Cão Vadio promovido a Herói Mundial
Nuno Serras Pereira
15. 12. 2008
O jornal Público on-line trompejava, no dia 10 do corrente, uma notícia vinda do Chile, ilustrada com o respectivo vídeo, que descrevia “um cão que tentou salvar um outro cão que tinha sido atropelado numa movimentada auto-estrada”. As novas do sucesso, ao que parece, percorreram os meios de comunicação social do mundo inteiro emprestando um novo ânimo aos movimentos que reivindicam os “direitos” dos animais. O filme mostra um cão esmagado na auto-via e um rafeiro escanzelado que se aproxima e o abocanha puxando-o para a berma. O Público conclui: “O cão que foi atropelado acabou por morrer e o cão que o tentou salvar fugiu assim que os funcionários da concessionária da auto-estrada chegaram ao local.” Como alguém dizia, ficamos sem saber se o animal esmagriçado fez por salvar o outro se por matar a fome… Mas fiquemos em que foi de facto um acto de resgate e louvemos a Deus por nos ensinar através de criaturas irracionais o modo adequado de proceder para com todo aquele que se encontra em necessidade e que nós podemos ajudar.
O que não deixa de ser estranho é que a salvação de pessoas humanas por outras da mesma espécie não mereça a mesma atenção e elogio dos poderosos comunicadores sociais. Já estamos habituados a propósito da salvação de golfinhos, focas, cegonhas e linces que pulula em noticiários e longos documentários. De tal modo é assim que muitos norte-americanos dizem com uma ironia amarga “queres ser um herói, salva uma baleia; salva um bebé e vais para a cadeia”[1].
De facto, nos EUA, uma multidão de pró vidas tem sido presa somente por pacificamente oferecer alternativas às mães grávidas que querem matar seus filhos. É espantoso como a comunicação social introduziu nas mentes das pessoas que os movimentos pró vida eram violentos e que os abortófilos eram mansos, quando o que sucede é exactamente o contrário. Não há, inversamente ao que é noticiado, uma única organização pró vida implicada na colocação de bombas em “clínicas” de aborto ou em ameaças e agressões aos carrascos que os praticam ou àqueles os advogam. As pessoas culpadas desses crimes, aliás em número reduzido, eram mentes desequilibradas que agiram por iniciativa própria. Pelo contrário, os crimes e as violências praticados pelos abortófilos, sem contar com a ferocidade extrema do abortamente, apesar de inumeráveis, são sistematicamente ocultados pelo grande poder comunicacional. Neste sítio poderá verificar o que aqui mesmo deixo dito: http://www.abortionviolence.com/ .
Importará também saber que nesse país já foram para a enxovia 70. 000 (setenta mil) pró vidas por tentativa de salvação dos bebés nascituros. Alguns desses milhares são sacerdotes católicos. Se salvassem cães seriam glorificados, assim são aprisionados.
[1] “Be an hero, save a whale; save a baby, go to jail”
Foi o diário da acção política de um deputado do PSD, eleito por Braga, e agora é-o de um cidadão que desejando contribuir activamente para a organização do bem comum, procura invadir esse âmbito (da política) com aquele gosto de vida nova que caracteriza a experiência cristã. O título "POR CAUSA DELE" faz referência ao manifesto com o mesmo título, de Comunhão e Libertação, publicado em Janeiro de 2003 (e incluído no Blog).
domingo, dezembro 28, 2008
Cão Vadio promovido a Herói Mundial (artigo do Padre Serras Pereira)
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sábado, dezembro 27, 2008
Há coisas que realmente não se compreendem (concursos públicos admissão pessoal)...!
Recebi hoje esta do secretariado do nosso escritório via nosso solicitador residente. É incrivel! Realmente há coisas que não se percebem...ou percebem bem de mais...
No país do faz-de-conta
Ler com atenção.
Este país do faz-de-conta é cada vez mais uma anedota pegada. Ora atentem lá nesta coisa vinda no Diário da República nº 255 de 6 de Novembro 2008:
EXEMPLO 1
No aviso nº 11 466/2008 (2ª Série), declara-se aberto concurso no I.P.J. para um cargo de "ASSESSOR", cujo vencimento anda à ronda de 3500 EUR (700 contos).
Na alínea 7:..." Método de selecção a utilizar é o concurso de prova pública que consiste na... Apreciação e discussão do currículo profissional do candidato."
EXEMPLO 2
No Aviso simples da pág. 26922, a Câmara Municipal de Lisboa lança concurso externo de ingresso para COVEIRO, cujo vencimento anda à roda de 450EUR (90 contos) mensais. "...Método de selecção:Prova de conhecimentos globais de natureza teórica e escrita com a duração de 90 minutos.
A prova consiste no seguinte:
1. - Direitos e Deveres da Função Pública e Deontologia Profissional;
2. - Regime de Férias, Faltas e Licenças;
3. - Estatuto Disciplinar dos Funcionários Públicos.
Depois vem a prova de conhecimentos técnicos: Inumações, cremações,exumações, trasladações, ossários, jazigos, columbários ou cendrários.
Por fim, o homem tem que perceber de transporte e remoção de restos mortais.
Os cemitérios fornecem documentação para estudo.
Para rematar, se o candidato tiver:
- A escolaridade obrigatória somará + 16 valores;
- O 11º ano de escolaridade somará + 18 valores;
- O 12º ano de escolaridade somará + 20 valores.
No final haverá um exame médico para aferimento das capacidades físicas e psíquicas do candidato.
ISTO TUDO PARA UM VENCIMENTO DE 450 EUROS MENSAIS!
Enquanto o outro, com 3,500!!! Só precisa de uma cunha.
Vale a pena dizer mais alguma coisa?
DIVULGUEM!!!
Este regabofe do socialismo de plástico tem que ter um fim.
Urge que se mostre indignação.
Basta de cinismo e de hipocrisia!
Há que ter moralidade!
No país do faz-de-conta
Ler com atenção.
Este país do faz-de-conta é cada vez mais uma anedota pegada. Ora atentem lá nesta coisa vinda no Diário da República nº 255 de 6 de Novembro 2008:
EXEMPLO 1
No aviso nº 11 466/2008 (2ª Série), declara-se aberto concurso no I.P.J. para um cargo de "ASSESSOR", cujo vencimento anda à ronda de 3500 EUR (700 contos).
Na alínea 7:..." Método de selecção a utilizar é o concurso de prova pública que consiste na... Apreciação e discussão do currículo profissional do candidato."
EXEMPLO 2
No Aviso simples da pág. 26922, a Câmara Municipal de Lisboa lança concurso externo de ingresso para COVEIRO, cujo vencimento anda à roda de 450EUR (90 contos) mensais. "...Método de selecção:Prova de conhecimentos globais de natureza teórica e escrita com a duração de 90 minutos.
A prova consiste no seguinte:
1. - Direitos e Deveres da Função Pública e Deontologia Profissional;
2. - Regime de Férias, Faltas e Licenças;
3. - Estatuto Disciplinar dos Funcionários Públicos.
Depois vem a prova de conhecimentos técnicos: Inumações, cremações,exumações, trasladações, ossários, jazigos, columbários ou cendrários.
Por fim, o homem tem que perceber de transporte e remoção de restos mortais.
Os cemitérios fornecem documentação para estudo.
Para rematar, se o candidato tiver:
- A escolaridade obrigatória somará + 16 valores;
- O 11º ano de escolaridade somará + 18 valores;
- O 12º ano de escolaridade somará + 20 valores.
No final haverá um exame médico para aferimento das capacidades físicas e psíquicas do candidato.
ISTO TUDO PARA UM VENCIMENTO DE 450 EUROS MENSAIS!
Enquanto o outro, com 3,500!!! Só precisa de uma cunha.
Vale a pena dizer mais alguma coisa?
DIVULGUEM!!!
Este regabofe do socialismo de plástico tem que ter um fim.
Urge que se mostre indignação.
Basta de cinismo e de hipocrisia!
Há que ter moralidade!
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quinta-feira, dezembro 25, 2008
Aborto: Veladas de hoje (dia de Natal) e convém recordar...
1. Hoje em diversos pontos do país e como todos os dias 25 realizar-se-ão Veladas de Oração em frente aos novos fornos de Auchwitz (a propósito que farão eles com os fetos abortados?): os hospitais e clinicas onde se fazem abortos legais e ilegais.
2. A notícia já é velhinha (vejam o comunicado dos Juntos pela Vida na altura) mas é sempre bom recordar porque é por estas e por outras que mais cedo ou mais tarde em novo referendo esta lei injusta e cruel será certamente revogada:
Em Portugal segundo a nova lei, a interrupção voluntária da gravidez (aborto) dá direito a 30 dias de Licença com 100% do ordenado !
Mas uma mulher que esteja grávida e que se veja forçada a ficar de baixa antes do parto, sem este ser de risco, recebe um subsídio de 65% do seu ordenado;
E uma mãe que tenha de assistir na doença um seu filho menor, recebe apenas 65% do seu ordenado !!!
Há coisas fantásticas, não há ?
É neste país de "abortos" políticos que vivemos…
2. A notícia já é velhinha (vejam o comunicado dos Juntos pela Vida na altura) mas é sempre bom recordar porque é por estas e por outras que mais cedo ou mais tarde em novo referendo esta lei injusta e cruel será certamente revogada:
Em Portugal segundo a nova lei, a interrupção voluntária da gravidez (aborto) dá direito a 30 dias de Licença com 100% do ordenado !
