segunda-feira, maio 26, 2008

Presidenciais americanas: as diferenças...:-)


O Peso do Chumbo: artigo de Santana Maia sobre a Ministra da Educação e as reprovações

«O ser humano raramente aprende o que julga que já sabe.» (João Seabra)

O PESO DO CHUMBO

Parece que a ministra da Educação começou agora a perceber que as reprovações são o principal cancro do nosso sistema de ensino. Mais vale tarde do que nunca. Fraústo da Silva já tinha percebido isso há mais de vinte anos e os finlandeses há mais de quarenta. É uma daquelas evidências que só mesmo os cegos intelectuais não conseguem ver. Sendo certo que, a fazer fé no que para aí se ouve e escreve, só talvez daqui a trinta anos a maioria dos professores e comentadores vai perceber isso. Por alguma coisa, somos um dos países mais atrasados da Europa.
Antigamente, recorde-se, ninguém era obrigado a andar na escola mas todos sabiam que quem conseguisse obter qualquer qualificação académica, por pequena que fosse (2º ano, 5º ou 7º ano dos liceus), conseguiria facilmente um bom emprego. Por isso, a escola organizava-se para exigir competências e conhecimentos a quem queria obter aqueles diplomas, segundo o princípio «quem sabe passa, quem não sabe chumba». E das duas uma: ou a pessoa tinha capacidade para atingir os objectivos propostos ou não tinha e não lhe restava outra alternativa senão abandonar a escola e ir trabalhar.
Hoje, com a escolaridade obrigatória, os alunos, tenham ou não tenham capacidade, não podem abandonar a escola. A escola tanto é para quem quer ser doutor como para quem quer ser pastor. E não me parece que um pastor necessite de saber tanto de Biologia como um médico. Agora o que é absolutamente imoral, criminoso e ilógico é o Estado obrigar um aluno a andar nove anos na escola, impondo-lhe, todos os anos, um programa e objectivos que sabe que ele não consegue e não tem capacidade para atingir.
E qual é a consequência desta estupidez defendida por professores e comentadores? Antigamente, o problema ficava resolvido com o abandono escolar. Mas hoje, os alunos com menor capacidade, porque estão proibidos de abandonar a escola, vão reprovando todos os anos e acumulando-se nas turmas, alterando completamente o seu equilíbrio e sem qualquer vantagem para o sistema, porque as turmas ficam piores, quer a nível de comportamento, quer de conhecimentos.
Ou seja, a reprovação dos alunos, sem que estes possam abandonar a escola, tem duas consequências inevitáveis para a turma onde vão ser inseridos: diminuição da qualidade do ensino e aumento dos problemas disciplinares.
Com efeito, se a maioria dos alunos é repetente, o professor não pode leccionar a pensar nos dois ou três alunos que revelam algumas capacidades. Além disso, porque não se pode chumbar uma turma inteira (e ainda bem, porque, caso contrário, no ano seguinte ainda seria pior), acaba a maioria dos alunos por passar por antiguidade, mesmo tendo-se a consciência de que pouco sabem para o merecer.
Quero com isto dizer que, se os alunos não reprovassem no ensino obrigatório, a qualidade de ensino melhoraria? Obviamente, porque a percentagem de bons e maus alunos por turma mantinha-se constante, uma vez que ambos sairiam do sistema ao mesmo tempo: os primeiros para a universidade, os segundos para o mercado de trabalho. Além disso, porque os alunos com mais dificuldades nunca abandonariam o seu escalão etário, os problemas disciplinares derivados da mistura, na mesma turma, de garotos de doze anos com matulões de quinze acabariam. Sem esquecer que é mais enriquecedor para qualquer pessoa ouvir, durante nove anos, coisas diferentes do que ouvir sempre a mesma coisa.
Isso não significa, no entanto, que Nuno Crato também não tenha razão quando defende que nenhum aluno deveria subir de nível sem dominar os conceitos do nível anterior. Mas isso não implica, obviamente, que o aluno tenha de reprovar.
A escolaridade obrigatória impõe, apenas, um novo conceito de turma. Todas as turmas deveriam ser constituídas, em princípio, por sessenta ou setenta alunos, devendo todas as disciplinas ter três níveis (que funcionavam, em simultâneo, em cada turma e em salas diferentes): iniciação/recuperação, médio e alto. Ou seja, durante a escolaridade obrigatória, os alunos passariam sempre de ano, podendo, no entanto, não passar de nível. Nada obstaria, assim, que um aluno do 9º ano, por exemplo, frequentasse a sub-turma de nível III a Matemática, de nível II a Português e de nível I a Inglês.
Agora o que não se compreende é que se obrigue um aluno que reprovou a três ou quatro disciplinas a repetir o mesmo programa às outras dez disciplinas em que teve aproveitamento, para mais quando o destino de muitos deles é ir para servente de pedreiro, pastor ou varredor. Ou será que os alunos ficam melhores varredores se andarem nove anos na 1ª classe?

