quarta-feira, dezembro 28, 2011

As greves na CP

É impressionante constatar como existe em Portugal um país a pelo menos duas velocidades: a dos que estão em 2011 na actual situação politica e económica e os que ainda estão em 1974, em pleno PREC...
E o mais surpreendente é que esta última parte do país além de concentrado em sectores especificos (como os dos transportes) representa, de acordo com os resultados das últimas eleições, e se excluirmos o PS (o que é duvidoso, seja o caso...), 16% do eleitorado (que vota)...!
Vem isto a propósito das greves na CP em que tanto quanto percebi a razão da contestação (do conflito) é a existência de 200 processos disciplinares a maquinistas e outros funcionários que na última greve geral desrespeitaram os serviços minimos que tinham ficado estabelecidos...que queriam? Que não se cumpra a lei em plena impunidade?
Como muito bem disse o porta-voz da admninistração da CP esta não está disposta a abdicar do exercicio do poder disciplinar que a lei lhe confere e ao qual está aliás legalmente obrigado. Sem contar já com o que estas greves significam de perda de receita e por isso até de tesouraria para satisfazer os salários dos trabalhadores. É muito dificil perceber isto?
Só mesmo para quem ainda vive nos anos setenta...mas, meus senhores, a "festa" (viver acima dos próprios meios, reivindicar sem limites, ter tudo e não dar nada, etc.) acabou. Quantas vezes será preciso dizê-lo?

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