Mas uma mulher que esteja grávida e que se veja forçada a ficar de baixa antes do parto, sem este ser de risco, recebe um subsídio de 65% do seu ordenado;
E uma mãe que tenha de assistir na doença um seu filho menor, recebe apenas 65% do seu ordenado !!!
Há coisas fantásticas, não há ?
É neste país de "abortos" políticos que vivemos…
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Relato de um católico que sobreviveu ao massacre em Mumbai (India, no Taj Hotel)
Está no Catholic Exchange.
Chegou-me pelo editor da lista "É o Carteiro!" (quem a quiser receber diga-me)
Diz assim:
Na quarta-feira à noite, por volta das 10.00 horas, depois de um jantar descontraído, o meu amigo Eugene e eu entrámos no lobby do Taj Hotel de Mumbai, como já nos aconteceu centenas de vezes no decorrer das viagens que fazemos àquela cidade, na nossa qualidade de banqueiros de investimento de Nova Iorque que vivem actualmente em Hong Kong.
Ao pousar a mala em cima do balcão, ouvi um sonoro tiro, que reconheci – dos anos em que vivi na África do Sul – como sendo o de uma espingarda de assalto AK-47. Quando, momentos depois, ouvi um segundo tiro, voltei-me para o Eugene e disse-lhe: «Foge, é uma AK!»
Desatámos a correr para a saída mais próxima no momento em que os terroristas entravam no lobby do hotel, vindos de diversos pontos. Eu passei pelas portas que dão para a piscina e agachei-me por trás de uns arbustos, ouvindo o fogo a aumentar de intensidade. Apercebi-me de que o Eugene não tinha conseguido sair do lobby.
Havia mais quatro ou cinco pessoas atrás dos arbustos; tinham lá chegado antes de mim e estavam todas paralisadas de medo. Pelo barulho que se ouvia, percebi que se tratava de uma orgia de morte do tipo da que tinha ocorrido na escola de Columbine: os sujeitos armados andavam de um lado para o outro, a executar metodicamente quem encontravam. Raciocinando a grande velocidade, percebi que não era seguro continuar agachado por trás daqueles arbustos na zona da piscina.
Olhando em redor, cheguei à lastimosa conclusão de que tínhamos sido apanhados numa ratoeira, uma vez que estávamos completamente cercados por muros com mais de 3,5 metros de altura. Percorri os muros com os olhos, em busca de um apoio de mãos ou de pés, mas eles eram completamente lisos. No entanto, avistei por cima de mim uma conduta de ar condicionado, localizada a cerca de 2,5 metros. Dei um pulo, e consegui fazer saltar uma peça da conduta.
Dei outro salto e consegui agarrar-me ao tubo mas, quando tentei içar-me, caí, e as pessoas que se encontravam escondidas atrás dos arbustos mandaram-me calar. Após uma rápida invocação ao Espírito Santo – Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis! –, dei novo salto, e desta vez consegui agarrar-me bem e içar-me por sobre o muro, de onde saltei para o tecto do alpendre do barracão anexo à piscina. Estendi-me ao comprido, em silêncio, parcialmente escondido por ramos de árvores.
Ofegante, lembrei-me de mandar um e-mail aos meus colegas de Londres, a informá-los da situação. «Urgente: Não estou a brincar. No Taj Hotel de Mumbai. Assalto de homens armados. Há mortos. Chamem a polícia.» Depois tirei o som ao telefone, não fosse ele tocar e denunciar-me, atraindo rapidamente sobre mim uma morte violenta.
Passaram-se vários minutos; os gritos e sons de tiros prosseguiam. Comecei a rezar a São Miguel Arcanjo: protegei-nos no combate, defendei-nos com o vosso escudo contra as armadilhas e ciladas do demónio. E também rezei um de muitos terços, pedindo ajuda para sair daquela situação, que era indubitavelmente a experiência mais chocante e desesperada da minha vida. Estava ciente de que só por acção de Nosso Senhor sairia dali com vida.
Passou uma hora e eu continuava empoleirado lá no alto. As coisas estavam agora mais calmas, mas infinitamente mais assustadoras. De vez em quando, ouviam-se rajadas de metralhadora no escuro, indicativas de que aquela gente cruel continuava a praticar malfeitorias. A certa altura, já muito perto do pânico, rezei: Seja feita a Vossa vontade. A seguir, porém, decidi precaver-me e acrescentei: Eu sei que será feita a Tua vontade, Senhor, mas não quero dizê-lo neste momento, porque tenho receio de que isso me leve, de alguma maneira, a desistir. Vou fazer o seguinte: entrego esta situação a Nossa Senhora e que seja Ela a resolver o assunto.
Passou mais uma hora. Eu espreitava lá para baixo, observava, tentava decidir o que havia de fazer, rezava muitas vezes a oração a São Miguel, rezava Lembrai-vos a Nossa Senhora, esforçava-me por pensar com nitidez. Além disso, tentava distrair-me de uma intensa vontade de ir à casa de banho, porque (ainda) não estava disposto a dar a vida por esse alívio.
De repente, apercebi-me de que uns paquetes do hotel estavam a tentar tirar as pessoas da zona da piscina, conduzindo-as a um alçapão. Decidi – e, à distância, lamento tê-lo feito – ir também. Quando estava a passar por sobre a borda do muro para saltar para o chão, percebi que o lado do barracão por onde estava a saltar tinha uma altura de uns 7,5 metros.
Como já tinha começado a dar o salto, só por milagre consegui conter o impulso e agarrar-me à borda, literalmente com as pontas dos dedos. Consegui estabilizar por momentos, mas logo a seguir as ripas do tecto do alpendre começaram a ceder. Estendi a mão para um cano de água e, sem saber bem como, lá consegui chegar desajeitadamente ao chão sem me magoar.
Juntei-me às cinco ou seis pessoas que estavam a ser empurradas para o alçapão e fui atrás delas em silêncio. Percorremos um labirinto de escadas, de curvas e voltas, e acabámos por ir dar à zona de escritórios do hotel, que ficava no 2º andar. Entrámos numa sala onde já se encontravam umas setenta almas, acotovelando-se umas às outras, aterrorizadas. Percebi imediatamente que não estávamos ali bem; éramos um alvo de fácil acesso, sem comando nem controlo, sem qualquer dispositivo de segurança nos quatro pontos de entrada e saída. Estávamos numa posição extremamente vulnerável.
Enquanto as granadas, os tiros das AK e as bombas lançadas pelos terroristas faziam periodicamente abalar as paredes, matraqueando-nos na cabeça, retomei as minhas fervorosas – embora distraídas – orações a Nossa Senhora. Dado que (felizmente) ainda tinha bateria no Blackberry, comecei a rezar os mistérios gloriosos do terço com um amigo de Mumbai, o que foi extremamente reconfortante.
O cenário que me rodeava era surreal. Havia pessoas que tomavam chá, parecendo ignorar o perigo em que nos encontrávamos. Outras choravam e tremiam, nitidamente à beira do pânico. Eu estava absolutamente decidido a manter-me calmo e a continuar a rezar, pedindo força interior. Era possível que este cerco durasse vários dias, de maneira que era imperativo não perder o autocontrolo.
Enquanto rezava, fui observando sucessivamente os pontos de acesso ao local. Lembrei-me dos tempos em que jogava futebol no liceu, e em que treinávamos persistentemente a atenção aos ataques do adversário, para respondermos com rapidez, decidindo por onde avançar na linha ofensiva. Ia pensando: «OK, se eles avançarem pela escada A, eu corro para a porta B. Se eles entrarem pela porta C, eu salto pela janela D», etc.
Felizmente, havia uma casa de banho naquela zona. Na única vez que lá fui, encontrei vários homens escondidos nos cubículos individuais. Soube mais tarde, pelos jornais, que muitos deles passaram as oito ou nove horas que o assalto durou ali trancados.
As horas iam passando e o estado de espírito das pessoas continuava a ser de tensão, mas controlada. A certa altura, a luzinha vermelha do meu Blackberry começou a piscar. Era um colega do gabinete de segurança da minha empresa, a mandar-me sair imediatamente do sítio onde estava, porque os terroristas estavam a revistar o hotel de alto a baixo, à procura de americanos e britânicos, para os matarem. Eu tenho 1,85 m e sou nitidamente americano, especialmente numa cidade como Bombaim. Eles davam cabo de mim, mal me descobrissem.
Nesse momento, explodiu uma bomba, fazendo um ruído enorme, e começaram a ouvir-se nas escadas disparos de armas ligeiras. Presumi que o fim estivesse perto.
Mandei um rápido e-mail aos meus pais, agradecendo-lhes a vida e tudo o que me tinham dado. Depois, mandei outro e-mail à minha mulher e aos meus filhos: «Obrigado, Celeste, por teres sido
a minha melhor amiga e a minha alma gémea. Amo-te!» Devastei a alma e o coração, em busca de umas quantas pérolas de sabedoria para deixar aos meus três filhos pequenos, que os edificassem e sustentassem pela vida fora, agora que iam ficar órfãos de pai. Pedindo ajuda ao Espírito Santo, expliquei-lhes que a vida era um dom, e que eles deviam fazer todo o possível por usufruir desse dom. Pedi-lhes que tomassem conta da mãe, uns dos outros, e das pessoas que os rodeiam – e que não tivessem medo de dizer que sim à vocação. Aconselhei-os a terem uma vida de oração e a viverem as normas de piedade que nós lhes tínhamos ensinado: «Vivam intensamente a vida, rapazes, e mantenham-se sempre em estado de graça.»
