A promulgação pelo Presidente da República da lei do Governo sobre o ensino particular e cooperativo (e só isto é dizer muito dos propósitos malévolos da mesma lei já que o referido decreto não se detém no sistema de financiamento deste sector do ensino, por acaso, o mais em evidência em todos os rankings...) vem demonstrar que de facto Cavaco Silva decidiu há muito promulgar tudo o que o governo lhe apresentar e mais um pacote de batatas fritas...
É verdade que neste momento se desconhecem que alterações introduziu o Governo no diploma (num processo legislativo no minimo de contornos estranhos já que creio não haver memória de diplomas para promulgação serem mudados nessa sede sem serem submetidos a reaprovação pelo respectivo órgão emissor...) mas se foi só no financiamento então na substância a ameaça permanece...
É mesmo encanar a perna à rã criticar o diploma do governo por causa da necessidade de previsibilidade nas relações da economia com o estado. O que está em causa com aquele diploma do governo é a liberdade de educação e não é por acaso que este ataque sem precedentes vem do governo que vem (socialista e sob a influência da Maçonaria) mas só quando o seu texto for conhecido (na publicação) será de facto possivel verificar se as respectivas emendas são de facto as necessárias ou só cosmética...
Leia-se a este propósito o que vem na Ecclesia (declarações do presidente da APEC)
Foi o diário da acção política de um deputado do PSD, eleito por Braga, e agora é-o de um cidadão que desejando contribuir activamente para a organização do bem comum, procura invadir esse âmbito (da política) com aquele gosto de vida nova que caracteriza a experiência cristã. O título "POR CAUSA DELE" faz referência ao manifesto com o mesmo título, de Comunhão e Libertação, publicado em Janeiro de 2003 (e incluído no Blog).
terça-feira, dezembro 28, 2010
A Promulgação de Cavaco e a liberdade de educação
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terça-feira, outubro 26, 2010
Portugal a acabar: esperemos que não...!?
De um combatente do Ultramar e resistente anti-prec, pessoa que muito admiro, acabo de receber esta:
"A monarquia fez Portugal e criou um Império; a República acabou com o Império e está em vias de acabar com Portugal."
Carlos Azeredo (General)
Esperemos que não...!?
Mas lembrou-me aquela de um bom amigo meu que dizia que aquela frase de Nossa Senhora de Fátima "em Portugal nunca se desaparecerá o dogma da fé" era "porque Portugal vai durar pouco"...só não ponho um lol! porque o assunto não é para rir :-(
"A monarquia fez Portugal e criou um Império; a República acabou com o Império e está em vias de acabar com Portugal."
Carlos Azeredo (General)
Esperemos que não...!?
Mas lembrou-me aquela de um bom amigo meu que dizia que aquela frase de Nossa Senhora de Fátima "em Portugal nunca se desaparecerá o dogma da fé" era "porque Portugal vai durar pouco"...só não ponho um lol! porque o assunto não é para rir :-(
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Arcebispo belga e a "justiça" da SIDA
Anda para aí uma chinfrineira com as declarações de um Arcebispo belga sobre a questão da SIDA num livro de entrevistas a dois jornalistas. Por cá foi o Público que agarrou a noticia que depois de lida se percebe não justifica os impropérios de que o Arcebispo foi seguidamente vitima.
Na verdade o que o Arcebispo de Bruxelas se limitou a dizer já eu o disse há muito tempo neste mesmo blog em post que já não consigo localizar por ao tempo não existir o sistema de etiquetas. Isto é que a suposição de que a SIDA surja como uma reacção do corpo da humanidade, vista como um todo, ao mau uso que do mesmo é feito a partir de determinadas práticas sexuais é inteiramente razoável.
Só uma manifesta má vontade extrai daqui que quer eu quer o Arcebispo André-Mutien Léonard achemos justo ou adequado (e isso sim, de facto é insultuoso da parte de quem de tal nos acusa), que alguém por uma determinada forma de vida adquira uma doença como a SIDA (ou qualquer outra) ou ignoremos que uma vez a doença existente esta não atinja também pessoas estranhas a essas práticas ou que nem sequer em contacto estiveram com quem o tenha feito uma vez ou habitualmente.
É mesmo ignorar o ânimo de um cristão (cujo primeiro mandamento é o de amar o próximo sem outra consideração se não a que resulta de estar em face de um filho de Deus e por isso um irmão) e até que, como o reconhecem todos os organismos internacionais, o maior prestador mundial de serviços de cuidado e assistência aos doentes de SIDA é a Igreja Católica...!
O emprego da palavra justiça tem pois este contexto que exemplifico: cortei-me com uma faca, a ferida daí resultante faz-lhe justiça (o resultado corresponde ao acto que a originou). Analogicamente admitindo que o corpo da humanidade, aqui pensada como um todo, a sua fisicidade, não esteja concebido, preparado, se coadune bem, com determinados actos (como, por exemplo a homossexualidade nas suas diversas manifestações), a doença daí resultante, no caso a SIDA, faz-lhe justiça, isto é corresponde o resultado ao acto. O que repito tratando-se de um juizo geral não se pode transpor para um juizo individual sendo que a plavra juizo aqui empregue não é no sentido de julgamento de tribunal mas de ajuizar da razão.
(quanto muito pode-se fazer a nivel individual um juizo de probabilidade como se dizia no inicio da doença e agora se está a verificar outra vez depois de um esforço titânico e ideológico de tentar separar as duas realidades)
Assim, podem disparar e de preferência façam-no sobre mim e não sobre o Arcebispo ;-)
Na verdade o que o Arcebispo de Bruxelas se limitou a dizer já eu o disse há muito tempo neste mesmo blog em post que já não consigo localizar por ao tempo não existir o sistema de etiquetas. Isto é que a suposição de que a SIDA surja como uma reacção do corpo da humanidade, vista como um todo, ao mau uso que do mesmo é feito a partir de determinadas práticas sexuais é inteiramente razoável.
Só uma manifesta má vontade extrai daqui que quer eu quer o Arcebispo André-Mutien Léonard achemos justo ou adequado (e isso sim, de facto é insultuoso da parte de quem de tal nos acusa), que alguém por uma determinada forma de vida adquira uma doença como a SIDA (ou qualquer outra) ou ignoremos que uma vez a doença existente esta não atinja também pessoas estranhas a essas práticas ou que nem sequer em contacto estiveram com quem o tenha feito uma vez ou habitualmente.
É mesmo ignorar o ânimo de um cristão (cujo primeiro mandamento é o de amar o próximo sem outra consideração se não a que resulta de estar em face de um filho de Deus e por isso um irmão) e até que, como o reconhecem todos os organismos internacionais, o maior prestador mundial de serviços de cuidado e assistência aos doentes de SIDA é a Igreja Católica...!
O emprego da palavra justiça tem pois este contexto que exemplifico: cortei-me com uma faca, a ferida daí resultante faz-lhe justiça (o resultado corresponde ao acto que a originou). Analogicamente admitindo que o corpo da humanidade, aqui pensada como um todo, a sua fisicidade, não esteja concebido, preparado, se coadune bem, com determinados actos (como, por exemplo a homossexualidade nas suas diversas manifestações), a doença daí resultante, no caso a SIDA, faz-lhe justiça, isto é corresponde o resultado ao acto. O que repito tratando-se de um juizo geral não se pode transpor para um juizo individual sendo que a plavra juizo aqui empregue não é no sentido de julgamento de tribunal mas de ajuizar da razão.
(quanto muito pode-se fazer a nivel individual um juizo de probabilidade como se dizia no inicio da doença e agora se está a verificar outra vez depois de um esforço titânico e ideológico de tentar separar as duas realidades)
Assim, podem disparar e de preferência façam-no sobre mim e não sobre o Arcebispo ;-)
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sábado, outubro 23, 2010
Ainda o Domingo...
Sobre o que é o Domingo, vale a pena ver, no site do Centro de Cultura Católica do Porto, aqui.
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Trabalhar ao Domingo...?
Quando tomei conhecimento da autorização da abertura de hipermercados ao Domingo senti um grande incómodo mas ocupado com tantas outras coisas não pude avançar no assunto.
As declarações de D. Jorge Ortiga reproduzidas pela Ecclesia dão-me porém ocasião de malgrado o meu apego pela liberdade (da sociedade, das pessoas, de mercado, religiosa, de educação, etc.) deixar registado o meu desconforto com esta medida e a sensação profunda de que algo se altera de forma irreversivel se o Domingo se transformar num dia igual a todos os outros...
As declarações de D. Jorge Ortiga reproduzidas pela Ecclesia dão-me porém ocasião de malgrado o meu apego pela liberdade (da sociedade, das pessoas, de mercado, religiosa, de educação, etc.) deixar registado o meu desconforto com esta medida e a sensação profunda de que algo se altera de forma irreversivel se o Domingo se transformar num dia igual a todos os outros...
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terça-feira, outubro 19, 2010
Partido Comunista e proibição anuncios de prostituição
A noticia hoje de que o Partido Comunista pretende proibir anuncios de prostituição na imprensa é uma boa noticia que é aliás coerente com a história do partido no que a esta questão diz respeito.
E sem romantismos (basta ler Zita Seabra para saber o que tantas vezes a casa gasta) recorda-me um Padre meu amigo que nos idos de 1997 ou 1998 declarou para grande escândalo do jornalista que "o partido comunista é o único partido que se preocupa com a vida real das pessoas" embora o dissesse num outro contexto e na sequência de uma conversa que é agora impossivel reproduzir ;-)
Mas de facto sempre me impressionou como as femininistas fazem sempre de conta que o problema da prostituição em sentido amplo (uso da imagem da mulher como objecto de consumo) ou restrito não lhes diz respeito. O que origina um silêncio ensurdecedor na esquerda e um estranho desinteresse na direita...
Aguardemos pois qual será a posição dos restantes partidos na Assembleia da República, mas fica desde já declarado o meu total apoio à medida por todas as razões e mais alguma.
E sem romantismos (basta ler Zita Seabra para saber o que tantas vezes a casa gasta) recorda-me um Padre meu amigo que nos idos de 1997 ou 1998 declarou para grande escândalo do jornalista que "o partido comunista é o único partido que se preocupa com a vida real das pessoas" embora o dissesse num outro contexto e na sequência de uma conversa que é agora impossivel reproduzir ;-)
Mas de facto sempre me impressionou como as femininistas fazem sempre de conta que o problema da prostituição em sentido amplo (uso da imagem da mulher como objecto de consumo) ou restrito não lhes diz respeito. O que origina um silêncio ensurdecedor na esquerda e um estranho desinteresse na direita...
Aguardemos pois qual será a posição dos restantes partidos na Assembleia da República, mas fica desde já declarado o meu total apoio à medida por todas as razões e mais alguma.
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quinta-feira, outubro 14, 2010
Portugal e os mineiros do Chile
A imaginação portuguesa não tem limites e rapidamente qualquer acontecimento de relevo se transforma em mote para aplicar à situação do país.
Assim não espanta que a saga dos mineiros do Chile (que entre outras coisas tem o mérito de mostrar a humanidade no seu melhor) já tenha aplicações à realidade portuguesa:
"Também sou mineiro … tirem-me daqui!"
"O que aconteceu no Chile pode ser útil aos portugueses: também eles precisam que os retirem do buraco bem fundo em que estão encerrados"
Lol!
Assim não espanta que a saga dos mineiros do Chile (que entre outras coisas tem o mérito de mostrar a humanidade no seu melhor) já tenha aplicações à realidade portuguesa:
"Também sou mineiro … tirem-me daqui!"
"O que aconteceu no Chile pode ser útil aos portugueses: também eles precisam que os retirem do buraco bem fundo em que estão encerrados"
Lol!
terça-feira, outubro 12, 2010
Última hora: Cavaco e Mourinho
Acabei de receber esta de um amigo, num email de título "Última hora":
"Cavaco vai a Madrid pedir ao Mourinho que dirija o país até ao final da legislatura!"
Lol!
"Cavaco vai a Madrid pedir ao Mourinho que dirija o país até ao final da legislatura!"
Lol!
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sexta-feira, outubro 08, 2010
Do Afonso Costa e da direita que temos...
Contava-me hoje a minha amiga Margarida Neto que o Afonso Costa terá dito em 1913 que "a direita não se convence, deixa-se vencer"...é tão verdade, tantas vezes na propriamente dita ou no centro-direita em Portugal...
Recordou-me a frase não sei de quem: "em Portugal temos a esquerda mais estupida da Europa, mas em Portugal, mais estupido do que a esquerda, só a direita..." ;-)
Enfim, desabafos...!
Já agora (e confundindo conceitos, mas o que interessa é a analogia)dizia o Lenine: "a burguesia fabrica as cordas com que se deixará enforcar"...
Fico pessimista com isso? Nem por sombras! Só dá mais ganas e gosto em combater! É como dizem os fuzileiros: "se a missão fosse fácil, estavam cá outros" lol!
Recordou-me a frase não sei de quem: "em Portugal temos a esquerda mais estupida da Europa, mas em Portugal, mais estupido do que a esquerda, só a direita..." ;-)
Enfim, desabafos...!
Já agora (e confundindo conceitos, mas o que interessa é a analogia)dizia o Lenine: "a burguesia fabrica as cordas com que se deixará enforcar"...
Fico pessimista com isso? Nem por sombras! Só dá mais ganas e gosto em combater! É como dizem os fuzileiros: "se a missão fosse fácil, estavam cá outros" lol!
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quarta-feira, outubro 06, 2010
Humildade argentina...
A minha avó materna era Argentina(uma história que um dia contarei aqui). Consequentemente a minha mãe é 1/2 argentina e eu 1/4. Nesta história que uma amiga me enviou reconheci-me em algumas das aventuras politicas em que me envolvo...;-)
ARGENTINA DECLARA GUERRA À CHINA!!!
Após uma consulta popular "hecha en la Plaza de Mayo", a Argentina enviou
uma mensagem à República Popular da China:
"Chinos de mierda , maricons : les declaramos la guerra; tenemos 105
tanques, 47 aviones sanos, 4 barcos que navegan y 5.221 soldados".
O Estado chinês respondeu-lhes:
"Aceitamos a declaração, temos 38.000 tanques, 16.000 aviões, 790 navios e
300 milhões de soldados. "
Ao que respondem os argentinos:
" Retiramos la declaración de guerra...
No tenemos como alojar tantos prisioneros".
LOL!
ARGENTINA DECLARA GUERRA À CHINA!!!
Após uma consulta popular "hecha en la Plaza de Mayo", a Argentina enviou
uma mensagem à República Popular da China:
"Chinos de mierda , maricons : les declaramos la guerra; tenemos 105
tanques, 47 aviones sanos, 4 barcos que navegan y 5.221 soldados".
O Estado chinês respondeu-lhes:
"Aceitamos a declaração, temos 38.000 tanques, 16.000 aviões, 790 navios e
300 milhões de soldados. "
Ao que respondem os argentinos:
" Retiramos la declaración de guerra...
No tenemos como alojar tantos prisioneros".
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segunda-feira, outubro 04, 2010
Presidenciais ou de como o poder tenta abafar o que o incomoda...
É impressionante verificar como em todas as sondagens sobre presidenciais se omite sistematicamente fazer perguntas sobre candidatos alternativos a Cavaco Silva...nem sequer sobre aquele que até agora mais em foco tem estado como possibilidade, no caso, José Ribeiro e Castro...!?
Imagine-se só que à esquerda só havia um candidato e que de repente se perfilava outro no horizonte...alguém acredita que a sondagem deixaria de averiguar que acolhimento essa candidatura teria...?
Realmente o respeitinho é muito bonito e os "donos" do centro-direita não brincam em serviço...
Imagine-se só que à esquerda só havia um candidato e que de repente se perfilava outro no horizonte...alguém acredita que a sondagem deixaria de averiguar que acolhimento essa candidatura teria...?
Realmente o respeitinho é muito bonito e os "donos" do centro-direita não brincam em serviço...
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sexta-feira, setembro 03, 2010
A condecoração de Cavaco pelo Papa
A manchete do Expresso de Sábado passado sobre as condecorações do Vaticano na sequência da visita do Papa a Portugal é extraordinária...até têm a palavra "católico" a negrito e tudo...no entanto:
A relação entre a condecoração e qualquer actuação do Presidente da República é nula (sempre e em qualquer circunstância) como aliás a própria notícia reconhece quando diz que as condecorações foram combinadas durante o processo de preparação da visita.
Não há condecoração Papal que apague o facto de que a decisão de não veto da lei do casamento gay é uma decisão errada e sobretudo completamente injustificada.
A questão de uma candidatura alternativa no centro-direita não está ligada à "catolicidade" de Cavaco Silva ou de quem quer que seja. Por um lado também a Maria de Belém e o José Manuel Pureza são católicos e sabe Deus o que defendem e o mal que tem feito, por outro a necessidade de uma outra candidatura corresponde a uma necessidade de clarificação que vai muito além daquela primeira situação.
Por fim, basta recordar que também Sócrates foi condecorado para avaliar do valor de certificado de católico que tem a condecoração...;-)
A relação entre a condecoração e qualquer actuação do Presidente da República é nula (sempre e em qualquer circunstância) como aliás a própria notícia reconhece quando diz que as condecorações foram combinadas durante o processo de preparação da visita.
Não há condecoração Papal que apague o facto de que a decisão de não veto da lei do casamento gay é uma decisão errada e sobretudo completamente injustificada.
