Tenho pena o PDL tenha perdido Milão porque é um prémio ao infractor na campanha miserável que tem sido feita contra Berlusconi.
É verdade que como me dizia um amigo, citando uns comuns amigos italianos, "está cada vez mais dificil defender o Berlusconi", mas é de repudiar vivamente uma campanha moralista conduzida por quem (a esquerda)sempre defendeu o maior dos desregramentos moral e social, que morre de fúria por não ter conseguido derrubar o homem em eleições e no fundo o que mais teme é o bom senso do Premier em algumas questões fracturantes...
Como não o conseguiram derrubar democraticamente, eis que usam os tribunais e os media, numa campanha de desgaste a que não resisitiria o mais santo dos homens, quanto mais Berlusconi...
Pode ser dificil de entender mas, salvo a clara ilegalidade (eventual abuso de poder ou infracção de normas penais) pouco importa se Berlusconi se porta bem ou mal nas festas que entende fazer. Dos pecados não deve curar a politica ou a sociedade, mas apenas ele e o seu confessor...mais vale um mulherengo que decida bem, do que um "santinho" que decida mal! (veja-se a esse propósito a óptima entrevista de Vittorio Messori aqui)
Foi o diário da acção política de um deputado do PSD, eleito por Braga, e agora é-o de um cidadão que desejando contribuir activamente para a organização do bem comum, procura invadir esse âmbito (da política) com aquele gosto de vida nova que caracteriza a experiência cristã. O título "POR CAUSA DELE" faz referência ao manifesto com o mesmo título, de Comunhão e Libertação, publicado em Janeiro de 2003 (e incluído no Blog).
terça-feira, maio 31, 2011
A perda de Milão e Berlusconi
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Sarah Palin no Rolling Thunder
Mais informações sobre este assunto no Público de hoje, ou o video deste site ou este slide-show.
E esta fotografia que será apreciada por todos os politicamente incorrectos que graças a Deus ainda existem...;-)
E esta fotografia que será apreciada por todos os politicamente incorrectos que graças a Deus ainda existem...;-)
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segunda-feira, maio 30, 2011
Pequenos partidos e Televisão: haja justiça e liberdade!
Hoje na sua coluna do Público sobre televisão Jorge Mourinha publicou o artigo "Assim se vê a força do PC(TP)" sobre o sucesso da providência cultural interposta pelo MRPP no Tribunal de Oeiras contra as televisões por omissão do dever de cobertura igual e imparcial de todas as candidaturas às eleições. O artigo pode ler-se aqui.
Em consequência da mesma as televisões são obrigadas a realizar debates que incluam os pequenos partidos o que (independentemente da simpatia menor ou menor por um ou outro) é de inteira justiça e um momento importante para a democracia em Portugal.
Vitimas de silenciamento sistemático nós, nos movimentos civicos, não podemos deixar de nos congratular com esta vitória dos pequenos partidos, na consciência de que defendendo a liberdade de uns, defendemos a liberdade de todos, a nossa incluída...!
Em consequência da mesma as televisões são obrigadas a realizar debates que incluam os pequenos partidos o que (independentemente da simpatia menor ou menor por um ou outro) é de inteira justiça e um momento importante para a democracia em Portugal.
Vitimas de silenciamento sistemático nós, nos movimentos civicos, não podemos deixar de nos congratular com esta vitória dos pequenos partidos, na consciência de que defendendo a liberdade de uns, defendemos a liberdade de todos, a nossa incluída...!
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domingo, maio 29, 2011
O voto católico que não existe mas do qual se fala...
O Público retoma hoje numa sondagem (da qual não divulga os dados técnicos mas que no texto refere ter "uma amostra reduzida e com pouco tempo de máquina, por dificuldades de financiamentos") num artigo que intitula "o voto católico não existe" da autoria de António Marujo.
O artigo é interessante de ler e desperta o apetite pela questão (nomeadamente para umas jornadas "Catolicismo e fronteiras políticas" dias 30 e 31 de Maio em Lisboa e em que tenho uma pena gigante de não poder assistir...).