A dor que sentia no coração (e o ritmo cardíaco) intensificou-se à medida que os tiros de AK se foram aproximando. Aproximei-me do chefe da sala e perguntei-lhe discretamente se podia sair pelas escadas das traseiras, porque a segurança da minha empresa me tinha dado indicações para abandonar imediatamente o edifício. O sujeito garantiu-me que estávamos seguros, mas a expressão com que o disse denunciou o medo e a insegurança que sentia. Enquanto ele conferenciava com os dois paquetes, eu posicionei-me ao pé das escadas das traseiras.
Momentos depois, os paquetes anunciaram que iam começar a deixar sair algumas pessoas, o que gerou imediatamente uma investida em direcção às escadas. Embora eu estivesse perto da porta, ouvi entoar em coro, com um encantador sotaque indiano: «As mulheres e as crianças primeiro!» Ah, com certeza! Engoli em seco e desviei-me.
As mulheres e as crianças começaram a sair da sala em grupos de oito. Cerca de um minuto depois, os homens começaram a avançar pelo meio delas. Tendo visto passar por mim uma dúzia de homens, numa altura em que a maioria das mulheres já tinha saído, eu avancei também e consegui fugir.
Tive obviamente imensa sorte – e recebi muitas graças. Soube mais tarde, pela segurança da minha empresa, que estava a controlar-me os e-mails, que os escritórios do hotel foram assaltados por homens armados cerca de cinco minutos depois de eu ter conseguido fugir. Soube também que o meu amigo Eugene tinha sido baleado no lobby do hotel, mas felizmente vai recuperar por completo. (No dia seguinte, o Eugene contou-me que eu tinha passado a correr pelo terrorista que tinha erguido a arma e o tinha atingido na coxa. Por sorte, ele foi transportado para um compartimento de segurança, de onde conseguiu fugir do hotel minutos mais tarde.)
Colegas e amigos, muita gente me pergunta como me sinto, depois de ter passado por uma experiência tão traumática. Eu respondo-lhes que me sinto óptimo – abalado, mas óptimo. No final das contas, estou convencido de que bona omnia fecit (fez tudo bem). Lembrar-me-ei sempre do pessoal do Taj Hotel, que se mostrou bem educado, cortês e corajoso durante todo aquele transe. Salvaram centenas de vidas, muitos deles à custa da própria.
Os meus amigos agnósticos e ateus têm-me dito que, se lhes acontecesse uma coisa assim, ficavam de rastos. Quanto a mim, tenho a sensação de que, por qualquer razão, o Senhor me protegeu. Tive muito pouca influência no facto de me ter salvado; foi e continua a ser Ele a controlar os acontecimentos, e ainda bem.
Que bem poderá resultar desta experiência terrível? Espero que uma fé mais profunda do poder da oração e uma confiança inabalável nos planos amorosos de Deus. Foi por isso que escrevi este relato para o Catholic Exchange – para que mais gente reze e se aproxime de Cristo e de Sua Mãe, em especial nos tempos de insegurança que atravessamos.
Por que terá Deus permitido que eu sobrevivesse àquele ataque? Não faço ideia. Nesta altura, porém, há um pensamento que não me abandona: Àquele a quem muito foi dado, muito será
pedido. Espero conseguir estar à altura das expectativas Dele.
Chegou-me pelo editor da lista "É o Carteiro!" (quem a quiser receber diga-me)
Diz assim:
Na quarta-feira à noite, por volta das 10.00 horas, depois de um jantar descontraído, o meu amigo Eugene e eu entrámos no lobby do Taj Hotel de Mumbai, como já nos aconteceu centenas de vezes no decorrer das viagens que fazemos àquela cidade, na nossa qualidade de banqueiros de investimento de Nova Iorque que vivem actualmente em Hong Kong.
Ao pousar a mala em cima do balcão, ouvi um sonoro tiro, que reconheci – dos anos em que vivi na África do Sul – como sendo o de uma espingarda de assalto AK-47. Quando, momentos depois, ouvi um segundo tiro, voltei-me para o Eugene e disse-lhe: «Foge, é uma AK!»
Desatámos a correr para a saída mais próxima no momento em que os terroristas entravam no lobby do hotel, vindos de diversos pontos. Eu passei pelas portas que dão para a piscina e agachei-me por trás de uns arbustos, ouvindo o fogo a aumentar de intensidade. Apercebi-me de que o Eugene não tinha conseguido sair do lobby.
Havia mais quatro ou cinco pessoas atrás dos arbustos; tinham lá chegado antes de mim e estavam todas paralisadas de medo. Pelo barulho que se ouvia, percebi que se tratava de uma orgia de morte do tipo da que tinha ocorrido na escola de Columbine: os sujeitos armados andavam de um lado para o outro, a executar metodicamente quem encontravam. Raciocinando a grande velocidade, percebi que não era seguro continuar agachado por trás daqueles arbustos na zona da piscina.
Olhando em redor, cheguei à lastimosa conclusão de que tínhamos sido apanhados numa ratoeira, uma vez que estávamos completamente cercados por muros com mais de 3,5 metros de altura. Percorri os muros com os olhos, em busca de um apoio de mãos ou de pés, mas eles eram completamente lisos. No entanto, avistei por cima de mim uma conduta de ar condicionado, localizada a cerca de 2,5 metros. Dei um pulo, e consegui fazer saltar uma peça da conduta.
Dei outro salto e consegui agarrar-me ao tubo mas, quando tentei içar-me, caí, e as pessoas que se encontravam escondidas atrás dos arbustos mandaram-me calar. Após uma rápida invocação ao Espírito Santo – Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis! –, dei novo salto, e desta vez consegui agarrar-me bem e içar-me por sobre o muro, de onde saltei para o tecto do alpendre do barracão anexo à piscina. Estendi-me ao comprido, em silêncio, parcialmente escondido por ramos de árvores.
Ofegante, lembrei-me de mandar um e-mail aos meus colegas de Londres, a informá-los da situação. «Urgente: Não estou a brincar. No Taj Hotel de Mumbai. Assalto de homens armados. Há mortos. Chamem a polícia.» Depois tirei o som ao telefone, não fosse ele tocar e denunciar-me, atraindo rapidamente sobre mim uma morte violenta.
Passaram-se vários minutos; os gritos e sons de tiros prosseguiam. Comecei a rezar a São Miguel Arcanjo: protegei-nos no combate, defendei-nos com o vosso escudo contra as armadilhas e ciladas do demónio. E também rezei um de muitos terços, pedindo ajuda para sair daquela situação, que era indubitavelmente a experiência mais chocante e desesperada da minha vida. Estava ciente de que só por acção de Nosso Senhor sairia dali com vida.
Passou uma hora e eu continuava empoleirado lá no alto. As coisas estavam agora mais calmas, mas infinitamente mais assustadoras. De vez em quando, ouviam-se rajadas de metralhadora no escuro, indicativas de que aquela gente cruel continuava a praticar malfeitorias. A certa altura, já muito perto do pânico, rezei: Seja feita a Vossa vontade. A seguir, porém, decidi precaver-me e acrescentei: Eu sei que será feita a Tua vontade, Senhor, mas não quero dizê-lo neste momento, porque tenho receio de que isso me leve, de alguma maneira, a desistir. Vou fazer o seguinte: entrego esta situação a Nossa Senhora e que seja Ela a resolver o assunto.
Passou mais uma hora. Eu espreitava lá para baixo, observava, tentava decidir o que havia de fazer, rezava muitas vezes a oração a São Miguel, rezava Lembrai-vos a Nossa Senhora, esforçava-me por pensar com nitidez. Além disso, tentava distrair-me de uma intensa vontade de ir à casa de banho, porque (ainda) não estava disposto a dar a vida por esse alívio.
De repente, apercebi-me de que uns paquetes do hotel estavam a tentar tirar as pessoas da zona da piscina, conduzindo-as a um alçapão. Decidi – e, à distância, lamento tê-lo feito – ir também. Quando estava a passar por sobre a borda do muro para saltar para o chão, percebi que o lado do barracão por onde estava a saltar tinha uma altura de uns 7,5 metros.
Como já tinha começado a dar o salto, só por milagre consegui conter o impulso e agarrar-me à borda, literalmente com as pontas dos dedos. Consegui estabilizar por momentos, mas logo a seguir as ripas do tecto do alpendre começaram a ceder. Estendi a mão para um cano de água e, sem saber bem como, lá consegui chegar desajeitadamente ao chão sem me magoar.
Juntei-me às cinco ou seis pessoas que estavam a ser empurradas para o alçapão e fui atrás delas em silêncio. Percorremos um labirinto de escadas, de curvas e voltas, e acabámos por ir dar à zona de escritórios do hotel, que ficava no 2º andar. Entrámos numa sala onde já se encontravam umas setenta almas, acotovelando-se umas às outras, aterrorizadas. Percebi imediatamente que não estávamos ali bem; éramos um alvo de fácil acesso, sem comando nem controlo, sem qualquer dispositivo de segurança nos quatro pontos de entrada e saída. Estávamos numa posição extremamente vulnerável.
