domingo, dezembro 31, 2006

Uma boa observação de Fernanda Câncio

Por uma vez, de acordo...apesar do delírio do artigo de opinião principal ("O coração do problema") e do resmungo em defesa da APF...
Mas nessa mesma edição do Diário de Notícias (de 15 de Dezembro, estou a pôr papeis antigos em ordem...) observa Fernanda Câncio com muita razão que parte do escândalo com o livro de Carolina Salgado (no que se refere à revelação de factos da intimidade afectiva com Pinto da Costa) não tem paralelo com a tolerância com que iguais detalhes privados em outras biografias (nomeadamente de Maria Filomena Mónica) foram recebidos...ou seja, no fundo veio ao de cima a "consideração" em que se tem uma mulher que tenha sido alternadeira e o preconceito salta em todo o seu "esplendor"!
O que (e aqui o comentário é de minha lavra) me espanta sempre...afinal estamos numa época de modernidade e tudo é admissivel. Mas quando menos se espera os mais progressistas são tão preconceituosos como os conservadores mais obtusos...
Por uma vez de acordo...apesar de ser um portista doentio e por isso mantendo opinião de post anterior sobre o mesmo assunto :-)
Um Bom e Santo Ano de 2007 para todos!

A morte de Saddam

Impressionou-me muito ver as fotografias da execução de Saddam no Portugal Diário...a serenidade e bravura deste perante a morte, a comparação entre as situações de "todo-poderoso" num país e aquela fragilidade de um condenado à morte, imaginar os sentimentos de regozijo de quem assim se vingou e a raiva que terá provocado em quem gostava dele e sobretudo o identificava com um Iraque não dominado por estrangeiros, olhar para ele e ver um homem como eu de certa idade como eu um dia terei, etc.
Apetece-me escrever "Dá-lhe Deus eterno descanso. Entre os esplendores da luz perpétua descanse em paz" e assalta-me a dúvida...que resposta em vida foi ele dando a Deus quando o viu face a face (veja-se o livro "O Primeiro Dia" de João César das Neves, editado pela Principia)? Onde estará ele hoje?
Isto foi o que vi na RR. Transcrevo porque subscrevo que em condição alguma se pode admitir a Pena de Morte.

Na Rádio Renascença
Reacções à execução de Saddam Hussein


Em português, o Bispo das Forças Armadas condenou, em declarações à RR, a execução de Saddam,
defendendo que qualquer “assassinato” é um crime.“Seja Saddam Hussein, seja Pinochet, seja Estaline, sejam as vítimas de Guantanamo, ninguém pode matar e,
mesmo em legítima defesa, as circunstâncias humanas e jurídicas são tão apertadas, que matar é [quase sempre] um crime de guerra”.Reafirmando a oposição da Igreja Católica à pena de morte, Frederico Lombardi, porta-voz da Santa Sé, disse já esta manhã
que o enforcamento do antigo líder iraquiano pode suscitar sentimentos de vingança no Iraque e pode abrir caminho a mais violência.A pena de morte é ainda condenada pela secção portuguesa da Amnistia Internacional, segundo a qual a morte de Saddam Hussein
nada provocou em prol da justiça – Cláudia Pedra recorda que o antigo ditador ainda não tinha sido julgado pela morte de cinco mil curdos.Entre as várias reacções já recolhidas pela Renascença consta ainda a da organização não-governamental de defesa dos direitos humanos
Human Rights Watch, que lamenta o desfecho do julgamento de Saddam. Outra condenação ao enforcamento surgiu da União Europeia, que considera a execução de Saddam Hussein um acto de barbárie,
que pode vir a tornar o antigo ditador num mártir.Numa primeira reacção dos “25”, Louis Michel, comissário para o Desenvolvimento, disse hoje de manhã à agência Reuters
que a pena de morte não é compatível com a democracia e que a sua existência é contra os valores da UE.Pelo contrário, os Estados Unidos saudaram a execução do antigo Presidente iraquiano. Num comunicado da Casa Branca –
que foi, aliás, das primeiras reacções internacionais conhecidas – Bush considera que o enforcamento é um marco importante
na história do Iraque.O Presidente norte-americano reconhece, porém, que não será o suficiente para terminar já com a violência que ainda se vive no país.No Reino Unido, reage a ministra dos Negócios Estrangeiros, Margaret Beckett, que felicitou o julgamento e a sentença do
ex-Presidente iraquiano, pelos crimes cometidos ao seu próprio povo. Recorde-se que Saddam Hussein foi enforcado hoje, perto das 3h00 (hora de Lisboa), em resultado de um julgamento levado a cabo
por um Tribunal Especial iraquiano patrocinado pelos Estados Unidos. A pena de morte é ainda condenada pela secção portuguesa
da Amnistia Internacional, segundo a qual a morte de Saddam Hussein nada provocou em prol da justiça – Cláudia Pedra recorda que
o antigo ditador ainda não tinha sido julgado pela morte de cinco mil curdos.

sábado, dezembro 30, 2006

Referendo do aborto 2007

The Lord of the Rings: The Two Towers

Theoden: A great host, you say?
Aragorn: All Isengard is emptied.
Theoden: How many?
Aragorn: Ten thousand strong at least.
Theoden: Ten thousand?!?
Aragorn: It is an army bred for a single purpose: to destroy the world of men. They will be here by nightfall.
Theoden: Let them come.

:-)

sexta-feira, dezembro 29, 2006

O Nascimento de Cristo

Hoje foi dia deste filme, na companhia do Pároco de Vermoim da Maia. Bom filme.
Impressiona a figura de S. José: um homem que sem esperar nada, dá tudo. Homem de homem, Pai como um pai, Marido como marido era. Fica-se com vontade de ir à confissão, tal a distância entre o que aquele homem foi e é, e a pobreza da minha paternidade...
Impressiona também a relação de Nossa Senhora com o seu marido, feita de ternura, gratidão e companheirismo. Mas impressiona ainda mais perceber por que passou aquela adolescente, grávida sem estar casada, à espera de um filho que não era do prometido marido. A coragem, o medo, a vergonha e a certeza, a entrega e a fé, a amizade da prima Isabel (também ela a viver uma circunstância excepcional e sagrada), a relação com os pais. Tudo. Como não há-de Ela nos entender como entende e ser tão Mãe como é?
O resto está muito bem. Únicas notas dissonantes: falta espessura aos Reis Magos (perceber porque se puseram a caminho, que esperavam eles nos seus corações) e o ralhanço do anjo a Zacarias no Templo, soa a má-criação... :-)
Vão ver e levem a família.