A questão de uma candidatura alternativa no centro-direita não está ligada à "catolicidade" de Cavaco Silva ou de quem quer que seja. Por um lado também a Maria de Belém e o José Manuel Pureza são católicos e sabe Deus o que defendem e o mal que tem feito, por outro a necessidade de uma outra candidatura corresponde a uma necessidade de clarificação que vai muito além daquela primeira situação.
Por fim, basta recordar que também Sócrates foi condecorado para avaliar do valor de certificado de católico que tem a condecoração...;-)
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quarta-feira, agosto 18, 2010
Mas há quem não durma no centro-direita
E nos ajude a manter-nos atentos e acordados. Refiro-me à entrevista ontem de Santana Lopes na SIC Notícias. Vale a pena ouvir. Aqui.
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Uniões de facto e batatas fritas
A promulgação pelo Presidente da República da lei das uniões de facto veio demonstrar uma vez mais que este promulgará todas as leis que o governo lhe apresentar e mais um pacote de batatas fritas...
E também que quem governa mesmo o partido socialista é o BE. "Sans rancune" estão de parabéns estes mais a Fernanda Câncio e todos os do Jugular...! Mas também com um Presidente destes e uma direita tão anémica eu se tivesse do outro lado, até sózinho não perdia uma...! Lol!
E também que quem governa mesmo o partido socialista é o BE. "Sans rancune" estão de parabéns estes mais a Fernanda Câncio e todos os do Jugular...! Mas também com um Presidente destes e uma direita tão anémica eu se tivesse do outro lado, até sózinho não perdia uma...! Lol!
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quinta-feira, agosto 12, 2010
Polanski, abuso de menores e padres...
A notícia tem barbas (faz amanhã um mês) mas a alegria que se viveu nos meios de comunicação, do pensamento dominante e do circo cultural, com a libertação do Polanski (a quem é verdade devemos a descoberta da Nastassia Kinski a segunda actriz que "amei perdidamente" depois de ter deixado a Raquel Welsh ;-) não pode deixar de escandalizar pela diferença de critérios e motivações que mostra...!
Imaginem que a mesma história tinha sido com um Padre...alguém acha que lhe perdoavam isto? Mesmo como é o caso que a história tenha pelo menos 32 anos (a condenação de Polanski por abuso de uma rapariga de 13 anos data de 1978) e a própria vitima já lhe tenha perdoado? Tá-se mesmo a ver, os justiceiros de serviço, não descansariam em que se cumprisse o mandato de captura e o mesmo Padre fosse arrastado até tribunal e depois para os respectivos calabouços...é ou não assim?
Imaginem que a mesma história tinha sido com um Padre...alguém acha que lhe perdoavam isto? Mesmo como é o caso que a história tenha pelo menos 32 anos (a condenação de Polanski por abuso de uma rapariga de 13 anos data de 1978) e a própria vitima já lhe tenha perdoado? Tá-se mesmo a ver, os justiceiros de serviço, não descansariam em que se cumprisse o mandato de captura e o mesmo Padre fosse arrastado até tribunal e depois para os respectivos calabouços...é ou não assim?
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domingo, agosto 01, 2010
A propósito daquele caso de infaticidio em França: então e o aborto?
Da minha amiga Liliana Verde recebi este email que partilho:
Gostava de saber qual a opinião dos abortistas sobre isto? Acharão assim tanta diferença entre este infanticídio e o aborto?
França
Mãe confessa morte de recém-nascidos
A mãe de oito recém-nascidos encontrados mortos em Villers-au-Tertre, norte de França, confessou a autoria das mortes e explicou que não queria mais filhos, indicou o procurador de Douai.
Dominique Cottrez disse aos investigadores que sufocava os bebés à nascença.
A mulher, de 45 anos, explicou “que não queria mais filhos e que também
não queria ir ao médico para escolher um método contraceptivo”, acrescentou o procurador Eric Vaillant
Gostava de saber qual a opinião dos abortistas sobre isto? Acharão assim tanta diferença entre este infanticídio e o aborto?
França
Mãe confessa morte de recém-nascidos
A mãe de oito recém-nascidos encontrados mortos em Villers-au-Tertre, norte de França, confessou a autoria das mortes e explicou que não queria mais filhos, indicou o procurador de Douai.
Dominique Cottrez disse aos investigadores que sufocava os bebés à nascença.
A mulher, de 45 anos, explicou “que não queria mais filhos e que também
não queria ir ao médico para escolher um método contraceptivo”, acrescentou o procurador Eric Vaillant
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Abuso de menores: impressionante carta de um Padre Missionário
A carta que se segue foi escrita pelo padre salesiano uruguaio Martín Lasarte, que trabalha em Angola, e endereçada a 6 de Abril ao jornal norte-americano The New York Times. Nela expressa a sua perplexidade diante da onda mediática despertada pelos abusos sexuais de alguns sacerdotes a par do desinteresse que o trabalho de milhares religiosos suscita nos meios de comunicação.
Eis a carta:
Querido irmão e irmã jornalista:
Sou um simples sacerdote católico. Sinto-me orgulhoso e feliz com a minha vocação. Há vinte anos vivo em Angola como missionário. Sinto grande dor pelo profundo mal que pessoas, que deveriam ser sinais do amor de Deus, sejam um punhal na vida de inocentes. Não há palavras que justifiquem estes atos. Não há dúvida de que a Igreja só pode estar do lado dos mais frágeis, dos mais indefesos. Portanto, todas as medidas que sejam tomadas para a proteção e prevenção da dignidade das crianças será sempre uma prioridade absoluta.
Vejo em muitos meios de informação, sobretudo em vosso jornal, a ampliação do tema de forma excitante, investigando detalhadamente a vida de algum sacerdote pedófilo. Assim aparece um de uma cidade dos Estados Unidos, da década de 70, outro na Austrália dos anos 80 e assim por diante, outros casos mais recentes...
Certamente, tudo condenável! Algumas matérias jornalísticas são ponderadas e equilibradas, outras exageradas, cheias de preconceitos e até ódio.
É curiosa a pouca notícia e desinteresse por milhares de sacerdotes que consomem a sua vida no serviço de milhões de crianças, de adolescentes e dos mais desfavorecidos pelos quatro cantos do mundo
Penso que ao vosso meio de informação não interessa que eu precisei transportar, por caminhos minados, em 2002, muitas crianças desnutridas de Cangumbe a Lwena (Angola), pois nem o governo se dispunha a isso e as ONGs não estavam autorizadas; que tive que enterrar dezenas de pequenos mortos entre os deslocados de guerra e os que retornaram; que tenhamos salvo a vida de milhares de pessoas no Moxico com apenas um único posto médico em 90.000 km2, assim como com a distribuição de alimentos e sementes; que tenhamos dado a oportunidade de educação nestes 10 anos e escolas para mais de 110.000 crianças...
Não é do interesse que, com outros sacerdotes, tivemos que socorrer a crise humanitária de cerca de 15.000 pessoas nos aquartelamentos da guerrilha, depois de sua rendição, porque os alimentos do Governo e da ONU não estavam chegando ao seu destino.
Não é notícia que um sacerdote de 75 anos, o padre Roberto, percorra, à noite, a cidade de Luanda curando os meninos de rua, levando-os a uma casa de acolhida, para que se desintoxiquem da gasolina, que alfabetize centenas de presos; que outros sacerdotes, como o padre Stefano, tenham casas de passagem para os menores que sofrem maus tratos e até violências e que procuram um refúgio.
Tampouco que Frei Maiato com seus 80 anos, passe casa por casa confortando os doentes e desesperados.
Não é notícia que mais de 60.000 dos 400.000 sacerdotes e religiosos tenham deixado sua terra natal e sua família para servir os seus irmãos em um leprosário, em hospitais, campos de refugiados, orfanatos para crianças acusadas de feiticeiros ou órfãos de pais que morreram de Aids, em escolas para os mais pobres, em centros de formação profissional, em centros de atenção a soropositivos. .. ou, sobretudo, em paróquias e missões dando motivações às pessoas para viver e amar.
Não é notícia que meu amigo, o padre Marcos Aurelio, por salvar jovens durante a guerra de Angola, os tenha transportado de Kalulo a Dondo, e ao voltar à sua missão tenha sido metralhado no caminho; que o irmão Francisco, com cinco senhoras catequistas, tenham morrido em um acidente na estrada quando iam prestar ajuda nas áreas rurais mais recônditas; que dezenas de missionários em Angola tenham morrido de uma simples malária por falta de atendimento médico; que outros tenham saltado pelos ares por causa de uma mina, ao visitarem o seu pessoal. No cemitério de Kalulo estão os túmulos dos primeiros sacerdotes que chegaram à região... Nenhum passa dos 40 anos.
Não é notícia acompanhar a vida de um Sacerdote “normal” em seu dia a dia, em suas dificuldades e alegrias consumindo sem barulho a sua vida a favor da comunidade que serve. A verdade é que não procuramos ser notícia, mas simplesmente levar a Boa-Notícia, essa notícia que sem estardalhaço começou na noite da Páscoa. Uma árvore que cai faz mais barulho do que uma floresta que cresce.
Não pretendo fazer uma apologia da Igreja e dos sacerdotes. O sacerdote não é nem um herói nem um neurótico. É um homem simples, que com sua humanidade busca seguir Jesus e servir os seus irmãos. Há misérias, pobrezas e fragilidades como em cada ser humano; e também beleza e bondade como em cada criatura...
Insistir de forma obsessiva e perseguidora em um tema perdendo a visão de conjunto cria verdadeiramente caricaturas ofensivas do sacerdócio católico na qual me sinto ofendido.
Só lhe peço, amigo jornalista, que busque a Verdade, o Bem e a Beleza. Isso o fará nobre em sua profissão.
Em Cristo,
Pe. Martín Lasarte, SDB.
Eis a carta:
Querido irmão e irmã jornalista:
Sou um simples sacerdote católico. Sinto-me orgulhoso e feliz com a minha vocação. Há vinte anos vivo em Angola como missionário. Sinto grande dor pelo profundo mal que pessoas, que deveriam ser sinais do amor de Deus, sejam um punhal na vida de inocentes. Não há palavras que justifiquem estes atos. Não há dúvida de que a Igreja só pode estar do lado dos mais frágeis, dos mais indefesos. Portanto, todas as medidas que sejam tomadas para a proteção e prevenção da dignidade das crianças será sempre uma prioridade absoluta.
Vejo em muitos meios de informação, sobretudo em vosso jornal, a ampliação do tema de forma excitante, investigando detalhadamente a vida de algum sacerdote pedófilo. Assim aparece um de uma cidade dos Estados Unidos, da década de 70, outro na Austrália dos anos 80 e assim por diante, outros casos mais recentes...
Certamente, tudo condenável! Algumas matérias jornalísticas são ponderadas e equilibradas, outras exageradas, cheias de preconceitos e até ódio.
É curiosa a pouca notícia e desinteresse por milhares de sacerdotes que consomem a sua vida no serviço de milhões de crianças, de adolescentes e dos mais desfavorecidos pelos quatro cantos do mundo
Penso que ao vosso meio de informação não interessa que eu precisei transportar, por caminhos minados, em 2002, muitas crianças desnutridas de Cangumbe a Lwena (Angola), pois nem o governo se dispunha a isso e as ONGs não estavam autorizadas; que tive que enterrar dezenas de pequenos mortos entre os deslocados de guerra e os que retornaram; que tenhamos salvo a vida de milhares de pessoas no Moxico com apenas um único posto médico em 90.000 km2, assim como com a distribuição de alimentos e sementes; que tenhamos dado a oportunidade de educação nestes 10 anos e escolas para mais de 110.000 crianças...
Não é do interesse que, com outros sacerdotes, tivemos que socorrer a crise humanitária de cerca de 15.000 pessoas nos aquartelamentos da guerrilha, depois de sua rendição, porque os alimentos do Governo e da ONU não estavam chegando ao seu destino.
Não é notícia que um sacerdote de 75 anos, o padre Roberto, percorra, à noite, a cidade de Luanda curando os meninos de rua, levando-os a uma casa de acolhida, para que se desintoxiquem da gasolina, que alfabetize centenas de presos; que outros sacerdotes, como o padre Stefano, tenham casas de passagem para os menores que sofrem maus tratos e até violências e que procuram um refúgio.
Tampouco que Frei Maiato com seus 80 anos, passe casa por casa confortando os doentes e desesperados.
Não é notícia que mais de 60.000 dos 400.000 sacerdotes e religiosos tenham deixado sua terra natal e sua família para servir os seus irmãos em um leprosário, em hospitais, campos de refugiados, orfanatos para crianças acusadas de feiticeiros ou órfãos de pais que morreram de Aids, em escolas para os mais pobres, em centros de formação profissional, em centros de atenção a soropositivos. .. ou, sobretudo, em paróquias e missões dando motivações às pessoas para viver e amar.
Não é notícia que meu amigo, o padre Marcos Aurelio, por salvar jovens durante a guerra de Angola, os tenha transportado de Kalulo a Dondo, e ao voltar à sua missão tenha sido metralhado no caminho; que o irmão Francisco, com cinco senhoras catequistas, tenham morrido em um acidente na estrada quando iam prestar ajuda nas áreas rurais mais recônditas; que dezenas de missionários em Angola tenham morrido de uma simples malária por falta de atendimento médico; que outros tenham saltado pelos ares por causa de uma mina, ao visitarem o seu pessoal. No cemitério de Kalulo estão os túmulos dos primeiros sacerdotes que chegaram à região... Nenhum passa dos 40 anos.
Não é notícia acompanhar a vida de um Sacerdote “normal” em seu dia a dia, em suas dificuldades e alegrias consumindo sem barulho a sua vida a favor da comunidade que serve. A verdade é que não procuramos ser notícia, mas simplesmente levar a Boa-Notícia, essa notícia que sem estardalhaço começou na noite da Páscoa. Uma árvore que cai faz mais barulho do que uma floresta que cresce.
Não pretendo fazer uma apologia da Igreja e dos sacerdotes. O sacerdote não é nem um herói nem um neurótico. É um homem simples, que com sua humanidade busca seguir Jesus e servir os seus irmãos. Há misérias, pobrezas e fragilidades como em cada ser humano; e também beleza e bondade como em cada criatura...
Insistir de forma obsessiva e perseguidora em um tema perdendo a visão de conjunto cria verdadeiramente caricaturas ofensivas do sacerdócio católico na qual me sinto ofendido.
Só lhe peço, amigo jornalista, que busque a Verdade, o Bem e a Beleza. Isso o fará nobre em sua profissão.
Em Cristo,
Pe. Martín Lasarte, SDB.
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domingo, junho 20, 2010
A proposta dos feriados
Com as reservas e cautelas de quem aprecia uma iniciativa legislativa de duas amigas (as Deputadas Teresa Venda e Maria do Rosário Carneiro) e depois de ler a mesma percebendo que existe um raciocinio lógico e fundamentos para a dita, não consigo porém concordar com elas...
E o núcleo das minhas objecções coincide com estas declarações de Manuel Alegre ao Público (nota para os teóricos da conspiração: esta coincidência de pontos de vista não está de modo nenhum relacionada com as presidenciais nem a a desilusão da decisão de não veto do actual PR! :-)
Ainda sobre esse argumento pertinente de que o valor simbólico da data se perde de alguma forma se pudermos mover o seu dia de celebração: imagine cada um se gosta de fazer anos num dia qualquer da semana, mas que toda a gente o ignorasse, reservando as felicitações para o fim-de-semana seguinte...!?
Ao qual acresce uma outra objecção, que reconheço pode não ser nem a mais inteligente, nem a mais pertinente, mas é a de que a existência das pontes é precisamente uma daquelas coisas que ainda faz de Portugal um país onde é agradável viver, com oportunidades de descanso e encontro familiar como já há em poucos lugares do mundo, possibilitando a ida à "santa terrinha" com uma frequência simpática, etc. E não sei mesmo se a vida mais feliz proporcionada pelas pontes não ajuda a que de um maior equílibrio humano, surjam homens mais capazes e por isso mais produtivos...?
E o núcleo das minhas objecções coincide com estas declarações de Manuel Alegre ao Público (nota para os teóricos da conspiração: esta coincidência de pontos de vista não está de modo nenhum relacionada com as presidenciais nem a a desilusão da decisão de não veto do actual PR! :-)
Ainda sobre esse argumento pertinente de que o valor simbólico da data se perde de alguma forma se pudermos mover o seu dia de celebração: imagine cada um se gosta de fazer anos num dia qualquer da semana, mas que toda a gente o ignorasse, reservando as felicitações para o fim-de-semana seguinte...!?
Ao qual acresce uma outra objecção, que reconheço pode não ser nem a mais inteligente, nem a mais pertinente, mas é a de que a existência das pontes é precisamente uma daquelas coisas que ainda faz de Portugal um país onde é agradável viver, com oportunidades de descanso e encontro familiar como já há em poucos lugares do mundo, possibilitando a ida à "santa terrinha" com uma frequência simpática, etc. E não sei mesmo se a vida mais feliz proporcionada pelas pontes não ajuda a que de um maior equílibrio humano, surjam homens mais capazes e por isso mais produtivos...?
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Ainda Saramago
O meu avô materno Luis de Almeida Braga (uma figura de referência na militância monárquica em Portugal, fundador do Integralismo Lusitano, escritor, etc.) quando morria alguém tido por não crente costumava dizer "este agora já sabe que Deus existe" ;-)
Que surpresa e deslumbramento não será para Saramago descobrir que afinal aquilo que ele considerava a maior das maldades ou coisa vã, não é final a mais bonita e bondosa coisa que existe, que aquilo que o seu coração, desordenada e despistadamente perseguia, quando se atirava à Igreja, aos Santos e a Deus, estava ali naquele sitio de onde tanto fugiu...!?
