quarta-feira, abril 18, 2007

A Teologia da Libertação morreu: paz à sua alma :-)

São Paulo, domingo, 15 de abril de 2007
Modernidade deve ser atacada, diz sociólogo Para Francisco Borba, igreja, que criticou o capitalismo, foi incapaz de perceber os novos problemas impostos aos católicos "A Teologia da Libertação não percebeu o processo de evolução da religiosidade moderna que acontecia no continente", diz especialista.
DA REPORTAGEM LOCAL
"A igreja latino-americana deve compreender que, assim como assumiu uma posição crítica ao capitalismo e ao liberalismo, por sua desumanidade, deve também assumir uma posição crítica em relação à modernidade. Essa posição vai se desenhando como uma crítica à razão iluminista e sua pretensão de dar a verdade última sobre o homem." Essa é a verdadeira questão que deveria nortear os trabalhos da 5ª Conferência do Episcopado da América Latina e do Caribe, segundo o sociólogo Francisco Borba, 49, coordenador do Núcleo Fé e Cultura da PUC-SP, órgão criado por d. Cláudio Hummes para promover o diálogo da igreja com meios acadêmicos.
Sua principal crítica à Teologia da Libertação é, portanto, a de não ter sido capaz de perceber os novos problemas que o mundo impôs aos católicos -aí incluídos os latino-americanos e os pobres. "[Essa corrente teológica] não percebeu adequadamente o processo de evolução da religiosidade moderna que acontecia no continente, particularmente a emergência das novas religiosidades urbanas", afirma o sociólogo da PUC. "Não gerou instrumentais adequados para trabalhar com a sede de sentido e de resposta existencial que marca o homem contemporâneo -inclusive o pobre." Leia a seguir, trechos da entrevista concedida por Borba à Folha. (RAFAEL CARIELLO)
FOLHA - Haverá divergências durante a realização da 5ª conferência? Quais serão as principais questões de conflito?
BORBA - Creio que é importante perceber que a questão não é mais a de um confronto entre progressistas e conservadores, nos moldes dos anos 60. Hoje, o episcopado está unido em relação a princípios como o reconhecimento da igreja como "povo de Deus", a importância da opção preferencial pelos pobres, o fim da "cristandade" e a necessidade de uma postura crítica e não atrelada aos governos. Também não é adequado contrapor uma igreja latino-americana, nascida da práxis social, a uma igreja romana, nascida dos dogmas da tradição. A percepção de que o magistério romano é o magistério universal da igreja é compartilhada por grande parte dos católicos latino-americanos. A polêmica real reside na forma de diálogo com a modernidade. O mundo está se tornando cada vez menos religioso, e a igreja deve se submeter aos princípios da modernidade, relativizando o seu próprio modo de ser? Ou o mundo permanece buscando a Deus, e a igreja deve dialogar com a modernidade numa postura crítica, denunciando a desumanidade presente na cultura moderna? Essa é a questão.
FOLHA - E com qual das duas idéias o sr. fica?
BORBA - A igreja latino-americana deve compreender que, assim como assumiu uma posição crítica ao capitalismo e ao liberalismo, por sua desumanidade, deve também assumir uma posição crítica em relação à modernidade. Essa posição vai se desenhando como uma crítica à razão iluminista e sua pretensão de dar a verdade última sobre o homem, e o anúncio da realização plena do amor como gesto de doação de si ao outro, e não de posse do outro.
FOLHA - Por que a conferência de Santo Domingo, de 1992, não teve o mesmo impacto das de Puebla e Medellín?
BORBA - Medellín correspondeu a uma grande mudança de paradigma na igreja latino-americana. Num contexto marcado por regimes ditatoriais, a igreja se afirmou a favor dos pobres e comprometida com a transformação da sociedade, saiu das sacristias e protegeu os perseguidos políticos. O contexto social em Puebla não era muito diferente. Em Santo Domingo, porém, as ditaduras já iam se tornando coisa do passado e os desafios da globalização e da pós-modernidade já despontavam. Esse contexto pedia uma mudança clara e firme de paradigma. Mas a comunidade católica ainda não estava preparada para isso, e um novo ponto de partida foi entendido como simples involução à temática religiosa e espiritual.
FOLHA - É correto dizer que Santo Domingo marca o enfraquecimento da Teologia da Libertação? Por quê?
BORBA - Creio que não. Melhor seria dizer que ela vem enfrentando dificuldades ao longo do tempo por duas insuficiências analíticas. Em primeiro lugar, não percebeu adequadamente o processo de evolução da religiosidade moderna que acontecia no continente, particularmente a emergência das novas religiosidades urbanas. Não gerou instrumentais adequados para trabalhar com a sede de sentido e de resposta existencial que marca o homem contemporâneo -inclusive o pobre. Por isso, não indicou caminhos alternativos ao crescimento do neopentecostalismo, e se contrapôs de modo não construtivo à emergência dos novos movimentos católicos. Em segundo, não teve categorias para enfrentar o desnorteamento das esquerdas após a queda do muro de Berlim, apesar da tentativa de voltar-se ao holismo ecológico. O mundo não-católico pode até olhar com simpatia sua mensagem de justiça social e religiosidade aberta, mas não tem por que aderir a ela. No mundo católico, um caminho que parte da experiência existencial para chegar ao compromisso social parece responder mais aos anseios atuais.
FOLHA - Aparecida deve fortalecer alguma linha teológica?
BORBA - Diria que o grande problema é desenvolver o que alguns chamam de uma "antropologia integral", onde a dimensão espiritual e a material se encontram de modo operativo, respondendo à sede de sentido e de beleza de todos nós e, ao mesmo tempo, lançando-nos num compromisso permanente com a transformação da sociedade.