Enquanto as granadas, os tiros das AK e as bombas lançadas pelos terroristas faziam periodicamente abalar as paredes, matraqueando-nos na cabeça, retomei as minhas fervorosas – embora distraídas – orações a Nossa Senhora. Dado que (felizmente) ainda tinha bateria no Blackberry, comecei a rezar os mistérios gloriosos do terço com um amigo de Mumbai, o que foi extremamente reconfortante.
O cenário que me rodeava era surreal. Havia pessoas que tomavam chá, parecendo ignorar o perigo em que nos encontrávamos. Outras choravam e tremiam, nitidamente à beira do pânico. Eu estava absolutamente decidido a manter-me calmo e a continuar a rezar, pedindo força interior. Era possível que este cerco durasse vários dias, de maneira que era imperativo não perder o autocontrolo.
Enquanto rezava, fui observando sucessivamente os pontos de acesso ao local. Lembrei-me dos tempos em que jogava futebol no liceu, e em que treinávamos persistentemente a atenção aos ataques do adversário, para respondermos com rapidez, decidindo por onde avançar na linha ofensiva. Ia pensando: «OK, se eles avançarem pela escada A, eu corro para a porta B. Se eles entrarem pela porta C, eu salto pela janela D», etc.
Felizmente, havia uma casa de banho naquela zona. Na única vez que lá fui, encontrei vários homens escondidos nos cubículos individuais. Soube mais tarde, pelos jornais, que muitos deles passaram as oito ou nove horas que o assalto durou ali trancados.
As horas iam passando e o estado de espírito das pessoas continuava a ser de tensão, mas controlada. A certa altura, a luzinha vermelha do meu Blackberry começou a piscar. Era um colega do gabinete de segurança da minha empresa, a mandar-me sair imediatamente do sítio onde estava, porque os terroristas estavam a revistar o hotel de alto a baixo, à procura de americanos e britânicos, para os matarem. Eu tenho 1,85 m e sou nitidamente americano, especialmente numa cidade como Bombaim. Eles davam cabo de mim, mal me descobrissem.
Nesse momento, explodiu uma bomba, fazendo um ruído enorme, e começaram a ouvir-se nas escadas disparos de armas ligeiras. Presumi que o fim estivesse perto.
Mandei um rápido e-mail aos meus pais, agradecendo-lhes a vida e tudo o que me tinham dado. Depois, mandei outro e-mail à minha mulher e aos meus filhos: «Obrigado, Celeste, por teres sido
a minha melhor amiga e a minha alma gémea. Amo-te!» Devastei a alma e o coração, em busca de umas quantas pérolas de sabedoria para deixar aos meus três filhos pequenos, que os edificassem e sustentassem pela vida fora, agora que iam ficar órfãos de pai. Pedindo ajuda ao Espírito Santo, expliquei-lhes que a vida era um dom, e que eles deviam fazer todo o possível por usufruir desse dom. Pedi-lhes que tomassem conta da mãe, uns dos outros, e das pessoas que os rodeiam – e que não tivessem medo de dizer que sim à vocação. Aconselhei-os a terem uma vida de oração e a viverem as normas de piedade que nós lhes tínhamos ensinado: «Vivam intensamente a vida, rapazes, e mantenham-se sempre em estado de graça.»
A dor que sentia no coração (e o ritmo cardíaco) intensificou-se à medida que os tiros de AK se foram aproximando. Aproximei-me do chefe da sala e perguntei-lhe discretamente se podia sair pelas escadas das traseiras, porque a segurança da minha empresa me tinha dado indicações para abandonar imediatamente o edifício. O sujeito garantiu-me que estávamos seguros, mas a expressão com que o disse denunciou o medo e a insegurança que sentia. Enquanto ele conferenciava com os dois paquetes, eu posicionei-me ao pé das escadas das traseiras.
Momentos depois, os paquetes anunciaram que iam começar a deixar sair algumas pessoas, o que gerou imediatamente uma investida em direcção às escadas. Embora eu estivesse perto da porta, ouvi entoar em coro, com um encantador sotaque indiano: «As mulheres e as crianças primeiro!» Ah, com certeza! Engoli em seco e desviei-me.
As mulheres e as crianças começaram a sair da sala em grupos de oito. Cerca de um minuto depois, os homens começaram a avançar pelo meio delas. Tendo visto passar por mim uma dúzia de homens, numa altura em que a maioria das mulheres já tinha saído, eu avancei também e consegui fugir.
Tive obviamente imensa sorte – e recebi muitas graças. Soube mais tarde, pela segurança da minha empresa, que estava a controlar-me os e-mails, que os escritórios do hotel foram assaltados por homens armados cerca de cinco minutos depois de eu ter conseguido fugir. Soube também que o meu amigo Eugene tinha sido baleado no lobby do hotel, mas felizmente vai recuperar por completo. (No dia seguinte, o Eugene contou-me que eu tinha passado a correr pelo terrorista que tinha erguido a arma e o tinha atingido na coxa. Por sorte, ele foi transportado para um compartimento de segurança, de onde conseguiu fugir do hotel minutos mais tarde.)
Colegas e amigos, muita gente me pergunta como me sinto, depois de ter passado por uma experiência tão traumática. Eu respondo-lhes que me sinto óptimo – abalado, mas óptimo. No final das contas, estou convencido de que bona omnia fecit (fez tudo bem). Lembrar-me-ei sempre do pessoal do Taj Hotel, que se mostrou bem educado, cortês e corajoso durante todo aquele transe. Salvaram centenas de vidas, muitos deles à custa da própria.
Os meus amigos agnósticos e ateus têm-me dito que, se lhes acontecesse uma coisa assim, ficavam de rastos. Quanto a mim, tenho a sensação de que, por qualquer razão, o Senhor me protegeu. Tive muito pouca influência no facto de me ter salvado; foi e continua a ser Ele a controlar os acontecimentos, e ainda bem.
Que bem poderá resultar desta experiência terrível? Espero que uma fé mais profunda do poder da oração e uma confiança inabalável nos planos amorosos de Deus. Foi por isso que escrevi este relato para o Catholic Exchange – para que mais gente reze e se aproxime de Cristo e de Sua Mãe, em especial nos tempos de insegurança que atravessamos.
Por que terá Deus permitido que eu sobrevivesse àquele ataque? Não faço ideia. Nesta altura, porém, há um pensamento que não me abandona: Àquele a quem muito foi dado, muito será
pedido. Espero conseguir estar à altura das expectativas Dele.
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quarta-feira, dezembro 10, 2008
Um Blog que recomendo vivamente!
Chama-se Samurais de Cristo e é feito por uns universitários meus amigos (de facto um deles é mesmo meu sobrinho e afilhado de Crisma :-).
Tem tudo o que interessa à vida e muita música e cinema do melhor (Senhor dos Aneis e Henrique V em especial).
Os juízos são adultos, inteligentes, interessantes e informados. Impecáveis!
Recomendo vivamente!
Tem tudo o que interessa à vida e muita música e cinema do melhor (Senhor dos Aneis e Henrique V em especial).
Os juízos são adultos, inteligentes, interessantes e informados. Impecáveis!
Recomendo vivamente!
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terça-feira, dezembro 09, 2008
Grande Futebol Clube do Porto!
Eu sei que neste momento é o Benfica que lidera, mas quem é que está a regressar à sua posição normal e habitual de liderança, quem é? ;-)
sábado, dezembro 06, 2008
O BPN e Dias Loureiro e também deputados e o PSD
Sobre o primeiro assunto em referência o Luis Cirilo publicou o seguinte post no seu Blog.
Concordo.
Também eu estou farto deste clima de suspeições, má língua e calúnias, de ninguém acreditar em ninguém e estar sempre tudo sob suspeita!
Mais adiante no mesmo Blog (Sexta, 5 de Dezembro) publica também um post sobre o escândalo de ontem (o PS não perdeu uma votação porque 30 deputados do PSD baldaram-se...!) que eu subscrevo integralmente (sobretudo porque quando na legislatura anterior lá estive sempre justifiquei todas as faltas [acho eu...mas se falta alguma não foi deliberado] não apenas indicando trabalho político mas sempre o motivo concreto: uma reunião, uma conferência, uma deslocação, etc.).
Por fim: bem observados os posts sobre o PSD e em especial em Braga...
Concordo.
Também eu estou farto deste clima de suspeições, má língua e calúnias, de ninguém acreditar em ninguém e estar sempre tudo sob suspeita!
Mais adiante no mesmo Blog (Sexta, 5 de Dezembro) publica também um post sobre o escândalo de ontem (o PS não perdeu uma votação porque 30 deputados do PSD baldaram-se...!) que eu subscrevo integralmente (sobretudo porque quando na legislatura anterior lá estive sempre justifiquei todas as faltas [acho eu...mas se falta alguma não foi deliberado] não apenas indicando trabalho político mas sempre o motivo concreto: uma reunião, uma conferência, uma deslocação, etc.).
Por fim: bem observados os posts sobre o PSD e em especial em Braga...
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Europa: como lhes custa a Irlanda...
A raivinha hoje no Expresso de Mário David, vice-presidente do PPE, contra a Irlanda, é bem o retrato da sobranceria, desprezo pelo povo e autocondescendência daquela malta de Bruxelas que quer construir uma Europa (que só existe nas suas cabeças) sobre o cadáver da democracia e da opinião pública...