Que surpresa e deslumbramento não será para Saramago descobrir que afinal aquilo que ele considerava a maior das maldades ou coisa vã, não é final a mais bonita e bondosa coisa que existe, que aquilo que o seu coração, desordenada e despistadamente perseguia, quando se atirava à Igreja, aos Santos e a Deus, estava ali naquele sitio de onde tanto fugiu...!?
Saramago: paz à sua alma
Das coisas mais comoventes a que tenho assistido com a militância católica em relação à morte de Saramago é a unânime exclamação de que importa é rezar por ele e nenhuma acrimónia em relação a alguém que ao longo da sua vida ou foi nosso militante adversário ou se entreteve com alguma persistência a insultar aquilo que para nós é o mais importante na vida.
Porque a natureza humana, nossa, é fraca poderia ter acontecido alguma reacção infeliz ou estupidez mais solta. Mas nada...apenas "importa rezar por ele", ou seja, uma consciência profunda que o que mais importa na vida é esse encontro final com Deus e porque isso temos em comum, crentes e não crentes, nos sentimos desde logo irmanados, e por isso interessados, em rezar por quem parte, independentemente do que nos afastou em vida.
Por isso na morte de Saramago, o único que nos ocorre dizer é: paz à sua alma.
Porque a natureza humana, nossa, é fraca poderia ter acontecido alguma reacção infeliz ou estupidez mais solta. Mas nada...apenas "importa rezar por ele", ou seja, uma consciência profunda que o que mais importa na vida é esse encontro final com Deus e porque isso temos em comum, crentes e não crentes, nos sentimos desde logo irmanados, e por isso interessados, em rezar por quem parte, independentemente do que nos afastou em vida.
Por isso na morte de Saramago, o único que nos ocorre dizer é: paz à sua alma.
quarta-feira, junho 09, 2010
Curiosamente ou de como "procurem os socialistas e..."
Recebi agora esta de um amigo:
Alguém sabe quantos países da União Europeia têm, neste momento, governo socialista?
Para ajudar, recordo que a Hungria e o Reino Unido tiveram eleições muito recentemente, pelo que devem ter em atenção possíveis mudanças que tenham ocorrido.
Não lhes vem à memória assim de repente?
Volto a ajudar - são só 3 (três!).
Agora talvez seja mais fácil responder à questão principal: sabem quais são esses países?
Não?
Eu esclareço: GRÉCIA, PORTUGAL e ESPANHA!
Ele há coincidências do diabo!!! Logo serem os "mais avançados" da Europa (pelo menos em dívidas, descontrolo das contas públicas e atraso)!
Haja saúde, que a esperança é a última a morrer!
Alguém sabe quantos países da União Europeia têm, neste momento, governo socialista?
Para ajudar, recordo que a Hungria e o Reino Unido tiveram eleições muito recentemente, pelo que devem ter em atenção possíveis mudanças que tenham ocorrido.
Não lhes vem à memória assim de repente?
Volto a ajudar - são só 3 (três!).
Agora talvez seja mais fácil responder à questão principal: sabem quais são esses países?
Não?
Eu esclareço: GRÉCIA, PORTUGAL e ESPANHA!
Ele há coincidências do diabo!!! Logo serem os "mais avançados" da Europa (pelo menos em dívidas, descontrolo das contas públicas e atraso)!
Haja saúde, que a esperança é a última a morrer!
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segunda-feira, junho 07, 2010
As presidenciais, o poder e um vídeo extraordinário
A discussão á volta de uma candidatura presidencial alternativa na área do centro-direita (uma necessidade que se tornou visivel na promulgação pelo Presidente da República da lei do casamento gay mas que vai muito para além desta questão) veio revelar (pelas reacções de gente estimável, cada um no seu género) a existência de um sistema de poder que vive mal com homens e iniciativas livres e se considera proprietário dos votos deste espectro político.
Se esse sistema é suficientemente forte para abafar um sector importante da opinião pública, muito mais largo que os "católicos ofendidos" retaratados pelos media isso se verá no futuro (as presidenciais são só em Janeiro e até lá muita água correrá sob as pontes).
Até saber isso, conforta o humor, inteligência e argúcia, do vídeo editado pelos meus amigos do Blog O Inimputável: impagável! Lol!
Se esse sistema é suficientemente forte para abafar um sector importante da opinião pública, muito mais largo que os "católicos ofendidos" retaratados pelos media isso se verá no futuro (as presidenciais são só em Janeiro e até lá muita água correrá sob as pontes).
Até saber isso, conforta o humor, inteligência e argúcia, do vídeo editado pelos meus amigos do Blog O Inimputável: impagável! Lol!
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sexta-feira, junho 04, 2010
Orçamento e Dívida Pública: já no Império Romano...!
De um amigo recebi esta citação que dou por boa:
“O Orçamento Nacional deve ser equilibrado.
As Dívidas Públicas devem ser reduzidas, a arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada.
Os pagamentos a governos estrangeiros devem ser reduzidos, se a Nação não quiser ir à falência.
As pessoas devem novamente aprender a trabalhar, em vez de viver por conta pública.”
Marcus Tullius Cícero - Roma, 55 a.C.
“O Orçamento Nacional deve ser equilibrado.
As Dívidas Públicas devem ser reduzidas, a arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada.
Os pagamentos a governos estrangeiros devem ser reduzidos, se a Nação não quiser ir à falência.
As pessoas devem novamente aprender a trabalhar, em vez de viver por conta pública.”
Marcus Tullius Cícero - Roma, 55 a.C.
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segunda-feira, maio 31, 2010
No dia entrada em vigor lei casamento gay: comunicado da Plataforma
COMUNICADO DA PLATAFORMA CIDADANIA E CASAMENTO NO DIA DE ENTRADA EM VIGOR DA LEI QUE PERMITE O CASAMENTO ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO
1. Entra hoje em vigor a Lei que permite o casamento entre as pessoas do mesmo sexo. Tal como na vida, também na política e na legislação, nada é definitivo e existe sempre a possibilidade de repensar, avaliar, modificar e revogar.
Continua por isso também em vigor a reivindicação da sociedade portuguesa da realização de um referendo sobre a matéria e que todos os portugueses tenham a possibilidade de democraticamente exprimirem a sua vontade. Pelos meios e formas que se mostrarem adequados e conforme o aconselharem as diferentes circunstâncias políticas, a Plataforma Cidadania e Casamento prosseguirá a sua acção até que este objectivo seja atingido preparando inclusivamente do ponto de vista jurídico as soluções a que uma eventual reversão da modificação do regime do casamento possa obrigar.
2. De acordo com a edição de hoje de um jornal diário:
“A lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo entrou hoje em vigor, dia em que o primeiro-ministro almoça, na residência oficial, pelas 13:00, com representantes das associações de lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros (LGBT).”
Não podemos deixar de registar a nossa estupefacção com o facto de o Senhor Primeiro-Ministro não ter encontrado a mesma disponibilidade para receber a Plataforma Cidadania e Casamento quando esta, em nome de 92 mil subscritores da Iniciativa Popular de Referendo, lhe solicitou um encontro, cuja realização foi entregue a um assessor do seu gabinete.
Agindo desta forma, o Senhor Primeiro-Ministro, parece ter decidido não ser o chefe de governo de todos os portugueses, mas apenas das associações de lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros…
Lisboa, 31 de Maio de 2010
1. Entra hoje em vigor a Lei que permite o casamento entre as pessoas do mesmo sexo. Tal como na vida, também na política e na legislação, nada é definitivo e existe sempre a possibilidade de repensar, avaliar, modificar e revogar.
Continua por isso também em vigor a reivindicação da sociedade portuguesa da realização de um referendo sobre a matéria e que todos os portugueses tenham a possibilidade de democraticamente exprimirem a sua vontade. Pelos meios e formas que se mostrarem adequados e conforme o aconselharem as diferentes circunstâncias políticas, a Plataforma Cidadania e Casamento prosseguirá a sua acção até que este objectivo seja atingido preparando inclusivamente do ponto de vista jurídico as soluções a que uma eventual reversão da modificação do regime do casamento possa obrigar.
2. De acordo com a edição de hoje de um jornal diário:
“A lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo entrou hoje em vigor, dia em que o primeiro-ministro almoça, na residência oficial, pelas 13:00, com representantes das associações de lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros (LGBT).”
Não podemos deixar de registar a nossa estupefacção com o facto de o Senhor Primeiro-Ministro não ter encontrado a mesma disponibilidade para receber a Plataforma Cidadania e Casamento quando esta, em nome de 92 mil subscritores da Iniciativa Popular de Referendo, lhe solicitou um encontro, cuja realização foi entregue a um assessor do seu gabinete.
Agindo desta forma, o Senhor Primeiro-Ministro, parece ter decidido não ser o chefe de governo de todos os portugueses, mas apenas das associações de lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros…
Lisboa, 31 de Maio de 2010
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Presidenciais: um post genial do Pedro Picoito
Embora ainda sejo muitissimo cedo para saber o que se vai passar nas presidenciais, não podemos deixar de reconhecer que este post do Pedro Picoito é genial e bem humorado...! Lol!
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A união de homossexuais e o Presidente da Republica - artigo do Padre Vasco Pinto de Magalhães
Transcrevo artigo do Padre Vasco Pinto de Magalhães que me parece particularmente significativo porque conhecendo e apreciando este sacerdote jesuíta (já tive um retiro com ele) um artigo assim duro é bem demonstrativo de como a indignação dos católicos com a promulgação pelo PR é muito mais funda do que imaginam os comentadores de serviço do regime que pretendem deixar-nos (precipitadamente já que Cavaco ainda não disse se ia recandidatar-se) entregue à "inevitabilidade" de um voto "útil".
A união de homossexuais e o Presidente da Republica
O título mais exacto do comentário que se segue seria “A pirueta da triste figura”. Senti um arrepio, quase vómito, quando acabei de ouvir o Prof. Cavaco Silva. Que vergonha, senti. Por ele, claro. E pelo país. Assim ficou para a história como o padrinho (the best man) dos homossexuais, por incoerência da sua decisão, quando poderia ter passado à História como alguém que sem disfarce piedoso e paternalista segue as suas convicções, independente de votos e oportunismos. Seria bem preferível que, sem mais, tivesse promulgado o tal “casamento”, porque sim, porque assim o achava. Mas vir dizer a todo um país que ele pensou bem e não está de acordo e deu provas disso, que há outros modos e figuras jurídicas para o caso que são seguidas nos países que ninguém se atreve a chamar de atrasados; mais, que só uma minoria na Europa assumiu esta forma e, depois, num salto mortal, conclui ao contrário e promulga! O dito por não dito. Claro, arranjou duas “razões”. Falsas. E uma delas é ofensiva da dignidade e inteligência de um povo: estamos tão em crise e tão miseráveis que não nos podemos distrair com este tipo de debates! Ora, estes temas humanos é que são sérios, até porque a verdadeira crise é de valores. O Senhor Presidente pode ter a certeza de que o povo, “na sua menoridade” o que vai discutir é sobre futebol em África e o campeonato do Mundo. A outra razão também é “enorme”! A Assembleia vai aprovar outra vez e já não será possível vetá-lo. Pois não seria, se não houvesse outras coisas a fazer. Até dissolver a Assembleia seria possível. Aliás ninguém pode garantir em absoluto que uma lei passe (ou não) e que não haja mudanças de opinião, sobretudo quando a maioria não está assim tão garantida! De facto, usar tal argumento e agir assim com tal pirueta é como se alguém dissesse “vou-me suicidar porque é certo que dentro de algum tempo morrerei”.
Eis aqui um exemplo de um mau discernimento, do que é deixar-se levar pelas aparências de bem, do que é não clarificar nem assumir as verdadeiras motivações e arranjar “boas” razões, saídas airosas para proteger as próprias conveniências.
Enfim, não se podem julgar as pessoas, mas as piruetas, sim.
Vasco Pinto de Magalhães s.j.
A união de homossexuais e o Presidente da Republica
O título mais exacto do comentário que se segue seria “A pirueta da triste figura”. Senti um arrepio, quase vómito, quando acabei de ouvir o Prof. Cavaco Silva. Que vergonha, senti. Por ele, claro. E pelo país. Assim ficou para a história como o padrinho (the best man) dos homossexuais, por incoerência da sua decisão, quando poderia ter passado à História como alguém que sem disfarce piedoso e paternalista segue as suas convicções, independente de votos e oportunismos. Seria bem preferível que, sem mais, tivesse promulgado o tal “casamento”, porque sim, porque assim o achava. Mas vir dizer a todo um país que ele pensou bem e não está de acordo e deu provas disso, que há outros modos e figuras jurídicas para o caso que são seguidas nos países que ninguém se atreve a chamar de atrasados; mais, que só uma minoria na Europa assumiu esta forma e, depois, num salto mortal, conclui ao contrário e promulga! O dito por não dito. Claro, arranjou duas “razões”. Falsas. E uma delas é ofensiva da dignidade e inteligência de um povo: estamos tão em crise e tão miseráveis que não nos podemos distrair com este tipo de debates! Ora, estes temas humanos é que são sérios, até porque a verdadeira crise é de valores. O Senhor Presidente pode ter a certeza de que o povo, “na sua menoridade” o que vai discutir é sobre futebol em África e o campeonato do Mundo. A outra razão também é “enorme”! A Assembleia vai aprovar outra vez e já não será possível vetá-lo. Pois não seria, se não houvesse outras coisas a fazer. Até dissolver a Assembleia seria possível. Aliás ninguém pode garantir em absoluto que uma lei passe (ou não) e que não haja mudanças de opinião, sobretudo quando a maioria não está assim tão garantida! De facto, usar tal argumento e agir assim com tal pirueta é como se alguém dissesse “vou-me suicidar porque é certo que dentro de algum tempo morrerei”.
Eis aqui um exemplo de um mau discernimento, do que é deixar-se levar pelas aparências de bem, do que é não clarificar nem assumir as verdadeiras motivações e arranjar “boas” razões, saídas airosas para proteger as próprias conveniências.
Enfim, não se podem julgar as pessoas, mas as piruetas, sim.
Vasco Pinto de Magalhães s.j.
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A democracia debaixo de fogo
É o título de um artigo de André Freire que hoje saiu no Público e que recomendo vivamente.
Neste aborda a actual campanha de redução do número de deputados com grande objectividade e acerto, denunciando como a mesma (se chegasse a bom porto) contribuiria para uma sociedade com ainda maiores problemas de democraticidade e representatividade.
Quanto a mim a mudança necessária não passa por aí mas por mecanismos de maior responsabilização e identificação dos deputados, como a reforma eleitoral no sentido da consagração do voto de preferência (a possibilidade de votar num partido, indicando simultaneamente o nome da nossa preferência) e a possibilidade de primárias nos partidos para a consttituição de listas eleitorais.
Um assunto a seguir com atenção.
Neste aborda a actual campanha de redução do número de deputados com grande objectividade e acerto, denunciando como a mesma (se chegasse a bom porto) contribuiria para uma sociedade com ainda maiores problemas de democraticidade e representatividade.
Quanto a mim a mudança necessária não passa por aí mas por mecanismos de maior responsabilização e identificação dos deputados, como a reforma eleitoral no sentido da consagração do voto de preferência (a possibilidade de votar num partido, indicando simultaneamente o nome da nossa preferência) e a possibilidade de primárias nos partidos para a consttituição de listas eleitorais.
Um assunto a seguir com atenção.
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sexta-feira, maio 28, 2010
Carta "ressabiada" de um funcionário público ;-)
Não conheço a autoria e claramente trata-se de uma reacção ressabiada à necessidade existente de repensar as funções do Estado e reduzir a dimensão do mesmo (com o que concordo) e até curiosamente revela bem como a iniciativa privada é de facto mais beneficiosa (outra vez o Mia Couto...) para o próprio, mas transcrevo porque de facto tem graça:
"Exmo. Sr. 1º Ministro,
Vou alterar a minha condição de funcionário público, passando à qualidade de empresa em nome individual (como os taxistas) ou de uma firma do tipo "Jumentos & Consultores Associados Lda." e em vez de vencimento passo a receber contra factura, emitida no fim de cada mês.
Ganha o ministro, ganho eu e o país que se lixe!
Ora vejamos:
Ganha o ministro das Finanças porque:
- Fica com um funcionário público a menos.
- Poupa no que teria que pagar a uma empresa externa para avaliar o meu desempenho profissional.
- Ganha um trabalhador mais produtivo porque a iniciativa privada é, por definição, mais produtiva que o funcionalismo público.
- Fica com menos um trabalhador, potencial grevista e reivindicador que por muito que trabalhe será sempre considerado um mandrião.
E ganho eu porque:
- Deixo de pagar na totalidade todos os impostos a que um funcionário público está obrigado, e bem diga-se, pois passo a considerar o salário mínimo para efeitos fiscais e de segurança social.
- Vou comprar fraldas, champôs, papel higiénico, fairy, skip e uma infinidade de outros produtos à Makro que me emite uma factura com a designação genérica de 'artigos de limpeza', pelo que contam como custos para a empresa.
- Deixo de ter subsídio de almoço, mas todas as refeições passam a ser consideradas despesa da firma.
- Já posso arranjar uma residência em Espanha para comprar carro a metade do preço ou compro um BMW em leasing em nome da firma e lanço as facturas do combustível e de manutenção na contabilidade da empresa.
- Promovo a senhora das limpezas lá de casa a auxiliar de limpeza da firma.
- E, se no fim ainda tiver que pagar impostos, não pago, porque três anos depois o Senhor Ministro adopta um perdão fiscal; nessa ocasião vou ao banco onde tinha depositada a quantia destinada a impostos, fico com os juros e dou o resto à DGCI.
Mas ainda ganho mais:
- Em vez de pagar contribuições para a CNP, faço aplicações financeiras e obtenho benefícios fiscais se é que ainda tenho IRS para pagar.
- Se tiver filhos na universidade eles terão isenção de propinas e direito à bolsa máxima (equivalente ao salário mínimo) e se morar longe da universidade ainda podem beneficiar de um subsídio adicional para alojamento; com essas quantias compro-lhes um carro que, tal como o outro, será adquirido em nome da firma assim como manutenções e combustíveis.
- Se tiver um divórcio litigioso as prestações familiares que o tribunal me condenar já não serão deduzidas directamente na fonte e recebo o ordenado inteiro e só pago se me apetecer...!
Como se pode ver, só teria a ganhar e já podia dizer em público o nome da minha profissão sem parecer uma palavra obscena, afinal, em Portugal ter prejuízo é uma bênção de Deus!
Está visto que ser ultra liberal é o que realmente vale a pena, e porque é que os partidos que alternam no poder têm tantos votos...?"
"Exmo. Sr. 1º Ministro,
Vou alterar a minha condição de funcionário público, passando à qualidade de empresa em nome individual (como os taxistas) ou de uma firma do tipo "Jumentos & Consultores Associados Lda." e em vez de vencimento passo a receber contra factura, emitida no fim de cada mês.
Ganha o ministro, ganho eu e o país que se lixe!
Ora vejamos:
Ganha o ministro das Finanças porque:
- Fica com um funcionário público a menos.
- Poupa no que teria que pagar a uma empresa externa para avaliar o meu desempenho profissional.
- Ganha um trabalhador mais produtivo porque a iniciativa privada é, por definição, mais produtiva que o funcionalismo público.
- Fica com menos um trabalhador, potencial grevista e reivindicador que por muito que trabalhe será sempre considerado um mandrião.
E ganho eu porque:
- Deixo de pagar na totalidade todos os impostos a que um funcionário público está obrigado, e bem diga-se, pois passo a considerar o salário mínimo para efeitos fiscais e de segurança social.
- Vou comprar fraldas, champôs, papel higiénico, fairy, skip e uma infinidade de outros produtos à Makro que me emite uma factura com a designação genérica de 'artigos de limpeza', pelo que contam como custos para a empresa.
- Deixo de ter subsídio de almoço, mas todas as refeições passam a ser consideradas despesa da firma.
- Já posso arranjar uma residência em Espanha para comprar carro a metade do preço ou compro um BMW em leasing em nome da firma e lanço as facturas do combustível e de manutenção na contabilidade da empresa.
- Promovo a senhora das limpezas lá de casa a auxiliar de limpeza da firma.
- E, se no fim ainda tiver que pagar impostos, não pago, porque três anos depois o Senhor Ministro adopta um perdão fiscal; nessa ocasião vou ao banco onde tinha depositada a quantia destinada a impostos, fico com os juros e dou o resto à DGCI.
Mas ainda ganho mais:
- Em vez de pagar contribuições para a CNP, faço aplicações financeiras e obtenho benefícios fiscais se é que ainda tenho IRS para pagar.
- Se tiver filhos na universidade eles terão isenção de propinas e direito à bolsa máxima (equivalente ao salário mínimo) e se morar longe da universidade ainda podem beneficiar de um subsídio adicional para alojamento; com essas quantias compro-lhes um carro que, tal como o outro, será adquirido em nome da firma assim como manutenções e combustíveis.
- Se tiver um divórcio litigioso as prestações familiares que o tribunal me condenar já não serão deduzidas directamente na fonte e recebo o ordenado inteiro e só pago se me apetecer...!
Como se pode ver, só teria a ganhar e já podia dizer em público o nome da minha profissão sem parecer uma palavra obscena, afinal, em Portugal ter prejuízo é uma bênção de Deus!
Está visto que ser ultra liberal é o que realmente vale a pena, e porque é que os partidos que alternam no poder têm tantos votos...?"
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Presidenciais: o jornal i de hoje e o erro de Marcelo
O Jornal i publicou hoje um artigo excelente sobre a crise aberta por Cavaco na questão das presidenciais, na sequência da sua promulgação da lei do casamento gay.
Acompanha esse artigo uma entrevista de altissima categoria de Pedro Santana Lopes.
O que interessa aqui sublinhar é no entanto um erro de Marcelo Rebelo de Sousa que retrata bem uma mentalidade que está na origem de tantos equivocos políticos, desmotivação para a vida pública e a crise de representatividade de alguns sectores da sociedade portuguesa no actual sistema político.
Diz o artigo: "Mas para Marcelo Rebelo de Sousa, Cavaco não sai prejudicado. Admite que possa "ter existido um descontentamento nos sectores mais conservadores do PSD e no CDS/PP, que tem estado muito calado, mas não há espaço nem condições para o aparecimento de outro candidato de direita". "Cavaco é o candidato indiscutível. E não acredito que a sua decisão lhe custe votos, nem provoque uma segunda volta. Na hora da verdade, as pessoas vão votar nele".
Eis precisamente o "serviço" que estou convencido o actual presidente prestou ao país: o fim da "chantagem" do voto útil ou de conveniência, pelo menos para aqueles que nas questões civilizacionais, vem sendo sistematicamente "desservidos" (como diria o Mia Couto) pelo presidente em quem votaram de boa fé...
Acompanha esse artigo uma entrevista de altissima categoria de Pedro Santana Lopes.
O que interessa aqui sublinhar é no entanto um erro de Marcelo Rebelo de Sousa que retrata bem uma mentalidade que está na origem de tantos equivocos políticos, desmotivação para a vida pública e a crise de representatividade de alguns sectores da sociedade portuguesa no actual sistema político.
Diz o artigo: "Mas para Marcelo Rebelo de Sousa, Cavaco não sai prejudicado. Admite que possa "ter existido um descontentamento nos sectores mais conservadores do PSD e no CDS/PP, que tem estado muito calado, mas não há espaço nem condições para o aparecimento de outro candidato de direita". "Cavaco é o candidato indiscutível. E não acredito que a sua decisão lhe custe votos, nem provoque uma segunda volta. Na hora da verdade, as pessoas vão votar nele".
Eis precisamente o "serviço" que estou convencido o actual presidente prestou ao país: o fim da "chantagem" do voto útil ou de conveniência, pelo menos para aqueles que nas questões civilizacionais, vem sendo sistematicamente "desservidos" (como diria o Mia Couto) pelo presidente em quem votaram de boa fé...
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segunda-feira, maio 24, 2010
A bon entendedeur...;-)
Considerando que a cauda é uma pata, quantas patas tem um cão?
Tem quatro, dado que, o facto de considerarmos que a cauda é uma pata não transforma a cauda em pata.
Abraham Lincoln
Tem quatro, dado que, o facto de considerarmos que a cauda é uma pata não transforma a cauda em pata.
Abraham Lincoln
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terça-feira, abril 20, 2010
A manifestação de 20 de Fevereiro: coisa extraordinária!
Estava à procura de uma imagem para o ambiente de trabalho do meu computador e fui buscá-la ao site da manifestação pela família e pelo casamento.
E, revendo o respectivo álbum de fotografias, dou-me conta de:
a) como às vezes a excessiva proximidade aos acontecimentos que protagonizamos é como se nos ocultasse as respectivas dimensão, beleza e significado...a manifestação foi de facto uma coisa extraordinária...!
b) de que de uma mobilização desta amplitude, hoje,em Portugal, só a nossa rede e a do PCP, conseguem aquele tipo de mobilização, pluralidade, cor, movimento, conteúdo
c) é um privilégio servir os anseios daquele povo que desceu a avenida e os muito mais milheres que também lhe pertencem...!
E, revendo o respectivo álbum de fotografias, dou-me conta de:
a) como às vezes a excessiva proximidade aos acontecimentos que protagonizamos é como se nos ocultasse as respectivas dimensão, beleza e significado...a manifestação foi de facto uma coisa extraordinária...!
b) de que de uma mobilização desta amplitude, hoje,em Portugal, só a nossa rede e a do PCP, conseguem aquele tipo de mobilização, pluralidade, cor, movimento, conteúdo
c) é um privilégio servir os anseios daquele povo que desceu a avenida e os muito mais milheres que também lhe pertencem...!
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sábado, abril 10, 2010
Da importância de acreditar na Ressurreição
Se conclui por este artigo genial (como habitualmente) do João César das Neves:
Inconsciência
DESTAK | 07 | 04 | 2010 22.03H
João César das Neves | naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt
«Duzentos e cinquenta mil católicos não acreditam na vida eterna». No passado domingo, Domingo de Páscoa, o Diário de Notícias fez disto primeira página.
Segundo um estudo, 25% dos inquiridos não acreditam na ressurreição após a morte, 10% dos quais dizem ir à missa habitualmente. Cometendo um abuso estatístico comum, esses valores foram multiplicados pela população nacional para dar o título bombástico.
A confusão numérica é fácil de destrinçar. Não são 10% dos praticantes que não acreditam, mas 10% dos que não acreditam dizem ir à missa. Por outro lado, não se quis reparar que a esmagadora maioria dos portugueses (75%) acredita na ressurreição, a maior parte deles sem sequer praticar religião.
O mais curioso é não se terem notado as enormes consequências políticas e sociais da questão. Porque acreditar na ressurreição não é aspecto menor, mas decisivo na vida comunitária. Como disse há 1900 anos o primeiro filósofo cristão, S. Justino Mártir: «Se a morte terminasse na inconsciência, seria uma boa sorte para todos os malvados» (I Apologia, 18).
Acreditar que na morte acaba tudo, que não existe justiça certa e que o que se faz fica esquecido, tem enormes consequências na vida pessoal e social concreta. Pode-se ser bom assim, mas essa costuma ser a crença cómoda dos que seguem os seus caprichos.
Os terríveis abusos do nosso tempo, corrupção, falta de honra e crise de valores, que todos os quadrantes denunciam, têm certamente a ver com isto. Por cá as coisas só não são piores porque felizmente três quartos dos portugueses acreditam na ressurreição.
Inconsciência
DESTAK | 07 | 04 | 2010 22.03H
João César das Neves | naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt
«Duzentos e cinquenta mil católicos não acreditam na vida eterna». No passado domingo, Domingo de Páscoa, o Diário de Notícias fez disto primeira página.
Segundo um estudo, 25% dos inquiridos não acreditam na ressurreição após a morte, 10% dos quais dizem ir à missa habitualmente. Cometendo um abuso estatístico comum, esses valores foram multiplicados pela população nacional para dar o título bombástico.
A confusão numérica é fácil de destrinçar. Não são 10% dos praticantes que não acreditam, mas 10% dos que não acreditam dizem ir à missa. Por outro lado, não se quis reparar que a esmagadora maioria dos portugueses (75%) acredita na ressurreição, a maior parte deles sem sequer praticar religião.
O mais curioso é não se terem notado as enormes consequências políticas e sociais da questão. Porque acreditar na ressurreição não é aspecto menor, mas decisivo na vida comunitária. Como disse há 1900 anos o primeiro filósofo cristão, S. Justino Mártir: «Se a morte terminasse na inconsciência, seria uma boa sorte para todos os malvados» (I Apologia, 18).
Acreditar que na morte acaba tudo, que não existe justiça certa e que o que se faz fica esquecido, tem enormes consequências na vida pessoal e social concreta. Pode-se ser bom assim, mas essa costuma ser a crença cómoda dos que seguem os seus caprichos.
Os terríveis abusos do nosso tempo, corrupção, falta de honra e crise de valores, que todos os quadrantes denunciam, têm certamente a ver com isto. Por cá as coisas só não são piores porque felizmente três quartos dos portugueses acreditam na ressurreição.
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A constitucionalidade da lei do casamento gay
A decisão do Tribunal Constitucional que achou conforme à Constituição o casamento gay veio demonstrar uma vez mais que para os juizes do tribunal a Constituição consente em tudo o que se faz e o Tribunal Constitucional faz tudo o que se lhe consente...
Mas como muito bem explica a Plataforma no comunicado que a esse propósito publicou agora não existe mesmo nenhum obstáculo a que se realize o referendo por que a sociedade portuguesa clama.
Mas como muito bem explica a Plataforma no comunicado que a esse propósito publicou agora não existe mesmo nenhum obstáculo a que se realize o referendo por que a sociedade portuguesa clama.
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sábado, abril 03, 2010
Bispos saem em defesa dos nossos Padres
Neste tempo em que abriu a época de caça aos padres, como escrevia um insuspeito colunista do DN, é reconfortante ler esta noticia da Ecclesia:
Bispos saem em defesa dos seus padres
D. António Marto condena «crimes hediondos», mas pede confiança. D. Manuel Clemente condena «generalizações» indevidas e defende celibato
Vários Bispos do nosso país saíram em defesa dos seus padres, condenando o clima de desconfiança que se vive por causa dos recentes escândalos de pedofilia envolvendo membros do clero católico em diversos países.
A ocasião escolhida foi a homilia da Missa Crismal, que anualmente reúne o clero de cada Diocese, na manhã de Quinta-feira Santa.
D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima e vice-presidente da Conferência Episcopal, falou num “momento doloroso” marcado pelo “sofrimento e a vergonha por crimes hediondos de alguns sacerdotes e a suspeição generalizada resultante da exploração mediática de tais casos”.
“O pecado de alguns não ofusca a abnegação e a fidelidade de que a imensa maioria dos sacerdotes e religiosos dá prova quotidiana e que as nossas comunidades testemunham e reconhecem”, atirou.
No Porto, D. Manuel Clemente defendeu a “condição celibatária”, admitindo que “a mentalidade geral parece contrariá-la, encontrando em graves contrafacções de alguns clérigos o reforço da sua crítica, como se o celibato sacerdotal fosse inadequado ao ministério e até um óbice à maturidade pessoal”.
O Bispo do Porto mostrou-se seguro de que, com o tempo, “virá ao de cima a verdade dos factos, decerto mais «verdadeira» do que as generalizações absolutamente indevidas, que entretanto se propalam, com gritante injustiça”.
“A grande maioria do clero vive de modo sereno e feliz o seu celibato «pelo reino dos céus», assim participando na própria condição existencial e pastoral de Jesus Cristo, como Ele a quis viver também”, prosseguiu.
D. Jacinto Botelho, Bispo de Lamego, frisou que "a Igreja sofre nos últimos tempos uma dolorosíssima provação que não pode deixar-nos insensíveis".
"Amemos muito a nossa Mãe, a Igreja, santa, mas também pecadora, e rezemos por todas as vítimas inocentes, porventura irremediavelmente marcadas para toda a vida; amemos a Mãe Igreja e rezemos e sacrifiquemo-nos por todos os culpados que por vocação deveriam apresentá-la pura e imaculada, e com o seu torpe comportamento a conspurcam", disse.
"Amemos a Santa Igreja e rezemos por aqueles que com falsidades a insidiam, infamando-a e caluniando-a, na pessoa dos que, por vocação, ministerialmente a servem, com o exclusivo objectivo de desacreditá-la", alertou ainda.
Condenação precipitada
O Bispo de Viseu, por seu lado, sublinhou que “nada justifica a condenação precipitada, superficial e unilateral, a generalização fácil e injusta ou a marginalização tendenciosa e abusiva”.
Numa carta escrita aos padres da Diocese, D. Ilídio Leandro admite que “a Igreja, enquanto Instituição temporal e enquanto formada por homens e mulheres, frágeis e sujeitos a quedas e a pecados, tem muitos limites e imperfeições”.
Já na homilia da Missa Crismal, falou em dias nos quais “a Igreja é vista com tamanha desconfiança e em que todo o mal é aumentado, generalizado e provocador de escândalos, com um juízo desproporcionadamente injusto – ainda que o mal seja sempre mal e seja sempre de lamentar e de reparar”.
Em apoio dos seus padres saiu também D. Manuel Pelino, Bispo de Santarém, segundo o qual, “devido a alguns escândalos lamentáveis cria-se um ambiente de suspeita e de acusação que pesa sobre todos”.
“Embora os acusados sejam raras excepções que não desfazem a dignidade do sacerdócio, todos carregamos com o pecado da Igreja e da sociedade, como Cristo carrega com os pecados do mundo”, afirmou.
Nestes “momentos conturbados e agressivos em relação ao clero”, D. Manuel Pelino assegura que “a Igreja aposta na verdade, pois só a verdade nos torna livres e nos ajuda a praticar a justiça”.
No Algarve, D. Manuel Neto Quintas reconheceu "fragilidades" e deixou um apelo: "Conhecer Cristo, em ambiente de intimidade e amizade, particularmente na oração pessoal, como resposta à leitura orante da Palavra, supera tudo o que possamos desejar ou aspirar, inclusive as nossas debilidades".
D. Albino Cleto, Bispo de Coimbra, aludiu na sua homilia à “fraqueza dos irmãos que caíram”.
“Confessamo-la, dela pedimos perdão e por eles rezamos. Afinal, todos nós somos débeis; se eles se mancharam na baixeza de actos, escandalosos para quem os padeceu, quem de nós poderá negar as suas falhas em outros campos: porventura o abandono da oração, a rudeza no trato, o descuido na preparação do ensino?”, perguntou.
Na Madeira, D. António Carrilho quis deixar “uma palavra de reconhecimento e muito apreço pela vida e ministério” de cada um dos padres presentes, “nomeadamente pela generosidade da vossa entrega e dedicação ao Povo de Deus, pelo esforço de fomentar uma comunhão sempre maior no nosso presbitério, por todo o vosso empenho em viver o sacerdócio e testemunhar a alegria”.
Na Sé de Lisboa, D. José Policarpo apelou a um “ministério da alegria” na sociedade contemporânea.
Para o Cardeal-Patriarca, essa alegria “brota da experiência da reconciliação e do perdão”.
“Numa sociedade de violência e de dificuldade em perdoar, este serviço da Igreja é bálsamo para tanta dor, semente de transformação progressiva da sociedade, redescoberta da alegria de viver”, declarou.
Nacional | Octávio Carmo | 2010-04-01 | 16:35:37 | 6486 Caracteres | Semana Santa
© 2009 Agência Ecclesia. Todos os direitos reservados - agencia@ecclesia.pt
Bispos saem em defesa dos seus padres
D. António Marto condena «crimes hediondos», mas pede confiança. D. Manuel Clemente condena «generalizações» indevidas e defende celibato
Vários Bispos do nosso país saíram em defesa dos seus padres, condenando o clima de desconfiança que se vive por causa dos recentes escândalos de pedofilia envolvendo membros do clero católico em diversos países.
A ocasião escolhida foi a homilia da Missa Crismal, que anualmente reúne o clero de cada Diocese, na manhã de Quinta-feira Santa.
D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima e vice-presidente da Conferência Episcopal, falou num “momento doloroso” marcado pelo “sofrimento e a vergonha por crimes hediondos de alguns sacerdotes e a suspeição generalizada resultante da exploração mediática de tais casos”.
“O pecado de alguns não ofusca a abnegação e a fidelidade de que a imensa maioria dos sacerdotes e religiosos dá prova quotidiana e que as nossas comunidades testemunham e reconhecem”, atirou.
No Porto, D. Manuel Clemente defendeu a “condição celibatária”, admitindo que “a mentalidade geral parece contrariá-la, encontrando em graves contrafacções de alguns clérigos o reforço da sua crítica, como se o celibato sacerdotal fosse inadequado ao ministério e até um óbice à maturidade pessoal”.
O Bispo do Porto mostrou-se seguro de que, com o tempo, “virá ao de cima a verdade dos factos, decerto mais «verdadeira» do que as generalizações absolutamente indevidas, que entretanto se propalam, com gritante injustiça”.
“A grande maioria do clero vive de modo sereno e feliz o seu celibato «pelo reino dos céus», assim participando na própria condição existencial e pastoral de Jesus Cristo, como Ele a quis viver também”, prosseguiu.
D. Jacinto Botelho, Bispo de Lamego, frisou que "a Igreja sofre nos últimos tempos uma dolorosíssima provação que não pode deixar-nos insensíveis".
"Amemos muito a nossa Mãe, a Igreja, santa, mas também pecadora, e rezemos por todas as vítimas inocentes, porventura irremediavelmente marcadas para toda a vida; amemos a Mãe Igreja e rezemos e sacrifiquemo-nos por todos os culpados que por vocação deveriam apresentá-la pura e imaculada, e com o seu torpe comportamento a conspurcam", disse.
"Amemos a Santa Igreja e rezemos por aqueles que com falsidades a insidiam, infamando-a e caluniando-a, na pessoa dos que, por vocação, ministerialmente a servem, com o exclusivo objectivo de desacreditá-la", alertou ainda.
Condenação precipitada
O Bispo de Viseu, por seu lado, sublinhou que “nada justifica a condenação precipitada, superficial e unilateral, a generalização fácil e injusta ou a marginalização tendenciosa e abusiva”.
Numa carta escrita aos padres da Diocese, D. Ilídio Leandro admite que “a Igreja, enquanto Instituição temporal e enquanto formada por homens e mulheres, frágeis e sujeitos a quedas e a pecados, tem muitos limites e imperfeições”.
Já na homilia da Missa Crismal, falou em dias nos quais “a Igreja é vista com tamanha desconfiança e em que todo o mal é aumentado, generalizado e provocador de escândalos, com um juízo desproporcionadamente injusto – ainda que o mal seja sempre mal e seja sempre de lamentar e de reparar”.
Em apoio dos seus padres saiu também D. Manuel Pelino, Bispo de Santarém, segundo o qual, “devido a alguns escândalos lamentáveis cria-se um ambiente de suspeita e de acusação que pesa sobre todos”.
“Embora os acusados sejam raras excepções que não desfazem a dignidade do sacerdócio, todos carregamos com o pecado da Igreja e da sociedade, como Cristo carrega com os pecados do mundo”, afirmou.
Nestes “momentos conturbados e agressivos em relação ao clero”, D. Manuel Pelino assegura que “a Igreja aposta na verdade, pois só a verdade nos torna livres e nos ajuda a praticar a justiça”.
No Algarve, D. Manuel Neto Quintas reconheceu "fragilidades" e deixou um apelo: "Conhecer Cristo, em ambiente de intimidade e amizade, particularmente na oração pessoal, como resposta à leitura orante da Palavra, supera tudo o que possamos desejar ou aspirar, inclusive as nossas debilidades".
D. Albino Cleto, Bispo de Coimbra, aludiu na sua homilia à “fraqueza dos irmãos que caíram”.
“Confessamo-la, dela pedimos perdão e por eles rezamos. Afinal, todos nós somos débeis; se eles se mancharam na baixeza de actos, escandalosos para quem os padeceu, quem de nós poderá negar as suas falhas em outros campos: porventura o abandono da oração, a rudeza no trato, o descuido na preparação do ensino?”, perguntou.
Na Madeira, D. António Carrilho quis deixar “uma palavra de reconhecimento e muito apreço pela vida e ministério” de cada um dos padres presentes, “nomeadamente pela generosidade da vossa entrega e dedicação ao Povo de Deus, pelo esforço de fomentar uma comunhão sempre maior no nosso presbitério, por todo o vosso empenho em viver o sacerdócio e testemunhar a alegria”.
Na Sé de Lisboa, D. José Policarpo apelou a um “ministério da alegria” na sociedade contemporânea.
Para o Cardeal-Patriarca, essa alegria “brota da experiência da reconciliação e do perdão”.
“Numa sociedade de violência e de dificuldade em perdoar, este serviço da Igreja é bálsamo para tanta dor, semente de transformação progressiva da sociedade, redescoberta da alegria de viver”, declarou.
Nacional | Octávio Carmo | 2010-04-01 | 16:35:37 | 6486 Caracteres | Semana Santa
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sexta-feira, março 26, 2010
Pedofilia: duas verdades inconvenientes
Na pedofilia e/ou o abuso de menores (são duas realidades diferentes em sentido estrito, mas aqui para o caso, ficam por junto) é esmagadoramente proponderante a natureza homossexual da respectiva prática (por isso, como com graça mas também alguma tristeza me dizia um Padre meu amigo, referindo-se à discussão do celibato que estupidamente acompanha às vezes a reflexão sobre os abusos sexuais de membros do clero, "o problema desses Padres não é não poderem casar, porque não é uma mulher que eles querem...").
Uma sociedade que desde os anos 60 exalta a sexualidade, que não põem nenhuma barreira à sua exposição, que injecta doses brutais da mesma em jovens e adolescentes, que deixa que irrompam torrentes de excitação dos meios de comunicação social, de repente, fica muito admirada quando acontecem casos horriveis como esses dos abusos de menores. No entanto é preciso estar muito distraído ou então nunca ter visto nada, ou, paradoxalmente, ser totalmente e por Graça, muito santo, para estranhar a relação causa-efeito entre as duas coisas.
Uma sociedade que desde os anos 60 exalta a sexualidade, que não põem nenhuma barreira à sua exposição, que injecta doses brutais da mesma em jovens e adolescentes, que deixa que irrompam torrentes de excitação dos meios de comunicação social, de repente, fica muito admirada quando acontecem casos horriveis como esses dos abusos de menores. No entanto é preciso estar muito distraído ou então nunca ter visto nada, ou, paradoxalmente, ser totalmente e por Graça, muito santo, para estranhar a relação causa-efeito entre as duas coisas.
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Marcello Pera denuncia um ataque sem precedentes ao cristianismo
Com aquela liberdade de quem não é católico, mas apenas um homem (entre outros títúlos Senador em Itália) que é capaz de fazer um uso adequado e até às suas últimas consequências, da razão humana.
"Uma agressão ao Papa" por Marcello Pera, Publicado no Corriere della Sera 17.III.10
Caro Director do «Corriere della Sera»:
A questão dos sacerdotes pedófilos ou homossexuais, que rebentou recentemente na Alemanha, tem como alvo o Papa. E, dadas as enormidades temerárias da imprensa, cometeria um grave erro quem pensasse que o golpe não acertou no alvo - e um erro ainda mais grave quem pensasse que a questão morreria depressa, como morreram tantas questões parecidas. Não é isso que se passa. Está em curso uma guerra.
Não propriamente contra a pessoa do Papa porque, neste terreno, tal guerra é
impossível: Bento XVI tornou-se inexpugnável pela sua imagem, pela sua serenidade, pela sua limpidez, firmeza e doutrina; só aquele sorriso manso basta para desbaratar um exército de adversários. Não, a guerra é entre o laicismo e o cristianismo.
Os laicistas sabem perfeitamente que, se aquela batina branca fosse tocada, sequer, por uma pontinha de lama, toda a Igreja ficaria suja,e se a Igreja ficasse suja, suja ficaria igualmente a religião cristã.
Foi por isso que os laicistas acompanharam esta campanha com palavras de ordem do tipo: «Quem voltará a mandar os filhos à igreja?», ou «Quem voltará a meter os filhos numa escola católica?», ou ainda: «Quem internará os filhos num hospital ou numa clínica católica?» Há uns dias, uma laicista deixou escapar uma observação reveladora: «A relevância das revelações dos abusos sexuais de crianças por parte de sacerdotes mina a própria legitimação da Igreja Católica como garante da educação dos mais novos.»
Pouco importa que semelhante sentença seja desprovida de qualquer base de prova, porque a mesma aparece cuidadosamente latente: «A relevância das revelações»; quantos são os sacerdotes pedófilos? 1%? 10%? Todos?
Pouco importa também que a sentença seja completamente ilógica; bastaria substituir «sacerdotes» por «professores», ou por «políticos», ou por «jornalistas» para se «minar a legitimação» da escola pública, do parlamento, ou da imprensa. Aquilo que importa é a insinuação, mesmo que feita à custa de um argumento grosseiro: os sacerdotes são pedófilos, portanto a Igreja não tem autoridade moral,portanto a educação católica é perigosa, portanto o cristianismo é um engano e um perigo. Esta guerra do laicismo contra o cristianismo é uma guerra campal; é preciso recuar ao nazismo e ao comunismo para se encontrar outra igual. Mudam os meios, mas o fim é o mesmo: hoje, como ontem, aquilo que se pretende é a destruição da religião. Ora, a Europa pagou esta fúria destrutiva ao preço da própria liberdade.
É incrível que sobretudo a Alemanha, que bate continuamente no peito pela memória desse preço que infligiu a toda a Europa, se esqueça dele, hoje que é democrática, recusando-se a compreender que,destruído o cristianismo, é a própria democracia que se perde. No passado, a destruição da religião comportou a destruição da razão; hoje, não conduz ao triunfo da razão laica, mas a uma segunda barbárie.
No plano ético, é a barbárie de quem mata um feto por ser prejudicial à «saúde psíquica» da mãe. De quem diz que um embrião é uma «bola de células», boa para fazer experiências. De quem mata um velho porque este já não tem família que cuide dele. De quem apressa o fim de um filho, porque este deixou de estar consciente e tem uma doença incurável. De quem pensa que progenitor «A» e progenitor «B» é o mesmo que «pai» e «mãe». De quem julga que a fé é como o cóccix, um órgão que deixou de participar na evolução, porque o homem deixou de precisar de cauda. E por aí fora. Ou então, e considerando agora o lado político da guerra do laicismo contra o cristianismo, a barbárie será a destruição da Europa. Porque, eliminado o cristianismo, restará o multiculturalismo, de acordo com o qual todos os grupos têm direito à sua cultura. O relativismo, que pensa que todas as culturas são igualmente boas. O pacifismo, que nega a existência do mal.
Mas esta guerra contra o cristianismo seria menos perigosa se os cristãos a compreendessem; pelo contrário, muitos deles não percebem o que se está a passar. São os teólogos que se sentem frustrados com a supremacia intelectual de Bento XVI. Os bispos indecisos, que consideram que o compromisso com a modernidade é a melhor maneira de actualizar a mensagem cristã.
Os cardeais em crise de fé, que começam a insinuar que o celibato dos sacerdotes não é um dogma, e que talvez fosse melhor repensar essa questão.
Os intelectuais católicos que acham que a Igreja tem um problema com o feminismo e que o cristianismo tem um diferendo por resolver com a sexualidade. As conferências episcopais que se enganam na ordem do dia e, enquanto auguram uma política de fronteiras abertas a todos, não têm a coragem de denunciar as agressões de que os cristãos são alvo, bem como a humilhação que são obrigados a suportar por serem colocados, todos sem descriminação, no banco dos réus. Ou ainda os chanceleres vindos do Leste, que exibem um ministro dos negócios estrangeiros homossexual, ao mesmo tempo que atacam o Papa com argumentos éticos; e os nascidos no Ocidente, que acham que este deve ser laico, que o mesmo é dizer anti-cristão. A guerra dos laicistas vai continuar, quanto mais não seja porque um Papa como Bento XVI sorri, mas não recua um milímetro.
Mas aqueles que compreendem esta intransigência papal têm de agarrar na situação com as duas mãos, não ficando de braços cruzados à espera do próximo golpe. Quem se limita a solidarizar-se com ele, ou entrou no horto das oliveiras de noite e às escondidas, ou então não percebeu o que está ali a fazer.
"Uma agressão ao Papa" por Marcello Pera, Publicado no Corriere della Sera 17.III.10
Caro Director do «Corriere della Sera»:
A questão dos sacerdotes pedófilos ou homossexuais, que rebentou recentemente na Alemanha, tem como alvo o Papa. E, dadas as enormidades temerárias da imprensa, cometeria um grave erro quem pensasse que o golpe não acertou no alvo - e um erro ainda mais grave quem pensasse que a questão morreria depressa, como morreram tantas questões parecidas. Não é isso que se passa. Está em curso uma guerra.
Não propriamente contra a pessoa do Papa porque, neste terreno, tal guerra é
impossível: Bento XVI tornou-se inexpugnável pela sua imagem, pela sua serenidade, pela sua limpidez, firmeza e doutrina; só aquele sorriso manso basta para desbaratar um exército de adversários. Não, a guerra é entre o laicismo e o cristianismo.
Os laicistas sabem perfeitamente que, se aquela batina branca fosse tocada, sequer, por uma pontinha de lama, toda a Igreja ficaria suja,e se a Igreja ficasse suja, suja ficaria igualmente a religião cristã.
Foi por isso que os laicistas acompanharam esta campanha com palavras de ordem do tipo: «Quem voltará a mandar os filhos à igreja?», ou «Quem voltará a meter os filhos numa escola católica?», ou ainda: «Quem internará os filhos num hospital ou numa clínica católica?» Há uns dias, uma laicista deixou escapar uma observação reveladora: «A relevância das revelações dos abusos sexuais de crianças por parte de sacerdotes mina a própria legitimação da Igreja Católica como garante da educação dos mais novos.»
Pouco importa que semelhante sentença seja desprovida de qualquer base de prova, porque a mesma aparece cuidadosamente latente: «A relevância das revelações»; quantos são os sacerdotes pedófilos? 1%? 10%? Todos?
Pouco importa também que a sentença seja completamente ilógica; bastaria substituir «sacerdotes» por «professores», ou por «políticos», ou por «jornalistas» para se «minar a legitimação» da escola pública, do parlamento, ou da imprensa. Aquilo que importa é a insinuação, mesmo que feita à custa de um argumento grosseiro: os sacerdotes são pedófilos, portanto a Igreja não tem autoridade moral,portanto a educação católica é perigosa, portanto o cristianismo é um engano e um perigo. Esta guerra do laicismo contra o cristianismo é uma guerra campal; é preciso recuar ao nazismo e ao comunismo para se encontrar outra igual. Mudam os meios, mas o fim é o mesmo: hoje, como ontem, aquilo que se pretende é a destruição da religião. Ora, a Europa pagou esta fúria destrutiva ao preço da própria liberdade.
É incrível que sobretudo a Alemanha, que bate continuamente no peito pela memória desse preço que infligiu a toda a Europa, se esqueça dele, hoje que é democrática, recusando-se a compreender que,destruído o cristianismo, é a própria democracia que se perde. No passado, a destruição da religião comportou a destruição da razão; hoje, não conduz ao triunfo da razão laica, mas a uma segunda barbárie.
No plano ético, é a barbárie de quem mata um feto por ser prejudicial à «saúde psíquica» da mãe. De quem diz que um embrião é uma «bola de células», boa para fazer experiências. De quem mata um velho porque este já não tem família que cuide dele. De quem apressa o fim de um filho, porque este deixou de estar consciente e tem uma doença incurável. De quem pensa que progenitor «A» e progenitor «B» é o mesmo que «pai» e «mãe». De quem julga que a fé é como o cóccix, um órgão que deixou de participar na evolução, porque o homem deixou de precisar de cauda. E por aí fora. Ou então, e considerando agora o lado político da guerra do laicismo contra o cristianismo, a barbárie será a destruição da Europa. Porque, eliminado o cristianismo, restará o multiculturalismo, de acordo com o qual todos os grupos têm direito à sua cultura. O relativismo, que pensa que todas as culturas são igualmente boas. O pacifismo, que nega a existência do mal.
