Encerrado este primeiro período extenuante de mobilização para a constituição dos grupos civicos, assisto divertido ao espanto da comunicação social (e também ao incómodo do Sim) com a potência social dos grupos do Não (15 grupos contra 5 do Sim, 200 mil assinaturas no total).
É preciso estar muito distraído ou querer cegar quem lê jornais ou adormecer os políticos dos partidos, para ficar surpreendido com mais uma demonstração de força de um amplo movimento social de defesa da Família e da Vida que hoje em dia, tem mais implantação que muitos partidos e uma representação eleitoral não negligenciável.
Quem desde 1998 venha seguindo estes movimentos civicos não se espanta com a capacidade organizativa mas verifica quotidianamente que no espectro político português existe uma força civil que não precisa da comunicação social para se desenvolver e crescer e cujo êxito corresponde tão só ao facto de coincidir com os anseios profundos de um povo que não se submete aos ditames da mentalidade comum.
Um povo de homens livres, de famílias convictas e agentes sociais empenhados, que parte agora para uma campanha de afirmação positiva da Vida, dedicada ao esclarecimento e à mobilização, que pode obter um resultado confirmador da modernidade e progressismo de quem afirma que os direitos humanos devem prevalecer sobre os interesses pessoais e que para o drama do aborto há outros caminhos, outras respostas, outras soluções.
A minha maior preocupação com o referendo, não é perder ou ganhar. A cultura da Vida crescerá sempre em qualquer das circunstâncias.
O meu receio é que ao resultado (seja qual for) não sucedam iniciativas em politicas públicas favoráveis à Vida, à Família, à Natalidade e aos apoios sociais...
Será sempre bom continuar a proteger, através da lei penal, a mulher e os seus filhos. Mas ideal era haver um empenho político sério. Haverá, à esquerda e à direita, quem o queira?
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