terça-feira, setembro 24, 2013

O Ministro Crato e o inglês obrigatório ou não



Confesso que estou um pouco baralhado com a questão do inglês obrigatório onde ao que parece, lendo os jornais, o Governo anda para a trás e para a frente...mas uma coisa é clara: o drama de que o inglês seja ou não obrigatório, por imperativo do Ministério da Educação, demonstra, em acto, qual o problema de não existir liberdade de escolha na educação.

Na verdade, se os pais pudessem optar livremente pela escola dos seus filhos (como a Constituição obriga, não me cansarei de o lembrar) e as escolas tivessem autonomia para definir e propor os seus projectos educativos, a questão do inglês (de os alunos o aprenderem) era muito simples: aquelas famílias para quem isso seja fundamental (número do qual não me excluo) podiaminscrever os seus filhos em escolas que o oferecessem, iniciar escolas onde este existisse, e as mesmas oferecê-lo livremente.

Ao contrário, na situação presente, só há uma forma de os pais que o pretendem, o obterem. Ou seja exigirem que uma autoridade central, nas escolas que lhe pertencem (80% do sistema) o imponha autoritariamente sem consideração pelas possibilidades reais das escolas, ou dos pais que o dispensariam (por as suas prioridades, legitimamente, serem outras). E daí as discussões políticas, os embaraços do Ministro da Educação, os "confrontos" civis no assunto, o desnorte dos professores desta disciplina...está claro, o conceito?


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