O estudo da APF sobre os numeros do aborto

Diz-me uma amiga (empenhada numa das nossas associações de ajuda e acolhimento a grávidas em dificuldade) num sms: "Responsáveis pela educação sexual durante 20 anos, APF e entidades oficiais, assumem que descuido é responsável por aborto. O que andaram a fazer?".
A pergunta é justa, mas nunca ninguém deles terá coragem de a responder...

Um ano especial: um filmão!

Fui ver o filme "Um ano especial" ("a good year"). Não sendo nada de especial, é um filmão!
Tem tudo: cenas de bolsa, paisagens lindas, uma casa encantadora (daquelas por que se deixa tudo), mulheres muito/muito bonitas, bom vinho tinto, humor, romance (que pode não ser a mesma coisa que amor, mas também não é só sexo...), memórias de infância, enfim...suspiro!
Vão ver que nem só de referendos do aborto, vive um homem (ou uma mulher)! :-)
Nota: não é por nada, mas acho que o Russel Crowe tem mesmo ar piroso, com aquele cabelinho penteado com risca ao meio...não percebo que graça lhe acham aquelas mulheres lindas do filme...Lol!

Referendo do aborto: duas citações úteis

Uma é:
Um não dito com convicção é melhor e mais importante
que um sim dito meramente para agradar, ou,
pior ainda, para evitar complicações
(M. Gandhi)
Ou então:
A lei não pode obrigar um branco a amar-me. Mas pode impedi-lo de linchar-me.
(Martin Luther King)

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Mensagem de Natal aos meus leitores

Não é da minha autoria, mas de um companheiro de lutas: o Joaquim Galvão. Diz assim:

Natal é a festa da natividade,
a festa da vida, da vida de Deus feito Homem,
da vida de Deus na vida dos homens.
Natal é a festa da natividade,
a festa da vida, na vida em familia,
da vida de familia, da familia geradora de vida.
Natal é a festa da natividade,
a festa da vida, da vida nascente,
da vida de amor, da vida solidária,
da vida repartida na vida de cada criança,
da vida de Jesus em cada pessoa.
Seja o dom da vida
a vossa PRENDA de NATAL
e então o Natal será a festa da natividade,
da natividade de Jesus nos nossos corações.

NATAL SEM NATIVIDADE,
NÃO OBRIGADA

Feliz Natal

terça-feira, dezembro 26, 2006

Aqui do Alto-Minho...

A escrever no meu portátil, sentado no sofá da sala, em frente à lareira, nesta casa do litoral minhoto, sinto-me como o Dr. Homem da revista do Diário Notícias... :-)
Como o invejo terminando os seus dias em Moledo e a escrever aquelas crónicas deliciosas!
Um dia também o farei.
O problema é que na altura (daqui a 30 anos) devem estar a Câncio, o Louçã, o cunhado Correia de Campos e companhia a tentarem o terceiro referendo do aborto, e lá tenho eu de estar em Lisboa...! :-(

Situação do país: se calhar não vale a pena a preocupação...?

Pelo menos foi o que me ocorreu, quando, numa lista de correio electrónico da emigração, encontrei este texto:

"Há 135 anos, EÇA DE QUEIROZ escreveu. (Em 1871)

O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
Os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na ação fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza desse rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte, o país está perdido!
Algum opositor do atual governo ?
Não !
(Obs. Teria sido ele um "vidente do Futuro" ou de fato nada mudou em 135 anos ?) Manuel O. Pina"

É de ficar a pensar, ou não?

Um "postal" da América Latina e o Natal

Da minha amiga Maria (também ela empenhada na luta contra o aborto livre no seu país, o Uruguai): uma simpática e cristã mensagem de Natal, que termina com esta frase de Pessoa:
"El valor de las cosas no está en el tiempo que duran, sino en la intensidad con que acontecen. Por eso existen momentos inolvidables, cosas inexplicables y personas incomparables". (Fernando Pessoa)
Apeteceu-me partilhar... :-)
E já que estamos em matéria de citações, ainda vai esta:
“When we were children we were grateful to those who filled our stockings at Christmas time. Why are we not grateful to God for filling our stockings with legs?” G.K. Chesterton

Se duplicam os abortos legais...

Vejam o DN do passado dia 22 (sexta):
"O número de abortos legais realizados nos hospitais públicos, sobretudo os que se devem a malformações congénitas, têm crescido de forma continuada desde 1993 e aumentaram para quase o dobro de 2000 para 2005, dos 574 para os 906. Ao invés, os internamentos devido a complicações geradas pelas interrupções da gravidez (ilegais), pelo menos os que são assumidos claramente como tal, têm decrescido substancialmente, dos 2966 em 1992 para os 73."
Se isto se passa com os legais, imaginem o que não seria com o aborto livre até às 10 semanas, a simples pedido da mulher (e o pai?), sem necessidade de qualquer razão justificativa...!?
O que vale é que não é nessa direcção que as coisas estão a andar, como espero se concluano próximo dia 11 de Fevereiro.

