domingo, fevereiro 08, 2015

A pretensão totalitária da igualdade (e da ideologia) de género



(esta fotografia foi tirada daqui)

A notícia de que o Governo chamou as empresas cotadas na Bolsa para as ameaçar (suave e disfarçadamente, já se sabe...) no caso não escolham mais gestoras em cargos de chefia é completamente incompreensível. Trata-se não só de uma intolerável ingerência da autoridade pública nos domínios do privado como está em clamoroso contra-ciclo com uma pretensa neutralidade da esfera pública no comportamento da economia privada. Denota além disso uma pretensão totalitária que a bem dizer só pode surpreender quem não esteja a par dos perigos da ditadura do politicamente correcto e em especial da ideologia do género.

Razões acrescidas pois para reler esta Nota da Conferência Episcopal Portuguesa sobre o assunto e esta entrevista de Diogo Costa Gonçalves ao mesmo propósito. Na verdade trata-se de um assunto que preocupa a Igreja católica e até levou o Papa Francisco a falar de colonização ideológica e desta forma (declarações originais aqui e aqui):

"Colonização ideológica
O Papa aproveitou ainda a conversa com os jornalistas para elaborar sobre um termo que usou durante a sua visita às Filipinas, em que criticou a "colonização ideológica".

"Sobre a colonização ideológica, dou apenas um exemplo que eu próprio vi: há 20 anos, em 1995, uma ministra da Educação pediu um empréstimo considerável, para construir escolas para os pobres. Deram-lhe o empréstimo, na condição de, nessas escolas, haver um livro para as crianças, muito bem preparado didacticamente, onde se ensinava a teoria do género. Isto é a colonização ideológica!"

"Entram num povo com uma ideia e colonizam o povo com uma ideia que muda, ou pretende mudar, uma mentalidade ou uma estrutura", critica o Papa, salientando que isto acontece sobretudo em países que precisam de auxílio financeiro ou humanitário. "Durante o sínodo, os bispos africanos lamentavam-se disto."

A atitude actual, diz Francisco, não é nova: "O mesmo já fizeram as ditaduras do século passado.""

Mas em Portugal é este o centro-direita que temos...colonizado ideologicamente pela esquerda...

1 comentário:

Anónimo disse...

Boa tarde

A igualdade de género é uma causa social-democrata e portanto nada totalitária.
A defesa da igualdade de género que se opera em regimes "totalitários" como Holanda Suiça, Suécia e França representa o quebrar de barreiras de preconceito que impedem as mulheres de realizarem os seus projectos de vida. Já o Iêmen e o Afeganistão, conhecidos pelo sua sociedade liberal, são os mais desiguais.

O António é um homem de causas e persistente não se vê a racionalidade deste seu pensamento. Quanto a Teresa de Morais, digo-lhe que é uma das nossas sociais-democratas que merece o nosso reconhecimento pelo seu trabalho e empenho nesta legislatura.
Nobre José