Foi o diário da acção política de um deputado do PSD, eleito por Braga, e agora é-o de um cidadão que desejando contribuir activamente para a organização do bem comum, procura invadir esse âmbito (da política) com aquele gosto de vida nova que caracteriza a experiência cristã. O título "POR CAUSA DELE" faz referência ao manifesto com o mesmo título, de Comunhão e Libertação, publicado em Janeiro de 2003 (e incluído no Blog).
sexta-feira, novembro 16, 2012
Greve Geral: desordem pública e carga policial
Já uma vez escrevi aqui sobre isto: as desordens públicas e as cargas policiais e a falta de pachorra que há para o chorrilho de queixinhas por amotinados que costuma acontecer nos dias seguintes a este tipo de acontecimentos. Geralmente com a cobertura de quarentões e cinquentões esquerdistas mal resolvidos com o PREC que rapidamente se solidarizam contra as autoridades.
Para mim a questão é simples: um revolucionário, um amotinado, quer subverter a ordem pública e derrubar o estado burguês. Com esse objectivo e desejo da excitação associada provoca desordens como estas a que assistimos no dia da Greve Geral. Como é lógico sobre esse movimento cai no imediato a repressão das autoridades. É esta a lógica das coisas e está certo que assim seja. Os revolucionários (anarquistas, simples desordeiros, excitados em geral, categorias simultâneas ou não) tentam fazer a revolução. As autoridades policiais defendem a ordem (legitimada e sufragada pelas escolhas de todos nas eleições: dos que votam e dos que se abstêm o que é uma escolha também) e para isso dão pancada nos revolucionários. Vir depois (uma parte do conflito) queixar-se que a outra é má, é que não me faz qualquer sentido.
Notas: a polícia teve naquele dia em frente à Assembleia da República uma paciência digna de um santo. Ter aguentado ser insultada e agredida durante uma hora inteira antes de carregar é não só heróico como demonstrativo do seu alto profissionalismo. Além disso é preciso não esquecer que era chegado o momento de "explicar" que não podem os manifestantes fazer tudo o que entendem (derrubar grades, atirar petardos e outros objectos para o interior das linhas policiais, desobedecer às indicações das autoridades) sem que exista qualquer consequência...
Quanto aos revolucionários: eu percebo que é dificil ir directamente contra uma força policial e tentar furar as suas barreiras e em virtude da sua resistência bater-se com estes (uma inovação do final dos anos 70 e 80 com os Autónomos em França e na Itália). Embora seja possível: creio ter visto mais do que uma vez confrontos em países asiáticos em que a multidão se cola à barreira policial e fica ali num jogo de empurra que às vezes quebra o alinhamento da força de ordem.
Percebo também que é mais fácil atirar pedras à distância e partir e incendiar coisas pelas ruas. Mas objectivamente é uma selvajaria que sobretudo afecta cidadãos normalíssimos e comuns, nos seus bens que muito lhes custou a ganhar, e que no dia seguinte encontraram as suas propriedades danificadas, os seus carros partidos, bens públicos destruídos. No fundo, os pais e os avós, de muitos dos jovens que ali se encontravam...
Finalmente: o que aconteceu envolveu umas centenas de manifestantes que não representam mais do que os seus próprios movimentos. A desordem não foi representativa nem da Greve Geral nem da oposição ao Governo e suas políticas (a manifestação de 15 de Setembro, essa sim, foi). Ou seja: aquele final de manifestação não é um caso de política, mas apenas um caso de polícia. Não desfazendo, claro, como num conhecido filme português e numa expressão frequente na linguagem popular...;-)
Etiquetas:
amotinados,
anarquistas,
Autonomia,
carga policial,
desordem,
Greve Geral,
motim,
ordem pública,
polícia,
PREC,
PSP,
revolucionários
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário