sexta-feira, dezembro 07, 2012

Medina Carreira



As declarações seguras de Medina Carreira à TSF são por si próprias suficientes para que não seja necessário alongar-me sobre os detalhes do caso (de que não conheço senão o que vem na comunicação social).

Ficam, isso sim, as perguntas:

1. Como ou porque foram conhecidas da comunicação social as buscas efectuadas ao seu escritório e casa? Para quê?
2. Qual a impressão que ficará duradoura sobre este "caso"? A que resultar no momento em que sejam conhecidos os resultados da investigação à sua pessoa, ou chegar ao fim o processo Monte Branco, ou a que gera na esmagadora maioria das pessoas os títulos da imprensa de hoje...? Quem paga o prejuízo?
3. Seja na operação Furacão ou no Monte Branco (de que não conheço senão o que li na comunicação social) há duas situações distintas: a de pessoas e empresas que ocultaram rendimentos ao Fisco (é ilegal) e a das pessoas e empresas que usaram inteligentemente o sistema legal português e internacional para pagar o menor montante possível de impostos (é legal, pode não ser moral, pode não parecer bem, pode colidir com o que essas pessoas e empresas dizem ser as suas convicções, mas é legal). Não há maneira de se distinguir isso?

Nota: parece que passo o tempo a defender pessoas que estão debaixo de fogo da comunicação social ou até da justiça, mas como Advogado irritam-me os julgamentos em praça pública, a confusão de conceitos e que venha para a rua o que deve ser reservado às salas de Tribunal...mas também deve ser por isso que, referindo-se ao meu empenho nos movimentos civicos a favor da Vida e da Família, uma das minhas filhas me perguntava "Oh pai, porque é que cá em casa somos sempre do Não?"...lol!

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