Mas esta guerra contra o cristianismo seria menos perigosa se os cristãos a compreendessem; pelo contrário, muitos deles não percebem o que se está a passar. São os teólogos que se sentem frustrados com a supremacia intelectual de Bento XVI. Os bispos indecisos, que consideram que o compromisso com a modernidade é a melhor maneira de actualizar a mensagem cristã.
Os cardeais em crise de fé, que começam a insinuar que o celibato dos sacerdotes não é um dogma, e que talvez fosse melhor repensar essa questão.
Os intelectuais católicos que acham que a Igreja tem um problema com o feminismo e que o cristianismo tem um diferendo por resolver com a sexualidade. As conferências episcopais que se enganam na ordem do dia e, enquanto auguram uma política de fronteiras abertas a todos, não têm a coragem de denunciar as agressões de que os cristãos são alvo, bem como a humilhação que são obrigados a suportar por serem colocados, todos sem descriminação, no banco dos réus. Ou ainda os chanceleres vindos do Leste, que exibem um ministro dos negócios estrangeiros homossexual, ao mesmo tempo que atacam o Papa com argumentos éticos; e os nascidos no Ocidente, que acham que este deve ser laico, que o mesmo é dizer anti-cristão. A guerra dos laicistas vai continuar, quanto mais não seja porque um Papa como Bento XVI sorri, mas não recua um milímetro.
Mas aqueles que compreendem esta intransigência papal têm de agarrar na situação com as duas mãos, não ficando de braços cruzados à espera do próximo golpe. Quem se limita a solidarizar-se com ele, ou entrou no horto das oliveiras de noite e às escondidas, ou então não percebeu o que está ali a fazer.
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segunda-feira, março 08, 2010
Estrasburgo: Tribunal aceita recurso sobre o crucifixo
Finalmente um pouco de bom senso e, espera-se, respeito pelo principio da subsidiariedade, sem o que não há pachorra para aturar a União Europeia...diz a Ecclesia:
O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos aceitou o recurso apresentado pelo Governo italiano, depois de ter decidido, em Novembro de 2009, que os crucifixos não deviam estar nas salas de aula das escolas.
A sentença do tribunal dava razão a uma mãe de família que alegava que os crucifixos atentavam contra o seu direito de dar uma educação secular aos filhos.
Perante a decisão, o Governo da Itália defendeu a presença dos crucifixos nas salas de aula dos colégios públicos, como um símbolo que representa as raízes cristãs do país.
A respeito disto, o Reitor da Universidade LUMSA, de Roma, Giuseppe Dalla Torre, comentou em entrevista com a agência SIR que recebeu “com alegria este primeiro resultado”, e espera que o tribunal compreenda os argumentos do Governo e decida a favor da Itália.
“A decisão tomada pelo tribunal em Novembro do ano passado causou um grande impacto não só na Itália, mas também em outros países da Europa”, continuou Dalla Torre, em declarações à Radio Vaticano.
Segundo o reitor universitário, “isto é algo positivo já que os países da Europa, especialmente os da União Europeia, apoiam o facto de que os aspectos religiosos devem ser resolvidos democrática e constitucionalmente pela jurisdição de cada país. Estes casos correspondem à identidade nacional de cada país”, finalizou.
Internacional | Renascença (RR) | 2010-03-07 | 14:25:00 | 1655 Caracteres | Europa
O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos aceitou o recurso apresentado pelo Governo italiano, depois de ter decidido, em Novembro de 2009, que os crucifixos não deviam estar nas salas de aula das escolas.
A sentença do tribunal dava razão a uma mãe de família que alegava que os crucifixos atentavam contra o seu direito de dar uma educação secular aos filhos.
Perante a decisão, o Governo da Itália defendeu a presença dos crucifixos nas salas de aula dos colégios públicos, como um símbolo que representa as raízes cristãs do país.
A respeito disto, o Reitor da Universidade LUMSA, de Roma, Giuseppe Dalla Torre, comentou em entrevista com a agência SIR que recebeu “com alegria este primeiro resultado”, e espera que o tribunal compreenda os argumentos do Governo e decida a favor da Itália.
“A decisão tomada pelo tribunal em Novembro do ano passado causou um grande impacto não só na Itália, mas também em outros países da Europa”, continuou Dalla Torre, em declarações à Radio Vaticano.
Segundo o reitor universitário, “isto é algo positivo já que os países da Europa, especialmente os da União Europeia, apoiam o facto de que os aspectos religiosos devem ser resolvidos democrática e constitucionalmente pela jurisdição de cada país. Estes casos correspondem à identidade nacional de cada país”, finalizou.
Internacional | Renascença (RR) | 2010-03-07 | 14:25:00 | 1655 Caracteres | Europa
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sexta-feira, março 05, 2010
A Câmara de Lisboa e o palco para o Papa
O Vereador do CDS-PP na Câmara de Lisboa (António Carlos Monteiro) esta semana na respectiva reunião teve uma excelente intervenção questionando o executivo camarário sobre por que razão não ajuda a edilidade com os seus próprios meios a realização da Missa do Papa no Terreiro do Paço. As notícias abaixo dão conta disso:
http://www.cds.pt/rubricas.aspx?id_seccao=45&id_rubrica=2913
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=438575
http://www.rr.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=92&did=94050
http://www.cds.pt/rubricas.aspx?id_seccao=45&id_rubrica=2913
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=438575
http://www.rr.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=92&did=94050
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terça-feira, fevereiro 23, 2010
A entrevista de Sócrates
Não vi a entrevista de Sócrates (ontem à noite estive na Missa que assinalou o 28º aniversário do reconhecimento pontificio da Fraternidade de Comunhão e Libertação e o 5º aniversário da morte de D. Luigi Giussani, fundador do movimento)mas li os jornais e ouvi a rádio, além dos comentários dos colegas aqui no escritório.
E a sensação de incomodidade com isto tudo permanece...não sei explicar bem, mas é como se todo o barulho à volta deste "diz que disse" me parece não interessa nada (é coscuvilhice politica), revela o que o debate político tem de pior (agir sobre a escandalosa revelação de escutas e/ou segredo de justiça é cumplicidade com uma coisa perigosissima que hoje magoa o PS, mas um dia pode magoar outros ou a nós próprios...) e, sobretudo, passa ao lado do que são as questões fundamentais do momento político actual: a situação financeira do Estado, a má governação do PS, a fragilidade aflitiva da oposição, o debate sobre o que interessa (que projecto de sociedade temos, de onde partimos, o que queremos, como se defende a liberdade).
Além disso e do ponto de vista humano, mesmo não gostando da personagem (do primeiro-ministro), acho que há limites que não se devem passar e alguma agressividade injustificada com um homem que para ser criticado basta já o que fez.
Mas talvez isto seja "angelismo" político...?
E a sensação de incomodidade com isto tudo permanece...não sei explicar bem, mas é como se todo o barulho à volta deste "diz que disse" me parece não interessa nada (é coscuvilhice politica), revela o que o debate político tem de pior (agir sobre a escandalosa revelação de escutas e/ou segredo de justiça é cumplicidade com uma coisa perigosissima que hoje magoa o PS, mas um dia pode magoar outros ou a nós próprios...) e, sobretudo, passa ao lado do que são as questões fundamentais do momento político actual: a situação financeira do Estado, a má governação do PS, a fragilidade aflitiva da oposição, o debate sobre o que interessa (que projecto de sociedade temos, de onde partimos, o que queremos, como se defende a liberdade).
Além disso e do ponto de vista humano, mesmo não gostando da personagem (do primeiro-ministro), acho que há limites que não se devem passar e alguma agressividade injustificada com um homem que para ser criticado basta já o que fez.
Mas talvez isto seja "angelismo" político...?
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segunda-feira, fevereiro 22, 2010
Grande Futebol Clube do Porto!
A magnifica vitória sobre o Braga é a coroa de glória sobre a extraordinária conferência de imprensa em solidariedade com o Hulk e o Sapunaru. Lindo!
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Um pouco de Guerra Junqueiro sobre o mal e a nossa sociedade
Citação de Guerra Junqueiro retirada de um artigo extraordinário de Jorge Laiginhas no Jornal de Notícias de 21 de Fevereiro (chama-se "Estaroiçamento pecaminoso na escrivadoria municipal" e em bom rigor devia levar bolinha vermelha mas nos tempos que correm umas ousadias literárias heterosexuais já equivalem a virtude ;-):
"A sociedade portuguesa está organizada para o mal. Não é já o mal esporádico e fortuito em casos isolados que rapidamente se combatem. Não; é o mal colectivo, o mal em norma de vida, o mal em sistema de governo. Os poderes funcionam, deliberadamente, com um fim: produzir o mal. Porquê e para quê? Porque, o mal, são eles e querem conservar-se. Um regimen corrupto só na corrupção subsiste. Mantém-se na corrupção, como alguns bacilos na porcaria. O seu ódio ao bem é orgânico. A filosofia de vida dum tal regimen é a filosofia do porco: devorar."
"A sociedade portuguesa está organizada para o mal. Não é já o mal esporádico e fortuito em casos isolados que rapidamente se combatem. Não; é o mal colectivo, o mal em norma de vida, o mal em sistema de governo. Os poderes funcionam, deliberadamente, com um fim: produzir o mal. Porquê e para quê? Porque, o mal, são eles e querem conservar-se. Um regimen corrupto só na corrupção subsiste. Mantém-se na corrupção, como alguns bacilos na porcaria. O seu ódio ao bem é orgânico. A filosofia de vida dum tal regimen é a filosofia do porco: devorar."
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A lei esfumada ou o fascismo higienista
Vou morrer sem conseguir perceber porque multiplicam as proibições, os mesmos que não se cansam de propôr "liberdades" (casamento gay, aborto, procriação artificial, divórcio, etc.)...!?
O artigo "A lei esfumada" de Fernanda Câncio, publicada na revista do Jornal e Diário de Notícias, é o exemplo acabado de como quer mandar na vida dos outros quem aparentemente diz não ter nada a ver com isso...
Fumadores, caçadores, apreciadores do alcóol e da tauromaquia, de todo o mundo: uni-vos! Porque se não com o fascismo higiénico a avançar desta maneira, qualquer dia temos de ir para a clandestinidade...
O artigo "A lei esfumada" de Fernanda Câncio, publicada na revista do Jornal e Diário de Notícias, é o exemplo acabado de como quer mandar na vida dos outros quem aparentemente diz não ter nada a ver com isso...
Fumadores, caçadores, apreciadores do alcóol e da tauromaquia, de todo o mundo: uni-vos! Porque se não com o fascismo higiénico a avançar desta maneira, qualquer dia temos de ir para a clandestinidade...
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sexta-feira, fevereiro 19, 2010
Ainda este escândalo das escutas
Continuo a achar que o mais importante que se está a passar na divulgação das escutas, não é o que elas revelam de combinações, mas o próprio facto das escutas saltarem para os jornais, o que mostra um estado incapaz de garantir a segurança e intimidade das conversações, de fazer respeitar isso pelos seus serviços e de punir todos os que violam o segredo de justiça (em sentido amplo e não apenas formal)...
Este artigo do João César das Neves parece-me corroborar esta minha opinião e merece ser lido (retirei-o do Blog Povo):
DESTAK |18 | 02 | 2010 08.42H
João César das Neves | naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt
Assistimos a um grande embate entre Governo e imprensa, onde os políticos estão a perder em toda a linha. Mas se as irregularidades governamentais são muito graves, é bom não perder de vista também as culpas do outro lado. Os políticos corromperam os valores, mas é verdade que as escutas e o jornalismo de buraco de fechadura são péssimos. Os jornais apresentam-se como juízes nacionais e garantes da moral pública, mas acabam envolvidos na sujidade que dizem limpar. Um caricato exemplo recente, alheio à controvérsia, mostra-o bem.
O Papa vem a Portugal em Maio. Essa visita levanta muitas questões, algumas polémicas, várias dificuldades. Há muito a dizer sobre ela. O Expresso, uma das principais publicações nacionais, decidiu fazer uma reportagem sobre o tema. Mandou uma repórter às lojinhas do santuário e fez uma notícia de página inteira com chamada à capa: «Bento XVI é um fracasso de vendas em Fátima» (13/Fev.).
O assunto é menor, mas revelador. Há muitas opiniões sobre a personalidade do Papa e o seu significado. Mas será que ninguém nesse grande semanário tem influência para dizer que isto é muito estúpido? Será tal especulação tonta digna de primeira página? Porque entrou o periódico em boçalidade tão infantil, jornalismo de cordel que confirma o pior que dizem?
O principal mal dos escândalos nacionais é que desmoralizam o País. Quando os líderes são arrastados na lama os cidadãos sentem-se mergulhados em maldade. O exemplo público da corrupção propaga a mediocridade em todas as actividades. Até naquela que o denuncia.
Este artigo do João César das Neves parece-me corroborar esta minha opinião e merece ser lido (retirei-o do Blog Povo):
DESTAK |18 | 02 | 2010 08.42H
João César das Neves | naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt
Assistimos a um grande embate entre Governo e imprensa, onde os políticos estão a perder em toda a linha. Mas se as irregularidades governamentais são muito graves, é bom não perder de vista também as culpas do outro lado. Os políticos corromperam os valores, mas é verdade que as escutas e o jornalismo de buraco de fechadura são péssimos. Os jornais apresentam-se como juízes nacionais e garantes da moral pública, mas acabam envolvidos na sujidade que dizem limpar. Um caricato exemplo recente, alheio à controvérsia, mostra-o bem.
O Papa vem a Portugal em Maio. Essa visita levanta muitas questões, algumas polémicas, várias dificuldades. Há muito a dizer sobre ela. O Expresso, uma das principais publicações nacionais, decidiu fazer uma reportagem sobre o tema. Mandou uma repórter às lojinhas do santuário e fez uma notícia de página inteira com chamada à capa: «Bento XVI é um fracasso de vendas em Fátima» (13/Fev.).
O assunto é menor, mas revelador. Há muitas opiniões sobre a personalidade do Papa e o seu significado. Mas será que ninguém nesse grande semanário tem influência para dizer que isto é muito estúpido? Será tal especulação tonta digna de primeira página? Porque entrou o periódico em boçalidade tão infantil, jornalismo de cordel que confirma o pior que dizem?
O principal mal dos escândalos nacionais é que desmoralizam o País. Quando os líderes são arrastados na lama os cidadãos sentem-se mergulhados em maldade. O exemplo público da corrupção propaga a mediocridade em todas as actividades. Até naquela que o denuncia.
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quinta-feira, fevereiro 18, 2010
Mãe lésbica: mudava...Dah...!
Anda por ai uma campanha mais de promoção da homossexualidade intitulada "Se a tua mãe fosse lésbica mudava alguma coisa?" que apesar de termos de reconhecer primorosamente concebida (veja-se o video no mesmo Blog) só merece a resposta acima: "Mudava...Dah...!".
Podia mudar para bem ou para mal, umas coisas se calhar bem, outras mal, podia até parecer que não mudava, mas mudava de facto...Dah...!
Sobre esse assunto na Sábado de hoje Pacheco Pereira escreveu umas linhas luminosas sob o título "Propaganda falsa paga com o nosso dinheiro" que enviarei a quem me o pedir por não ter conseguido encontrar este texto na net.
Parece-me também que no tempo actual de discussão do casamento entre pessoas do mesmo sexo a Câmara Municipal não podia nem devia ter colaborado com a mesma...?
Podia mudar para bem ou para mal, umas coisas se calhar bem, outras mal, podia até parecer que não mudava, mas mudava de facto...Dah...!
Sobre esse assunto na Sábado de hoje Pacheco Pereira escreveu umas linhas luminosas sob o título "Propaganda falsa paga com o nosso dinheiro" que enviarei a quem me o pedir por não ter conseguido encontrar este texto na net.
Parece-me também que no tempo actual de discussão do casamento entre pessoas do mesmo sexo a Câmara Municipal não podia nem devia ter colaborado com a mesma...?
segunda-feira, fevereiro 15, 2010
A noticia de hoje sobre Pedro Santana Lopes
A noticia de hoje no Correio da Manhã sobre Pedro Santana Lopes é inacreditável. Basta lê-la para perceber que não tem pés nem cabeça o título da mesma. Mas entretanto as pessoas (e aqui ele mesmo) vão sofrendo com este jornalismo que não cuida o minimo da responsabilidade do que faz e diz...
Não sei se alguma coisa na sua vida, de Santana Lopes, justificaria ele passar pelo purgatório (a mim bastam-me as minhas, das dos outros não cuido), mas com coisas destas e o sofrimento que trazem, fica tudo mais do que descontado...! ;-)
Muito bem sobre isto o post de José Paulo Fafe.
Não sei se alguma coisa na sua vida, de Santana Lopes, justificaria ele passar pelo purgatório (a mim bastam-me as minhas, das dos outros não cuido), mas com coisas destas e o sofrimento que trazem, fica tudo mais do que descontado...! ;-)
Muito bem sobre isto o post de José Paulo Fafe.
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Um juizo claro: o de Alberto João Jardim
Quanto mais o tempo passa, mais gosto de Alberto João Jardim!
