quarta-feira, março 27, 2013

Deixem que os bancos sofram e poupem os contribuintes!




Foi com profunda alegria que hoje no Público em artigos dedicados à crise no Chipre, encontrei esta pérola:

"Na terça-feira, o primeiro-ministro da Finlândia, Jyrki Katainen, defendeu que “os proprietários e os investidores têm de sofrer perdas em caso de falência de um banco”. "

Até que enfim! De facto ao contrário do que se tem vindo a dizer a crise geral, fundada na crise financeira, não é uma consequência do capitalismo, mas precisamente da falta do mesmo. Na verdade quando se impede, por pânico injustificado ou interesses mal disfarçados, a falência de bancos, está-se a ir contra uma das regras básicas do capitalismo: que cada empresa é livre de usufruir todos os lucros que consiga gerar, mas totalmente responsável por todas as perdas que venha a suportar. E isso é extensivo aos depositantes que devem assumir as responsabilidades das suas escolhas livres.

Que finalmente na União Europeia haja (é o que se conclui da leitura desses diversos artigos) um clima favorável a que não sejam os contribuintes, mas sim, os accionistas, investidores e depositantes, a pagar os prejuízos, é do que mais saudável há e moral também (porque no fundo, repare-se os bancos apoiados até agora, nem por isso melhoraram a sua prestação de crédito à economia, e antes pelo contrário, reduzem-na, para restituir-se a um balanço saudável...).

Vá lá, sirva para alguma coisa a União Europeia...! Porque farto de liberais estatistas, estou eu.

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