Santana-Maia Leonardo : http://sol.sapo.pt/blogs/contracorrente

quinta-feira, maio 22, 2008

Cónego Melo: a minha homenagem e a nossa saudade!

Com muita pena não consegui participar em nenhum dos ofícios fúnebres pelo Cónego Melo e também ainda não lhe tinha feito aqui referência (a ele ou à sua morte). O artigo que reproduzo abaixo do João Mendia diz melhor do que eu sou capaz da grandeza da vida e santidade de uma enorme figura da Igreja de Braga e portuguesa. Ter-me-ei encontrado com ele não mais de meia dúzia de vezes e falámos por telefone outras tantas sobretudo quando fui deputado por Braga. Guardo dele a imagem de um gigante. Uma pessoa muito prática e direita ao assunto, mas também muito aberta e de espírito largo. Impressionou-me particularmente a sensibilidade política porque e posta ao serviço do povo que à Igreja está confiado. Um pormenor pitoresco: o nosso último encontro foi já noite longa, debaixo de uns arcos, em plena cidade de Braga, junto do Governo Civil, uma breve troca de papeis e poucas impressões. Foi um encontro como ele era: discreto, eficaz, conciso, com noção de que tudo servia um Bem maior.
Um grande abraço Senhor Cónego Melo e aí do Céu vele por nós católicos na política, uma terra de perigos e adversidades, onde procuraremos honrar a sua tradição de coragem e ousadia! E agora mergulhado na bondade divina reze por aqueles desgraçados daqueles deputados que não foram capazes na AR de respeitar um Voto de homenagem na sua morte ou o minuto de silêncio que se lhe seguiu...quando (e eu fui testemunha disso na 9ª legislatura) esses mesmos desgraçados subscreveram todos os Votos por todos os "bichos-careta" e sabe Deus a desgraça que alguns deles foram na própria vida...!
O artigo a que faço referência acima é este:

Cónego Melo no esplendor da luz
João de Mendia

Expresso, 080517
(Conde de Resende e lugar-tenente em Portugal da Ordem de Cavalaria de Santo Sepulcro salienta o papel de Eduardo Melo Peixoto durante o PREC)