A Homília do Bispo do Porto

Não me apercebi bem porque quis aproveitar a fundo estes dias de Natal para estar com a família, mas ao que parece a homília de D. João Miranda, causou grande celeuma, por causa de uma referência feita na mesma à situação da roda na idade média.
Não percebo "so much ado about nothing"...!?
A comparação real da situação do aborto livre às 10 semanas é com a matança dos inocentes feita por Herodes, e nem essa imagem me parece dever criar celeuma. É a pura verdade dos factos. A comparação com a roda, se repararmos bem, até que é benigna...
Depois vejo este título espantoso do JN de hoje: "Homilia rejeitada pelo sim e pelo não".
Lê-se a noticia e as declarações do Não (Madalena Simas e eu) são:
"Do seu lado, Madalena Simas, da associação Mulheres em Acção, defensora do "Não" no referendo, entende a Roda dos meninos como "uma maneira de dizer sim à vida". Um pouco como a actual adopção, em que a criança é "salva, viveu, não foi abortada".Mas, independentemente das interpretações, entende António Pinheiro Torres, da Plataforma "Não Obrigado", "tudo o que seja um alerta para o atentado contra a vida é de saudar", pelo que as afirmações de D. João Miranda são "bem vindas". Tais como as do cardeal patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, que aproveitou a mensagem de Natal dedicada à exclusão para considerar que o aborto, tenha os motivos que tiver, "é sempre negar um lugar a um ser humano".
Se isto é rejeitar, vou ali e já volto...!?

Bispos condenam sinais de morte (Natal 2006)

Bispos condenam sinais de morte

A celebração do Natal foi ocasião para que a Igreja Católica em Portugal deixasse apelos em favor da vida humana
O Natal celebra o Nascimento de Jesus e é, para a Igreja, a maior celebração da vida. Por isso mesmo, as celebrações destes dias ficaram marcadas por vários apelos em defesa da vida humana e da família, em todas as circunstâncias.
O Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, falou do tema na sua mensagem de Natal, na qual Lembrou as crianças sem família, os ex-reclusos, os idosos, os deficientes e os desempregados. Sobre o aborto, o Patriarca disse que “"sejam quais forem os motivos, é sempre negar um lugar a um ser humano".
“Não havia lugar para eles” foi o mote da mensagem, que abordou diversas situações actuais. A exclusão das crianças foi o tema dominante, tendo D. José Policarpo referido os casos de filhos de pais separados “divididos e disputados, sentem que não têm lugar no coração dos pais e das novas famílias”.
A mensagem foi, simbolicamente, gravada na Casa do Gaiato do Tojal, desde este ano administrada pelo Patriarcado, para lembrar os meninos que vivem em instituições por não terem parentes que cuidem deles e os eduquem.
Excluídos são também os idosos em que se procura dar um lugar “mas não se evita a solidão”. O Cardeal-Patriarca apelou à integração dos ex-reclusos salientando que a atenção a estes é “urgente” sem esquecer os que ficaram desempregados que, sentem “dramaticamente que não há lugar para eles”.
“Jesus nasceu em Belém porque não havia lugar para ele na cidade. A quantos O seguem e nos quais Ele infunde o seu espírito, convida-os a lutar contra todas as formas de exclusão na certeza que só o amor, a solidariedade ajudarão a encontrar lugar para aqueles a quem o negaram nem que seja na ternura e no nosso coração”, apelou.
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Jorge Ortiga, falou por seu lado da importância da família na sua homilia de Natal e criticou os “pseudo-sinais de modernidade”, numa alusão ao aborto. “Da parte da Igreja emprestamos a voz aos mais débeis e convidamos a sociedade a reparar em situações inadmissíveis em que muitas famílias apenas sobrevivem”, assinalou.
“A família necessita de políticas positivas que proporcionem a todos os seus membros uma vida verdadeiramente humana”, prosseguiu.
O Arcebispo de Braga lembrou que “há muitas vidas no limiar do indigno e do escandaloso”, desafiando a sociedade a encarar “os dramas reais e as perplexidades sofridas”.
No Porto, o Administrador Apostólico da Diocese, D. João Miranda comparou o aborto a práticas da Idade Média, frisando que o mesmo representa uma violação do mandamento "Não matarás" e significa mesmo o regresso ao "tempo dos expostos".
“Vamos acolher o Menino Jesus em nossos corações e n’Ele amar todas as crianças, mesmo aquelas que não conhecem pai nem mãe. Estamos a regressar ao tempo dos ‘expostos’, dos meninos da Roda dos Mosteiros da Idade Média”, lamentou.
Na homilia da Noite de Natal, o prelado disse que se torna necessário “descer à rua e ir ao encontro dos homens onde eles estão, ir sobretudo à procura dos que gritam justiça ou sofrem, no segredo, as pobrezas deste tempo”.
Sobre a próxima campanha referendária, este responsável assinalou que “vem aí um período de escolha da vida das crianças por nascer: a vida é o dom mais precioso que temos e ninguém pode dispor da vida própria, muito menos da vida alheia”.
"Todas as ‘interrupções’ naturais ou provocadas são actos ‘prematuros’, imaturos, antes do tempo…, são o fim de um processo que devia desaguar na vida", acrescentou.
D. Ilídio Leandro, Bispo de Viseu, lembrou na "Missa fo Galo" que "o nascimento de uma criança é sempre um acontecimento importante".
"Uma criança é sempre muito importante para todos, pois ela anuncia e significa valores indispensáveis a todos os homens e a todo o mundo: paz, amor, simplicidade, alegria, verdade, vida", assinalou.
Já no dia 25, este prelado sublinhou que "precisamos de um tipo de Família que seja acolhedora da vida que é gerada, da vida que nasce, da vida que cresce, da vida que envelhece e da vida que morre para este mundo, abrindo-se para a vida nova no mundo novo – a Pátria celeste".
Na Noite de Natal, Bento XVI apelou ao respeito pela dignidade de "todas as crianças", nascidas e por nascer. "Deus ensina-nos o respeito com as crianças", disse o Papa na sua homilia, que foi também seguida por milhões de telespectadores em todo o mundo.
"A criança de Belém orienta o nosso olhar para todas as crianças que no mundo sofrem e são vítimas de abusos, tanto as que são nascidas como as que estão por nascer", sublinhou.
Nacional Agência Ecclesia 26/12/2006 13:00 4520 Caracteres
51 Natal

terça-feira, dezembro 19, 2006

A RTP financia o FNUAP?

