terça-feira, janeiro 16, 2007

Apoiar a Família em vez do aborto: um exemplo da Alemanha

Na campanha do Não fizemos um desafio ao Governo: está disponível em caso de vitória da Vida a utilizar os mesmos recursos destinados ao aborto legal até às 10 semanas, no apoio às famílias e às grávidas em dificuldade?
Porque não têm coragem de responder?
Não é melhor financiar nascimentos do que abortos?

Casais recebem para ter filhos
2007/01/08 20:33 Sara Marques - http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=759443&div_id=291
Países com natalidade baixa atribuem incentivos. Subsídios de nascimento, abonos, compensação para os pais que queiram deixar o emprego, licenças de maternidade e ajudas na educação, são algumas medidas. Em Portugal nascem cada vez menos bebés

O ano começou com uma boa notícia para as futuras mães da Alemanha. Para incentivar a natalidade, o Governo decidiu atribuir um subsídio, que pode chegar aos 25 mil euros.
Nas últimas décadas, as taxas de nascimento na Alemanha caíram a um ponto que autoridades consideram «alarmante». A taxa de fertilidade média é de 1,37 filho por casal, bem abaixo da média de 2,1 considerada necessária para manter a população em nível estável.
A legislação previa que pais que decidissem ter filhos podiam receber até 7,2 mil euros por um período máximo de dois anos. A partir de 1 de Janeiro, com a entrada em vigor da nova lei, podem receber até dois terços do salário durante um ano, no valor máximo de 25,2 mil euros.
Medidas semelhantes têm vindo a ser adoptadas em vários países. A França, país que possui uma das taxas de natalidade mais altas da Europa, anunciou recentemente um pacote de medidas para conciliar a maternidade com a vida profissional e estimular as mulheres a terem um terceiro filho.
As francesas que derem à luz um terceiro filho poderão usufruir, se assim desejarem, de uma licença de maternidade mais curta (de três anos para um) mas mais bem remunerada, com cerca de 750 euros por mês.
A estas medidas somam-se auxílios mais elevados para as despesas com as crianças, creches gratuitas, descontos em restaurantes, supermercados, cinemas e transportes públicos e ainda actividades extra-escolares a preços reduzidos.
O regime de Segurança Social francês prevê vários subsídios para as famílias, entre os quais o de nascimento (830 euros), o de base (166 euros por mês, até aos três anos) e o de início de aulas para os agregados desfavorecidos - 265 euros. Além disso, há também benefícios fiscais para os casais com filhos.
Actualmente, a França tem uma taxa de natalidade de 1,9 filho por mulher e é, depois da Irlanda, o país da Comunidade Europeia com os melhores índices.
Na Suécia considerado pela ONU como «o melhor sítio do mundo para ter filhos», um dos pais pode ficar em casa por um ano com 80 por cento do ordenado. A assistência pré-natal é gratuita e há uma rede de creches privadas de preços controlados.
Fernando Castro, presidente da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN), disse ao PortugalDiário que em países nórdicos como Suécia, Dinamarca e Noruega há ainda uma compensação estatal, caso um dos pais decida desempregar-se ou sub-empregar-se para ficar em casa com os filhos.
Em Espanha, os pais têm direito a subsídio de risco na gravidez, abono de família que aumenta a partir do segundo filho e subsídio de nascimento para o terceiro filho e seguintes.
Em Portugal, o abono de família é determinado em função dos rendimentos, não sendo atribuído aos agregados familiares com um rendimento superior a 1875 euros mensais. No primeiro ano o valor é maior e vai diminuindo conforme a criança fica mais velha. E não existem apoios para a educação, a guarda de crianças ou famílias monoparentais.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, em 2005 nasceram 109.457 crianças em Portugal. Com um índice de fecundidade de 1,4 filhos por mulher, que tem vindo a diminuir, «Portugal continua a não assegurar a renovação de gerações e o défice de nascimentos ronda os 55 mil por ano», explicou o presidente da APFN.
O Algarve é a zona do país onde se regista um aumento mais constante da taxa de natalidade nos últimos anos, segundo dados do INE. 16 por cento dos bebés que nasceram em 2003 no Algarve são filhos de mãe estrangeira, na maioria de mulheres ucranianas e brasileiras.

2 comentários:

Anónimo disse...

...e já agora... quem é que paga toda essa criançada toda? Desde que não me saia do bolso, assino por baixo! Ah... uma dúvida, isso não vai provocar com que haja casais que têm filhos só para ter acesso ao dinheiro?

Joana Veigas disse...

Pena que o senhor anónimo não pergunte pelo dinheiro para pagar os abortos... Mas acho que isso já não lhe deve interessar...

Se o SIM ganhar... Penso que um dia mais tarde iremos pelo mesmo caminho... Mas acho que o bom mesmo era recorrer a isso já... Porque depois pode ser tarde de mais...