Fui ver ontem este filme extraordinário de Woody Allen (dizia a minha mulher que o melhor dele de sempre...?) com uma interpretação fora de série da Cate Blanchett que, se dependesse de mim, recebia já antecipadamente o competente Óscar.
A história que é contada faz referência ao caso real de Bernard Madoff, a quem já fiz referência neste blog, responsável pelo maior Ponzi scheme da história dos Estados Unidos, uma dramática consequência da pirataria financeira, da ganância dos ricos da América, da sempre repetida e incompreensível falha da regulação dos mercados financeiros e da respectiva fiscalização e também do deslumbramento do mundo dos multimilionários (alguns dos quais ficaram sem nada em consequência desta fraude!). Um caso impressionante sobre o qual tenho lido muito o que também ajuda a compreender o meu entusiasmo pelo filme.
A personagem de Cate Blanchett retoma assim a figura real de Ruth Madoff e o que mais toca é o que acontece, significa, provoca, descer dos mais altos patamares da high-society americana, para uma situação de perseguida pelos media, pela opinião pública, pelos prejudicados pela fraude e o contraste entre o mundo dos ricos e o meio de onde se provinha na origem. Para não falar da destruição familiar que um caso como estes traz consigo. Mas ao mesmo tempo é isso que torna o personagem fascinante. Recomendo vivamente!
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