Tenho um enorme apreço pelas viagens de Comboio, pelo charme das estações que conheci nas minhas infância e adolescência, e mais tarde durante o serviço militar: as linhas Lisboa-Porto e todas as do Minho.
E tenho visto ao longo da vida com muito desgosto como sucessivamente se fecham linhas e desaparecem os comboios das nossas paisagens e dos nossos hábitos de deslocação. Uma perda de beleza e também de comodidade.
Por isso mais triste fiquei com a noticia do Publico de ontem de que o Governo Sócrates se teria comprometido com a Troika ao encerramento de cerca de 800 kms de linha férrea...!!
Talvez por ignorância a minha teoria é esta: reduzem-se linhas porque se diz não são viáveis, essa redução engendra que as que restam se tornem menos úteis (menos horários e percursos) e daí mais encerramentos. E as contrapartidas não me parecem boas: mais utilização de transportes alternativos, estradas saturadas, maior possibilidade de acidentes de trânsito, poluição, desertificação do interior por dificuldade de transportes, etc.
Ora, as linhas de Metro do Norte a pertir do Porto, tem sido um sucesso e facilitaram enormemente a vida a milhares de pessoas...a pergunta pois é esta: quem beneficia com estes encerramentos? Será que este caminho é inevitável? Como é nos restantes países europeus? Não há quem pegue na CP e dando-lhe uma volta a torne naquilo que ela já foi como dinamizadora do tecido económico?
Isto claro tendo presente que a concentração por "pessoa quadrada" de sindicalistas irrazoáveis e irresponsáveis atinge o seu máximo precisamente nesse sector. E será também essa uma das razões deste declínio?
Foi o diário da acção política de um deputado do PSD, eleito por Braga, e agora é-o de um cidadão que desejando contribuir activamente para a organização do bem comum, procura invadir esse âmbito (da política) com aquele gosto de vida nova que caracteriza a experiência cristã. O título "POR CAUSA DELE" faz referência ao manifesto com o mesmo título, de Comunhão e Libertação, publicado em Janeiro de 2003 (e incluído no Blog).
segunda-feira, junho 27, 2011
As linhas de Comboio: uma extinção inevitável?
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1 comentário:
Meu caro António, há vários anos, confrontado com a enésima greve da El Al, o Governo israelita deixou a empresa falir. Abriu no dia seguinte com o mesmo nome e os funcionários exactamente necessários, cerca de 1/4 dos anteriores.
Mais coisa menos coisa, creio que o mesmo se passou com a Swissair.
Apliquem a mesma receita à Refer e verão como passa a ser rentável mesmo sem fechar os 800km de via férrea.
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