Que chatice quando o povo não faz o que lhe mandamos...! ;-)
Que chatice quando o povo não faz o que lhe mandamos...! ;-)
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sexta-feira, dezembro 05, 2008
Quem dera ser um pai assim...!
E que sorte temos em ter um Pai assim!
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quinta-feira, dezembro 04, 2008
Obama: artigo genial do Mia Couto
O grande Mia Couto escrevinhou-se genialmente (como ele diria) neste artigo sobre Obama. Não sei onde foi publicado porque o email em que ele me chegou não o dizia. Se alguém souber diga-me por favor.
E se Obama fosse africano?
Por Mia Couto
Os africanos rejubilaram com a vitória de Obama. Eu fui um deles.Depois de uma noite em claro, na irrealidade da penumbra da madrugada,as lágrimas corriam-me quando ele pronunciou o discurso de vencedor.Nesse momento, eu era também um vencedor. A mesma felicidade me atravessara quando Nelson Mandela foi libertado e o novo estadista sul-africano consolidava um caminho de dignificação de África.
Na noite de 5 de Novembro, o novo presidente norte-americano não era apenas um homem que falava. Era a sufocada voz da esperança que se reerguia, liberta, dentro de nós. Meu coração tinha votado, mesmo sem permissão: habituado a pedir pouco, eu festejava uma vitória sem dimensões. Ao sair à rua, a minha cidade se havia deslocado para Chicago, negros e brancos respirando comungando de uma mesma surpresa feliz. Porque a vitória de Obama não foi a de uma raça sobre outra: sem a participação massiva dos americanos de todas as raças (incluindo a da maioria branca) os Estados Unidos da América não nos entregariam motivo para festejarmos.
Nos dias seguintes, fui colhendo as reacções eufóricas dos mais diversos recantos do nosso continente. Pessoas anónimas, cidadãos comuns querem testemunhar a sua felicidade. Ao mesmo tempo fui tomando nota, com algumas reservas, das mensagens solidárias de dirigentes africanos. Quase todos chamavam Obama de "nosso irmão". E pensei: estarão todos esses dirigentes sendo sinceros? Será Barack Obama familiar de tanta gente politicamente tão diversa? Tenho dúvidas. Na pressa de ver preconceitos somente nos outros, não somos capazes de ver os nossos próprios racismos e xenofobias. Na pressa de condenar o Ocidente, esquecemo-nos de aceitar as lições que nos chegam desse outro lado do mundo.
Foi então que me chegou às mãos um texto de um escritor camaronês, Patrice Nganang, intitulado: " E se Obama fosse camaronês?". As questões que o meu colega dos Camarões levantava sugeriram-me perguntas diversas, formuladas agora em redor da seguinte hipótese: e se Obama fosse africano e concorresse à presidência num país africano? São estas perguntas que gostaria de explorar neste texto.
E se Obama fosse africano e candidato a uma presidência africana?
1. Se Obama fosse africano, um seu concorrente (um qualquer George Bush das Áfricas) inventaria mudanças na Constituição para prolongar o seu mandato para além do previsto. E o nosso Obama teria que esperar mais uns anos para voltar a candidatar-se. A espera poderia ser longa, se tomarmos em conta a permanência de um mesmo presidente no poder em África. Uns 41 anos no Gabão, 39 na Líbia, 28 no Zimbabwe, 28 na Guiné Equatorial, 28 em Angola, 27 no Egipto, 26 nos Camarões. E por aí fora, perfazendo uma quinzena de presidentes que governam há mais de 20 anos consecutivos no continente. Mugabe terá 90 anos quando terminar o mandato para o qual se impôs acima do veredicto popular.
2. Se Obama fosse africano, o mais provável era que, sendo um candidato do partido da oposição, não teria espaço para fazer campanha. Far-lhe-iam como, por exemplo, no Zimbabwe ou nos Camarões: seria agredido fisicamente, seria preso consecutivamente, ser-lhe-ia retirado o passaporte. Os Bushs de África não toleram opositores, não toleram a democracia.
3. Se Obama fosse africano, não seria sequer elegível em grande parte dos países porque as elites no poder inventaram leis restritivas que fecham as portas da presidência a filhos de estrangeiros e a descendentes de imigrantes. O nacionalista zambiano Kenneth Kaunda está sendo questionado, no seu próprio país, como filho de malawianos.Convenientemente "descobriram" que o homem que conduziu a Zâmbia à independência e governou por mais de 25 anos era, afinal, filho de malawianos e durante todo esse tempo tinha governado 'ilegalmente". Preso por alegadas intenções golpistas, o nosso Kenneth Kaunda (que dá nome a uma das mais nobres avenidas de Maputo) será interdito de fazer política e assim, o regime vigente, se verá livre de um opositor.
4. Sejamos claros: Obama é negro nos Estados Unidos. Em África ele é mulato. Se Obama fosse africano, veria a sua raça atirada contra o seu próprio rosto. Não que a cor da pele fosse importante para os povos que esperam ver nos seus líderes competência e trabalho sério. Mas as elites predadoras fariam campanha contra alguém que designariam por um"não autêntico africano". O mesmo irmão negro que hoje é saudado como novo Presidente americano seria vilipendiado em casa como sendo representante dos "outros", dos de outra raça, de outra bandeira (ou de nenhuma bandeira?).
5. Se fosse africano, o nosso "irmão" teria que dar muita explicação aos moralistas de serviço quando pensasse em incluir no discurso de agradecimento o apoio que recebeu dos homossexuais. Pecado mortal para os advogados da chamada "pureza africana". Para estes moralistas -tantas vezes no poder, tantas vezes com poder - a homossexualidade é um inaceitável vício mortal que é exterior a África e aos africanos.
6. Se ganhasse as eleições, Obama teria provavelmente que sentar-se à mesa de negociações e partilhar o poder com o derrotado, num processo negocial degradante que mostra que, em certos países africanos, o perdedor pode negociar aquilo que parece sagrado - a vontade do povo expressa nos votos. Nesta altura, estaria Barack Obama sentado numa mesa com um qualquer Bush em infinitas rondas negociais com mediadores africanos que nos ensinam que nos devemos contentar com as migalhas dos processos eleitorais que não correm a favor dos ditadores.
Inconclusivas conclusões
Fique claro: existem excepções neste quadro generalista. Sabemos todos de que excepções estamos falando e nós mesmos moçambicanos, fomos capazes de construir uma dessas condições à parte.
Fique igualmente claro: todos estes entraves a um Obama africano não seriam impostos pelo povo, mas pelos donos do poder, por elites que fazem da governação fonte de enriquecimento sem escrúpulos.
A verdade é que Obama não é africano. A verdade é que os africanos -as pessoas simples e os trabalhadores anónimos - festejaram com toda a alma a vitória americana de Obama. Mas não creio que os ditadores e corruptos de África tenham o direito de se fazerem convidados para esta festa.
Porque a alegria que milhões de africanos experimentaram no dia 5 deNovembro nascia de eles investirem em Obama exactamente o oposto daquilo que conheciam da sua experiência com os seus próprios dirigentes. Por muito que nos custe admitir, apenas uma minoria de estados africanos conhecem ou conheceram dirigentes preocupados com o bem público.
No mesmo dia em que Obama confirmava a condição de vencedor, os noticiários internacionais abarrotavam de notícias terríveis sobre África. No mesmo dia da vitória da maioria norte-americana, África continuava sendo derrotada por guerras, má gestão, ambição desmesurada de políticos gananciosos. Depois de terem morto a democracia, esses políticos estão matando a própria política. Resta a guerra, em alguns casos. Outros, a desistência e o cinismo.
Só há um modo verdadeiro de celebrar Obama nos países africanos: é lutar para que mais bandeiras de esperança possam nascer aqui, no nosso continente. É lutar para que Obamas africanos possam também vencer. E nós, africanos de todas as etnias e raças, vencermos com esses Obamas e celebrarmos em nossa casa aquilo que agora festejamos em casa alheia.
E se Obama fosse africano?
Por Mia Couto
Os africanos rejubilaram com a vitória de Obama. Eu fui um deles.Depois de uma noite em claro, na irrealidade da penumbra da madrugada,as lágrimas corriam-me quando ele pronunciou o discurso de vencedor.Nesse momento, eu era também um vencedor. A mesma felicidade me atravessara quando Nelson Mandela foi libertado e o novo estadista sul-africano consolidava um caminho de dignificação de África.
Na noite de 5 de Novembro, o novo presidente norte-americano não era apenas um homem que falava. Era a sufocada voz da esperança que se reerguia, liberta, dentro de nós. Meu coração tinha votado, mesmo sem permissão: habituado a pedir pouco, eu festejava uma vitória sem dimensões. Ao sair à rua, a minha cidade se havia deslocado para Chicago, negros e brancos respirando comungando de uma mesma surpresa feliz. Porque a vitória de Obama não foi a de uma raça sobre outra: sem a participação massiva dos americanos de todas as raças (incluindo a da maioria branca) os Estados Unidos da América não nos entregariam motivo para festejarmos.