Recebi este mail de um amigo:
"Esta notícia saiu hoje no DN.
O "Dança Comigo" solidarizou-se com um dos fundos mais rico do Mundo?????????????????
Não era melhor esse dinheiro reverter a favor do défice da RTP? A notícia dizia:
"No entanto, durante a tarde televisiva o Dança Comigo, com cariz solidário a favor do serviço de pediatria do Instituto Português de Oncologia e do Fundo das Nações Unidas para a População, liderou o segmento, com 9,9% de audiência média e 34,8% de share."
Nota: o FNUAP é o Fundo das Nações Unidas para a População, aparentemente uma coisa boa, mas na realidade uma daquelas agências internacionais em que e de que vivem aquelas facções extremas que promovem o aborto e outros "disparates" do género. Razão pela qual os Estados Unidos lhe tem vindo a dificultar o financiamento.
Quando fui deputado, recebi-os no parlamento e confrontei-os nomeadamente com a distribuição de abortivos durante as crises humanitárias ou a colaboração dada à China na politica do filho único. As respostas às minhas perguntas confirmaram o alinhamento ideológico das pessoas que o dirigem...
Então não há em Portugal tanta instituição digna de receber apoio da RTP? Nomeadamente aquelas que promovem que haja nascimentos e não estas que os querem fazer desaparecer...

domingo, dezembro 17, 2006

O Aborto e as pessoas com Deficiência

Notícia recebida da Ecclesia:

Aborto não é um direito reprodutivo

Intervenção da Santa Sé na ONU. A Santa Sé defendeu na Assembleia Geral d a ONU que o aborto não está incluído "no direito à saúde reprodutiva", desde logo porque consiste num comportamento que impede precisamente a reprodução.
O Arcebispo Celestino Migliore, Núncio nas Nações Unidas, assinalou que "a Santa Sé entende o acesso à saúde reprodutiva como um conceito holístico, que não considera o aborto ou o acesso ao aborto como uma dimensão desses temos".
Este responsável falava na sessão que discutiu a convenção dos Direitos das pessoas com deficiência, agora adoptada pela ONU, mas que a Santa Sé não assinou. Segundo D. Migliore, o texto peca por prever o aborto para casos em que se detectam anomalias no feto.
"É certamente trágico que, na mesma Convenção criada para proteger pessoas com deficiências, que se tenha como condição para o aborto ou a sua oferta a existência de uma deficiência no feto", assinalou.
Para o representante vaticano, o uso dos direitos das pessoas com deficiência "não pode servir para negar o direito à vida das pessoas que ainda não nasceram". A atenção da comunidade internacional deve ir, isso sim, para as situações em que a deficiência de uma pessoa "serve como base para lhe negar um serviço de saúde".
A delegação da Santa Sé considera que os aspectos positivos desta Convenção "apenas serão concretizados quando na implementação e provisão legais, a nível nacional, todas as partes respeitarem o artigo 10º, sobre o direito à vida para as pessoas com deficiência".
Para o Arcebispo Migliore, é lamentável que "as vidas das pessoas com deficiência sejam desvalorizadas ou entendidas como uma diminuição na dignidade e no valor da pessoa"..
Internacional Octávio Carmo 14/12/2006 15:07 1656 Caracteres

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Aborto livre?: Não, Obrigada.

Vale a pena ir visitar o www.nao-obrigada.org e ver os cartazes que já sairam. Uma campanha moderna, inteligente e focada, como é necessário.
Pela nossa frente (da campanha do Não) temos oito semanas para, assinatura a assinatura (constituição dos grupos civicos) e pessoa a pessoa, conquistarmos as inteligências e os corações.
Para dia 11 confirmarmos em votos, o que desde 1998, já sabemos: que o desejo dos portugueses é que em Portugal a vida humana seja protegida.

Abortar é matar um filho: a honestidade de Luísa Castel-Branco

É sempre de louvar quando alguém (como há em Julho de 2006 aconteceu com Odete Santos que na DNA disse [em resposta a uma pergunta sobre a humanidade do feto] "toda a gente sabe que dali não sai um pinto") do lado do Sim põe as coisas como elas são e honestamente não se esquiva ao debate.
É o caso de Luísa Castel-Branco que no Destak de 14 de Dezembro, diz: "Eu nunca faria um aborto, não me interessa minimamente a discussão médica ou religiosa de quando um feto passa a ser um ser humano. Tão simplesmente, para mim, é matar um filho e ponto final.".
Depois infelizmente segue pelo argumentário do Sim: mas isto é o que eu acho mas não obrigo ninguém, etc.
De qualquer das formas fica registada a honestidade e a verdade.

domingo, dezembro 10, 2006

Os cristãos e Che Guevara

Recordado numa entrevista de D. Januário Torgal Ferreira à DNA em 8 de Abril de 2005:
"O que vos peço não é que passeis para o meu lado, mas que conservem o vosso carácter de cristãos. Ou seja, nunca vendam a alma. Não estou convosco, nem vocês comigo, mas vamos conversar"
Che Guevara

Educação Sexual...

"A Educação Sexual começa em casa, depois na escola, e finalmente nos hoteis"... :-)
Disse-o o personagem "Bispo Tadeu sem Fortuna" dos Cromos TSF
E eu encontrei esta "pérola" na "Notícias" de 29 de Fevereiro de 2004. Continua actual. :-)

Carolina Salgado e Pinto da Costa

Partilho o juízo de Ferreira Fernandes, hoje, no Correio da Manhã. O chamado "kiss and tell" apesar do chamativo que pode ser para a nossa mentalidade coscuvilheira, continua a ser, o que sempre foi: uma deslealdade, impensável entre pessoas sérias...
Também me impresionou a constatação final do artigo: de como uma paixão pôde fragilizar um homem poderoso a este ponto.
E quanto ao futebol (sim, sou sócio do FCP há 44 anos) não me lixem. Os golos foram marcados, não foram defendidos pelos adversários, e as vitórias do Porto estão na televisão para quem as quiser ver. O resto é conversa!

sábado, dezembro 09, 2006

Aborto e femininismo: o Sim passou-se...!

