Concordo com as declarações do treinador do meu clube. De acordo com a TSF, José Mourinho, veio declarar que esta operação policial "apito dourado", terá uma de duas possíveis consequências e sempre positivas: ou, finalmente, colocar á luz do dia, os eventuais e sempre alegados, aspectos menos claros do mundo desportivo, ou desfazer de vez essa nebulosa de insinuações e restituir às competições desportivas a credibilidade que estas necessitam e merecem.
Acrescento eu que a existência deste e outros processos, que tem vindo a ser conhecidos publicamente, nos dois últimos anos, transmitem-me, e a muitos daqueles com que me cruzo, uma sensação de que, desde que este Governo tomou posse, existe, neste país, um ambiente diferente de ordem e respeito pela lei, de que estas operações e processo são um reflexo.
Divido-me já no entanto quanto á necessidade desta prática tornada hábito de deter pessoas para ouvi-las...de um lado estão as necessidades da investigação, mas do outro, a liberdade de uma pessoa...não sei...e igual perplexidade senti nas declarações do Bastonário da Ordem dos Advogados.
Sendo embora arriscado escrever isto, também confesso ter dificuldade em perceber essa interdição (e suspeição automática) que a opinião publicada pretende impor de uma mesma pessoa poder ser, simultâneamente, dirigente desportivo (uma actividade de carácter privado) e dirigente político (em partido ou autarquias, uma actividade de carácter público).
Aguardemos pelos próximos tempos e pela decisão futura em processo judicial que venha a existir...
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