segunda-feira, junho 06, 2011

Dois homens, uma eleição e o Pai do Céu

Vai soar estranho este post mas ontem enquanto não eram conhecidos os resultados aquilo em que mais pensava era em dois homens, enquanto tais, e como estariam a viver a circunstância que se aproximava:
Em Pedro Passos Coelho, como teria acordado de manhã, que impressões o assaltavam e como se teria olhado ao espelho enquanto fazia a barba, e como e com que densidade dramática, se teria encarado como a pessoa que estava chamada a partir daquele dia a governar um país, a "tomar conta" dos seus compatriotas, a enfrentar na primeira pessoa e na primeira linha o futuro de Portugal...
Em José Sócrates, também, como se sentiria depois de seis anos inteiramente dedicados áquelas funções, ao fim de um período da sua vida (raro, ao qual poucos são chamados) sem igual, já começando a olhar para o depois desse dia...
E, depois, na sabedoria da Igreja que em todas as orações dos fieis, creio que todos os dias, nos põe a rezar por quem nos governa, pelas autoridades civis, por quem tem a seu cargo a condução do destino colectivo e a prossecução do bem comum.
Concluindo com a lembrança daquele diálogo espantoso entre Cristo e Pilatos em que este irritado recorda ao primeiro que tem poder sobre Ele e Jesus lhe diz "não terias nenhum poder sobre os homens se Deus não te o tivesse dado".
E por fim (pensamento reforçado à noite ao ver a saída alucinante de empurrões, cumprimentos, luzes e fotografias, de Passos Coelho do Sana em direcção ao Marquês de Pombal) em como pode enebriar o poder e como é dificil aos homens quando o perdem...

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