Se não acreditam vejam esta noticia surrealista que saiu ontem no Público...não sei o que impressiona mais: se a negação da realidade, como ela é e se apresenta, ou a repugnância pela própria natureza...?
Leiam e juro que não fui eu que inventei!

Proibição de abortar é "uma manifestação profunda e cruel do poder patriarcal"

Numa tese de mestrado, Andreia Peniche advoga a interrupção voluntária da gravidez como um direito de uma cidadania que entenda as mulheres como seres humanos plenos. Uma abordagem radical sobre um tema que em Fevereiro de 2007 será referendado.
Por Ana Cristina Pereira
Propõe-se substituir um "discurso radicalizado mas simplista" por um "discurso radical mas complexo e transgressor". Traz uma "perspectiva crítica feminista", assente na ideia de que "a proibição do aborto [por opção da mulher] não é uma medida avulsa, mas integrada na lógica de dominação patriarcal". Para Andreia Peniche, autora de Superando a perspectiva do corpo como campo de batalha: dimensionar o aborto no campo dos direitos, "o aborto deve assumir-se como um direito da cidadania e democracia reconfiguradas".Não fez uma tese distanciada sobre um dos temas mais fracturantes na sociedade portuguesa. É uma activista da despenalização e militante do BE. Fez uma "investigação interessada", já que ambicionava "compreender uma realidade social no sentido de a transformar". E defendeu-a na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto. A 4 de Fevereiro de 1998, a Assembleia da República descriminalizou o aborto a pedido da mulher até às dez semanas. A alteração legislativa foi congelada em virtude de um acordo celebrado entre os então líderes do PS (António Guterres) e do PSD (Marcelo Rebelo de Sousa). Desse entendimento, resultou o referendo de 28 de Julho que revogou o sentido do projecto-lei. A perspectiva pró-despenalização revelou-se perdedora, "porque pobre e simplista", reclama Peniche. "A alteração legislativa foi proposta como um direito que deveria ser reconhecido às mulheres, sem [contudo] entender a proibição como uma manifestação profunda e cruel do poder patriarcal: pela afirmação de uma cidadania mitigada para as mulheres e pela manutenção da heterodefinição das mulheres como identidades resultantes da sua função maternal." "A sociedade não se mexeu""A realidade pós-referendo parece ter demonstrado aquilo que os argumentos utilizados quer na Assembleia da República quer na campanha do referendo não conseguiram: o significado e o alcance da lei", acentua, numa alusão aos cinco julgamentos por aborto com direito a piquete de activistas como ela. "Fomos testemunhas de uma sociedade que se comoveu [com a possibilidade das mulheres serem presas], mas, quando pôde, não se mexeu".A tese encerra uma breve história da luta pelo direito ao aborto no Portugal democrático - recupera os movimentos, acções e reivindicações, lembra os julgamentos mediatizados, as iniciativas legislativas. Debruça-se, depois, sobre a interrupção voluntária da gravidez na comunidade internacional. E teoriza sobre "a via da emancipação na superação do patriarcado". Feitas as considerações epistemológicas e metodológicas, centra-se nos discursos proferidos durante a sessão parlamentar de 4 de Fevereiro. Analisa o conteúdo/discurso das actas, "procurando fazer emergir os discursos e argumentos utilizados pelos deputados e deputadas que serviram de sustentáculo à defesa da alteração ou manutenção legislativa". E tenta entender "que tipo de cidadania para as mulheres encerrava cada tipo de discurso". Na sessão são apresentados, discutidos e votados cinco projectos de lei ou resolução. Dois sobre descriminalização do aborto a pedido da mulher (PS e PCP), um sobre exclusão de ilicitude por razões económicas e sociais (António Braga e Eurico Figueiredo, deputados do PS), um sobre outorgação de personalidade jurídica ao embrião (CDS) e um sobre o referendo (PSD). "Apesar de se discutir uma alteração legislativa que poderá mudar a forma como as mulheres e a sua sexualidade são encaradas socialmente, os discursos não rompem com a representação das mulheres como seres de moralidade duvidosa ou ainda presos ao reino da infantilidade axiológica", indica, ao esmiuçar as propostas e os discursos (ver texto em baixo). Desconhecimento da teoria feminista"O tom geral do debate revela a completa ausência de conhecimento sobre a produção teórica feminista na reconceptualização das mulheres", aprecia Peniche. Os parlamentares "desconhecem o que são e pensam as mulheres na sua diversidade", o aborto é encarado "como algo intrinsecamente mau, o que faz das mulheres que a ele recorrem vítimas". A autora aponta "dificuldade em perceber as mulheres como seres autodeterminados e capazes de escolhas responsáveis e morais". E julga que, para os deputados e deputadas, "a maternidade é o centro da representação social das mulheres". "A única diferença é que para alguns a maternidade é um acto voluntário, um direito, e para outros é um determinismo."Compreende que os discursos espelham um "entendimento pobre da democracia e da cidadania" - uns consideram "as mulheres hierarquicamente inferiores ao feto" e outros "têm sobre elas um discurso ambíguo". Peniche admite que os defensores da alteração legislativa "de certa forma reconhecem a cidadania mitigada das mulheres". Contudo, não arriscam: a sua perspectiva "prevê o alargamento do conceito de cidadania sem fazer a sua crítica"."A ausência de poder e a derrogação do feminino transformam as mulheres e as suas subjectividades em assuntos específicos e em preciosismos de refinamento democrático", avalia a autora. "O regime democrático não inclui verdadeiramente as mulheres na cidadania. Reconhece-lhes direitos formais, mas não se transformou no sentido da igualdade."Na sua opinião, "para compreender o direito ao aborto como um direito emancipatório não basta alterar a lei, é necessária uma refundação da democracia e da cidadania que permita entender as mulheres, simbólica e praxicamente, como seres humanos plenos". "O aborto deve ser descriminalizado não apenas porque as mulheres são livres de tomar as suas decisões, mas também porque as suas acções devem ser reconhecidas e legitimadas como acções morais e responsáveis", conclui.

Ainda o aborto, os crucifixos e a perseguição religiosa

Esta gente é tão doente (a que pretende o banimento dos crucifixos) que me chegaram por mail estas sugestões de amigos meus "desejosos" que sejam consequentes aqueles que nos perseguem (aos cristãos, quando perseguem os símbolos da nossa fé):

Do Fernando: "vão ter que tirar da bandeira nacional as cinco chagas de Cristo".

Do Pedro: "Em calhando, no boletim de voto vai passar a ser proibido assinalar a nossa escolha com uma cruz....
Passará a ser uma vírgula, um ponto e vírgula, um ponto de exclamação, talvez uma clave de sol, ma não uma cruz".

Estão a perceber o rídiculo? :-)

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Aborto, Igreja e Crucifixos

A decisão da Comissão Nacional de Eleições, hoje noticiada, com pompa e gáudio, no Diário de Notícias (de que não podem existir crucifixos nos locais de voto porque, horror dos horrores, um eleitor qualquer, olhando para a cruz, pode ser compelido a votar Não, ou a mesma cruz, pode ser considerada como propaganda eleitoral), vem provar à saciedade que de algumas instituições não se pode esperar mais do que uma guerra à Igreja Católica. E que alguns dos seus membros são hoje, o que sempre foram e nos seus rituais secretos juram: uma adversidade misteriosa a Cristo e ao cristianismo.
O resto é conversa para enganar tolos...
Nota para quem não percebeu esta conversa: a queixa junto da CNE que determinou esta decisão, foi aí colocada pela Associação Laicidade e República (só o nome, diz tudo... :-), que desde há uns 3 ou 4 anos se dedica com pertinácia e muita animosidade a perseguir sacerdotes (como o Padre Lereno), os crentes da Igreja Católica (crucifixos nas escolas) e agora até os pobres eleitores portugueses.
O que me dá vontade de rir, é se o Sim ao aborto, acha que ganha alguma coisa com isto...! :-))))

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Carta de 38 personalidades muçulmanas ao Papa Bento XVI

Do Padre Nuno Serras Pereira recebi esta notícia de uma carta de 38 personalidades muçulmanas ao Papa. Alguma comunicação social, falou disto? Na! Estavam mais interessados em ver se corria mal a visita à Turquia, ou, cereja sobre o bolo, alguém tentava matar o Papa...