1 comentário:

CLODÔ disse...

SOBRE AS MENTIRAS QUE FREI BETTO CONTA EM SEU LIVRO "A OBRA DO ARTISTA"....


VEJAMOS ALGUNS COMENTÁRIOS DO EDITOR DO LIVRO:


" Numa visão holística do universo, Frei Betto desvenda o macro e o microcosmo, aproximando ciência e religião, razão e fé.



Após cinco anos de estudo das mais avançadas teorias da ciência moderna na área da Biologia, Cosmologia e Física Quântica elaborou uma síntese concisa e bela, escrita com fluidez jornalística e beleza literária, dessas teorias, através de uma ótica teológica e filosófica do universo que encanta a todos."Somos todos poeira de estrelas" e "Somos tão naturais quanto uma abóbora". Alavancado pela Física das partículas ele descreve o universo, suas leis e princípios, oferecendo-nos um caminho para a crise da modernidade, o caminho de resgate das raízes dos verdadeiros valores humanos. Mostra-nos a existência de Deus como intrínseco à natureza humana, não um deus justiceiro ou autoritário como na Igreja da Idade das Trevas, mas um Deus que se revela em todas as coisas, em todo o cosmo pela perfeição e harmonia de suas leis e pelos sentimentos mais grandiosos do ser humano, afinal somos todos poeira de estrelas...luz nas trevas, amor transmutado em moléculas, energia cósmica nas mãos do "Artista"...



MEUS COMENTÁRIOS:


FREI BETO NÃO É MATEMÁTICO, NEM BIÓLOGO E MENOS AINDA UM FÍSICO...NÃO IMPORTA SE ELE FICOU 05 ANOS FAZENDO "RESUMINHOS DIDÁTICOS" DE MATEMÁTICA, BIOLOGIA E FÍSICA QUÂNTICA...ISTO NÃO CONFERE A ELE O DIREITO DE DAR AULINHAS DE FÍSICA PRA LEIGOS...SENDO AINDA QUE FREI BETTO É LEIGO EM MATEMÁTICA, LEIGO EM BIOLOGIA, LEIGO EM QUÍMICA E PRINCIPALMENTE UM GRANDE LEIGO EM FÍSICA...