Morreu um homem bom. Morreu um homem caridoso. Morreu um homem independente. Morreu um homem de fé. Morreu um patriota. Morreu o senhor ‘cónego Melo’, monsenhor Eduardo Melo Peixoto.
Quem não tiver Cristo no coração, como dizia o filósofo, é inevitavelmente pertença de outros homens. O cónego Melo teve, e terá sempre, Cristo no coração. E se isso se passava por força das velhinhas e fortes tradições da sua Braga natal, fortificou-se pela vida fora pela inteligência, pela investigação e pela inestimável vocação de servir a Igreja, e através dela todos nós.
As suas fortes e firmes convicções foram dos principais alentos para aqueles que viam na condução da vida pública, nos tempos do PREC, o advento de um perigoso fim anunciado, quando eram poucas as hipóteses de grande resistência, resistia ele, e muito bem, por todos nós. A pessoa deste homem caridoso e justo, motivador e transmissor de confiança, foi uma das principais razões de se resistir e de se não desistir de ter razão. Que quase todos tínhamos, mas que poucos a defendiam. O senhor cónego Melo foi, assim, um dos patriotas a quem a história vai ficar a dever que o descalabro se não tenha verificado.
É óbvio que não era inocente a circunstância deste homem ter tirado partido da feliz realidade de fazer parte da hierarquia da Igreja, pela simples razão de que é exactamente sob a protecção dessa mesma Igreja de Roma que todos nos colocamos quando nos atacam. E a defesa que sentimos vinda do sr. cónego Melo não foi senão, igualmente, o renovar e o reviver da convicção segundo a qual a tenebrosa ditadura comunista que se instalava em Portugal nos primeiros anos do PREC iria ter tempos difíceis. ‘Milagre’ que todos esperávamos, mas que poucos colaboraram para que ele acontecesse.
Dadas a coragem e a inteligência deste cavaleiro da Ordem do Santo Sepulcro e Deão da Sé Primacial de Braga, o combate ao comunismo instalado em Lisboa era por ele feito de forma eficiente e, sobretudo, onde lhes doía. Razão pela qual acabaram por se desenfrear os ataques sem qualquer limite tanto à instituição da Igreja como à pessoa do monsenhor. Mente-se, deturpa-se, altera-se, inventam-se as situações mais graves e insultuosas usando para isso as armas a que os comunismos e outras coribecas nos habituaram de há muito. Mas a serenidade daquela rocha portuguesa tudo tolera e absolve, não perdendo nunca de vista o sacerdote que nunca deixou de ser. É que, à semelhança de outro, ele tinha razão.
Faz falta, o senhor cónego Melo. Muita falta. E vai fazer ainda mais falta para combater não os velhos inimigos contra quem ele nos ensinou a lutar mas os novos. Aqueles que nos enfraquecem a única arma com que o cónego Melo os venceu em toda a linha: as convicções.

terça-feira, maio 20, 2008

Nova Lei do Divórcio: uma Petição, o casamento e os afectos

Decorre neste momento e "online" uma Petição contra a nova lei do Divórcio com a qual se pretende (uma vez reunidas as indispensáveis 4 mil assinaturas) fazer sentir no parlamento (com aquele número de subscritores a discussão em plenário é obrigatória) a justa indignação da sociedade portuguesa com uma lei que destrói o contrato de casamento e lançaria a parte mais fraca no momento do divórcio numa situação completamente desprotegida. Está em http://www.forumdafamilia.com/peticao/ e recomendo vivamente a assinatura.
Entretanto recebi este email que reproduzo:
O líder parlamentar do PS esclarecia o povo com este “sound-byte”: «o casamento deve assentar no afecto e não nos deveres». Brilhante. Já imagino o seguinte diálogo na intimidade familiar lusa: – Ó querida não vou levar os miúdos à escola porque descobri o meu afecto pela vizinha do r/c esquerdo. Para além de ingénua, a frase de Alberto Martins, é mais um sintoma da infantilização da nossa sociedade. É um absurdo pensar que o casamento e a família se baseiam apenas no afecto, esquecendo a responsabilidade. Reparem que isto nada tem de moralismo. Claro que o Estado não deve olhar pela fechadura das famílias portuguesas, nem compete à lei regular a sexualidade. Mas o casamento é uma coisa diferente. Precisa de protecção jurídica porque existem filhos e a estabilidade familiar é um importante capital social.
Estudos mostram os efeitos prejudiciais do divórcio sobretudo nos filhos: Why marriage matters: Twenty-one conclusions from social sciences. Nos últimos 25 anos o número de divórcios na Europa aumentou mais de 50%. O recente relatório Evolution of the Family in Europe (2007) refere que mais 21 milhões de crianças foram afectadas por 13,5 milhões de divórcios. Claro que as razões não são apenas legais, mas a lei e as políticas públicas devem promover a estabilidade do casamento sobretudo para proteger as crianças.
Excelente este artigo de opinião do Paulo Marcelo, para ler na íntegra aqui

quarta-feira, maio 14, 2008

Sócrates e fumar no avião

Claro que dá gosto apanhar em falta quem anda sempre a pregar um moralismo insuportável e uma ditadura higienista como a da ASAE mas folgo em saber que ainda resta um pingo de humanidade, fraqueza e limites, gosto pela vida e pelas coisas boas, na vida do nosso Primeiro ;-)
O que é absurdo é que não seja possível pelo menos no mundo ocidental eu ter a liberdade de, se o desejar, viajar de avião, debaixo de uma atmosfera "insuportável" de fumo, só porque um louco de um higienista se lembrou que ele não gostando, então mais ninguém podia fazê-lo...!
Depois, quando faltam as liberdades mais básicas, claro que tudo se transforma num "caso" e o absurdo impera! (veja-se o Processo de Kafka)
Resumindo e concluindo: que o nosso Primeiro tenha a coragem de dar a todos os portugueses a liberdade que justamente se deu e funcionem as leis do mercado: havendo fumadores que pretendam viajar em aviões em que lhes seja possível fumar, que isso seja permitido.

Carolina Michaelis (episódio do telemóvel): um juízo de Alice Vieira

Por email chegou-me este texto atribuído à escritora Alice Vieira. É um juízo justissimo sobre o acontecido no liceu do Porto no célebre episódio do telemóvel (que eu continuo sem perceber porque é que nenhuma escola tem a coragem de pura e simplesmente os proibir com uma expedita punição do desrespeito da regra que consistiria na respectiva destruição...:-).
O texto é este:

Desculpem se trago hoje à baila a história da professora agredida pela aluna, numa escola do Porto, um caso de que já toda a gente falou, mas estive longe da civilização por uns dias e, diante de tudo o que agora vi e ouvi (sim, também vi o vídeo), palavra que a única coisa que acho verdadeiramente espantosa é o espanto das pessoas.
Só quem não tem entrado numa escola nestes últimos anos, só quem não contacta com gente desta idade, só quem não anda nas ruas nem nos transportes públicos, só quem nunca viu os "Morangos com açúcar", só quem tem andado completamente cego (e surdo) de todo é que pode ter ficado surpreendido.
Se isto fosse o caso isolado de uma aluna que tivesse ultrapassado todos os limites e agredido uma professora pelo mais fútil dos motivos- bem estaríamos nós! Haveria um culpado, haveria um castigo, e o caso arrumava-se.
Mas casos destes existem pelas escolas do país inteiro. (Só mesmo a sr.ª ministra - que não entra numa escola sem avisar…- é que tem coragem de afirmar que não existe violência nas escolas…)Este caso só é mais importante do que outros porque apareceu em vídeo, e foi levado à televisão, e agora sim, agora sabemos finalmente que a violência existe!
O pior é que isto não tem apenas a ver com uma aluna, ou com uma professora, ou com uma escola, ou com um estrato social.
Isto tem a ver com qualquer coisa de muito mais profundo e muito mais assustador.
Isto tem a ver com a espécie de geração que estamos a criar.
Há anos que as nossas crianças não são educadas por pessoas. Há anos que as nossas crianças são educadas por ecrãs.
E o vidro não cria empatia. A empatia só se cria se, diante dos nossos olhos, tivermos outros olhos, se tivermos um rosto humano.
E por isso as nossas crianças crescem sem emoções, crescem frias por dentro, sem um olhar para os outros que as rodeiam.
Durante anos, foram criadas na ilusão de que tudo lhes era permitido.
Durante anos, foram criadas na ilusão de que a vida era uma longa avenida de prazer, sem regras, sem leis, e que nada, absolutamente nada, dava trabalho.
E durante anos os pais e os professores foram deixando que isto acontecesse. A aluna que agrediu esta professora (e onde estavam as auxiliares-não-sei-de-quê, que dantes se chamavam contínuas, que não deram por aquela barulheira e nem sequer se lembraram de abrir a porta da sala para ver o que se passava?) é a mesma que empurra um velho no autocarro, ou o insulta com palavrões de carroceiro (que me perdoem os carroceiros), ou espeta um gelado na cara de uma (outra) professora, e muitas outras coisas igualmente verdadeiras que se passam todos os dias.
A escola, hoje, serve para tudo menos para estudar.
A casa, hoje, serve para tudo menos para dar (as mínimas) noções de comportamento.
E eles vão continuando a viver, desumanizados, diante de um ecrã.
E nós deixamos.

domingo, maio 11, 2008

Fábula do País de Sócrates

Chegou-me no email, não sei quem é o autor...:
(soube hoje, 20 de Maio: é do Pedro Mota Soares, deputado do PP, e foi publicado a 18 de Março no jornal Meia Hora: o seu a seu dono!)
Um cônjuge para se divorciar, basta pedir; um empregador para despedir um trabalhador que o agrediu precisa de uma sentença judicial que demora 5 anos a sair.
Na escola um professor é agredido por um aluno. O professor nada pode fazer, porque a sua progressão na carreira a está dependente da nota que dá ao seu aluno.
Um jovem de 18 anos recebe €200 do Estado para não trabalhar; um idoso recebe de reforma €236 depois de toda uma vida do trabalho.
Um marido oferece um anel à sua mulher e tem de declarar a doação ao fisco. O mesmo fisco penhora indevidamente o salário de um trabalhador e demora 3 anos a corrigir o erro.
Uma adolescente de 16 anos pode fazer livremente um aborto mas não pode pôr um piercing.
O Estado que gasta 6 mil milhões de euros no novo Aeroporto da Ota recusa-se a baixar impostos porque não tem dinheiro.
Nas zonas mais problemáticas das áreas urbanas existe 1 polícia para cada 2.000 habitantes; o Governo diz que não precisa de mais polícias.
Numa empreitada pública, os trabalhadores são todos imigrantes ilegais, que recebem abaixo do salário mínimo e o Estado não fiscaliza.
Num café, o proprietário vê o seu estabelecimento ser encerrado só porque não tinha uma placa a dizer que é proibido fumar.
Um cão ataca uma criança e o Governo faz uma lei.
Um professor é sovado por um aluno e o Governo diz que a culpa á das causas sociais.
O IVA de um preservativo é 5%. O IVA de uma cadeirinha de automóvel, obrigatória para quem tem filhos até aos 12 anos, é 21%.
Numa entrevista à televisão, o Primeiro-Ministro define a Política como "A Arte de aprender a viver com a decepção". Estaremos, como Portugueses, condenados a aprender a viver com este Primeiro-Ministro?

Sobre a condenação do Futebol Clube do Porto

Hoje no Público diz António Barreto: "Não é admissível que um clube do Norte provinciano exerça uma harmonia quase sem falhas. O Porto haveria de pagar.". Claro como água!
Já repararam que em relação aos jogos, árbitros e outros, em causa em todos os órgãos de comunicação final se refere que não ficou provado que das "diligências" feitas em relação aos mesmos jogos tenha resultado qualquer favorecimento do clube...!? Isto é: mesmo aquela justiça parcial, olhando para os jogos em concreto, a única coisa que concluiu foi: o resultado foi justo. Conclusão: quanto muito andaram (quem andou e se andou) a esforçar-se em vão...! :-)

terça-feira, maio 06, 2008

Igreja e Democracia

Um amigo enviou-me este apontamento que me parece justissimo: corram com a Igreja da vida pública e vejam o que acontecerá à democracia...:

I am not an optimist about the future of democracy in Portugal. Democracy, probably much more than any other political regime, needs religion as a political institution actively involved in public life (see post below). However, what democracy has always done in Portugal was to kick out religion (I mean, the Catholic Church) out of the public arena. It is doing it again. It is a very bad sign, if not a terminal one.
Publicada por Pedro Arroja
Fonte: http://portugalcontemporaneo.blogspot.com/2008/05/kick-out.html

sexta-feira, maio 02, 2008

Fernanda Câncio e o horror na Áustria

O artigo de hoje de Fernanda Câncio sobre aquele caso horroroso da Áustria além de bem escrito na descrição e psicologia do caso termina, depois de uma constatação (tudo aquilo é demasiado "humano"), mesmo que ela não se dê conta, numa pergunta: porque é isto assim? Não há quem nos salve disto?
Ora, há respostas a estas perguntas:
- chama-se pecado original essa ferida na nossa humanidade que torna possível não sermos potencialmente muito diferentes daquele homem e
- quem nos salva disso (no sentido de que Nele é vencido esse pecado original pela Sua entrega na Cruz e pela Sua Misericórdia) é Cristo.
Mas estas respostas e o lugar onde elas moram são manifestamente uma objecção para esta nossa jornalista...a curiosidade fica assim em saber onde e quando a poderá levar se, como parece, continuar com a pergunta desperta...?