Particularmente curioso (e desmentindo um pouco o tom geral do artigo) o quadro de relação entre a frequência de actos de culto por voto nos partidos políticos nas eleições para a AR em 2009, que coincide com a observação empirica de quem tem estado envolvido nas movimentações civicas da Vida e Família e na sua envolvente geral politica e partidária...
Num artigo meu que saiu no Público em 21 de Janeiro deste ano e a esse propósito escrevi:
"Conforme muitas e credenciadas vozes vêm afirmando, não se pode dizer que exista um eleitorado, ou um voto, católico, nem sequer simplesmente cristão, se por essa designação entendermos uma expressão eleitoral unitária de quem se afirma como sendo parte dessa confissão religiosa: ao longo dos anos e em Portugal ,os católicos exprimem-se em diferentes partidos e votam por diversas opções. Se atendermos aos resultados eleitorais, pode mesmo duvidar-se se muitos dos cristãos se darão ao trabalho de confrontar a sua escolha política com os princípios da sua fé (conforme a hierarquia da Igreja católica e algumas iniciativas de leigos sempre convidam nas vésperas de qualquer acto eleitoral) ...
Este facto, porém, não contradiz que dentro desse eleitorado que professa o cristianismo, ou no quadro mais amplo, e abrangendo quem não partilha essa fé, do centro-direita, não se venha afirmando ao longo dos anos um corpo eleitoral com um volume de voto estável (vejam-se o milhão e meio de votos "não" nos referendos do aborto). Com manifestações cívicas quantitativamente impressivas (petições populares a um ritmo médio de dois em dois anos que reúnem entre 80 e 200 mil assinaturas) e até, em alguns actos eleitorais, esporádicos movimentos uniformes (como a transferência de voto para o PP nas últimas Europeias)."
Ora, deste último ponto de vista, "eppure si muove"...;-)
O artigo é interessante de ler e desperta o apetite pela questão (nomeadamente para umas jornadas "Catolicismo e fronteiras políticas" dias 30 e 31 de Maio em Lisboa e em que tenho uma pena gigante de não poder assistir...).
Particularmente curioso (e desmentindo um pouco o tom geral do artigo) o quadro de relação entre a frequência de actos de culto por voto nos partidos políticos nas eleições para a AR em 2009, que coincide com a observação empirica de quem tem estado envolvido nas movimentações civicas da Vida e Família e na sua envolvente geral politica e partidária...
Num artigo meu que saiu no Público em 21 de Janeiro deste ano e a esse propósito escrevi:
"Conforme muitas e credenciadas vozes vêm afirmando, não se pode dizer que exista um eleitorado, ou um voto, católico, nem sequer simplesmente cristão, se por essa designação entendermos uma expressão eleitoral unitária de quem se afirma como sendo parte dessa confissão religiosa: ao longo dos anos e em Portugal ,os católicos exprimem-se em diferentes partidos e votam por diversas opções. Se atendermos aos resultados eleitorais, pode mesmo duvidar-se se muitos dos cristãos se darão ao trabalho de confrontar a sua escolha política com os princípios da sua fé (conforme a hierarquia da Igreja católica e algumas iniciativas de leigos sempre convidam nas vésperas de qualquer acto eleitoral) ...
Este facto, porém, não contradiz que dentro desse eleitorado que professa o cristianismo, ou no quadro mais amplo, e abrangendo quem não partilha essa fé, do centro-direita, não se venha afirmando ao longo dos anos um corpo eleitoral com um volume de voto estável (vejam-se o milhão e meio de votos "não" nos referendos do aborto). Com manifestações cívicas quantitativamente impressivas (petições populares a um ritmo médio de dois em dois anos que reúnem entre 80 e 200 mil assinaturas) e até, em alguns actos eleitorais, esporádicos movimentos uniformes (como a transferência de voto para o PP nas últimas Europeias)."
Ora, deste último ponto de vista, "eppure si muove"...;-)
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sábado, maio 28, 2011
Aniversário do meu curso da Católica
Hoje comemoram-se os 25 anos de licenciatura do meu curso de origem (1980) na Católica (Direito). De origem pois por vicissitudes várias não conclui com eles em 1986 a licenciatura, mas apenas mais tarde em 1992 (alguns homens precisam de fazer a tropa primeiro e casarem-se depois com mulheres de fibra, para conseguirem terminar o seu curso...;-)
Vai ser uma Missa e um jantar do qual presumo esteja ausente um colega em campanha eleitoral (Paulo Portas) mas não um seu antecessor na presidência do partido (Manuel Monteiro)...
