Saíram os números de 2013 do aborto legal e como é hábito também o relatório de 2012 revisto (em alta como acontece todos os anos, já que quando sai o primeiro relatório nem todos os episódios estão registados) em dois relatórios da autoria do respectivo departamento da Direcção Geral de Saúde (onde pontificam só pessoas que nos referendos se manifestaram militantemente a favor do Sim...). Os relatórios estão aqui.
A Federação Portuguesa pela Vida já editou um Sumário que em horas estará aqui.
Umas
primeiras breves notas sobre os números apresentados:
1. Em números absolutos em
2012 houve 18.615 abortos a pedido da mãe (modalidade introduzida pelo
referendo de 2007) e em 2013 (números provisórios) houve 17.414, isto é, menos
1.201 abortos, menos 6,45% que no ano anterior
2. Em 2012 houve cerca de
89.841 nascimentos e em 2013 estes foram 82.787, isto é, menos 7.054, menos
8% (fonte: http://www.pordata.pt/Portugal/Nados+vivos+de+maes+residentes+em+Portugal+total+e+fora+do+casamento-14)
3. A incidência do aborto
legal
(abortos/nascimentos) aumentou de 21,3% (em 2012), para 21,7% (em 2013,
números provisórios)
4. Em termos práticos isto
significa que praticamente uma em cada cinco gravidezes termina em aborto.
5. A reincidência do
aborto
(isto é, quem abortou no ano, já o tinha feito no próprio ano e/ou em anos
anteriores) aumentou de 26% para 27,8% (números provisórios de 2013).
Isto é, aproxima-mo-nos de uma fasquia de um em cada três abortos, ser uma
repetição (=utilização do aborto como método contraceptivo)
6. O aborto continua
gratuito (não paga taxa moderadora), dá direito a uma licença de 15 a 30 dias,
paga a 100%, e as grávidas dos Açores que vem abortar a Lisboa tem direito a
deslocações todas pagas para si e um acompanhante.
Mas sobretudo impressiona ver o que sai nas notícias e como para a Direcção Geral de Saúde (que em princípio com a missão de preservar a saúde pública, devia almejar zero abortos) está sempre tudo bem...
Ou se não vejam a Renascença, o Público, o i e o Diário de Notícias.
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