Nos dias seguintes, fui colhendo as reacções eufóricas dos mais diversos recantos do nosso continente. Pessoas anónimas, cidadãos comuns querem testemunhar a sua felicidade. Ao mesmo tempo fui tomando nota, com algumas reservas, das mensagens solidárias de dirigentes africanos. Quase todos chamavam Obama de "nosso irmão". E pensei: estarão todos esses dirigentes sendo sinceros? Será Barack Obama familiar de tanta gente politicamente tão diversa? Tenho dúvidas. Na pressa de ver preconceitos somente nos outros, não somos capazes de ver os nossos próprios racismos e xenofobias. Na pressa de condenar o Ocidente, esquecemo-nos de aceitar as lições que nos chegam desse outro lado do mundo.
Foi então que me chegou às mãos um texto de um escritor camaronês, Patrice Nganang, intitulado: " E se Obama fosse camaronês?". As questões que o meu colega dos Camarões levantava sugeriram-me perguntas diversas, formuladas agora em redor da seguinte hipótese: e se Obama fosse africano e concorresse à presidência num país africano? São estas perguntas que gostaria de explorar neste texto.
E se Obama fosse africano e candidato a uma presidência africana?
1. Se Obama fosse africano, um seu concorrente (um qualquer George Bush das Áfricas) inventaria mudanças na Constituição para prolongar o seu mandato para além do previsto. E o nosso Obama teria que esperar mais uns anos para voltar a candidatar-se. A espera poderia ser longa, se tomarmos em conta a permanência de um mesmo presidente no poder em África. Uns 41 anos no Gabão, 39 na Líbia, 28 no Zimbabwe, 28 na Guiné Equatorial, 28 em Angola, 27 no Egipto, 26 nos Camarões. E por aí fora, perfazendo uma quinzena de presidentes que governam há mais de 20 anos consecutivos no continente. Mugabe terá 90 anos quando terminar o mandato para o qual se impôs acima do veredicto popular.
2. Se Obama fosse africano, o mais provável era que, sendo um candidato do partido da oposição, não teria espaço para fazer campanha. Far-lhe-iam como, por exemplo, no Zimbabwe ou nos Camarões: seria agredido fisicamente, seria preso consecutivamente, ser-lhe-ia retirado o passaporte. Os Bushs de África não toleram opositores, não toleram a democracia.
3. Se Obama fosse africano, não seria sequer elegível em grande parte dos países porque as elites no poder inventaram leis restritivas que fecham as portas da presidência a filhos de estrangeiros e a descendentes de imigrantes. O nacionalista zambiano Kenneth Kaunda está sendo questionado, no seu próprio país, como filho de malawianos.Convenientemente "descobriram" que o homem que conduziu a Zâmbia à independência e governou por mais de 25 anos era, afinal, filho de malawianos e durante todo esse tempo tinha governado 'ilegalmente". Preso por alegadas intenções golpistas, o nosso Kenneth Kaunda (que dá nome a uma das mais nobres avenidas de Maputo) será interdito de fazer política e assim, o regime vigente, se verá livre de um opositor.
4. Sejamos claros: Obama é negro nos Estados Unidos. Em África ele é mulato. Se Obama fosse africano, veria a sua raça atirada contra o seu próprio rosto. Não que a cor da pele fosse importante para os povos que esperam ver nos seus líderes competência e trabalho sério. Mas as elites predadoras fariam campanha contra alguém que designariam por um"não autêntico africano". O mesmo irmão negro que hoje é saudado como novo Presidente americano seria vilipendiado em casa como sendo representante dos "outros", dos de outra raça, de outra bandeira (ou de nenhuma bandeira?).
5. Se fosse africano, o nosso "irmão" teria que dar muita explicação aos moralistas de serviço quando pensasse em incluir no discurso de agradecimento o apoio que recebeu dos homossexuais. Pecado mortal para os advogados da chamada "pureza africana". Para estes moralistas -tantas vezes no poder, tantas vezes com poder - a homossexualidade é um inaceitável vício mortal que é exterior a África e aos africanos.
6. Se ganhasse as eleições, Obama teria provavelmente que sentar-se à mesa de negociações e partilhar o poder com o derrotado, num processo negocial degradante que mostra que, em certos países africanos, o perdedor pode negociar aquilo que parece sagrado - a vontade do povo expressa nos votos. Nesta altura, estaria Barack Obama sentado numa mesa com um qualquer Bush em infinitas rondas negociais com mediadores africanos que nos ensinam que nos devemos contentar com as migalhas dos processos eleitorais que não correm a favor dos ditadores.
Inconclusivas conclusões
Fique claro: existem excepções neste quadro generalista. Sabemos todos de que excepções estamos falando e nós mesmos moçambicanos, fomos capazes de construir uma dessas condições à parte.
Fique igualmente claro: todos estes entraves a um Obama africano não seriam impostos pelo povo, mas pelos donos do poder, por elites que fazem da governação fonte de enriquecimento sem escrúpulos.
A verdade é que Obama não é africano. A verdade é que os africanos -as pessoas simples e os trabalhadores anónimos - festejaram com toda a alma a vitória americana de Obama. Mas não creio que os ditadores e corruptos de África tenham o direito de se fazerem convidados para esta festa.
Porque a alegria que milhões de africanos experimentaram no dia 5 deNovembro nascia de eles investirem em Obama exactamente o oposto daquilo que conheciam da sua experiência com os seus próprios dirigentes. Por muito que nos custe admitir, apenas uma minoria de estados africanos conhecem ou conheceram dirigentes preocupados com o bem público.
No mesmo dia em que Obama confirmava a condição de vencedor, os noticiários internacionais abarrotavam de notícias terríveis sobre África. No mesmo dia da vitória da maioria norte-americana, África continuava sendo derrotada por guerras, má gestão, ambição desmesurada de políticos gananciosos. Depois de terem morto a democracia, esses políticos estão matando a própria política. Resta a guerra, em alguns casos. Outros, a desistência e o cinismo.
Só há um modo verdadeiro de celebrar Obama nos países africanos: é lutar para que mais bandeiras de esperança possam nascer aqui, no nosso continente. É lutar para que Obamas africanos possam também vencer. E nós, africanos de todas as etnias e raças, vencermos com esses Obamas e celebrarmos em nossa casa aquilo que agora festejamos em casa alheia.
quarta-feira, dezembro 03, 2008
Quem sabia que o Gramsci se converteu?
No seu boletim electrónico diário (Infovitae de seu nome) o Padre Nuno Serras Pereira publicou este artigo curiosissimo sobre o António Gramsci:
Antonio Gramsci - Fundador del partido comunista italiano se convirtió antes de morir
MADRID, 01 Dic. 08 / 09:29 pm (ACI).- Al presentar el primer catálogo internacional de estampas, el Prefecto Emérito de la Penitenciaría Apostólica, Mons. Luigi De Magistris, dio a conocer que el fundador del partido comunista italiano, Antonio Gramsci, el autor de uno de los más completos y sofisticados métodos de hegemonía ideológica –utilizado aún hoy por los principales enemigos de la Iglesia– retornó a la fe católica de su infancia y recibió los sacramentos antes de morir en abril de 1937.
Para Gramsci, que desarrolló una versión más sofisticada de marxismo, que dio lugar al llamado "Euro-comunismo", la Iglesia Católica y la familia cristiana eran los enemigos principales para lograr el control de las mentes y la cultura, algo que consideraba indispensable para que la toma del poder político no fracasara con el paso del tiempo.
Entre las medidas para lograr lo que denominaba "hegemonía cultural", Gramsci proponía acabar con las creencias, tradiciones y costumbres que hablen de la trascendencia del hombre, ridiculizándolas; silenciar con la calumnia todo lo que hable de algo trascendente; crear una nueva cultura en donde la trascendencia no tenga lugar, infiltrando la Iglesia para conseguir, por cualquier medio, que obispos y sacerdotes disidentes hablen en contra de ella. Este plan básicamente proponía destruir la Iglesia "desde dentro".
Según el diario español La Razón, el primero en cubrir la noticia, la conversión de Gramsci es un hecho que "ha sido afirmado y desmentido en diversas ocasiones, pero esta es la primera vez que un miembro de la Curia (vaticana) asegura que el rumor es cierto".
En efecto, durante la conferencia de prensa difundida por Radio Vaticano, Mons. De Magistris explicó que "Gramsci tenía en su habitación (en el hospital donde esperaba la muerte) la imagen de Santa Teresita del Niño Jesús. Durante su enfermedad, las monjas de la clínica en la que estaba ingresado llevaban a los enfermos la imagen del Niño Jesús, para que la besaran. Como a Gramsci no se la llevaron, él se quejó: '¿Por qué no me la habéis traído?', les dijo. Entonces –afirma el Prelado– le trajeron la imagen del Niño Jesús y la besó. Recibió también los sacramentos, volvió a la fe de la infancia. La misericordia de Dios nos 'persigue' santamente, el Señor no se resigna a perdernos".
Según el diario italiano Il Giornale, la fuente citada por Mons. De Magistris sería "una religiosa natural de Sardeña, hermana de Mons. Giovanni Maria Pinna, Secretario de la Signatura Apostólica. Sor Pinna, en una Misa en sufragio del hermano, celebrada en la iglesia de San Lorenzo en Damaso, contó la historia sobre Gramsci".
Il Giornale indica que Gramsci "se recuperaba en la clínica desde el 24 de agosto de 1935. Las religiosas de la clínica en ocasión de la festividad del Niño Jesús tenían por tradición llevar de cuarto en cuarto una imagen del Niño 'ofreciéndola para que la besaran los enfermos'. Todos recibieron la singular visita, a excepción de Gramsci, quien al darse cuenta de la exclusión, pregunta el motivo de ésta a las hermanas. Las religiosas se excusan y le dicen que era para no fastidiarlo".
