quarta-feira, novembro 27, 2013

A Exortação Apostólica do Papa Francisco "A Alegria do Evangelho"



Acabou de sair a Exortação Apostólica "Evangelii Gaudium" (A Alegria do Evangelho) que pode ser encontrada no site do Vaticano em diversas possibilidades de leitura (do seu texto). A este propósito é indispensável ler o que a Renascença vai publicando sobre o assunto. Destaco este trecho das declarações de D. António Vitalino, Bispo de Beja:

Segundo D. António Vitalino muitos dos desafios lançados por Francisco se dirigem não só à Igreja, mas também aos políticos: “É uma interpelação muito forte aos políticos, aos governos, para que não tomem só medidas a partir dos interesses do capital, mas tomem medidas a partir da dignidade da pessoa humana, do bem comum, da família, e claro que aqui, mesmo nos nossos orçamentos, não podemos pôr de parte que em primeiro lugar tem de estar a dignidade da pessoa, o bem comum, a família, e não os interesses de alguns”, considera.
Só hoje vou começar a lê-la mas desde já reproduzo o que de outros amigos empenhados na Defesa da Vida, já recebi:

"213 Entre estes seres frágeis, de que a Igreja quer cuidar com predileção, estão também os nascituros, os mais inermes e inocentes de todos, a quem hoje se quer negar a dignidade humana para poder fazer deles o que apetece, tirando-lhes a vida e promovendo legislações para que ninguém o possa impedir. Muitas vezes, para ridiculizar jocosamente a defesa que a Igreja faz da vida dos nascituros, procura-se apresentar a sua posição como ideológica, obscurantista e conservadora; e no entanto esta defesa da vida nascente está intimamente ligada à defesa de qualquer direito humano. Supõe a convicção de que um ser humano é sempre sagrado e inviolável, em qualquer situação e em cada etapa do seu desenvolvimento. É fim em si mesmo, e nunca um meio para resolver outras dificuldades. Se cai esta convicção, não restam fundamentos sólidos e permanentes para a defesa dos direitos humanos, que ficariam sempre sujeitos às conveniências contingentes dos poderosos de turno. Por si só a razão é suficiente para se reconhecer o valor inviolável de qualquer vida humana, mas, se a olhamos também a partir da fé, «toda a violação da dignidade pessoal do ser humano clama por vingança junto de Deus e torna-se ofensa ao Criador do homem».

214. E precisamente porque é uma questão que mexe com a coerência interna da nossa mensagem sobre o valor da pessoa humana, não se deve esperar que a Igreja altere a sua posição sobre esta questão. A propósito, quero ser completamente honesto. Este não é um assunto sujeito a supostas reformas ou «modernizações». Não é opção progressista pretender resolver os problemas, eliminando uma vida humana. Mas é verdade também que temos feito pouco para acompanhar adequadamente as mulheres que estão em situações muito duras, nas quais o aborto lhes aparece como uma solução rápida para as suas profundas angústias, particularmente quando a vida que cresce nelas surgiu como resultado duma violência ou num contexto de extrema pobreza. Quem pode deixar de compreender estas situações de tamanho sofrimento?"

Clarinho, clarinho...



quarta-feira, novembro 20, 2013

"Dá Tempo ao Tempo": viajar no tempo é viver o tempo que nos é dado


Ao contrário do costume só no fim deste post coloco o trailer do filme "Dá Tempo ao Tempo" porque como muitas vezes sucede este não faz justiça ao filme que anuncia. Na verdade este trailer reduz-se a uma parte pouco significativa do enredo e só se tem gosto em vê-lo porque na sequência do gosto pelo filme, até de uma versão reducionista do mesmo se gosta...

"Dá Tempo ao Tempo" partindo de uma história mais original do que parece (a possibilidade de se viajar no mesmo) é um filme maravilhoso sobre a vida, com um toque muito humano, uma deliciosa atmosfera familiar e uma filosofia de fundo que vale a pena ver representada. Põe também questões quanto á cadência de eventos nas nossas vidas e do valor ou não da modificação de circunstâncias passadas. Por fim é finalmente um daqueles filmes em que dá vontade de estar casado (ou se é confirmado no mesmo estado) o que é sensação rara com que se saia dos filmes hoje em dia (em geral um convite á aventura e ao devaneio, a momentos que não sustentam a vida ou cujo ambiente embora sedutor, não ajuda nada a viver a realidade). Por fim, saliente-se o humor inteligente.

Poder-se-ia ter ido mais longe? Talvez (e por isso recordo abaixo "O Feitiço do Tempo"). Tal como ás vezes a linguagem é um bocadito "livre" mas nada de mais, ao nível de série da Fox...;-)

Ficam pois aqui os trailers mas vão mesmo é ao Corte Inglês (com umas tapas antes, então, o programa não podia ser mais agradável).