quinta-feira, novembro 24, 2011

Greve Geral: quatro apontamentos

De acordo com a boa teoria das greves gerais, esta ou é insurreccional ou não é nada (Georges Sorel dixit)...assim esta é mais uma a somar à série de greves gerais que maxime permite ao Governo saber qual a real dimensão da sua oposição na função pública e o berbicaixo que são hoje em dia as suas empresas de transportes (quando pela simples mudança geracional ou pela privatização, desaparecer o dominio comunista sobre as mesmas, acabam as greves gerais...).
Tenho de trabalhar e por isso estou indisponivel para o realizar mas fica-me a pena de não haver uma meia dúzia de maduros que produzindo umas faixas a dizer "a festa acabou!" se coloquem em frente a alguns pontos fortes da greve ;-) Na verdade que pensa esta gente (alguma boa, tenho privado na AML com uma dirigente da CGTP, da sua ala católica...) que muda com isto?
Do tratamento que os media derem aos três episódios de vandalismo de hoje (junto de repartições de finanças) depende o futuro desse tipo de acções. Ignorando-os ou reduzindo-os ás suas proporções (são fruto de um grupo de irresponsáveis nostálgicos do Black Bloc e da "luta armada" da extrema-esquerda dos anos setenta) a coisa morre...se embarcarem (os media) na excitação então a mensagem que passarão é: "vale a pena, porque nos dá o que queremos: publicidade". Atenção, pois.
Nota final: tivessem estes actos como protagonistas outros grupos da nossa sociedade (extrema-direita por exemplo) era o "aqui d'el rei". Não o tendo sido (supondo-o) vão ser classificados como "expressão do mal-estar na sociedade portuguesa com a austeridade imposta pela Troika". Vão ver...

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