"A este punto, contaba Sor Pina, 'el señor Gramsci pidió ver la imagen y cuando la tuvo frente a sí la besó con evidentes signos de conmoción'. Además de De Magistris, también oyó a la hermana Mons. Sebastiano Masala, quien era en la época juez de la Sacra Rota Romana", añade el diario.
Además, "otra religiosa en servicio en la clínica, la suiza Sor Gertrude, reveló que en el cuarto 26, en donde Gramsci transcurrió el último periodo de su vida, había una imagen de Santa Teresita del Niño Jesús 'a la que el parecía nutrir una simpatía humana, al punto de no querer que fuese retirada o movida'".
Para Giancarlo Lehner, parlamentario italiano y autor de "La familia Gramsci en Rusia" "no sería una gran sorpresa si Gramsci hubiera abrazado la fe católica'". Por su parte y también en declaraciones recogidas por el diario La Stampa, el teólogo Gianni Baget Bozzo considera que la imagen de Santa Teresa es la clave para explicar la conversión del fundador del Partido Comunista Italiano.
"Santa Teresa ofreció su vida por la conversión del anarquista Prandini, que efectivamente antes de ser guillotinado pidió besar el crucifijo, y estaba pronta a cambiar su vida por la conversión de los ateos", señaló el sacerdote.
Tras el episodio, según señaló Mons. De Magistris, Gramsci solicitó y recibió los sacramentos. El intelectual murió en Roma a los 46 años y, a pedido de sus familiares, fue enterrado en el cementerio protestante, donde aún se encuentra su tumba.
Los discípulos de Gramsci señalan que "no existe evidencia de que Gramsci se haya convertido al catolicismo" aduciendo que "no existen registros estatales que señalen tal cosa". Pero el argumento ha sido descartado por los conocedores del episodio, quienes señalan que el hospital donde murió Gramsci era frecuentemente atendido por sacerdotes cuyo ingreso y actividades no iban a ningún registro oficial.
Giuseppe Vacca, Director del Instituto Internacional Gramsci señaló por su parte que la conversión del intelectual "no sería ningún escándalo y no cambiaría nada", porque en efecto su método de hegemonía cultural sigue siendo empleado por grupos feministas, abortistas y de presión pro-homosexual.
Antonio Gramsci - Fundador del partido comunista italiano se convirtió antes de morir
MADRID, 01 Dic. 08 / 09:29 pm (ACI).- Al presentar el primer catálogo internacional de estampas, el Prefecto Emérito de la Penitenciaría Apostólica, Mons. Luigi De Magistris, dio a conocer que el fundador del partido comunista italiano, Antonio Gramsci, el autor de uno de los más completos y sofisticados métodos de hegemonía ideológica –utilizado aún hoy por los principales enemigos de la Iglesia– retornó a la fe católica de su infancia y recibió los sacramentos antes de morir en abril de 1937.
Para Gramsci, que desarrolló una versión más sofisticada de marxismo, que dio lugar al llamado "Euro-comunismo", la Iglesia Católica y la familia cristiana eran los enemigos principales para lograr el control de las mentes y la cultura, algo que consideraba indispensable para que la toma del poder político no fracasara con el paso del tiempo.
Entre las medidas para lograr lo que denominaba "hegemonía cultural", Gramsci proponía acabar con las creencias, tradiciones y costumbres que hablen de la trascendencia del hombre, ridiculizándolas; silenciar con la calumnia todo lo que hable de algo trascendente; crear una nueva cultura en donde la trascendencia no tenga lugar, infiltrando la Iglesia para conseguir, por cualquier medio, que obispos y sacerdotes disidentes hablen en contra de ella. Este plan básicamente proponía destruir la Iglesia "desde dentro".
Según el diario español La Razón, el primero en cubrir la noticia, la conversión de Gramsci es un hecho que "ha sido afirmado y desmentido en diversas ocasiones, pero esta es la primera vez que un miembro de la Curia (vaticana) asegura que el rumor es cierto".
En efecto, durante la conferencia de prensa difundida por Radio Vaticano, Mons. De Magistris explicó que "Gramsci tenía en su habitación (en el hospital donde esperaba la muerte) la imagen de Santa Teresita del Niño Jesús. Durante su enfermedad, las monjas de la clínica en la que estaba ingresado llevaban a los enfermos la imagen del Niño Jesús, para que la besaran. Como a Gramsci no se la llevaron, él se quejó: '¿Por qué no me la habéis traído?', les dijo. Entonces –afirma el Prelado– le trajeron la imagen del Niño Jesús y la besó. Recibió también los sacramentos, volvió a la fe de la infancia. La misericordia de Dios nos 'persigue' santamente, el Señor no se resigna a perdernos".
Según el diario italiano Il Giornale, la fuente citada por Mons. De Magistris sería "una religiosa natural de Sardeña, hermana de Mons. Giovanni Maria Pinna, Secretario de la Signatura Apostólica. Sor Pinna, en una Misa en sufragio del hermano, celebrada en la iglesia de San Lorenzo en Damaso, contó la historia sobre Gramsci".
Il Giornale indica que Gramsci "se recuperaba en la clínica desde el 24 de agosto de 1935. Las religiosas de la clínica en ocasión de la festividad del Niño Jesús tenían por tradición llevar de cuarto en cuarto una imagen del Niño 'ofreciéndola para que la besaran los enfermos'. Todos recibieron la singular visita, a excepción de Gramsci, quien al darse cuenta de la exclusión, pregunta el motivo de ésta a las hermanas. Las religiosas se excusan y le dicen que era para no fastidiarlo".
"A este punto, contaba Sor Pina, 'el señor Gramsci pidió ver la imagen y cuando la tuvo frente a sí la besó con evidentes signos de conmoción'. Además de De Magistris, también oyó a la hermana Mons. Sebastiano Masala, quien era en la época juez de la Sacra Rota Romana", añade el diario.
Además, "otra religiosa en servicio en la clínica, la suiza Sor Gertrude, reveló que en el cuarto 26, en donde Gramsci transcurrió el último periodo de su vida, había una imagen de Santa Teresita del Niño Jesús 'a la que el parecía nutrir una simpatía humana, al punto de no querer que fuese retirada o movida'".
Para Giancarlo Lehner, parlamentario italiano y autor de "La familia Gramsci en Rusia" "no sería una gran sorpresa si Gramsci hubiera abrazado la fe católica'". Por su parte y también en declaraciones recogidas por el diario La Stampa, el teólogo Gianni Baget Bozzo considera que la imagen de Santa Teresa es la clave para explicar la conversión del fundador del Partido Comunista Italiano.
"Santa Teresa ofreció su vida por la conversión del anarquista Prandini, que efectivamente antes de ser guillotinado pidió besar el crucifijo, y estaba pronta a cambiar su vida por la conversión de los ateos", señaló el sacerdote.
Tras el episodio, según señaló Mons. De Magistris, Gramsci solicitó y recibió los sacramentos. El intelectual murió en Roma a los 46 años y, a pedido de sus familiares, fue enterrado en el cementerio protestante, donde aún se encuentra su tumba.
Los discípulos de Gramsci señalan que "no existe evidencia de que Gramsci se haya convertido al catolicismo" aduciendo que "no existen registros estatales que señalen tal cosa". Pero el argumento ha sido descartado por los conocedores del episodio, quienes señalan que el hospital donde murió Gramsci era frecuentemente atendido por sacerdotes cuyo ingreso y actividades no iban a ningún registro oficial.
Giuseppe Vacca, Director del Instituto Internacional Gramsci señaló por su parte que la conversión del intelectual "no sería ningún escándalo y no cambiaría nada", porque en efecto su método de hegemonía cultural sigue siendo empleado por grupos feministas, abortistas y de presión pro-homosexual.
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Espanha: número de abortos aumenta 10%
E agora senhores e senhoras do Sim?
(com uma completamente verdadeira declaração de que preferia 1000 vezes não ter razão...!)
(com uma completamente verdadeira declaração de que vendo a imagem acima, nos perguntamos sobre que tem esta gente na cabeça...!!??)El número de abortos aumenta un 10% en 2007
Efe. Madrid.- 02/12/2008
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El número de interrupciones voluntarias de embarazo en 2007 se ha situado en 112.138, lo que supone un aumento de alrededor de un 10 por ciento sobre el año último (10.546 abortos más).
Según el informe anual publicado en la web del Ministerio de Sanidad, la mayor parte de los abortos se practicaron entre las ocho semanas o menos de gestación (70.468) y entre las nueve y doce semanas (28.380). Casi 7.000 interrupciones se produjeron entre las semanas 13 y 16 de gestación, 4.123 entre las 17 y 20 semanas, y en un total de 2.164 casos la mujer estaba embarazada de 21 ó más semanas.
Efe. Madrid.- 02/12/2008
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El número de interrupciones voluntarias de embarazo en 2007 se ha situado en 112.138, lo que supone un aumento de alrededor de un 10 por ciento sobre el año último (10.546 abortos más).
