segunda-feira, dezembro 31, 2012

Casa da Música: sim, mas...




Sim, é verdade que os cortes, não sei como, acabam sempre por atingir mais o Norte do que Lisboa e Vale do Tejo, e que à Casa da Música terão sido feitas promessas que agora são traídas, o que não fica bem a ninguém...e deixa sempre qualquer um comovido a mobilização civica que se desencadeou em torno da instituição, mas...

Não há "guito"...e por isso o desafio que apresenta o anunciado corte de 30% nos fundos do Estado, não está em chorar e protestar, mas em descobrir como multiplicar os fundos que restam, ter uma programação atraente e mobilizadora de públicos e receitas. O resto não leva a lado nenhum...era bom ter dinheiro para alimentar grandes projectos culturais e realizações artisticas? Era...mas a verdade é que o país factura pouco (o PIB é pequenino) e por isso não dá para luxos...quanto mais depressa o aprendermos todos, mais felizes seremos e mais contentes estaremos com o que tivermos e pudermos pagar. Isso é redutor e faz-nos ainda mais pequeninos? Não. É pelo contrário a possibilidade de descobrirmos em nós as energias e inteligência as formas de com menos fazermos mais. É também por isso que a crise é uma oportunidade de mudança.


Sem comentários: