Censos: somos mais, mais velhos e vivemos nas cidades
Filipe Caetano
São os resultados definitivos dos Censos
2011, divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística. A
população residente em Portugal em março de 2011 era de 10.562.178 pessoas, mais
2% em relação a 2001. O crescimento deveu-se sobretudo aos imigrantes, dado que
em 2011 havia mais 206.061 pessoas, 188.652 das quais imigrantes. As 17.409
pessoas restantes são resultado do saldo natural entre nascimentos e mortes.
Há cada vez mais mulheres (52% contra 51,7% dez anos antes) e menos pessoas a viver no interior. O Algarve foi a região do país em que a população mais cresceu (14,1%), seguindo-se da região autónoma da Madeira (9%), Lisboa (6%) e da região autónoma dos Açores (2%).
50% da população está concentrada em apenas 33 dos 308 municípios, maioritariamente na região da grande Lisboa, grande Porto e Algarve. Lisboa é o mais populosa, com quase 550 mil habitantes, mas perdeu população em relação a 2001 (3%, cerca de 17 mil pessoas). Seguem-se Sintra (377.835 residentes), Vila Nova de Gaia (302.295), Porto (237.591) e Cascais (206.479).
Instituto Nacional de Estatística divulga dados referentes a 2011. Um retrato do país O Porto perdeu quase 10% de residentes e Cascais foi dos que registou um dos maiores crescimentos absolutos, com um aumento de 35.796 habitantes numa década.
O município que ganhou mais população foi Santa Cruz, na Madeira, com 44,7%, seguindo-se de Mafra, com 41,1%. No lado oposto, dos que perderam mais população, estão Alcoutim (-22,6%) e Mourão (-17,6%).
Mais velhos
Os portugueses também estão cada vez mais velhos. 20% da população residente em Portugal é idosa. São mais de dois milhões de pessoas com 65 anos ou mais a viver no país, e, muitas delas, sozinhas. Por outro lado, há um decréscimo para os 15% da população jovem, sendo que, numa década, se perdeu população em todos os grupos etários até aos 29 anos.
Entre 2001 e 2011 a percentagem de idosos com 65 ou mais anos subiu de 16% para 19%, mas para o grupo populacional dos idosos com 70 ou mais anos o crescimento foi ainda mais acentuado, com um aumento de cerca de 26%.
Segundo os dados do INE, 21% de pessoas vivem sozinhas, na maioria delas idosas, e geralmente no interior do país.
Alentejo, Centro e Algarve são as regiões mais envelhecidas do país, e as regiões autónomas da Madeira e Açores são as únicas que apresentam uma idade média da população inferior a 40 anos de idade, sendo também as únicas que apresentam mais jovens do que idosos.
Brasileiros são a maior população imigrante
À data da realiação dos Censos 2011, residiam em Portugal cerca de 395 mil pessoas de nacionalidade estrangeira, o que representava cerca de 3,7% da população. Na última década a população estrangeira cresceu 70%. A maior comunidade estrangeira era a brasileira, com 110 mil pessoas, seguindo-se da cabo-verdiana, da ucraniana e da angolana. Registo parao grande aumento de romenos e chineses.
A Região de Lisboa concentra mais de metade dos estrangeiros residentes em Portugal (51,6%), seguindo-se as regiões Centro (13,9%)e Algarve (13,2%). Aliás, nesta última região os estrangeiros representam 12% da população total.
Mais professores e administrativos
Na última década, o pais registou progressos a nível de ensino, sendo que a população com 23 ou mais anos com ensino superior passou de 9% para 15%, tendo o número de diplomados quase duplicado. A taxa de analfabetismo recuou de 9% para 5,2%.
Mais de 50% dos diplomados concentravam-se em quatro grandes áreas de estudo: comércio e administração, formação de professores, saúde e ciências sociais. As áreas de letras, ciências religiosas, direito e agricultura perderam relevância.
Também segundo os dados do INE, a maioria dos portugueses estava fora do mercado de trabalho em 2011.
Há cada vez mais mulheres (52% contra 51,7% dez anos antes) e menos pessoas a viver no interior. O Algarve foi a região do país em que a população mais cresceu (14,1%), seguindo-se da região autónoma da Madeira (9%), Lisboa (6%) e da região autónoma dos Açores (2%).
50% da população está concentrada em apenas 33 dos 308 municípios, maioritariamente na região da grande Lisboa, grande Porto e Algarve. Lisboa é o mais populosa, com quase 550 mil habitantes, mas perdeu população em relação a 2001 (3%, cerca de 17 mil pessoas). Seguem-se Sintra (377.835 residentes), Vila Nova de Gaia (302.295), Porto (237.591) e Cascais (206.479).
Instituto Nacional de Estatística divulga dados referentes a 2011. Um retrato do país O Porto perdeu quase 10% de residentes e Cascais foi dos que registou um dos maiores crescimentos absolutos, com um aumento de 35.796 habitantes numa década.
O município que ganhou mais população foi Santa Cruz, na Madeira, com 44,7%, seguindo-se de Mafra, com 41,1%. No lado oposto, dos que perderam mais população, estão Alcoutim (-22,6%) e Mourão (-17,6%).
Mais velhos
Os portugueses também estão cada vez mais velhos. 20% da população residente em Portugal é idosa. São mais de dois milhões de pessoas com 65 anos ou mais a viver no país, e, muitas delas, sozinhas. Por outro lado, há um decréscimo para os 15% da população jovem, sendo que, numa década, se perdeu população em todos os grupos etários até aos 29 anos.
Entre 2001 e 2011 a percentagem de idosos com 65 ou mais anos subiu de 16% para 19%, mas para o grupo populacional dos idosos com 70 ou mais anos o crescimento foi ainda mais acentuado, com um aumento de cerca de 26%.
Segundo os dados do INE, 21% de pessoas vivem sozinhas, na maioria delas idosas, e geralmente no interior do país.
Alentejo, Centro e Algarve são as regiões mais envelhecidas do país, e as regiões autónomas da Madeira e Açores são as únicas que apresentam uma idade média da população inferior a 40 anos de idade, sendo também as únicas que apresentam mais jovens do que idosos.
Brasileiros são a maior população imigrante
À data da realiação dos Censos 2011, residiam em Portugal cerca de 395 mil pessoas de nacionalidade estrangeira, o que representava cerca de 3,7% da população. Na última década a população estrangeira cresceu 70%. A maior comunidade estrangeira era a brasileira, com 110 mil pessoas, seguindo-se da cabo-verdiana, da ucraniana e da angolana. Registo parao grande aumento de romenos e chineses.
A Região de Lisboa concentra mais de metade dos estrangeiros residentes em Portugal (51,6%), seguindo-se as regiões Centro (13,9%)e Algarve (13,2%). Aliás, nesta última região os estrangeiros representam 12% da população total.
Mais professores e administrativos
Na última década, o pais registou progressos a nível de ensino, sendo que a população com 23 ou mais anos com ensino superior passou de 9% para 15%, tendo o número de diplomados quase duplicado. A taxa de analfabetismo recuou de 9% para 5,2%.
Mais de 50% dos diplomados concentravam-se em quatro grandes áreas de estudo: comércio e administração, formação de professores, saúde e ciências sociais. As áreas de letras, ciências religiosas, direito e agricultura perderam relevância.
Também segundo os dados do INE, a maioria dos portugueses estava fora do mercado de trabalho em 2011.
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