Según el informe anual publicado en la web del Ministerio de Sanidad, la mayor parte de los abortos se practicaron entre las ocho semanas o menos de gestación (70.468) y entre las nueve y doce semanas (28.380). Casi 7.000 interrupciones se produjeron entre las semanas 13 y 16 de gestación, 4.123 entre las 17 y 20 semanas, y en un total de 2.164 casos la mujer estaba embarazada de 21 ó más semanas.
El principal motivo de interrupción del embarazo ha sido el riesgo para la salud materna (108.690), seguido del riesgo fetal (3.265), y la violación fue la causa en diez interrupciones.
En 2007, la tasa de abortos entre mujeres de 15 a 44 años se ha situado en 11,49 por mil, prácticamente el doble que hace una década: seis por cada mil en 1998 (en términos absolutos 53.847 abortos).
Las comunidades autónomas con tasa más alta son, por este orden, Madrid (16), Baleares (14,9), Murcia (14,8) y Cataluña (14,3).
El informe refleja asimismo que la mayor parte de las interrupciones de embarazo se practicaron en clínicas privadas, 97.969 intervenciones del total de 112.138 practicadas durante el pasado año. Casi el 70 por ciento de las mujeres que optaron por esta intervención eran solteras. Además la mayoría eran asalariadas (70.563), algo más de 14.000 estaban desempleadas, 15.000 eran estudiantes y más de 11.000 eran amas de casa.Por grupos de edad, las tasas más elevadas por mil mujeres se concentran entre quienes tienen entre 19 y 24 años (20,6 por mil); entre 25 y 29 (15,5); entre 30 y 34 años (11,7), y entre 35 y 39 años (7,6).
Por otro lado, la mayoría de las mujeres que adoptaron esta decisión en 2007 lo hicieron por primera vez -el 67,7 por ciento- y un 22,9 por ciento era su segundo aborto.
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Reforma do sistema eleitoral: a mãe de todas as reformas!
Nunca será de mais insistir que muitos dos bloqueios à democracia existentes no sistema político provém do normativo eleitoral e da deficiente capacidade deste mecanismo para responder às exigências de uma politica participada e verdadeiramente representativa.
Por isso estudos como os de André Freire são uma benção!
E também por isso a iniciativa amanhã do Partido Socialista (sim, leu bem :-) na Assembleia da República é de saudar vivamente. Trata-se de um Colóquio sobre a Reforma do Sistema Eleitoral suscitado pela publicação do estudo atrás referido.
A seguir com atenção.
E também com a devida vénia às iniciativas de António José Seguro o grande autor e impulsionador da última reforma do parlamento que posso testemunhar de experiência própria corresponde a uma necessidade real com medidas justas e adequadas.
Que pena eu tenha que no centro-direita ainda não se tenha percebido isto...!?
Por isso estudos como os de André Freire são uma benção!
E também por isso a iniciativa amanhã do Partido Socialista (sim, leu bem :-) na Assembleia da República é de saudar vivamente. Trata-se de um Colóquio sobre a Reforma do Sistema Eleitoral suscitado pela publicação do estudo atrás referido.
A seguir com atenção.
E também com a devida vénia às iniciativas de António José Seguro o grande autor e impulsionador da última reforma do parlamento que posso testemunhar de experiência própria corresponde a uma necessidade real com medidas justas e adequadas.
Que pena eu tenha que no centro-direita ainda não se tenha percebido isto...!?
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Ainda o caso Eluana: um artigo do Pedro Vaz Patto
Regressão
Pedro Vaz Patto
29. 11. 2008
Retirado do Blog:
http://oinimputavel.blogspot.com/
Em Itália, continua a grande mobilização que pretende evitar a morte de Eluana Englaro, a jovem em estado vegetativo persistente que o tribunal autorizou que deixasse de ser alimentada e hidratada: tomadas de posição, vigílias de oração, apelos à consciência de quem possa colaborar nessa morte, recusa de instituição hospitalares públicas e privadas em fazê-lo, recurso ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem por parte de associações de familiares de doentes em situações análogas.
Talvez haja quem considere exagerada esta mobilização em torno de uma pessoa inconsciente desde há vários anos. Mas talvez não seja assim tão exagerada a dimensão desta mobilização…
Está em jogo uma morte atroz (de modo algum, uma morte “natural” ou uma “morte digna”): à fome e à sede, com um agonia que se prolongará durante vários dias. Não é certo que Eluana não experimente o sofrimento nessa agonia (há mesmo estudos que parecem apontar noutro sentido). E nunca uma morte atroz deixará de o ser por ser inconsciente.
A vida de qualquer pessoa, de uma deficiente grave como Eluana (os doentes em estado vegetativo persistente padecem de uma grave deficiência, não estão “mortos”), como a de um “sem-abrigo” que em França morreu de frio por estes dias, é sempre um dom preciso, porque cada pessoa é «única e irrepetível».
Mas há algo mais em jogo neste caso. No fundo, autorizar a morte de Eluana é dizer que os deficientes graves são um fardo de que podemos livrar-nos. Não é certamente a pretensão de minorar o seu sofrimento que pode justificar essa morte (pois ou se considera que não sofre por estar inconsciente, ou, se se considera que pode experimentar a dor, nunca poderia aceitar-se que sofra terrivelmente morrendo à fome e à sede). Daí que se compreenda bem a mobilização de familiares de doentes na situação de Eluana. Todos estes doentes, e todas as pessoas deficientes, são atingidos com a sua morte.
Como já alguém recordou a propósito deste caso, foi o cristianismo que, na Antiguidade, contribuiu para abolir o costume de matar ou abandonar, à nascença, crianças deficientes e deu origem a instituições hospitalares e de assistência destinadas a pessoas até então vistas como um fardo insuportável. É também a fé cristã que move as religiosas que têm cuidado de Eluana e que pretendem continuar a fazê-lo. Esta extraordinária revolução de mentalidade tem marcado a nossa civilização até hoje.
Parece que estamos agora a desbaratar este preciso legado de civilização, parece que estamos a regredir. Desde que se autorizou, em muitos países, o aborto “eugénico”, de nascituros deficientes e, já nalguns países, a chamada “eutanásia precoce” de recém-nascidos com graves e fatais doenças. Ou quando já há filósofos e médicos influentes a defender o infanticídio de recém-nascidos deficientes, seguindo a mesma lógica que conduziu à legalização do aborto de nascituros deficientes.
A morte de Eluana é outro passo neste sentido. Não é, pois, exagerado realçar o perigo desta regressão civilizacional.
Pedro Vaz Patto
29. 11. 2008
Retirado do Blog:
http://oinimputavel.blogspot.com/
Em Itália, continua a grande mobilização que pretende evitar a morte de Eluana Englaro, a jovem em estado vegetativo persistente que o tribunal autorizou que deixasse de ser alimentada e hidratada: tomadas de posição, vigílias de oração, apelos à consciência de quem possa colaborar nessa morte, recusa de instituição hospitalares públicas e privadas em fazê-lo, recurso ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem por parte de associações de familiares de doentes em situações análogas.
Talvez haja quem considere exagerada esta mobilização em torno de uma pessoa inconsciente desde há vários anos. Mas talvez não seja assim tão exagerada a dimensão desta mobilização…
Está em jogo uma morte atroz (de modo algum, uma morte “natural” ou uma “morte digna”): à fome e à sede, com um agonia que se prolongará durante vários dias. Não é certo que Eluana não experimente o sofrimento nessa agonia (há mesmo estudos que parecem apontar noutro sentido). E nunca uma morte atroz deixará de o ser por ser inconsciente.
A vida de qualquer pessoa, de uma deficiente grave como Eluana (os doentes em estado vegetativo persistente padecem de uma grave deficiência, não estão “mortos”), como a de um “sem-abrigo” que em França morreu de frio por estes dias, é sempre um dom preciso, porque cada pessoa é «única e irrepetível».
Mas há algo mais em jogo neste caso. No fundo, autorizar a morte de Eluana é dizer que os deficientes graves são um fardo de que podemos livrar-nos. Não é certamente a pretensão de minorar o seu sofrimento que pode justificar essa morte (pois ou se considera que não sofre por estar inconsciente, ou, se se considera que pode experimentar a dor, nunca poderia aceitar-se que sofra terrivelmente morrendo à fome e à sede). Daí que se compreenda bem a mobilização de familiares de doentes na situação de Eluana. Todos estes doentes, e todas as pessoas deficientes, são atingidos com a sua morte.
Como já alguém recordou a propósito deste caso, foi o cristianismo que, na Antiguidade, contribuiu para abolir o costume de matar ou abandonar, à nascença, crianças deficientes e deu origem a instituições hospitalares e de assistência destinadas a pessoas até então vistas como um fardo insuportável. É também a fé cristã que move as religiosas que têm cuidado de Eluana e que pretendem continuar a fazê-lo. Esta extraordinária revolução de mentalidade tem marcado a nossa civilização até hoje.
Parece que estamos agora a desbaratar este preciso legado de civilização, parece que estamos a regredir. Desde que se autorizou, em muitos países, o aborto “eugénico”, de nascituros deficientes e, já nalguns países, a chamada “eutanásia precoce” de recém-nascidos com graves e fatais doenças. Ou quando já há filósofos e médicos influentes a defender o infanticídio de recém-nascidos deficientes, seguindo a mesma lógica que conduziu à legalização do aborto de nascituros deficientes.
A morte de Eluana é outro passo neste sentido. Não é, pois, exagerado realçar o perigo desta regressão civilizacional.
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