domingo, junho 20, 2010

A proposta dos feriados

Com as reservas e cautelas de quem aprecia uma iniciativa legislativa de duas amigas (as Deputadas Teresa Venda e Maria do Rosário Carneiro) e depois de ler a mesma percebendo que existe um raciocinio lógico e fundamentos para a dita, não consigo porém concordar com elas...
E o núcleo das minhas objecções coincide com estas declarações de Manuel Alegre ao Público (nota para os teóricos da conspiração: esta coincidência de pontos de vista não está de modo nenhum relacionada com as presidenciais nem a a desilusão da decisão de não veto do actual PR! :-)
Ainda sobre esse argumento pertinente de que o valor simbólico da data se perde de alguma forma se pudermos mover o seu dia de celebração: imagine cada um se gosta de fazer anos num dia qualquer da semana, mas que toda a gente o ignorasse, reservando as felicitações para o fim-de-semana seguinte...!?
Ao qual acresce uma outra objecção, que reconheço pode não ser nem a mais inteligente, nem a mais pertinente, mas é a de que a existência das pontes é precisamente uma daquelas coisas que ainda faz de Portugal um país onde é agradável viver, com oportunidades de descanso e encontro familiar como já há em poucos lugares do mundo, possibilitando a ida à "santa terrinha" com uma frequência simpática, etc. E não sei mesmo se a vida mais feliz proporcionada pelas pontes não ajuda a que de um maior equílibrio humano, surjam homens mais capazes e por isso mais produtivos...?

Ainda Saramago

O meu avô materno Luis de Almeida Braga (uma figura de referência na militância monárquica em Portugal, fundador do Integralismo Lusitano, escritor, etc.) quando morria alguém tido por não crente costumava dizer "este agora já sabe que Deus existe" ;-)
Que surpresa e deslumbramento não será para Saramago descobrir que afinal aquilo que ele considerava a maior das maldades ou coisa vã, não é final a mais bonita e bondosa coisa que existe, que aquilo que o seu coração, desordenada e despistadamente perseguia, quando se atirava à Igreja, aos Santos e a Deus, estava ali naquele sitio de onde tanto fugiu...!?

Saramago: paz à sua alma

Das coisas mais comoventes a que tenho assistido com a militância católica em relação à morte de Saramago é a unânime exclamação de que importa é rezar por ele e nenhuma acrimónia em relação a alguém que ao longo da sua vida ou foi nosso militante adversário ou se entreteve com alguma persistência a insultar aquilo que para nós é o mais importante na vida.
Porque a natureza humana, nossa, é fraca poderia ter acontecido alguma reacção infeliz ou estupidez mais solta. Mas nada...apenas "importa rezar por ele", ou seja, uma consciência profunda que o que mais importa na vida é esse encontro final com Deus e porque isso temos em comum, crentes e não crentes, nos sentimos desde logo irmanados, e por isso interessados, em rezar por quem parte, independentemente do que nos afastou em vida.
Por isso na morte de Saramago, o único que nos ocorre dizer é: paz à sua alma.

quarta-feira, junho 09, 2010

Curiosamente ou de como "procurem os socialistas e..."

Recebi agora esta de um amigo:

Alguém sabe quantos países da União Europeia têm, neste momento, governo socialista?

Para ajudar, recordo que a Hungria e o Reino Unido tiveram eleições muito recentemente, pelo que devem ter em atenção possíveis mudanças que tenham ocorrido.

Não lhes vem à memória assim de repente?

Volto a ajudar - são só 3 (três!).

Agora talvez seja mais fácil responder à questão principal: sabem quais são esses países?

Não?

Eu esclareço: GRÉCIA, PORTUGAL e ESPANHA!

Ele há coincidências do diabo!!! Logo serem os "mais avançados" da Europa (pelo menos em dívidas, descontrolo das contas públicas e atraso)!

Haja saúde, que a esperança é a última a morrer!

segunda-feira, junho 07, 2010

As presidenciais, o poder e um vídeo extraordinário

A discussão á volta de uma candidatura presidencial alternativa na área do centro-direita (uma necessidade que se tornou visivel na promulgação pelo Presidente da República da lei do casamento gay mas que vai muito para além desta questão) veio revelar (pelas reacções de gente estimável, cada um no seu género) a existência de um sistema de poder que vive mal com homens e iniciativas livres e se considera proprietário dos votos deste espectro político.
Se esse sistema é suficientemente forte para abafar um sector importante da opinião pública, muito mais largo que os "católicos ofendidos" retaratados pelos media isso se verá no futuro (as presidenciais são só em Janeiro e até lá muita água correrá sob as pontes).
Até saber isso, conforta o humor, inteligência e argúcia, do vídeo editado pelos meus amigos do Blog O Inimputável: impagável! Lol!

sexta-feira, junho 04, 2010

Orçamento e Dívida Pública: já no Império Romano...!

De um amigo recebi esta citação que dou por boa:

“O Orçamento Nacional deve ser equilibrado.

As Dívidas Públicas devem ser reduzidas, a arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada.

Os pagamentos a governos estrangeiros devem ser reduzidos, se a Nação não quiser ir à falência.

As pessoas devem novamente aprender a trabalhar, em vez de viver por conta pública.”

Marcus Tullius Cícero - Roma, 55 a.C.