sexta-feira, março 25, 2005

Um parlamento a brincar (a AR e Pedro Lomba)

Diz Pedro Lomba, sob o título acima, na sua página Geração de 70, no Diário de Notícias de hoje: "Debate sobre o programa de Governo. Há quem apareça de manhã e se escape à tarde. No PSD, muitas bancadas vazias; no PS também. Os deputados entram e saem, mudam de lugar, conversam ao telefone. Ouve-se um burburinho constante que não é diferente de um café. Alguém discursa. Ninguém ouve. No Parlamento fala-se, mas não se ouve. Há, no entanto, uma excepção: os deputados do Bloco de Esquerda estão a maior parte do tempo sentados no Plenário. Depois admirem-se do sucesso do Bloco. Os deputados portugueses não percebem que os detalhes contam. E o Plenário da Assembleia continua sem sem consideração e solenidade."
Se é verdade que o texto revela algum desconhecimento sobre o que é a vida de deputado (as diversas solicitações, o milhar de coisas que ocorrem no mesmo momento, que nos partidos maiores é possível dividir o trabalho e por isso os da defesa, não seguem os debates sobre fiscalidade, por exemplo) é tão verdadeiro no fundo! Nos dois pontos: que ninguém ouve, nem quer ouvir e por isso nem se aprende nem se dá lugar à possibilidade de acontecerem coisas novas (convergências); e no profissionalismo, competência e inteligência de quem sabe por que razões ali está e por o que é que na vida, vale a pena dá-la!

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