Há coisas pequenas que às vezes mudam a vida. Na minha, algumas são frases, outras imagens ou ainda pessoas (ou momentos destas). Uma dessas coisas foi para mim ler um episódio da vida de D. Luigi Giussani, em que este contava que se dera pela primeira vez conta de que da sua presença no liceu onde dava aulas de religião e moral (o Liceu Berchet em Milão) originara um povo (pessoas que o seguiam e que mais tarde numa realidade que se chamaria primeiro Gioventu Studantesca e depois Comunhão e Libertação) fora quando, numa RGA (Região Geral de Alunos para aqueles que lêem isto e no 25 de Abril ainda não tinham nascido...;-) da escola, havia um que se levantou e começou o seu discurso dizendo: "Nós, os católicos"...
Este pequeno episódio foi decisivo para mim (ler que tinha acontecido) e desde então é isto que procuro na política: ajudar a construir uma presença católica. Por isso foi um gosto ler este artigo do Paulo Rocha (director da Agência Ecclesia) que embora de âmbito mais vasto também reflecte o mesmo tipo de atitude, posicionamento e, porque não dizê-lo, "orgulho" (ou como dizia Giussani "galhardia"). Leiam-no pois, vendo no fim o vídeo a que ele se refere:
Nós somos católicos
Tantos “dias de” onde é possível – e preciso - reclamar a afirmação “Nós somos católicos” e exigir a presença, a participação, o compromisso!
A mobilização virtual em torno de um slogan foi imediata: um vídeo espalhado pelas redes sociais, partilhado repetidamente e recomendado entre amigos fez de uma certeza – “Nós somos católicos” – uma sintonia global entre os que concretizam a experiência do cristianismo numa família, a da Igreja Católica.
A afirmação é traduzida por muitas imagens, pela poesia, pela evocação do empreendedorismo de pessoas e organizações, a inovação humanizante em cada época na saúde, na educação, na assistência. Tudo à escala global e a cada passo comprovada pelas referências constantes, em ruas e cidades, a figuras maiores desta família.
Em dois minutos, o filme percorre mais de 2000 mil anos de História, evoca grandes feitos e criações e provoca convergências espontâneas entre povos de qualquer canto do mundo para uma certeza: todos estamos unidos a uma Pessoa, Jesus Cristo.
Diante de qualquer caos, é essa convicção que permite a permanência: a da Igreja e a de muitos nessa família. Existe entre todos um denominador comum que permite somar ou subtrair, acrescentar ou tirar, mas nunca dividir.
A memória deste vídeo, que qualquer motor de pesquisa traz ao ecrã, acontece no contexto de iniciativas que, em todos os tempos e com particular incidência nestes dias, ocorre no nosso “jardim à beira mar plantado” e que reclamam, dos que pertencem a esta grande família, a afirmação clara e convicta de que “Nós somos católicos”.
Abundam as oportunidades para o fazer, nas dioceses que se reorganizam ou nos projetos que inovam. Basta seguir as propostas que fazem convergir núcleos desta família para um “Dia da Diocese”, “Dia da Juventude”, “Dia da Família”, “Dia das Comunicações Sociais”… Tantos “dias de” onde é possível – e preciso - reclamar a afirmação “Nós somos católicos” e exigir a presença, a participação, o compromisso!
Não menor é o desafio que recai sobre os promotores de qualquer convocatória. Num contexto social cruzado de eventos e convites é urgente a reformulação de propostas e a qualificação de todos os projetos, mesmo os que acontecem em família.
Só dessa forma será possível dizer não apenas “Nós somos católicos”, mas acrescentar com confiança e a todas as pessoas “Bem-vindo à tua casa!”
Paulo Rocha
Editorial - Agência Ecclesia - 2012-05-29 - 11:19:16 - 2228 Caracteres
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O filme é este:
Foi o diário da acção política de um deputado do PSD, eleito por Braga, e agora é-o de um cidadão que desejando contribuir activamente para a organização do bem comum, procura invadir esse âmbito (da política) com aquele gosto de vida nova que caracteriza a experiência cristã. O título "POR CAUSA DELE" faz referência ao manifesto com o mesmo título, de Comunhão e Libertação, publicado em Janeiro de 2003 (e incluído no Blog).
terça-feira, maio 29, 2012
Nós (som)os católicos
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