Papa alenta Comunhão e Libertação a «testemunhar beleza de ser cristão»
Ao encontrar-se com 80 mil participantes de uma peregrinação promovida por este movimento CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 27 de março de 2007 (ZENIT.org).-
Bento XVI convidou o movimento eclesial Comunhão e Libertação a «testemunhar a beleza de ser cristãos», seguindo os passos de seu fundador -- e grande amigo de Joseph Ratzinger -- Mons. Luigi Giussani.
Deixou esta mensagem aos seus membros neste sábado, ao receber mais de 80 mil participantes em uma peregrinação promovida por essa Fraternidade, por ocasião do vigésimo quinto aniversário de seu reconhecimento pontifício.
O encontro celebrou-se na praça de São Pedro, no Vaticano, num ambiente de festa que reflectia a longa amizade que une este Papa a Comunhão e Libertação, desde a época em que era professor universitário na Alemanha.
O primeiro pensamento do pontífice, no seu discurso, dirigiu-se a Mons. Giussani, a cujo funeral presidiu, sendo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, em nome de João Paulo II, em 24 de fevereiro, há dois anos, na catedral de Milão.
Segundo o bispo de Roma, através de Mons. Giussani, o Espírito Santo suscitou um movimento «para testemunhar a beleza de ser cristão numa época nem que se difundia a opinião de que o cristianismo era algo cansativo e opressor».
«Mons. Giussani empenhou-se então em voltar a despertar entre os jovens o amor a Cristo, ‘Caminho, Verdade e Vida’, repetindo que só Ele é o caminho para a realização dos desejos mais profundos do coração do homem e que Cristo não nos salva sem respeitar nossa humanidade, mas através dela.»
«Desde o início ficou tocado, ferido, pelo desejo de beleza, mas não de uma beleza qualquer. Buscava a Beleza em si, a Beleza infinita que encontrou em Cristo», constatou. «O acontecimento que mudou a vida do fundador ‘feriu’ também a de muitíssimos seus filhos espirituais. E deu lugar às múltiplas experiências religiosas e eclesiais que formam a história de vossa grande e articulada família espiritual», declarou.
Deste modo, disse, Comunhão e Libertação oferece «uma possibilidade de viver de maneira profunda e actualizada a fé cristã, por um lado, com total fidelidade e comunhão com o sucessor de Pedro e com os pastores que asseguram o governo da Igreja; e por outro, com uma espontaneidade e uma liberdade que permitem novas e proféticas realizações apostólicas e missionárias».
Na sua intervenção, o Papa recordou também com emoção os encontros que Mons. Giussani tinha mantido com João Paulo II, em particular a audiência em que deixou a esse movimento a mensagem: «ide por todo o mundo e levai a verdade, a beleza e a paz que se encontram em Cristo Redentor». «Monsenhor Giussani fez daquelas palavras o programa de todo o movimento, e para Comunhão e Libertação foi o início de uma estação missionária que vos levou a oitenta países», recordou Bento XVI. «Hoje convido-vos a seguir por esse caminho, com uma fé profunda, personalizada e firmemente arraigada no Corpo vivo de Cristo, a Igreja, que torna Jesus contemporâneo entre nós», concluiu.
Comunhão e Libertação é um movimento eclesial cuja finalidade é a educação cristã madura de seus próprios seguidores e a colaboração com a missão da Igreja em todos os âmbitos da sociedade contemporânea. Nasceu na Itália em 1954, quando Mons. Giussani deu vida, a partir do liceu clássico «Berchet» de Milão, a uma iniciativa de presença cristã chamada «Juventude Estudantil». As siglas actuais, Comunhão e Libertação (CL), aparecem pela primeira vez em 1969. Sintetizam o convencimento de que o acontecimento cristão, vivido na comunhão, é o fundamento da autêntica libertação do homem. Um instrumento fundamental dos seguidores do movimento é a catequese semanal denominada «Escola de comunidade».
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