cento consideram que a pena de morte não reduz o crime violento, porque os seus autores raramente têm em conta as consequências do crime.

terça-feira, outubro 20, 2009

Um unico casamento (não entre pessoas mesmo sexo)

os meus amigos do Blog O Inimputavel sairam com este magnifico vídeo que deve ser conhecido e divulgado e constitui como que a abertura da nossa campanha para um referendo que vamos ter de realizar em Portugal se e quando se concretizarem as iniciativas em curso para impor o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

A propósito das declarações de Saramago

Retirado do Boletim electrónico Infovitae de hoje:

Quem dizes tu que Eu Sou?

Joaquim Mexia Alves

«Quem dizes tu que Eu sou?»,
perguntas-me Tu Senhor,
com os Teus olhos fixos nos meus
com esse Teu jeito de amor.
Eu olho-Te então também
e receoso da resposta,
pouco forte e convicta,
respondo-Te muito baixinho:
«Tu és o Filho de Deus,
o meu Deus e meu Senhor.»
Mas Tu olhas-me outra vez,
e com redobrado amor,
perguntas-me novamente:
«Mas quem foi que to revelou?
Foi Meu Pai que está no Céu,
ou foi o teu coração,
que procura a Verdade?»
E eu pequenino respondo-Te,
a voz como num fio,
não fosses Tu ouvir-me:
«Ó Senhor,
eu sou tão fraco!
Como querias Tu meu Senhor
que eu sozinho pudesse,
saber assim toda a Verdade?
Que Tu és o Filho de Deus,
o Messias enviado,
o meu Deus e meu Senhor
que na Cruz crucificado,
se entregou por mim,
por todos nós,
só por simples e puro amor.»
Abre-se o Teu sorriso,
aliás nunca fechado,
e é um sol,
uma luz resplandecente,
que me atinge em todo o ser.
Aclara-se-me então a voz,
torna-se mais forte a fé,
perco o medo o temor,
e grito mais alto que o mundo,
por cima da criação,
com esta voz que Tu enches:
«Jesus Cristo é o Senhor,
o Filho de Deus vivo,
nascido e feito Homem,
em tudo igual a nós,
excepto no pecado.
Que se entregou por amor,
numa Cruz crucificado,
trespassado o coração,
pela maldade dos homens.
E que tendo sido morto
por fim foi sepultado,
para ressuscitar glorioso,
vencida que foi a morte,
vencido que foi o pecado.
Mas que ficou entre nós,
na humildade do Pão,
para ser alimento e vida,
dos que buscam salvação.»
E nada nem ninguém,
mesmo culto e inteligente,
pode negar e mudar,
esta verdade tão simples,
que nos fala ao coração,
por Ele em todos criado:
«Jesus Cristo é o Senhor,
o Filho de Deus vivo,
Palavra de eternidade
que nos conduz ao amor
e encerra toda a Verdade.»

Monte Real, 19 de Outubro de 2009