Anda aí uma excitação sem nome, com uma entrevista informal (melhor se diria, uma conversa) dada pelo Papa Francisco no voo de regresso das Jornadas Mundiais da Juventude que ocorreram no Rio de Janeiro. Entre outras coisas (como uma ofensiva ideológica generalizada que pretende impingir a homossexualidade ao mainstream senão mesmo promove-la a comportamento de excelência, no que conta com o apoio e empenho da comunicação social onde esses lobbies por comunhão de ideologia ou de atitude, imperam e reinam) o acontecido até tem uma faceta positiva: o Papa Francisco será escutado como não o foram os seus predecessores pese a que o que diz é exatamente o que os outros, por muitas e variadas formas, disseram. Deus seja louvado por isso...!
O que reproduzo abaixo é uma informação preciosa da lista É o Carteiro!
7 coisas a saber sobre
o que o Papa Francisco disse sobre gays
por Jimmy Akin
segunda-feira, 29 julho, 2013 10:45
A
imprensa encheu-se, em poucas horas, com a tese de
que o papa Francisco segue uma linha claramente diferente
do seu predecessor, Bento XVI, no tema da homossexualidade.
Alguns
sugerem que o papa anunciou "gay é fixe" (gay is okay).
Que foi que o Papa disse realmente?
Disse mesmo alguma coisa inédita?
Eis
7 coisas para saber e divulgar...
1) Onde foi que o papa
Francisco fez as declarações?
Foi
durante uma entrevista de 1hora e 20 minutos com os jornalistas a bordo do avião no regresso da JMJ no Brasil.
2) Qual foi a pergunta
que o levou a dizer o que disse?
Até
termos uma transcrição [nota: em italiano disponível aqui],
não sabemos com rigor qual foi a pergunta, mas ao que parece
foi interrogado sobre o famoso "lobby gay" no Vaticano. [Nota:
a parte da pergunta que suscitou as palavras em análise foi - come Sua Santità intende affrontare tutta la questione della lobby gay]
3) O que foi que disse
exactamente?
A
primeira parte da declaração parece minimizar o 'quem'
do tema do "lobby gay". Ele não nega que possa haver,
mas sugere que tem havido algum exagero.
Em
seguida, explica a sua atitude para lidar com os gays:
ele distingue entre o seu "ser gay" e o "fazer parte de um
lobby."
O
que ele quer dizer com "ser gay" explica-o mais à frente.
Na linguagem comum, "ser gay" pode significar
várias coisas
desde sentir atração pelo mesmo sexo até assumir um "estilo
de vida gay" activo e promover a ideologia pró-homossexual.
Dentro
desta última estaria o ser membro de um lobby,
e ele
indica que não é disso que ele está a falar.
Ele
então refere-se àqueles de quem está a falar
como pessoas
que "aceitam o Senhor e têm boa vontade."
Parece,
assim, clarificar sobre quem está a falar,
dizendo que "a tendência [isto é, a atracção pelo mesmo sexo]
não é o problema ... eles são nossos irmãos."
Tomando
as suas declarações em conjunto, o que surge
é um retrato de pessoas que têm atração pelo
mesmo sexo,
mas que, no entanto, aceitam o Senhor e têm boa vontade,
em contraste com o perfil de quem actua para promover
a ideologia pró-homossexual.
Isto é, estaria a falar das pessoas com atração pelo mesmo
sexo
que se esforçam por viver castamente (mesmo que às vezes falhem).
Também
poderia estar a incluir pessoas que não vivem castamente,
mas que não fazem lobby activamente em favor da agenda homossexual.
Seria bom se ele tivesse desenvolvido um pouco mais para esclarecer melhor o ponto..
Seria bom se ele tivesse desenvolvido um pouco mais para esclarecer melhor o ponto..
5) O que ele diz sobre
as pessoas nestas circunstâncias?
Ele
diz que acha que não está numa posição para os julgar
e que eles não devem ser marginalizados.
Ele
também diz que a mera tendência (atração pelo mesmo sexo)
"não é o problema", e que "eles são nossos irmãos."
6) O que há aqui de
novo?
Não muito.
Declinar
o direito de "julgar" os outros é coisa
que remonta a Jesus. Isso não significa, no entanto,
que não se possa avaliar o caráter moral das acções dos outros.
Pode-se
fazer a avaliação moral de que o que alguém faz
é errado (Jesus obviamente não proíbe isso), sem ter ou usar
de malícia em relação a essa pessoa.
A afirmação de que eles não devem ser marginalizados
está em sintonia com a abordagem da Santa Sé sobre o assunto
no documento sobre o atendimento pastoral das pessoas homossexuais (de 1986).
A
afirmação de que a atração pelo mesmo sexo "não é o problema",
quando compreendida corretamente, também não é novidade.
"O problema", como o Papa Francisco parece aqui entender, vai mais além do simples sentir uma tendência pecaminosa, uma tentação a que se é sujeito.
quando compreendida corretamente, também não é novidade.
"O problema", como o Papa Francisco parece aqui entender, vai mais além do simples sentir uma tendência pecaminosa, uma tentação a que se é sujeito.
Os
cristãos, como todos, têm lutado com toda a espécie de
tentação em toda a história.
Obviamente,
as tentações são um problema, mas se se resiste
à tentação não se peca. "O problema", neste entendimento,
está em ceder à tentação e em pecar ou - pior – em construir
uma ideologia em volta do pecado e tentando defender o pecado.
Finalmente,
a afirmação de que "eles são nossos irmãos"
também não é novidade.
A
atracção pelo mesmo sexo é apenas uma tentação
como muitas outras, e o facto de uma pessoa sofrer esta tentação
de modo nenhum a priva do estatuto de irmão em Cristo, tal como acontece com as outras tentações.
7) Tudo isto é assim
tão diferente comparando com o Papa Bento?
A
imprensa tem (como de costume) tentado fazer comparações
desfavoráveis ao Papa Bento, lembrando que durante o seu pontificado,
a Santa Sé emitiu um documento a dizer que as pessoas com tendências
homossexuais profundamente arraigadas não devem admitidas ao sacerdócio.
O
Papa Francisco não mencionou esse documento ou a sua política
e por isso não fez nada diferente do que aí fez Bento.
Nem
nenhuma das observações de Francisco contrariam a abordagem
de Bento XVI durante o seu pontificado.
Na
verdade, o próprio Bento XVI (como cardeal Joseph Ratzinger)
foi o signatário da carta acima mencionada sobre o atendimento pastoral
das pessoas homossexuais, bem como do documento posterior
sobre a não-discriminação em relação a pessoas homossexuais.
A imprensa está a pintar um
quadro falso,
pondo em contraste o "bom" Francisco e o "mau" Bento.