sexta-feira, outubro 06, 2006

O panfleto de Coimbra: a nossa resposta

Algumas notas sobre o que se passou em Coimbra (ecos na TSF e no DN: a Pastoral da Família da Diocese de Coimbra publicou um folheto em que apela à defesa da Vida e usa duas imagens: a barriga de uma grávida e uma fotografia de um bébé, que os abortistas identificam como filho de uma jornalista a favor do sim ao aborto):
1. Os nossos amigos de Coimbra não confirmaram se tratasse da imagem que os "da tolerância" (viu-se...) dizem ser. Ou pelo menos que seja possível identificar pela fotografia o bébé exacto. No entanto reconhecem que o eventual lapso é lamentável.
Estando fora do assunto reconheço que a confirmarem-se os factos se trata de um "azar" do "caraças"... :-)
Mas por outro, não deixa de ter a sua graça: faz com que os abortistas possam pensar, olhando para os seus filhos, o que significa realmente o aborto: a supressão de uma vida humana, a morte de um bébé, na barriga da mãe.
2. É impressionante ver com os abortistas se recusam a olhar de frente a realidade! A comparação entre um bébé na barriga da mãe e depois cá fora, não só é legítima (era só o que faltava que a censura regressasse 30 anos depois do 25 de Abril!) como inteiramente razoável. Esse é o ponto fulcral do debate (e aquele que mais dói aos abortistas): o facto de que "como toda a gente sabe, dali não sai um pinto", como muito bem disse no Diário de Notícias, em Julho de 2006, a deputada Odete Santos.

O comunicado dos nossos amigos de Coimbra é este:

Um grupo de cidadãos favoráveis à legalização do aborto a pedido acusou a “Diocese de Coimbra” de organizar uma campanha contra a despenalização do aborto e de usar indevidamente a foto de um bebé num panfleto.

Perante isto cumpre esclarecer o seguinte:

1. O panfleto em causa foi concebido por um grupo de leigos de Coimbra que há anos se dedica, em regime de voluntariado e com larga autonomia, ao anúncio do Evangelho na área da Família. Foi distribuído, há meses, a propósito da “Semana da Vida”.

2. O panfleto coloca lado a lado uma barriga de grávida e uma criança recém-nascida, salientando deste modo a continuidade da vida dentro e fora do útero materno.

3. Ainda que a imagem do bebé não permita a identificação pública da criança, o eventual lapso na produção deste panfleto é lamentável.

4. O Serviço da Vida vai prosseguir as suas actividades em prol da defesa da vida humana desde a concepção à morte natural.

Coimbra, 4 de Outubro de 2006

O Serviço da Vida do Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar de Coimbra

5 comentários:

Fernando disse...

Por vezes dou comigo a pensar, -que devo fazer para ajudar os mais fracos?
A resposta nem sempre chega com o vigor e exigencia que é pedida para satifazer esta minha vontade de fazer caridade, e muitas muitas outras vezes somos confrontados por um obstaculo chamado comunicaçao social que só ecoa quando é para atordoar, senao vejamos:
Hoje 07-09-2007 passou a primeira vez uma niticia de que a alguem estava preocupado com a defesa da vida, num congresso em Fátima. Porquê só hoje? Os jornalistas indirectamente e inocentemente responderam:
É inevitavel que o referendo sobre a despenalizaçao voluntaria da gravidez siga em frente. Mais palavras para quê?!

Anónimo disse...

Não deixaria de ter a sua graça usarem-se fotografias do Cardeal Ratzinger a ser sodomizado para promover o casamento homossexual, não acha?

Antonio Pinheiro Torres disse...

Agradeço este último contacto, pois, apesar da violência e desproporção da comparação, fez com que me desse conta de que o eventual engano dos nossos amigos de Coimbra, pode realmente ter ofendido alguém, de uma forma de que eu, ao principio, não me dei conta. Enfim, são estas, entre outras, as vantagens dos comentários. Cumprimentos
Antonio Pinheiro Torres

Antonio Pinheiro Torres disse...

queria dizer comentário e não contacto. Sorry!

Anónimo disse...

É pela qualidade dos seus textos e, principalmente, das suas respostas que eu gosto de ler e comentar o seu blog.

Ah, a desproporcionalidade foi propositada.

Cumprimentos,

Carlos

P.S. Desculpe-me a franqueza mas o post do "Televisor" cheira-me a Igreja Maná ou qualquer coisa desse género. Acredita que uma criança diz aquilo daquela maneira? Eu não.