A propósito deste aniversário e para o "jornal" do curso escrevi (menos bem que a colega jornalista do mesmo curso: Inês Serra Lopes) o seguinte artigo:
"A comemoração do aniversário do curso é uma ocasião de gratidão, orgulho, compromisso e reflexão.
De gratidão a tanta gente: aos nossos pais que nos pagaram o curso, aos colegas que nos acompanharam nas horas difíceis de estudo e exames, aos professores que nos aturaram e procuraram dar o melhor que tinham e sabiam, aos funcionários da casa que asseguraram que tudo andasse sempre “sobre rodas”, aos benfeitores da universidade cujos nomes e rostos desconhecemos mas sem os quais a casa não estaria lá, a todos que se empenharam durante aqueles anos em fazer mais coisas do que apenas estudar e por fim à provocação humana e religiosa dos que tiveram a missão de ser entre nós a presença tocável do Senhor para cujo conhecimento a universidade foi criada.
Orgulho porque é impressionante registar como o nome da nossa universidade em todos os meios em que nos movemos de alguma forma nunca soa como um simples substantivo mas sempre como uma exclamação: “Ah, da Católica!”.
Compromisso porque não é possível constatar que se foi objecto de um dom e não ser imediatamente impelido a pensar como se pode corresponder e retribuir a essa gratuidade. Ocasião pois de decidir ser melhor, atento aos que connosco se cruzam, empenhados na vida da profissão e do país, com a preocupação de que ninguém fique para trás, colegas de curso incluídos.
Reflexão porque a vida passa e o tempo faz-se breve. Tempo por isso de nos perguntarmos quem somos, o que desejamos e manter a pergunta viva, o coração desperto e atento. Porque muito perde o seu tempo quem não ama bem. Quem bem não Te ama!"
Vai ser uma Missa e um jantar do qual presumo esteja ausente um colega em campanha eleitoral (Paulo Portas) mas não um seu antecessor na presidência do partido (Manuel Monteiro)...
A propósito deste aniversário e para o "jornal" do curso escrevi (menos bem que a colega jornalista do mesmo curso: Inês Serra Lopes) o seguinte artigo:
"A comemoração do aniversário do curso é uma ocasião de gratidão, orgulho, compromisso e reflexão.
De gratidão a tanta gente: aos nossos pais que nos pagaram o curso, aos colegas que nos acompanharam nas horas difíceis de estudo e exames, aos professores que nos aturaram e procuraram dar o melhor que tinham e sabiam, aos funcionários da casa que asseguraram que tudo andasse sempre “sobre rodas”, aos benfeitores da universidade cujos nomes e rostos desconhecemos mas sem os quais a casa não estaria lá, a todos que se empenharam durante aqueles anos em fazer mais coisas do que apenas estudar e por fim à provocação humana e religiosa dos que tiveram a missão de ser entre nós a presença tocável do Senhor para cujo conhecimento a universidade foi criada.
Orgulho porque é impressionante registar como o nome da nossa universidade em todos os meios em que nos movemos de alguma forma nunca soa como um simples substantivo mas sempre como uma exclamação: “Ah, da Católica!”.
Compromisso porque não é possível constatar que se foi objecto de um dom e não ser imediatamente impelido a pensar como se pode corresponder e retribuir a essa gratuidade. Ocasião pois de decidir ser melhor, atento aos que connosco se cruzam, empenhados na vida da profissão e do país, com a preocupação de que ninguém fique para trás, colegas de curso incluídos.
Reflexão porque a vida passa e o tempo faz-se breve. Tempo por isso de nos perguntarmos quem somos, o que desejamos e manter a pergunta viva, o coração desperto e atento. Porque muito perde o seu tempo quem não ama bem. Quem bem não Te ama!"
