sábado, junho 04, 2011

Casamento gay: uma lei contra o país e a favor de 820 pessoas

O Público de hoje divulga as estatisticas do casamento gay num artigo que assinala um ano da lei. Much ado about nothing...
Houve neste período 380 "casamentos" em Portugal e 30 nos consulados portugueses no estrangeiro...ou seja (e enquanto, o que também é um preconceito conservador..., um casamento for só entre duas pessoas) 820 pessoas beneficiaram da nova lei...
Como se vê tratava-se de uma expressiva necessidade social e como diz Francisco Louçã quem está contra isto é uma ultra-minoria...lol!
Nas vésperas de Sócrates se ir embora é bom lembrar o que foram estes seis anos trágicos de leis erradas, mentalidades distorcidas e politicas patéticas. E que estas leis são, nas palavras do próprio, "emblemáticas da governação socialista".
Enfim, a partir de segunda-feira teremos muito trabalhinho para modificar tudo isto...mas como sempre o que menos nos falta é coragem, determinação e vontade de servir o bem-comum!

2 comentários:

Francisco Valente disse...

O senhor, realmente, deve ter algum problema com este tema. Se o número é assim tão irrelevante para si, porque é que tal o incomoda tanto? Não seria bom que cada um vivesse a sua vida tranquilamente? Maça-o assim tanto? Mais: prejudica-o? É que a não existência da lei prejudicaria os 800 e tal cidadãos que usufruíram dela. Por sua vez, não duvide que a mesma contribuirá para a progressiva aceitação/integração das pessoas na sociedade de que fazem parte. Seria mais sensato e cristão fomentar esta ideia, em vez de contribuir negativamente e até de maneira absurda ("uma lei contra o país") para a discriminação de pessoas iguais a si e a qualquer outra pessoa.

Luis Alves da Costa disse...

Caro Francisco Valente, vamos por bullets, porque estou com pressa e cheio de trabalho, mas não queria deixar de lhe responder:

1. 820 pessoas que usufruíram da lei, 10 milhões que ficaram preteridos no direito a terem uma sociedade que privilegie valores fundamentais como a família, entendendo-se esta como "Pai, Mãe e filhos".

2. Intransigência a sua ao criticar quem se manifesta contra esta lei. Achava eu, na minha inocência (talvez pelo facto de ter apenas 26 anos), que desde 1974 que neste país havia liberdade de expressão. Que quem é contra alguma política, actuação ou medida posta em prática pelo governo tem todo o direito de contra ela se manifestar. Parece que não: apenas quem adopta os ideais, hoje em dia muito "groovy" e "trendy" da esquerda é que tem direito a isso. Quem é de direita que cale o bico, sob pena de ser prontamente apelidado de "fascista", "intolerante" entre outros termos tão queridos à esquerda portuguesa para designar quem não alinha nas suas fileiras.

3. Só para terminar (poderia ter continuado durante horas a rebatê-lo, mas como disse no início, tenho mais que fazer), deixo uma questão que há uns dias me foi posta por um colega de trabalho, e à qual achei piada: como é que hoje em dia, quando se trata de um homem e uma mulher, o que interessa é casar o menos possível (porque isso, hoje em dia, é coisa de atrasado mental, de conservador, de mulher submissa), mas quando se trata de dois homens e/ou duas mulheres, o casamento se torna fundamental? Pirraça? Embirração? Vontade de implicar? Não sei, mas o Francisco certamente saberá!

Um abraço,
Luis Alves da Costa