segunda-feira, fevereiro 13, 2012

Obama recua na questão da contracepção (titula o DN)

A questão na verdade é que Obama recuou (e ainda bem) na questão de obrigar as entidades religiosas, nas suas iniciativas civis, a providenciar obrigatoriamente aos seus funcionários, a cobertura de "saúde reprodutiva" (aborto, contracepção, etc.), nos respectivos seguros...Mas numa de "xico esperto" como se pode concluir deste artigo...e por isso a luta continua!

A um ano das eleições e a ver fugir-lhe o eleitorado católico foi, do ponto de vista dele, o melhor que fez. Do nosso ponto de vista (da Igreja Católica e de todas as outras confissões religiosas que de imediato se solidarizaram com aquela), da liberdade religiosa, também (foi o melhor que ele fez...;-) Mas a ofensa continua e por isso a luta também...


A notícia no DN é esta:

Obama deu hoje uma conferência de imprensa para anunciar as novas regras para a comparticipação da contracepção

Fotografia © Larry Downing/ Reuters

O presidente dos Estados Unidos apresentou uma nova proposta para a comparticipação de contracetivos pelos planos de saúde das empresas, de modo a chegar a acordo com os líderes religiosos católicos que se tinham manifestado ativamente contra o primeiro plano apresentado pelo presidente.

De acordo com as novas regras, as empresas geridas por instituições religiosas (como, por exemplo, universidades e hospitais) e que têm planos de saúde para os empregados não serão obrigadas a incluir nesses benefícios o pagamento de um contracetivo.

Em contrapartida, essa responsabilidade deverá ser assegurada pelas seguradoras, que terão de providenciar, gratuitamente, o acesso dos seus segurados à contracepção, explicou o presidente Obama em conferência de imprensa.

"Assim, as organizações religiosas não terão que pagar diretamente por estes serviços", explicou Obama. "Cada mulher deverá tomar ela própria as decisões que dizem respeito à sua saúde", disse, reafirmando que "as mulheres devem ter acesso aos métodos contracetivos gratuitamente, independentemente do lugar onde trabalhem."

Este era um dos mais polémicos items do plano de saúde aprovado por Obama em 2010 e que deverá estar plenamente em vigor até 2014. Os líderes religiosos católicos manifestaram imediatamente a sua discordância e a polémica tomou logo grandes dimensões, uma vez que os EUA vivem neste momento em período de campanha eleitoral. Se as instituições religiosas fossem obrigadas a incluir a contraceção nos seus planos de saúde, isto seria visto como um atentado à liberdade religiosas, defendeu o partido Republicano.

"Não se trata de um problema só de contracepção, é um problema de liberdade económica, de liberdade de expressão e de liberdade religiosa. Trata-se do governo controlar as vossas vidas", declarou Rick Santorum, um dos candidatos à nomeação republicana. "Isto tem de parar."

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