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sexta-feira, maio 27, 2011
A intolerância dos "tolerantes"
O frémito de terror de que exista um novo referendo sobre o aborto (vejam-se as declarações de Louçã ou a opinião expandida no jornal i de hoje) veio mais uma vez demonstrar como para alguns a tolerância implica sempre a exclusão de alguém...
As declarações de Passos Coelho no sentido de que nenhuma lei está livre de avaliação (o que no caso do aborto é uma necessidade evidente, no que toca à respectiva regulamentação, até para figuras de destaque do Sim) e que é uma das implicações da democracia aceitar que se alguém propuser um novo referendo este deve ter lugar (em resposta a perguntas da RR no programa em que a Sandra Anastácio foi "directora" por uma hora) foram suficientes para desencadear uma tempestade política que provou que o debate sobre o aborto não morreu e está bem vivo na sociedade portuguesa.
O que só espanta quem ainda não se deu conta que em 2007, conjungando as percentagens de abstenção com a votação do Sim, apenas 1/4 dos eleitores sufragaram a actual lei...
Por isso sem surpresa na votação telefónica hoje durante o programa Opinião Pública da SIC Noticias a realização de um novo referendo foi apoiada por 60% dos participantes...
Enfim, um assunto a seguir, mas sobretudo a prova de que vale a pena não deixar de se bater por uma boa causa, apenas por receio de uma má refrega ;-)
As declarações de Passos Coelho no sentido de que nenhuma lei está livre de avaliação (o que no caso do aborto é uma necessidade evidente, no que toca à respectiva regulamentação, até para figuras de destaque do Sim) e que é uma das implicações da democracia aceitar que se alguém propuser um novo referendo este deve ter lugar (em resposta a perguntas da RR no programa em que a Sandra Anastácio foi "directora" por uma hora) foram suficientes para desencadear uma tempestade política que provou que o debate sobre o aborto não morreu e está bem vivo na sociedade portuguesa.
O que só espanta quem ainda não se deu conta que em 2007, conjungando as percentagens de abstenção com a votação do Sim, apenas 1/4 dos eleitores sufragaram a actual lei...
Por isso sem surpresa na votação telefónica hoje durante o programa Opinião Pública da SIC Noticias a realização de um novo referendo foi apoiada por 60% dos participantes...
Enfim, um assunto a seguir, mas sobretudo a prova de que vale a pena não deixar de se bater por uma boa causa, apenas por receio de uma má refrega ;-)
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quinta-feira, maio 26, 2011
Aborto: as declarações de hoje de Pedro Passos Coelho
As declarações de hoje de Pedro Passos Coelho, prontamente corroboradas por Paulo Portas, são muito importantes porque correspondem não apenas a um sentido democrático (se houver cidadãos que proponham um terceiro referendo ao aborto, tem direito a que este se realize, desde que preenchidas as condições legais) mas também à constatação do "falhanço" da actual lei (quando comparada com os seus objectivos, nas palavras dos seus promotores, "que o aborto se torne legal, seguro e raro"), veja-se a este propósito o estudo mais recente da Federação Portuguesa pela Vida, e, sobretudo, de que o debate na sociedade continua tão vivo como em 1998 e 2007, como um recente seminário do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, veio demonstrar.
A essse propósito (do falhanço da lei) falam melhor do que nós figuras de referência do Sim como Miguel Oliveira e Silva e Luis Graça (do Hospital de Santa Maria)como se pode ver no primeiro número do Biojornal o que revela a existência clara de um consenso em Portugal (ao qual se juntou o Bastonário da Ordem dos Médicos como se pode ver aqui e defendendo o pagamento também no aborto de uma taxa moderadora) no sentido de que a actual lei deve ser revista.
A essse propósito (do falhanço da lei) falam melhor do que nós figuras de referência do Sim como Miguel Oliveira e Silva e Luis Graça (do Hospital de Santa Maria)como se pode ver no primeiro número do Biojornal o que revela a existência clara de um consenso em Portugal (ao qual se juntou o Bastonário da Ordem dos Médicos como se pode ver aqui e defendendo o pagamento também no aborto de uma taxa moderadora) no sentido de que a actual lei deve ser revista.
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