Foi ontem condecorado Pedro Santana Lopes (veja a noticia). Foi um acto de justiça e com especial relevo devido às circunstâncias particulares do acto. Mas o melhor mesmo foi a percepção de que este acto encerra um período, ainda há muito caminho que Santana Lopes pode fazer e com isso lucrará o PPD-PSD e o país.
Antecipando-me aos comentários, explico:
- o Governo de Santana Lopes foi o governo mais torpedeado (por dentro e por fora)de que há memória e no entanto era um bom Governo, com projectos interessantes "na manga" (vide entre tantos, a reforma da lei das rendas, substituida pelo PS por uma "solução" anémica que produziu resultados nulos) e uma oportunidade de coragem política e reformista como não tivemos nunca nem antes nem depois do mesmo
- a dissolução da Assembleia da República pelo presidente Jorge Sampaio foi um golpe de estado constitucional de uma gravidade que só quem vier a ser vitima de semelhante afronta é que perceberá (recorde-se que o seu governo teve sempre e sem mácula o apoio de uma maioria parlamentar consolidada)
- se é verdade que o moralismo da mentalidade dominante (sempre defensor da "liberdade de costumes" mas só para uns e nas condições que o poder maçónico consente) era à partida uma armadilha dificil de evitar, não o é menos o facto de Santana Lopes ser um homem livre e disso o poder tem um medo de morte...
- há em Pedro Santana Lopes uma clareza de juizo político e de distinçaõ do amigo e do inimigo que é hoje o que mais falta faz no PPD-PSD. Um exemplo? A reacção inicial do partido à proposta de referendo ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e em contrapartida a adesão do mesmo Santana Lopes à Plataforma Cidadania e Casamento promotora da Iniciativa Popular de Referendo, recentemente "chumbada" no parlamento. Ou seja, uma clareza de que lado importa estar (e que o partido devia ter estado com maior energia e desplante) que deriva entre outras coisas de ao contrário de muitos dirigentes do partido, ser um profundo conhecedor das bases do mesmo.
Mas enfim, aguardo comentários para desenvolver, não tanto pela amizade com ele, como pela importância das questões levantadas para a retomada do poder pelo principal partido da oposição.
Foi o diário da acção política de um deputado do PSD, eleito por Braga, e agora é-o de um cidadão que desejando contribuir activamente para a organização do bem comum, procura invadir esse âmbito (da política) com aquele gosto de vida nova que caracteriza a experiência cristã. O título "POR CAUSA DELE" faz referência ao manifesto com o mesmo título, de Comunhão e Libertação, publicado em Janeiro de 2003 (e incluído no Blog).
quinta-feira, janeiro 21, 2010
A condecoração de Santana Lopes: um acto de justiça
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