sábado, janeiro 03, 2015

As Primárias, Passos Coelho e o PSD e o futuro



Saiu ontem no Público um artigo de Rui Nunes (professor catedrático, presidente da Associação Portuguesa da Bioética, coordenador do Fórum Democracia e Sociedade) intitulado O PSD e o futuro, no qual uma vez mais e com mérito defende a realização de eleições primárias no partido aquando da próxima escolha de um líder e candidato a Primeiro-ministro. Não é a primeira vez que Rui Nunes vem defender esse método, democrático e participativo por excelência, e é sempre grado ver crescer a movimentação dos que vimos defendendo esse método que conserva as virtudes das directas e retira os respectivos inconvenientes.

A esse propósito fui à lista de Assuntos deste Blog e na palavra primárias encontrei esta sucessão de posts. Mas sobretudo este post e este ainda que me fizeram lembrar um comentário de Passos Coelho num Conselho Nacional recente à intervenção de um outro companheiro nosso em que este havia referido as primárias no PS como um exemplo e que mais tarde ou mais cedo o nosso partido (o PSD) teria de adoptar. Disse ele então (o PM) para quem na sua frente sentado o quis ouvir: "eu propus ao Congresso as primárias mas fui derrotado"...e assim foi de facto!

Ou seja, há toda a conveniência em que o debate que no PSD devemos fazer sobre as primárias esteja separado da luta presente ou futura pela respectivas liderança. Mas o que não impede (mal estaria) que qualquer dos lados presentes ou futuros intervenha com a sua convicção própria. E nessa comum das primárias todos os que a comungam nessa nos encontremos com gosto e galhardia.

Por curiosidade (devo estar a ficar velho...) fui ver e o meu post mais antigo a defender as primárias é este de 2010. Mas já em 2007 neste artigo no Público o defendia (o artigo surge na sequência deste da Helena Roseta mas com o bom feitio que esta tem, claro, que nunca me respondeu...;-)

Ando a magicar se não devíamos pôr de pé para as eleições presidenciais de forma independente e informal umas "primárias" para a escolha do candidato do centro-direita...embora sempre a possamos fazer na primeira volta,gostem disso os nossos directórios partidários ou não...;-)


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