QUEM JAMAIS RESOLVEU SEQUER UM ÚNICO EXERCÍCIO DE FÍSICA I (EM NÍVEL DE GRADUAÇÃO) E AINDA ASSIM QUER DISCUTIR ASSUNTOS DE FÍSICA IV, ACABA FALANDO UM AMONTOADO DE BESTEIRAS...MESMO QUE USE CONCEITOS CORRETOS, ACABA USANDO TAIS CONCEITOS EM CONTEXTOS NOS QUAIS ESTES CONCEITOS NÃO FUNCIONAM!!!!!!!!


ASSIM,FREI BETTO ACABA MANIPULANDO OS LEIGOS EM MATEMÁTICA,FÍSICA, QUÍMICA E BIOLOGIA, DE MANEIRA QUE ALÉM DE NÃO TEREM A CAPACIDADE DE OBSERVAR TAIS ERROS, ACABAM REPRODUZINDO TAIS ERROS AOS MILHÕES, TAL COMO OCORRE COM A MAIORIA DAS PESSOAS QUE ASSISTEM O FILME "QUEM SOMOS NÓS?"...ASSIM COMO NO FILME "O SEGREDO"...


ESTES DOIS FILMES "QUEM SOMOS NÓS?" E "O SEGREDO" ,ESTÃO ABARROTADOS DE ERROS CONCEITUAIS E GROSSEIROS REFERENTES AS MAIS VARIADAS CIÊNCIAS,PRINCIPALMENTE SOBRE A FÍSICA QUÂNTICA...PORÉM NO FILME "QUEM SOMOS NÓS?" A TÉCNICA USADA PARA MANIPULAR O PÚBLICO E ESCONDER OS CONCEITOS QUE SÃO USADOS FORA DE CONTEXTO, CHAMA-SE "SERIAL MARKETING", MAS FREI BETTO CONSTUMA USAR OUTRA TÉCNICA, QUE É A SUA ENORME CAPACIDADE EM CRIAR POEMAS E ASSIM IMPEDIR QUE LEIGOS EM MATEMÁTICA, FÍSICA, QUÍMICA E BIOLOGIA CONSIGAM PERCEBER AS TOLICES PRESENTES EM SEUS DISCURSOS...



UMA MENTIRA MUITO BEM ESCRITA , MUITO BEM DITA E REPRODUZIDA MILHÕES DE VEZES ACABA SE TORNANDO UMA VERDADE COLETIVA...MAS DESMENTIR UMA MENTIRA ACEITA COLETIVAMENTE COMO VERDADE ABSOLUTA, É UM TRABALHO GIGANTESCO...


TANTO O FILME "QUEM SOMOS NÓS?",QUANTO O FILME "O SEGREDO", QUANTO AS OBRAS DE FREI BETTO, NÃO POSSUEM APENAS UMA MENTIRA,MAS SIM DEZENAS E DEZENAS DE MENTIRAS QUE ESTÃO SENDO REPRODUZIDAS AOS MILHÕES COMO VERDADES ABSOLUTAS, PRINCIPALMENTE NO TOCANTE A FÍSICA QUÂNTICA...


COM ISTO FREI BETTO ESTÁ SE MOSTRANDO UM ENORME BAJULADOR, MENTIROSO E MANIPULADOR DE MASSAS...NESTE CONTEXTO, O QUE DIFERE FREI BETTO(QUE SE DIZ DA ESQUERDA REVOLUCIONÁRIA) DOS IDEÓLOGOS MANIPULADORES CAPITALISTAS DE DIREITA? EM QUE FREI BETTO(ENQUANTO MILITANTE DE ESQUERDA) ESTÁ SENDO MELHOR DO QUE OS MENTIROSOS E MANIPULADORES DE MASSAS LIGADOS A PARTIDOS DE DIREITA?


NÃO CONSIGO VER ONDE ESTÁ A DIFERENÇA...



CLODOALDO ALVES OLIVEIRA

(FÍSICO E ESTUDANTE DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTATÍSTICA DA UFV)