Se duvidas restassem sobre a sua clareza de juizo e diagnóstico, vejam-se estas declarações à Renascença:
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"O país parece uma Sicília" - Alberto João Jardim
Inserido em 12-02-2010 23:00
Num país com tradição democrática um Primeiro-ministro na situação de José Sócrates já teria sido substituído, afirma o presidente do Governo Regional da Madeira e do PSD/Madeira.
"O país parece uma Sicília", declarou Alberto João Jardim aos jornalistas, ao chegar à sede do PSD, em Lisboa, para a reunião do Conselho Nacional social-democrata.
Questionado se concorda com o seu colega de partido António Capucho, que defendeu que José Sócrates não tem condições para se manter no cargo de Primeiro-ministro e deveria ser substituído, mantendo-se o PS no Governo, Jardim respondeu: "Em primeiro lugar, não são as pessoas do PSD que têm de dizer quem deve ser o líder do PS, mas tudo o que se tem passado não era possível num país de longa tradição democrática como a Inglaterra".
"Depois de tudo o que se passou, em Inglaterra o partido do poder continuava no poder mas tinha mudado o Primeiro-ministro. E é assim que se faz nos países democráticos", considerou.
Depois de comparar a situação do país com a da Sicília, o presidente do PSD/Madeira responsabilizou os portugueses: "A culpa não é só dos políticos, é de um povo que deixou este país chegar ao estado em que está, de um povo que não tem valores, de um povo que acha piada em todas estas golpadas que vão por aí. Cada povo tem aquilo que merece".
"Vamo-nos deixar de hipocrisias. Este país precisa de disciplina democrática. Continuar a consentir na asneira e depois dizer que a culpa é dos políticos, isso é bem português", acrescentou.
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Se duvidas restassem sobre a sua clareza de juizo e diagnóstico, vejam-se estas declarações à Renascença:
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"O país parece uma Sicília" - Alberto João Jardim
Inserido em 12-02-2010 23:00
Num país com tradição democrática um Primeiro-ministro na situação de José Sócrates já teria sido substituído, afirma o presidente do Governo Regional da Madeira e do PSD/Madeira.
"O país parece uma Sicília", declarou Alberto João Jardim aos jornalistas, ao chegar à sede do PSD, em Lisboa, para a reunião do Conselho Nacional social-democrata.
Questionado se concorda com o seu colega de partido António Capucho, que defendeu que José Sócrates não tem condições para se manter no cargo de Primeiro-ministro e deveria ser substituído, mantendo-se o PS no Governo, Jardim respondeu: "Em primeiro lugar, não são as pessoas do PSD que têm de dizer quem deve ser o líder do PS, mas tudo o que se tem passado não era possível num país de longa tradição democrática como a Inglaterra".
"Depois de tudo o que se passou, em Inglaterra o partido do poder continuava no poder mas tinha mudado o Primeiro-ministro. E é assim que se faz nos países democráticos", considerou.
Depois de comparar a situação do país com a da Sicília, o presidente do PSD/Madeira responsabilizou os portugueses: "A culpa não é só dos políticos, é de um povo que deixou este país chegar ao estado em que está, de um povo que não tem valores, de um povo que acha piada em todas estas golpadas que vão por aí. Cada povo tem aquilo que merece".
"Vamo-nos deixar de hipocrisias. Este país precisa de disciplina democrática. Continuar a consentir na asneira e depois dizer que a culpa é dos políticos, isso é bem português", acrescentou.
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quinta-feira, fevereiro 11, 2010
Sócrates e a liberdade de expressão
Trata-se obviamente de um exagero metafórico, mas recebi esta e achei graça ;-)
"Sócrates foi a uma escola conversar com as criancinhas, acompanhado de uma comitiva.
Depois de apresentar todas as maravilhosas realizações de seu governo, disse às criancinhas que iria responder perguntas.
Uma das crianças levantou a mão e Sócrates perguntou:
- Qual é o teu nome, meu filho?
- PAULINHO. (lembre-se bem deste nome)
- E qual é a sua pergunta?
- Eu tenho três perguntas:
1ª)Onde estão os 150.000 empregos prometidos na sua campanha eleitoral?
2ª)Quem meteu ao bolso o dinheiro do Freeport?
3ª)O senhor sabia dos escândalos do Face Oculta?
Sócrates fica desnorteado, mas neste momento a campainha para o recreio toca, ele aproveita e diz que responderá depois do recreio.
Após o recreio, Sócrates diz:
- Porreiro Pá, onde estávamos? Acho que eu ia responder perguntas.
Quem tem perguntas?
Um outro garotinho levanta a mão e Sócrates aponta para ele.
- Podes perguntar, meu filho. Como é o teu nome?
- Joãozinho, e tenho cinco perguntas:
1ª)Onde estão os 150.000 empregos prometidos na sua campanha eleitoral?
2ª)Quem meteu ao bolso o dinheiro do Freeport?
3ª)O senhor sabia dos escândalos do Face Oculta?
4ª)Por que é que a campaínha do recreio tocou meia hora mais cedo?
5ª)Onde está o PAULINHO??"
Lol!
"Sócrates foi a uma escola conversar com as criancinhas, acompanhado de uma comitiva.
Depois de apresentar todas as maravilhosas realizações de seu governo, disse às criancinhas que iria responder perguntas.
Uma das crianças levantou a mão e Sócrates perguntou:
- Qual é o teu nome, meu filho?
- PAULINHO. (lembre-se bem deste nome)
- E qual é a sua pergunta?
- Eu tenho três perguntas:
1ª)Onde estão os 150.000 empregos prometidos na sua campanha eleitoral?
2ª)Quem meteu ao bolso o dinheiro do Freeport?
3ª)O senhor sabia dos escândalos do Face Oculta?
Sócrates fica desnorteado, mas neste momento a campainha para o recreio toca, ele aproveita e diz que responderá depois do recreio.
Após o recreio, Sócrates diz:
- Porreiro Pá, onde estávamos? Acho que eu ia responder perguntas.
Quem tem perguntas?
Um outro garotinho levanta a mão e Sócrates aponta para ele.
- Podes perguntar, meu filho. Como é o teu nome?
- Joãozinho, e tenho cinco perguntas:
1ª)Onde estão os 150.000 empregos prometidos na sua campanha eleitoral?
2ª)Quem meteu ao bolso o dinheiro do Freeport?
3ª)O senhor sabia dos escândalos do Face Oculta?
4ª)Por que é que a campaínha do recreio tocou meia hora mais cedo?
5ª)Onde está o PAULINHO??"
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Manifestação hoje Pela Liberdade
Fico contente saber correu bem. Não pude ir por razões profissionais. Mas a notícia está no Público. É importante a sociedade civil ganhe o hábito de se manifestar e as pessoas percebam que:
- ou se toma conta da política ou a política toma conta de nós
- poucos podem dar origem a muito (basta entender que o valor da vida está em que ela pode ser dada)
- não podemos assegurar o resultado da luta mas de nós depende que ela exista!
- ou se toma conta da política ou a política toma conta de nós
- poucos podem dar origem a muito (basta entender que o valor da vida está em que ela pode ser dada)
- não podemos assegurar o resultado da luta mas de nós depende que ela exista!
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Paulo Rangel e o PSD
Gostei ontem de ver a apresentação da candidatura de Paulo Rangel pelo tom e sobriedade, pelo ponto de partida, o discurso da ruptura e a ideia de não hipotecar o futuro.
A entrevista de hoje no Público também está boa.
Mas a questão para nós (os que filiados no PSD subscrevemos a agenda Mais Vida Mais Família: liberdade de educação e religiosa, subsidiariedade, defesa da familia e da vida) é qual o interesse efectivo de uma nova liderança do partido em deixar de dizer Besices (coisas do BE ;-) com as quais não ganha um voto e perde-os para o PP, e marcar efectivamente a diferença com o Partido Socialista, reconhecendo o povo PPD quando ele se mexe (por exemplo a campanha do referendo pelo casamento) e que as ideias acima são aquelas que se reconhecem na base popular dos votantes no partido.
Quando tivermos uma resposta de todos os candidatos a estas questões (independentemente do que cada um individualmente pense) então saberemos a quem apoiar.
A entrevista de hoje no Público também está boa.
Mas a questão para nós (os que filiados no PSD subscrevemos a agenda Mais Vida Mais Família: liberdade de educação e religiosa, subsidiariedade, defesa da familia e da vida) é qual o interesse efectivo de uma nova liderança do partido em deixar de dizer Besices (coisas do BE ;-) com as quais não ganha um voto e perde-os para o PP, e marcar efectivamente a diferença com o Partido Socialista, reconhecendo o povo PPD quando ele se mexe (por exemplo a campanha do referendo pelo casamento) e que as ideias acima são aquelas que se reconhecem na base popular dos votantes no partido.
Quando tivermos uma resposta de todos os candidatos a estas questões (independentemente do que cada um individualmente pense) então saberemos a quem apoiar.
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3º aniversário referendo do aborto
Passam hoje três anos sobre o segundo (para distinguir do terceiro que terá lugar quando as condições políticas nos forem favoráveis) referendo do aborto.
Como me comentava uma amiga e companheira de anos de defesa da Vida "porque é que ter razão pode às vezes não dar alegria nenhuma...?"...
Na verdade lê-se o DN de ontem e tudo o que prevíamos se confirmou...!
Mas a concentração hoje em frente da Clinica dos Arcos demonstrou que não desistimos. Como dizia Madre Teresa de Calcutá "não pararemos enquanto houver nas nossas cidades uma mulher que diga: eu abortei porque não encontrei quem me ajudasse"!
Como me comentava uma amiga e companheira de anos de defesa da Vida "porque é que ter razão pode às vezes não dar alegria nenhuma...?"...
Na verdade lê-se o DN de ontem e tudo o que prevíamos se confirmou...!
Mas a concentração hoje em frente da Clinica dos Arcos demonstrou que não desistimos. Como dizia Madre Teresa de Calcutá "não pararemos enquanto houver nas nossas cidades uma mulher que diga: eu abortei porque não encontrei quem me ajudasse"!
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terça-feira, fevereiro 09, 2010
Petição a pedir explicações a Sócrates
Através da lista Mais Vida Mais Família de que sou editor (alguns textos estão guardados no blog do mesmo nome), divulguei e pedi a assinatura da petição online Pela Liberdade.
Juntei o seguinte texto a explicar o meu apoio mas também a ressalva que fazia quanto a este fenómeno incrivel da publicação de escutas:
Caros amigos: é para mim claro que o primeiro-ministro não tem mais condições para governar por uma questão de credibilidade pessoal, consequente falta de autoridade do Estado e obsessão ideológica com desrespeito pela vontade popular (vejam-se as leis do aborto, divórcio, procriação artificial, educação sexual, casamento gay, etc.). Para quem achar que exagero neste último ponto leiam as declarações do Ministro Santos Silva ou do próprio primeiro-ministro (no Congresso da JS) quando enumeraram ambos quais as leis mais importantes do seu governo.
Nessa medida o que possa ajudar a deitar este Governo abaixo, parece-me útil, pedindo desculpa por isso aos nossos amigos da agenda Mais Vida Mais Família que são simultaneamente da área socialista, mas a política nestes limites e fronteiras tem sempre momentos em que é preciso decidir por uma opção política e não nos devemos zangar por isso ;-)
O movimento que presidiu a esta Petição e convocou para a próxima 5ª feira, 11 de Fevereiro uma concentração às 12h30 junto à Assembleia da República, onde se reconhecem muitos bloguistas e outras pessoas que conheço e cujo trabalho acompanho é mais uma manifestação da sociedade civil que acho importante acarinhar.
Dito isto não posso deixar de chamar a atenção para estes fenómenos gravíssimos de violação do segredo de justiça e/ou da violência injustificada e injustificável que á a publicação das escutas, a bandalheira do aparelho de segurança e justiça onde estas circulam e os perigos evidentes para a democracia da manipulação das mesmas como arma política. Desse ponto de vista, subscrevo o comentário do primeiro-ministro quanto ao "jornalismo que espreita pelo buraco da fechadura". Para quem estranhar esta minha posição, justifico: hoje são as escutas sobre Sócrates que são publicadas, amanhã podem ser as minhas ou as vossas...importa por isso para defender a nossa própria liberdade, defender também a liberdade dos outros.
Juntei o seguinte texto a explicar o meu apoio mas também a ressalva que fazia quanto a este fenómeno incrivel da publicação de escutas:
Caros amigos: é para mim claro que o primeiro-ministro não tem mais condições para governar por uma questão de credibilidade pessoal, consequente falta de autoridade do Estado e obsessão ideológica com desrespeito pela vontade popular (vejam-se as leis do aborto, divórcio, procriação artificial, educação sexual, casamento gay, etc.). Para quem achar que exagero neste último ponto leiam as declarações do Ministro Santos Silva ou do próprio primeiro-ministro (no Congresso da JS) quando enumeraram ambos quais as leis mais importantes do seu governo.
Nessa medida o que possa ajudar a deitar este Governo abaixo, parece-me útil, pedindo desculpa por isso aos nossos amigos da agenda Mais Vida Mais Família que são simultaneamente da área socialista, mas a política nestes limites e fronteiras tem sempre momentos em que é preciso decidir por uma opção política e não nos devemos zangar por isso ;-)
O movimento que presidiu a esta Petição e convocou para a próxima 5ª feira, 11 de Fevereiro uma concentração às 12h30 junto à Assembleia da República, onde se reconhecem muitos bloguistas e outras pessoas que conheço e cujo trabalho acompanho é mais uma manifestação da sociedade civil que acho importante acarinhar.
Dito isto não posso deixar de chamar a atenção para estes fenómenos gravíssimos de violação do segredo de justiça e/ou da violência injustificada e injustificável que á a publicação das escutas, a bandalheira do aparelho de segurança e justiça onde estas circulam e os perigos evidentes para a democracia da manipulação das mesmas como arma política. Desse ponto de vista, subscrevo o comentário do primeiro-ministro quanto ao "jornalismo que espreita pelo buraco da fechadura". Para quem estranhar esta minha posição, justifico: hoje são as escutas sobre Sócrates que são publicadas, amanhã podem ser as minhas ou as vossas...importa por isso para defender a nossa própria liberdade, defender também a liberdade dos outros.
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segunda-feira, fevereiro 08, 2010
O que fazer no avião quando o passageiro do lado é um chato?
Espero não ofender ninguém...;-)
O que fazer no avião quando o passageiro do lado é um chato?
PASSO 1. Tirar o portátil da mala;
PASSO 2. Abrir o portátil devagarinho e calmamente;
PASSO 3. Ligar o portátil;
PASSO 4. Assegurar-se de que o vizinho está olhando;
PASSO 5. Ligar a Internet;
PASSO 6. Fechar os olhos por breves momentos, abri-los de novo e dirigir o olhar para o Céu
PASSO 7. Respirar profundamente e abrir este site: http://www.myit-media.de/the_end.htmlPASSO 8. Observar a expressão facial do vizinho
O que fazer no avião quando o passageiro do lado é um chato?
PASSO 1. Tirar o portátil da mala;
PASSO 2. Abrir o portátil devagarinho e calmamente;
PASSO 3. Ligar o portátil;
PASSO 4. Assegurar-se de que o vizinho está olhando;
PASSO 5. Ligar a Internet;
PASSO 6. Fechar os olhos por breves momentos, abri-los de novo e dirigir o olhar para o Céu
PASSO 7. Respirar profundamente e abrir este site: http://www.myit-media.de/the_end.htmlPASSO 8. Observar a expressão facial do vizinho
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terça-feira, fevereiro 02, 2010
A violência do activismo gay
Estou impressionado com o nível de confronto civil que brota da discussão à volta do casamento gay. E sobretudo com uma coisa nunca vista em batalhas civilizacionais anteriores (tipo as do aborto ou da procriação artificial ou a do divórcio): ir aos sites dos outros colocar comentários de altissima e ofensiva ordinarice (tem sucedido em algumas das nossas petições e nos locais do Facebook), convocar acções e manifestações para a mesma altura e local dos outros (ao que parece estão a convocar uma paralela à nossa na Av. da Liberdade), insultos a esmo nos comentários na net (embora aí haja às vezes algum vernáculo de oponentes ao casamento que é completamente evitável, mas que ao contrário do outro lado parte de espontâneos e não das nossas fileiras enquadradas e organizadas...).
Ou seja, uma violência que não sei de onde lhes vêm ou se faz parte deles, uma raiva sem paralelo e também muito cobarde que entristece e sobretudo prejudica todos, porque não deixa cada um dar as suas razões.
Realmente a tolerância de uns, passa sempre pela exclusão de alguém, mas aqui deste lado não há Fernanda Câncio que se interesse pelo assunto...
Ou seja, uma violência que não sei de onde lhes vêm ou se faz parte deles, uma raiva sem paralelo e também muito cobarde que entristece e sobretudo prejudica todos, porque não deixa cada um dar as suas razões.
Realmente a tolerância de uns, passa sempre pela exclusão de alguém, mas aqui deste lado não há Fernanda Câncio que se interesse pelo assunto...
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A Plataforma e a cidadania digital
Num curioso artigo publicado na Semana Informática Carlos Marçalo (creio que director ou editorialista da revista) escreve sob o título "Cidadania digital é bem utilizada pelos portugueses". utilizando a Plataforma Cidadania e Casamento como exemplo e partindo do que aconteceu (por enquanto...;-) com o nosso pedido de referendo, conclui: "ficou demonstrado que os portugueses entenderam o papel e o poder das redes sociais para exercer pressão sobre o poder legislativo, mas esta iniciativa também serve para provar que a opinião dos cidadãos, dos movimentos cívicos e a mobilização da sociedade portuguesa pouco interessa aos nossos representantes na Assembleia da República quando aquilo que defendem é contrário à agenda política dos nossos governantes".
Era dificil ser mais justo...!
Notas: o autor desse artigo logo no início dele diz que discorda da posição que defendemos.
Curioso também é o fim, resumo a conclusão: já temos uma cidadania digital através da web 2.0: falta-nos um estado que saiba viver com isso, um Estado 2.0...;-)
Era dificil ser mais justo...!
Notas: o autor desse artigo logo no início dele diz que discorda da posição que defendemos.
Curioso também é o fim, resumo a conclusão: já temos uma cidadania digital através da web 2.0: falta-nos um estado que saiba viver com isso, um Estado 2.0...;-)
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sábado, janeiro 23, 2010
As escutas a Pinto da Costa e outros
A publicação no YouTube das escutas a Pinto Costa e outros foi uma canalhice de quem tem mau perder (perderam todos os processos contra o presidente do meu clube, todos!)e uma violação grosseira dos mais elementares direitos de uma pessoa e em especial de quem está envolvido num processo judicial.
Realmente é uma tristeza: os tribunais, as policias, o Ministério Público, estão numa bandalheira tal que é possivel ocorrerem fenómenos como estes...
E quem julgar que isto não é consigo, que se percate...hoje é com aqueles, amanhã pode ser connosco...!
Realmente é uma tristeza: os tribunais, as policias, o Ministério Público, estão numa bandalheira tal que é possivel ocorrerem fenómenos como estes...
E quem julgar que isto não é consigo, que se percate...hoje é com aqueles, amanhã pode ser connosco...!
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quinta-feira, janeiro 21, 2010
Bom, curto e acertado!
Uma gracinha de vez em quando...mais uma chegada pela net:
"Recessão é quando o vizinho perde o seu emprego,
depressão quando perdes o teu,
e recuperação quando Sócrates perder o dele"
;-)
"Recessão é quando o vizinho perde o seu emprego,
depressão quando perdes o teu,
e recuperação quando Sócrates perder o dele"
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A condecoração de Santana Lopes: um acto de justiça
Foi ontem condecorado Pedro Santana Lopes (veja a noticia). Foi um acto de justiça e com especial relevo devido às circunstâncias particulares do acto. Mas o melhor mesmo foi a percepção de que este acto encerra um período, ainda há muito caminho que Santana Lopes pode fazer e com isso lucrará o PPD-PSD e o país.
Antecipando-me aos comentários, explico:
- o Governo de Santana Lopes foi o governo mais torpedeado (por dentro e por fora)de que há memória e no entanto era um bom Governo, com projectos interessantes "na manga" (vide entre tantos, a reforma da lei das rendas, substituida pelo PS por uma "solução" anémica que produziu resultados nulos) e uma oportunidade de coragem política e reformista como não tivemos nunca nem antes nem depois do mesmo
- a dissolução da Assembleia da República pelo presidente Jorge Sampaio foi um golpe de estado constitucional de uma gravidade que só quem vier a ser vitima de semelhante afronta é que perceberá (recorde-se que o seu governo teve sempre e sem mácula o apoio de uma maioria parlamentar consolidada)
- se é verdade que o moralismo da mentalidade dominante (sempre defensor da "liberdade de costumes" mas só para uns e nas condições que o poder maçónico consente) era à partida uma armadilha dificil de evitar, não o é menos o facto de Santana Lopes ser um homem livre e disso o poder tem um medo de morte...
- há em Pedro Santana Lopes uma clareza de juizo político e de distinçaõ do amigo e do inimigo que é hoje o que mais falta faz no PPD-PSD. Um exemplo? A reacção inicial do partido à proposta de referendo ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e em contrapartida a adesão do mesmo Santana Lopes à Plataforma Cidadania e Casamento promotora da Iniciativa Popular de Referendo, recentemente "chumbada" no parlamento. Ou seja, uma clareza de que lado importa estar (e que o partido devia ter estado com maior energia e desplante) que deriva entre outras coisas de ao contrário de muitos dirigentes do partido, ser um profundo conhecedor das bases do mesmo.
Mas enfim, aguardo comentários para desenvolver, não tanto pela amizade com ele, como pela importância das questões levantadas para a retomada do poder pelo principal partido da oposição.
Antecipando-me aos comentários, explico:
- o Governo de Santana Lopes foi o governo mais torpedeado (por dentro e por fora)de que há memória e no entanto era um bom Governo, com projectos interessantes "na manga" (vide entre tantos, a reforma da lei das rendas, substituida pelo PS por uma "solução" anémica que produziu resultados nulos) e uma oportunidade de coragem política e reformista como não tivemos nunca nem antes nem depois do mesmo
- a dissolução da Assembleia da República pelo presidente Jorge Sampaio foi um golpe de estado constitucional de uma gravidade que só quem vier a ser vitima de semelhante afronta é que perceberá (recorde-se que o seu governo teve sempre e sem mácula o apoio de uma maioria parlamentar consolidada)
- se é verdade que o moralismo da mentalidade dominante (sempre defensor da "liberdade de costumes" mas só para uns e nas condições que o poder maçónico consente) era à partida uma armadilha dificil de evitar, não o é menos o facto de Santana Lopes ser um homem livre e disso o poder tem um medo de morte...
- há em Pedro Santana Lopes uma clareza de juizo político e de distinçaõ do amigo e do inimigo que é hoje o que mais falta faz no PPD-PSD. Um exemplo? A reacção inicial do partido à proposta de referendo ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e em contrapartida a adesão do mesmo Santana Lopes à Plataforma Cidadania e Casamento promotora da Iniciativa Popular de Referendo, recentemente "chumbada" no parlamento. Ou seja, uma clareza de que lado importa estar (e que o partido devia ter estado com maior energia e desplante) que deriva entre outras coisas de ao contrário de muitos dirigentes do partido, ser um profundo conhecedor das bases do mesmo.
Mas enfim, aguardo comentários para desenvolver, não tanto pela amizade com ele, como pela importância das questões levantadas para a retomada do poder pelo principal partido da oposição.
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quarta-feira, janeiro 20, 2010
Uma Mãe heróica: uma história real
Esta história autêntica veio hoje publicada no Infovitae (boletim electrónico diário editado pelo Padre Nuno Serras Pereira). Impressionante! E uma provocação enorme a uma sociedade egoista e sobretudo a cada um de nós que tantas dificuldades temos em amar mesmo (com a consciência de que amar o outro é querer-lhe mais bem do que a nós próprios).
Uma Mãe heróica
Thomaz Fernandez
Não pude deixar de escrever esta história. No mundo há pessoas de todos os tipos, algumas medíocres e mesquinhas, mas também há boas e às vezes heróicas.
Na semana passada morreu num hospital na Croácia a Ivana, cunhada de um amigo meu do seminário em Roma. Era médica e o marido, Mirco, está acabar um curso de informática. Têm um miúdo com um ano e qualquer coisa. Chama-se Ivan. Tinham casado há pouco mais de dois anos. Ela teve dificuldade em engravidar e depois de ter perdido um bebé finalmente conseguiu ficar à espera. Não se sentia muito bem e ao sexto mês de gravidez foi-lhe diagnosticado um tumor no útero. Os médicos recomendaram começar imediatamente o tratamento porque o tumor já estava de um tamanho considerável. Como consequência perderia o bebé. Ela decidiu ir até ao fim da gravidez e deixar viver o filho. Os médicos desaconselharam e expuseram-lhe o risco dessa decisão. A Ivana não mudou de parecer, a vida do filho valia a pena. Nasceu o bebé, óptimo e muito giro (vi umas fotografias, loirinho e risonho). Ela começou a quimioterapia logo a seguir e esteve um ano e tal em tratamentos intensivos. Foi piorando e pelo Natal os médicos disseram para não ter mais esperança. Rezou-se muito por ela. Mas mesmo assim não melhorou. Morreu na madrugada de quinta-feira passada, depois de meses de agonia, mas ao mesmo tempo consolada pela família e sobretudo pelo filho, Ivan.
Esta história comoveu-me até às lágrimas e por isso não pude deixar de escrevê-la. “Não há maior amigo do que aquele que dá a vida pelos amigos” disse Jesus. Foi o que a Ivana fez.
Para nós que ficamos cá na terra ela passa a uma memória e logo ao esquecimento. Mas aos olhos de Deus o amor não passa desapercebido. Um dia compreenderemos.
Louvado seja Deus pelos seus anjos e pelos seus Santos!!!
Uma Mãe heróica
Thomaz Fernandez
Não pude deixar de escrever esta história. No mundo há pessoas de todos os tipos, algumas medíocres e mesquinhas, mas também há boas e às vezes heróicas.
Na semana passada morreu num hospital na Croácia a Ivana, cunhada de um amigo meu do seminário em Roma. Era médica e o marido, Mirco, está acabar um curso de informática. Têm um miúdo com um ano e qualquer coisa. Chama-se Ivan. Tinham casado há pouco mais de dois anos. Ela teve dificuldade em engravidar e depois de ter perdido um bebé finalmente conseguiu ficar à espera. Não se sentia muito bem e ao sexto mês de gravidez foi-lhe diagnosticado um tumor no útero. Os médicos recomendaram começar imediatamente o tratamento porque o tumor já estava de um tamanho considerável. Como consequência perderia o bebé. Ela decidiu ir até ao fim da gravidez e deixar viver o filho. Os médicos desaconselharam e expuseram-lhe o risco dessa decisão. A Ivana não mudou de parecer, a vida do filho valia a pena. Nasceu o bebé, óptimo e muito giro (vi umas fotografias, loirinho e risonho). Ela começou a quimioterapia logo a seguir e esteve um ano e tal em tratamentos intensivos. Foi piorando e pelo Natal os médicos disseram para não ter mais esperança. Rezou-se muito por ela. Mas mesmo assim não melhorou. Morreu na madrugada de quinta-feira passada, depois de meses de agonia, mas ao mesmo tempo consolada pela família e sobretudo pelo filho, Ivan.
Esta história comoveu-me até às lágrimas e por isso não pude deixar de escrevê-la. “Não há maior amigo do que aquele que dá a vida pelos amigos” disse Jesus. Foi o que a Ivana fez.
Para nós que ficamos cá na terra ela passa a uma memória e logo ao esquecimento. Mas aos olhos de Deus o amor não passa desapercebido. Um dia compreenderemos.
Louvado seja Deus pelos seus anjos e pelos seus Santos!!!
Ferreira Leite e a asfixia democrática
Com o à vontade de quem não a apoiou (nas últimas directas votei em Pedro Santana Lopes) devo reconhecer que o tempo veio dar razão a Manuela Ferreira Leite e que os temas por esta lançados desde o inicio do seu mandato tornaram-se de facto os temas do debate político (a asfixia democrática, as PME's, a crise social, pressagiada quando ainda não era visivel, as debilidades pessoais de Sócrates, a recusa do casamento gay, etc.). Mas nesta voragem de lideres que tomou o PSD é possivel que agora ninguém esteja disposto a reconhecê-lo e é também verdade que quem a apoiou (depois de promover uma guerra fracticida, inutil e incompreensivel, primeiro a Santana Lopes e depois a Luis Filipe Menezes) parece ser o primeiro a esquecê-lo e deitá-la hoje fora...
Este artigo de Mário Crespo, publicado no JN a 18 de Janeiro, que um companheiro de secção (o José Luis Borges da Silva, ex.presidente da respectiva Comissão Política) me acaba de enviar é uma confirmação mais desta minha constatação.
Vale a pena ler:
Outra vez não
00h25m
A compra da TVI e agora o caso de Marcelo Rebelo de Sousa mostram que afinal Manuela Ferreira tinha toda a razão. Quando a líder do PSD o denunciou, estávamos de facto a viver um processo de "asfixia democrática" com este socialismo que José Sócrates reinventa constantemente. Hoje o garrote apertou-se muito mais. Ridicularizámos Ferreira Leite pelos avisos desconfortáveis e inconvenientes. No estado de torpor em que caímos provavelmente reagiríamos com idêntica abulia ao discurso da Cortina de Ferro de Winston Churchill quando o mundo foi alertado para a ameaça do totalitarismo soviético que ninguém queria ver. Hoje, quando se compram estações para silenciar noticiários e se afastam comentadores influentes e incómodos da TV do Estado, chegou a altura de constatar que isto já nem sequer é o princípio do fim da liberdade. É mesmo o fim da liberdade que foi desfigurada e exige que se lute por ela. O regime já não sente necessidade de ter tacto nas suas práticas censórias. Não se preocupa sequer em assegurar uma margem de recuo nos absurdos que pratica com a sua gestão directa de conteúdos mediáticos. Actua com a brutalidade de qualquer Pavlovitch Beria, Joseff Goebbels ou António Ferro. Se este regime não tem o SNI ou o Secretariado Nacional de Propaganda, criou a ERC e continua com a RTP, dominadas por pessoas capazes de ler os mais subtis desejos do poder e a aplicá-los do modo mais servil. Sejam eles deixar que as delongas processuais nas investigações dos comportamentos da TVI e da ONGOING se espraiem pelos oceanos sufocantes do torpor burocrático, seja a lavrar doutrina pioneira sobre a significância semiótica do "gestalt" de jornalistas de televisão que se atrevam a ser críticos do regime, seja a criar todas as condições para a prática de censura no comentário político, como é o caso Marcelo Rebelo de Sousa. Desta vez, foi muito mais grave do que o que lhe aconteceu na TVI com Pais do Amaral. Na altura o Professor Marcelo saiu pelo seu pé quando achou intolerável um reparo sobre os conteúdos dos seus comentários. Agora, com o característico voluntarismo do regime de Sócrates, foi despedido pelo conteúdo desses comentários. Nesta fase já não é exagerado falar-se da "deriva totalitária" que Manuela Ferreira Leite detectou. É um dever denunciá-la e lutar contra ela. O regime de Sócrates, incapaz de lidar com as realidades que criou, vai continuar a tentar manipulá-las com as suas "novilínguas" e esmagando todo o "duplipensar" como Orwell descreve no "1984". Está já entre nós a asfixia democrática e a deriva totalitária. Na DREN, na RTP, na ERC, na TVI e noutros sítios. Como disse Sir Winston no discurso da Cortina de Ferro: "We surely, ladies and gentlemen, I put it to you, surely, we must not let it happen again", o que quer apenas dizer: outra vez não. .
Este artigo de Mário Crespo, publicado no JN a 18 de Janeiro, que um companheiro de secção (o José Luis Borges da Silva, ex.presidente da respectiva Comissão Política) me acaba de enviar é uma confirmação mais desta minha constatação.
Vale a pena ler:
Outra vez não
00h25m
A compra da TVI e agora o caso de Marcelo Rebelo de Sousa mostram que afinal Manuela Ferreira tinha toda a razão. Quando a líder do PSD o denunciou, estávamos de facto a viver um processo de "asfixia democrática" com este socialismo que José Sócrates reinventa constantemente. Hoje o garrote apertou-se muito mais. Ridicularizámos Ferreira Leite pelos avisos desconfortáveis e inconvenientes. No estado de torpor em que caímos provavelmente reagiríamos com idêntica abulia ao discurso da Cortina de Ferro de Winston Churchill quando o mundo foi alertado para a ameaça do totalitarismo soviético que ninguém queria ver. Hoje, quando se compram estações para silenciar noticiários e se afastam comentadores influentes e incómodos da TV do Estado, chegou a altura de constatar que isto já nem sequer é o princípio do fim da liberdade. É mesmo o fim da liberdade que foi desfigurada e exige que se lute por ela. O regime já não sente necessidade de ter tacto nas suas práticas censórias. Não se preocupa sequer em assegurar uma margem de recuo nos absurdos que pratica com a sua gestão directa de conteúdos mediáticos. Actua com a brutalidade de qualquer Pavlovitch Beria, Joseff Goebbels ou António Ferro. Se este regime não tem o SNI ou o Secretariado Nacional de Propaganda, criou a ERC e continua com a RTP, dominadas por pessoas capazes de ler os mais subtis desejos do poder e a aplicá-los do modo mais servil. Sejam eles deixar que as delongas processuais nas investigações dos comportamentos da TVI e da ONGOING se espraiem pelos oceanos sufocantes do torpor burocrático, seja a lavrar doutrina pioneira sobre a significância semiótica do "gestalt" de jornalistas de televisão que se atrevam a ser críticos do regime, seja a criar todas as condições para a prática de censura no comentário político, como é o caso Marcelo Rebelo de Sousa. Desta vez, foi muito mais grave do que o que lhe aconteceu na TVI com Pais do Amaral. Na altura o Professor Marcelo saiu pelo seu pé quando achou intolerável um reparo sobre os conteúdos dos seus comentários. Agora, com o característico voluntarismo do regime de Sócrates, foi despedido pelo conteúdo desses comentários. Nesta fase já não é exagerado falar-se da "deriva totalitária" que Manuela Ferreira Leite detectou. É um dever denunciá-la e lutar contra ela. O regime de Sócrates, incapaz de lidar com as realidades que criou, vai continuar a tentar manipulá-las com as suas "novilínguas" e esmagando todo o "duplipensar" como Orwell descreve no "1984". Está já entre nós a asfixia democrática e a deriva totalitária. Na DREN, na RTP, na ERC, na TVI e noutros sítios. Como disse Sir Winston no discurso da Cortina de Ferro: "We surely, ladies and gentlemen, I put it to you, surely, we must not let it happen again", o que quer apenas dizer: outra vez não. .
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