The Regensburg Effect: The Open Letter from 38 Muslims to the Pope

Instead of saying they are offended and demanding apologies, they express their respect for him and dialogue with him on faith and reason. They disagree on many points. But they also criticize those Muslims who want to impose, with violence, “utopian dreams in which the end justifies the means”by Sandro Magister ROMA, October 18, 2006 – One month after his lecture at the University of Regensburg, Benedict XVI received an “open letter” signed by 38 Muslim personalities from various countries and of different outlooks, which discusses point by point the views on Islam expressed by the pope in that lecture. The letter came to pope Joseph Ratzinger through the Vatican nunciature in Amman, to which it was delivered by one of the signatories, prince Ghazi bin Muhammad bin Talal, special advisor to the king of Jordan, Abdullah II. The complete text of the letter, in English, has been available since Sunday, October 15, on the website of “Islamica Magazine,” a periodical published in the Unites States that holds the copyright to this document. The letter is followed by the names and roles of the 38 main signatories, who may be joined by others. The authors of the letter welcome and appreciate without reservation the clarifications made by Benedict XVI after the wave of protests that issued from the Muslim world a few days after the lecture in Regensburg, and in particular the speech that the pope addressed to ambassadors from Muslim countries on September 25, and also the reference made by cardinal secretary of state Tarcisio Bertone, in a note issued on September 16, to the conciliar document “Nostra Aetate.” And not only that. They condemn with very strong words the assassination that took place in Somalia, in Muslim Mogadishu, of sister Leonella Sgorbati, thereby linking this to the protests that were at their peak at the time: “We must state that the murder on September 17th of an innocent Catholic nun in Somalia – and any other similar acts of wanton individual violence – 'in reaction to' the lecture at the University of Regensburg, is completely un-Islamic, and we totally condemn such acts.” The authors of the letter appreciate Benedict XVI’s desire for dialogue and take very seriously his theses. “Applaud” pope's “efforts to oppose the dominance of positivism and materialism in human life,” while contest him on other points, adding their reasons for their opposition. In this sense, the letter signed by the 38 – together with the preceding essay by Aref Ali Nayed, previewed by www.chiesa on October 4 – goes towards what the pope meant to accomplish with his audacious lecture in Regensburg: to encourage, within the Muslim world as well, public reflection that would separate faith from violence and link it to reason instead. Because, in the pope’s view, it is precisely the “reasonableness” of the faith that is the natural terrain of encounter between Christianity and the various other religions and cultures. A first point on which the letter from the 38 Muslims “reasons” with Benedict XVI concerns sura 2:256 of the Qur’an: “There is no compulsion in religion.” The authors of the letter assert that Mohammed formulated this commandment, not when he found himself “powerless and under threat” – which the pope maintains as “probable” in his lecture – but when he was in a position of strength, in Medina. And that he intended by this to appeal to Muslims, whenever they conquered a territory, “not to force another’s heart to believe.” A second point on which the letter dwells concerns the transcendence of God. That Muslim doctrine holds that God is “absolutely transcendent,” as the pope asserts, is in the judgment of the 38 signatories “a simplification which can be misleading.” The eleventh-century Muslim author to whom the pope refers - Ibn Hazm - is in their view “a worthy but very marginal figure, who belonged to the Zahiri school of jurisprudence which is followed by no one in the Islamic world today.” It is not true – they write – that “the will of God is not bound to any of our categories,” that the God of Islam is a “capricious” God, and far less so that he could delight in bloodshed. God has many names in Islam, and his “clemency and mercy” have the greatest prominence: they are present in the sacred formula that the Muslims recite every day. The third point is the use of reason. The authors of the letter write that Islamic thought has always wanted to avoid two extremes: the first is that of raising up analytic reason as the arbiter of truth, and the other is that of denying the capacity of the human intellect to address the ultimate questions. There is – they write – a harmony between the questions of human reason and the truths of Qur’anic revelation, “without sacrificing one for the other.” The fourth point is holy war. The 38 signatories of the letter recall that the word “jihad” properly means “struggle in the way of God,” which is not necessarily war. Even Christ used violence when he chased the merchants from the temple. They sum up in this way Islam’s three “authoritative and traditional” rules on war: – civilians are not approved targets; – religious creed alone cannot make a person the object of an attack; – Muslims can and must live peacefully beside their neighbors, although the legitimacy of self-defense and the maintenance of sovereignty remain valid principles. So if some Muslims – they write – have ignored such well-established teaching on the limits of war, preferring to this “utopian dreams where the end justifies the means, they have done so of their own accord and without the sanction of God, His Prophet, or the learned tradition.” The fourth point taken into consideration is forced conversion. As a political reality – write the authors of the letter – Islam certainly did spread in part by military conquest, “but the greater part of its expansion came as a result of preaching and missionary activity.” The commandment of the Qur’an, “no compulsion in religion,” must always hold true: the fact that some Muslims disobey this is “the exception that confirms the rule.” “We emphatically agree that forcing others to believe – if such a thing be truly possible at all – is not pleasing to God.” The fourth point: the “new” – and moreover “evil and inhuman” – things that Mohammed is imagined to have brought, according to Byzantine emperor Manuel II Paleologus as cited by Benedict XVI in the lecture in Regensburg. The 38 authors of the letter object that, according to Islamic doctrine, even before Mohammed “all the true prophets preached the same truth to different peoples at different times: the laws may be different, but the truth is unchanging.” The sixth point discussed: the “experts.” The authors of the letter refuse to acknowledge as reliable experts on Islam the scholars cited by Benedict XVI in the Regensburg lecture: Theodore Khoury and Roger Arnaldez. In order for a true religious and intercultural dialogue to be established – as the pope appealed in Cologne in August of 2005 – they issue a call to “listen to the actual voices of those we are dialoguing with, and not merely those of our own persuasion.” The seventh and last point: relations between Christianity and Islam. The authors of the letter point out that the tremendous following of the two religions – more than 55 percent of the world population – makes it such that the relationship between them is a decisive factor for peace. In Benedict XVI, they recognize an exceptionally influential role “in the direction of mutual understanding.” They cite with appreciation the words dedicated to Islam in the declaration “Nostra Aetate” of Vatican Council II. They cite with appreciation the words dedicated to Islam in the address delivered by John Paul II in Morocco in 1999, in the stadium of Casablanca filled with young Muslims. And they express their hope “to continue to build peaceful and friendly relationships based upon mutual respect, justice, and what is common in essence in our shared Abrahamic tradition, particularly ‘the two greatest commandments’ in Mark 12:29-31: ‘The Lord our God is Lord alone! You shall love the Lord your God with all your heart, with all your soul, with all your mind, and with all your strength. The second is this: You shall love your neighbor as yourself. There is no other commandment greater than these’.”
* * *
And here follows the alphabetic list of the 38 signatories, with their respective roles. It should be noted that they belong to many nations and to different currents of Islam – the Iranian ayatollah Muhammad Ali Taskhiri, for example, is a Shiite: 1. Abd Allah bin Mahfuz bin Bayyah, King Abd Al-Aziz University, Saudi Arabia; former vice-president and minister, Mauritania 2. Muhammad Said Ramadan Al-Buti, dean of Department of Religion, University of Damascus, Syria 3. Mustafa Cagrici, grand mufti of Istanbul, Turkey 4. Mustafa Ceric, grand mufti and head of ulema of Bosnia and Herzegovina 5. Ravil Gainutdin, grand mufti of Russia 6. Nedzad Grabus, grand mufti of Slovenia 7. Ali Mashhour bin Muhammad bin Salim bin Hafeez, imam of the Tarim Mosque and head of Fatwa Council, Tarim, Yemen 8. Umar bin Muhammad bin Salim bin Hafeez, dean of Dar Al-Mustafa, Tarim, Yemen 9. Farouq Hamadah, Mohammad V University, Morocco 10. Hamza Yusuf Hanson, founder and director of Zaytuna Institute, California, USA 11. Ahmad Badr Al-Din Hassoun, grad mufti of Syria 12. Izz Al-Din Ibrahim, advisor for cultural affairs, prime ministry, United Arab Emirates 13. Omar Jah, secretary of the Muslim Scholars Council, Gambia 14. Ali Zain Al-Abideen Al-Jifri, founder and director of Taba Institute, United Arab Emirates 15. Ali Jumuah, grand mufti of Egypt 16. Abla Mohammed Kahlawi, dean of Islamic and Arabic Studies, Al-Azhar University, Egypt 17. Mohammad Hashim Kamali, dean of the International Institute of Islamic Thought and Civilization, Malaysia 18. Nuh Ha Mim Keller, Aal Al-Bayt Institute for Islamic Thought, Jordan; Shaykh in the Shadhili Order, USA 19. Ahmad Al-Khalili, grand mufti of Oman 20. Ahmad Kubaisi, founder of the Ulema Organization, Iraq 21. Muhammad bin Muhammad Al-Mansouri, marja' of Zeidi Muslims, Yemen 22. Abu Bakr Ahmad Al-Milibari, secretary-general of the Ahl Al-Sunna Association, India 23. Abd Al-Kabir Al-Alawi Al-Mudghari, director-general of the Bayt Mal Al-Qods Al-Sharif Agency, former minister of religious affairs, Morocco 24. Ahmad Hasyim Muzadi, chairman of the Nahdat Al-Ulema, Indonesia 25. Seyyed Hossein Nasr, professor of Islamic studies, George Washington University, Washington DC, USA 26. Sevki Omerbasic, grand mufti of Croatia 27. Mohammad Abd Al-Ghaffar Al-Sharif, secretary-general of the ministry of religious affairs, Kuwait 28. Muhammad Alwani Al-Sharif, head of the European Academy of Islamic Culture and Sciences, Brussels, Belgium 29. Iqbal Sullam, vice general-secretary, Nahdat Al-Ulema, Indonesia 30. Tariq Sweidan, director-general of the Risalah Satellite Channel, Saudi Arabia 31. Ghazi bin Muhammad bin Talal, prince, chairman of the Aal Al-Bayt Institute for Islamic Thought, Jordan 32. Muhammad Ali Taskhiri, ayatollah, secretary-general of the World Assembly for Proximity of Islamic Schools of Thoughts, Iran 33. Naim Trnava, grand mufti of Kosovo 34. Abd Al-Aziz Uthman Al-Tweijri, director-general of the Islamic Educational, Scientific and Cultural Organization, Morocco 35. Muhammad Taqi Uthmani, vice president, Dar Al-Ulum, Karachi, Pakistan 36. Muhammad Al-Sadiq Muhammad Yusuf, grand mufti of Uzbekistan 37. Abd Al-Hakim Murad Winter, University of Cambridge, Divinity School, director of the Muslim Academic Trust, UK 38. Muamer Zukorli, mufti of Sanjak, Bosnia
* * *
It is worthwhile to recall that even the most authoritative leader of Shiite Islam, the Iraqi grand ayatollah Ali Al-Sistani, has expressed toward Benedict XVI the respect and attention that can also be found in the letter of the 38. And he did this much sooner. In the most violent days of the anti-papal protest that exploded in the Muslim world, representatives of Al-Sistani visited on two occasions the secretary of the Vatican nunciature in Baghdad, monsignor Thomas Hlim Sbib, to express his friendship toward Benedict XVI and his desire for a meeting with him in Rome. ___________
The complete text of the letter from the 38 Muslims to Benedict XVI, on the website of “Islamica Magazine”: > Open Letter to Pope Benedict XVI
The complete text of the lecture by Benedict XVI in Regensburg, in its definitive edition enhanced with bibliographical notes: > Faith, Reason and the University: Memories and Reflections
The first extensive reasoned critique of the papal “lectio” made by a Muslim theologian and philosopher, Aref Ali Nayed, previewed on October 4 by www.chiesa: > Two Muslim Scholars Comment on the Papal Lecture in Regensburg Its complete version on the English website www. masud.co.uk: > A Muslim’s Commentary on Benedict XVI’s “Faith, Reason and the University: Memories and Reflections”
The site www.masud.co.uk also hosts an analysis of the first year of Benedict XVI’s pontificate, written by one of the 38 signatories of the letter described above, Abd Al-Hakim Murad Winter. It is interesting to note the harmony between some of his criticisms and those of the Catholic anti-Ratzinger currents of “liberal” stamp: > Benedict XVI and Islam: the first year
Another of the 38 signatories of the letter, Seyyed Hossein Nasr, a professor at George Washington University, a Shiite and a member of an important Iranian family directly descended from Mohammed, is the father of Vali Nasr, author of the book "The Shia Revival," released this year in the United States and presented in this article from www.chiesa: > >From Lebanon to Central Asia, the Rise of Shia Muslims Ibn Hazm, the eleventh-century Muslim author cited by Benedict XVI in Regensburg, whom the 38 authors of the letter judge as a “very marginal figure” and “followed by no one,” is instead a central figure as a theologian, philosopher, legal expert, and poet in this book by Khaled Fouad Allam, an authoritative Italo-Algerian Muslim scholar, issued in the past few days in Italy: Khaled Fouad Allam, “La solitudine dell'Occidente [The Solitude of the West],” Rizzoli, Milan, 2006, 216 pp., 17 euros.

