segunda-feira, março 08, 2010

Estrasburgo: Tribunal aceita recurso sobre o crucifixo

Finalmente um pouco de bom senso e, espera-se, respeito pelo principio da subsidiariedade, sem o que não há pachorra para aturar a União Europeia...diz a Ecclesia:

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos aceitou o recurso apresentado pelo Governo italiano, depois de ter decidido, em Novembro de 2009, que os crucifixos não deviam estar nas salas de aula das escolas.

A sentença do tribunal dava razão a uma mãe de família que alegava que os crucifixos atentavam contra o seu direito de dar uma educação secular aos filhos.

Perante a decisão, o Governo da Itália defendeu a presença dos crucifixos nas salas de aula dos colégios públicos, como um símbolo que representa as raízes cristãs do país.

A respeito disto, o Reitor da Universidade LUMSA, de Roma, Giuseppe Dalla Torre, comentou em entrevista com a agência SIR que recebeu “com alegria este primeiro resultado”, e espera que o tribunal compreenda os argumentos do Governo e decida a favor da Itália.

“A decisão tomada pelo tribunal em Novembro do ano passado causou um grande impacto não só na Itália, mas também em outros países da Europa”, continuou Dalla Torre, em declarações à Radio Vaticano.

Segundo o reitor universitário, “isto é algo positivo já que os países da Europa, especialmente os da União Europeia, apoiam o facto de que os aspectos religiosos devem ser resolvidos democrática e constitucionalmente pela jurisdição de cada país. Estes casos correspondem à identidade nacional de cada país”, finalizou.


Internacional | Renascença (RR) | 2010-03-07 | 14:25:00 | 1655 Caracteres | Europa

1 comentário:

Madalena Magalhães disse...

Aqui vai a transcrição de um post colocado por Raúl Almeida deputado do CDS que resolveu assim manifestar o seu acordo com o manifesto enviado por mim e mais amigos exigindo uma explicação por parte do Snr. Primeiro Ministro.

"terça-feira, 16 de Março de 2010
Incoerência e discriminação

Publico aqui hoje um e-mail que acabou de me chegar. Por ser uma justa descrição da incoerência e comportamento discriminatório do Primeiro-Ministro, subscrevo na íntegra este manifesto.

Exmos. Senhores Deputados

Assistimos ontém à presença do Senhor Primeiro Ministro na Cerimónia que assinalou o 25º Aniversário da Mesquita de Lisboa.
Interpelado pelos jornalistas pelo facto de estar nesta cerimónia já que o estado português é laico. José Sócrates respondeu e muito bem, que o estado é laico mas a sociedade não o é.
Ora esta resposta vem de alguém, que sendo nosso primeiro ministro se recusou a participar na cerimónia do funeral de Sua Santidade João Paulo II, na cerimónia de canonização de D. Nuno Álvares Pereira e vem da mesma pessoa que nem sequer esteve presente na cerimónia que assinalou os 50 anos do Cristo Rei. E com que argumento? O de que "o estado é laico."
Mais relembro, que António Costa recusou-se há bem pouco tempo a apoiar a construção do altar que acolherá a missa em Lisboa presidida por Sua Santidade o Papa Bento XVI, dando como desculpa o mesmo argumento a de que "o estado é laico".
Ora o que nos parece, a todos nós que nos juntámos para escrever aos Snrs. deputados demonstrando a nossa indignação, é que José Sócrates ao tomar as atitudes que tomou há bem pouco tempo não participando nas cerimónias da Igreja Católica e ao participar nesta cerimónia de ontém, está a desrespeitar totalmente o povo português que é maioritariamente católico e cristão. Afinal Snr. Primeiro Ministro e Snr. Deputados a sociedade não é laica!
Isto não passa de uma afronta principalmente quando o Senhor Primeiro Ministro afirma que há uma grande comunidade muçulmana em Portugal que devemos respeitar. Não dizemos o contrário. E a maioria do povo Snr.
Primeiro Ministro e Snr. deputados? Não devemos o mesmo respeito por parte do estado que se diz isento?
Tivesse o Senhor Primeiro Ministro participado numa qualquer cerimónia que atrás referimos e logo muitos se vinham insurgir (não esqueçamos do que foi dito quando o Sr. Presidente Cavaco Silva pôs a hipótese de ir à cerimónia de Canonização de D. Nuno Alvares Pereira)
É por estas situações e por outras muito graves que se estão a passar em Portugal que os portugueses começam agora a indignar-se. Felizmente os portugueses já não estão só a indignar-se porque lhe aumentam os impostos, os portugueses estão a começar a indignar-se com o ataque cada vez mais feroz que alguns grupos estão a fazer aos mais profundos sentimentos do povo português.
Deixamos este alerta aos Srs. Deputados por considerarmos lamentável a atitude do Snr. Primeiro Ministro. Não porque ele não possa participar nesta cerimónia ou na cerimónia de outra qualquer confissão religiosa, mas porque o mesmo Primeiro Ministro não tem a mesma atitude quando se trata de uma cerimónia ligada à Igreja Católica. Isso não é igualdade para todos- A isso sim chama-se descriminação e pior descriminação da maioria do povo português.

Os nossos cumprimentos "