segunda-feira, janeiro 26, 2009

Obama no seu pior

Começou...
Bem me parecia que iamos ter muitas saudades de Bush...!

In Público - alertas - 23. 01. 2009

Obama levanta restrições de financiamento a organizações que pratiquem abortos

O Presidente norte-americano Barack Obama irá hoje, no dia em que se comemora o 36º aniversário da legalização do aborto nos Estados Unidos, levantar as restrições ao financiamento governamental de organizações que forneçam serviços de aborto, revertendo assim a política anterior do ex-Presidente republicano George W. Bush, indicou um membro do governo americano.

"Será hoje. Ele assinará uma ordem de execução", anunciou a mesma fonte, avança a Reuters.

A decisão do Presidente democrata é uma vitória para os defensores do aborto, que nos últimos anos se tornou um assunto que incomodava a Administração conservadora de Bush, que decretou a interdição dos donativos governamentais a organizações que se dedicassem à prática ou a agências americanas que fornecessem aconselhamento sobre o aborto, ainda que em países estrangeiros.

Esta interdição era tão restritiva que proibia a entrega de donativos a essas organizações e agências mesmo que o dinheiro proviesse de fontes não-governamentais.

Esta lei dava pelo nome de Política do Novo México, porque foi instituída numa conferência das Nações Unidas que ocorreu aí, em 1984, pela mão do ex-Presidente republicano Ronald Reagan.

Os seus críticos apelidaram-na, desde logo, de "lei da mordaça", uma vez que ela cortou igualmente os fundos de todos aqueles que defendiam e faziam campanha pró-aborto, pelo que lhes impunha o silêncio, limitando-lhes a liberdade de expressão.

Esta lei foi, porém, anulada pelo ex-Presidente Bill Clinton quando este chegou ao poder, em Janeiro de 1993, e retomada pelo seu sucessor, George W. Bush em Janeiro de 2001, para agora voltar a ser anulada por Barack Obama.

George W. Bush disse na altura que não queria usar o dinheiro dos contribuintes para pagar abortos ou "lobbies" que defendesse essa prática. Os mesmos activistas anti-aborto que nessa altura concordaram com Bush, voltam agora a afirmar que numa altura em que as pessoas acordam todos os dias a ver "uma agudização da crise financeira, é um insulto para o povo americano este 'salvamento' da indústria do aborto", indicou Charmaine Yoest, presidente da organização Americans United for Life.

Os movimentos pró-aborto argumentam, por seu lado, que as restrições à prática resultaram em cortes dramáticos no sector do planeamento familiar e dos cuidados básicos de saúde. Muitas mulheres ficaram privadas de contracepção gratuita, o que em muitas circunstâncias levou a abortos clandestinos e mortes, nos EUA e sobretudo no estrangeiro, na esfera de acção destas organizações americanas que assistem novamente a uma ajuda por parte da Presidência americana.

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