Aborto livre: Não Obrigada!

Hoje foi a apresentação da Plataforma Não Obrigada.
Ordenada, concorrida, leve e direito ao assunto. Um sucesso!
No fim, um desafio ao Governo: quando ganhar o Não, está disponível para gastar o dinheiro que reservou para as clinicas do aborto (espanholas) em politicas de apoio às mães que querem ter os seus filhos? No dia 12 de Fevereiro veremos...
Ouço a TSF às 19h00: nada sobre o acontecimento. Se fosse um grupo do sim...
Mas que esperar de uma rádio que durante toda a campanha do referendo da PMA ( www.referendo-pma.org ), 82 mil assinaturas, não organizou um fórum, sequer, sobre o tema do pedido de referendo...? Eu bem sei que não era uma petição da JS...
Isto é que é isenção! Hein?

sexta-feira, dezembro 01, 2006

APFN: Demografia e Aborto

APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas
Comunicado
47000 nascimentos a menos!

O INE publicou hoje as estatísticas demográficas referentes a 2005, tendo-se registado 109 457 nascimentos, a que corresponde um índice sintético de fecundidade de 1.47, bem longe dos necessários 2.1 para que haja renovação de gerações.

Para que isso acontecesse, seriam necessários mais 47 000 nascimentos.

Como tal, o défice demográfico já ultrapassou os 900 000 jovens e crianças, razão pela qual têm sido fechadas escolas, vão ser encerradas universidades e não irá haver gente suficiente para pagar as pensões de reforma.

Os números hoje revelados confirmam o que a APFN tem vindo a afirmar: as projecções feitas pelo INE estão baseadas em valores errados, assim como os que foram assumidos no Relatório de Sustentabilidade de Segurança Social.

Estando o Governo, e bem, preocupado com os 6% de défice das finanças públicas, é de admirar não estar minimamente preocupado com o défice de mais de 40% de natalidade que Portugal tem vindo a registar nos últimos anos! Pelo contrário, até parece achar que há nascimentos a mais, estando tão empenhado em promover e financiar o aborto, em vez de, como seria natural, apoiar os pais e mães como acontece na esmagadora maioria dos países europeus.

A APFN insiste na necessidade de serem apresentadas, com urgência, projecções realistas da população, assim como de se recalcular o impacto dessas projecções realistas na (in)sustentabilidade da Segurança Social e, mesmo, das finanças públicas, como a Comissão Europeia já alertou.

30 de Novembro de 2006
APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas