Na sexta-feira Santa participei na Procissão do Enterro do Senhor. Com outros responsáveis políticos da região o meu lugar era atrás do Palio e por isso, com pena, não me pude aperceber, senão num relance final aquando do regresso à Sé, da totalidade da figuração e das imagens transportadas durante aquelas duas horas, pelas ruas de Braga.
Impressionava a multidão e a atitude de devoção, silêncio e respeito com que assistia à passagem da Procissão.
Três apontamentos:
- existe um povo que se reconhece na Igreja Católica e por cujos direitos e liberdade se justificam alguns instrumentos jurídicos e um reconhecimento constante dos poderes públicos;
- as manifestações religiosas, além da sua natureza intrínseca, tem uma dimensão social e cultural e até económica e turística que justificam o que acima se disse e
- um momento como aquele, de participação na qualidade de deputado, na Procissão, constitui uma ocasião privilegiada, para se tomar consciência da responsabilidade de um político em face do povo que o elege…fitando os rostos que nos fitam apercebemo-nos das esperanças dos que nos confiaram o cuidado da sua liberdade e segurança e também de como são sempre poucas as ocasiões para estar assim próximo daqueles que são a razão do serviço ao bem comum que todos os dias ensaiamos.
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