quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Casamento de Lésbicas: um artigo do Padre Serras Pereira sobre a desorientação homossexual

"Casamento" de Lésbicas: P. Serras Pereira Avisou à 2 Anos - Desorientação Sexo-Constitucional

Nuno Serras Pereira
11. 05. 2004

Os deputados na Assembleia da República introduziram a expressão orientação sexual na Constituição com o pretexto de lutar contra a discriminação e pela igualdade. Como já tinha acontecido a 3 de Março uma porção de deputados do PSD elaborou uma declaração de voto para explicar que não tinham votado o que tinham votado. Estes senhores acham que podem votar favoravelmente tudo desde que depois declarem o seu desacordo com aquilo que aprovaram…

Qual o conteúdo e o significado do termo orientação sexual? Quem o define? Quando o Tribunal Constitucional tiver que se pronunciar sobre o acordo ou desacordo de alguma lei ou disposição com este termo que conceito tem dele? Objectivamente que quer dizer? Tem a maleabilidade que se lhe queira dar, uma plasticidade “infinita”? Ou tem um significado preciso e rigoroso?

Se se recorre a uma antropologia concorde com a natureza da pessoa humana este termo só poderá significar a reciprocidade assimétrica do varão e da mulher. Se pelo contrário, como claramente – ou ignorantemente, pois alguns terão sido armadilhados - foi a intenção do legislador, a hermenêutica é feita a partir da ideologia do género então o termo é sinónimo de perversidade polimorfa (esta expressão é usada pelas feministas do género). Segundo esta alucinação a atracção pelo sexo oposto não é naturalmente fundada, mas socialmente condicionada. Acresce que existem diversas formas de sexualidade ¾ incluindo homossexuais, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis ¾ equivalentes à heterossexualidade. Embora em público procurem ser mais recatados, muitos vão mais longe reivindicando o fetichismo, a frottage, o voyeurismo, a pedofilia, a bestialidade, o masoquismo e o sadismo sexuais. Importa, pois, desconstruir, demolir os “papéis socialmente construídos”, dar cabo da família, a que chamam tradicional, reivindicando o “casamento” entre pessoas do mesmo sexo, o intergeracional – adultos e crianças (e mesmo o inter-espécies – pessoas e animais), o “direito” a gerarem filhos através da técnica, recorrendo à doação ou à compra dos gâmetas que lhes faltam, exigindo a adopção de crianças – procurando assim subtrai-las à “horrível opressão heterossexual socialmente construída”.

Não me resta qualquer dúvida que a introdução deste “conceito” na Constituição é muito grave e mereceria da parte da sociedade civil e da Igreja uma forte tomada de posição e uma determinação firme e perseverante em rever e modificar o que lá foi posto. Se não as consequências serão muitíssimo gravosas não só para a sociedade, mas para a própria Igreja pondo mesmo em questão a liberdade religiosa. Não será difícil de prever que homilias de sacerdotes versando a doutrina da Igreja sobres estas matérias sejam interrompidas por grupos organizados (já acontece nalguns países no que diz respeito à homossexualidade) acusando-as de inconstitucionais, ou que os padres sejam levados a tribunal por crime de homofobia, que se exija a eliminação de todas as passagens, na Sagrada Escritura, relativas à condenação da homossexualidade e outras perversões, e se criminalize a sua leitura, não depurada, pública ou privada. Procurarão criminalizar toda a terapia, capaz de tratar aqueles que o desejassem, como se esta constituísse um atentado à sua identidade. Os escuteiros e outras organizações juvenis serão obrigados a aceitar homossexuais activos (ou outras pessoas com parafilias activas), não só como membros mas também como chefes, os colégios forçados a contratar professores, os infantários educadores, os proprietários a alugar apartamentos a quem vive clara e publicamente em oposição às suas crenças. Não se aceitará nenhuma justa discriminação. Instaurar-se-á uma censura severa na comunicação social que terá os maiores cuidados em não “ofender” nem “discriminar” e que por isso não aceitará articulista ou comentador que discorde da alucinação colectiva.

Quem conhece os textos e as movimentações desta gente não ficará espantado com o que aqui deixo escrito, mas constatará que ainda digo pouco. No entanto, porque o espaço é breve e porque as coisas ditas de uma vez parecerem demasia, movendo à incredulidade, ficarei por aqui.

Queria tão só chamar atenção para o seguinte: existe uma só orientação sexual e tudo o demais é desorientação, isto é, patologias, mazelas. As pessoas que delas padecem merecem-nos toda a consideração e estima enquanto pessoas e, porque enfermas, uma maior atenção e cuidado - toda a discriminação injusta não pode, de modo nenhum, ser admitida. Mas toda esta dedicação não é para lhes piorar a condição, mas sim para as auxiliar a superá-la. Se recusam o tratamento ninguém os obrigará, mas não podem exigir que o Estado patrocine as suas pioras e coopere com o contágio ou seja indiferente às repercussões públicas do seu “estilo” de vida, à incidência negativa no bem comum. Sabendo-se como se sabe os perigos para a saúde física e psíquica que advêm desses comportamentos o Estado não tem que os reconhecer como tais, mas deve desencorajá-los e proporcionar meios de tratamento adequados para aqueles que queiram recorrer às terapias reconhecidamente eficazes. Isto que aqui fica dito é pedido por ex-homossexuais, agora curados. Conhecendo o inferno porque passaram querem proporcionar a outros a possibilidade de o evitarem

1 comentário:

Anónimo disse...

e o autor deste blog não foi um dos que assinou o papel a dizer que afinal não tinha votado o que tinha votado?