domingo, fevereiro 19, 2012

Uma orientação politica de João Paulo II

Retirada do livro "Orações de João Paulo II" (é a 29ª) e para a qual a minha atenção foi chamada no Boletim da Paróquia de Santa Joana Princesa, num artigo de António Adragão


"Uma Civilização com alma

Nenhuma experiência politica, nenhuma forma de democracia pode sobreviver, se diminuir a referência a uma comum moralidade de base. Nenhuma lei escrita garantirá a convivência humana, se não haurir a sua força intíma de fundamento moral.

Uma sociedade que perdesse a dimensão espiritual e religiosa veria os seus valores esvaziarem-se do seu conteúdo mais verdadeiro. O progresso económico revelar-se-ia ilusório. O crescente conformismo dos desejos e dos comportamentos vai plasmando uma civilização uniforme, enfadonha, repleta de bem-estar. Mas pobre de ideias e de esperanças, uma civilização pobre de alma.

A armadilha mais grave desse processo está precisamente na tendência a sufocar o sopro transcendente da cultura, empobrecendo-a, nivelando-a, esvaziando-a de energia.

Uma cidade é tanto mais rica quanto mais rica for a sua cultura, porque as cidades são unidades vivas, que integram uma memória, guardam um espírito, exaltam o seu génio e a sua vocação específica. As cidades podem tornar-se fontes inesgotáveis, livros vivos, ser luz no caminho das novas gerações."

Para um membro de Assembleia Municipal (de Lisboa) como é o meu caso, isto faz todo o sentido.

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