Não tenho ouvido outra coisa... :)
Foi o diário da acção política de um deputado do PSD, eleito por Braga, e agora é-o de um cidadão que desejando contribuir activamente para a organização do bem comum, procura invadir esse âmbito (da política) com aquele gosto de vida nova que caracteriza a experiência cristã. O título "POR CAUSA DELE" faz referência ao manifesto com o mesmo título, de Comunhão e Libertação, publicado em Janeiro de 2003 (e incluído no Blog).
quinta-feira, dezembro 29, 2011
Uma descoberta musical!
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Prémio a Jorge Nuno Pinto da Costa
A notícia do dia, pelo menos para um sócio do Futebol Club do Porto, é a atribuição de um prémio internacional de prestígio a Jorge Nuno Pinto da Costa.
É de facto notável o que este presidente de um clube de futebol fez pelo nosso e a forma como tem marcado, seja qual for a perspectiva, o mundo do futebol em Portugal, coleccionando êxitos e projectando o Porto, cidade e clube, como nenhum outro o fez entre estes dois séculos.
É preciso conhecer o ambiente cultural, social e político, do Norte de Portugal para poder avaliar como a sua acção resgatou uma região e devolveu a uma cidade o seu orgulho e também o gosto da sua autonomia.
Muitos parabéns, presidente!
(sim, sei bem que também abundaram os processos judiciais, mas o resultado destes, responde melhor do que seria capaz, às razões que os motivaram, à "estrangeirinha" que muitas vezes lhe montaram e à hostilidade de muitos meios lisboetas, desesperados pela perda da sua anterior supremacia...)
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quarta-feira, dezembro 28, 2011
A Crise: sinais de esperança (o exemplo da Sicasal)
No juizo de Comunhão e Libertação "A Crise Desafio a uma Mudança" é referido "Há gente que enfrenta a realidade sem se desculpar com as dificuldades, e que põe
mãos à obra sem renegar ou esquecer nada."
Este email que recebi em 23 de Novembro (referente ao que se passou e passa na Sicasal) é um bom exemplo do que acima é dito:
"A é uma empresa Portuguesa. Ontem as suas instalações fabris foram parcialmente destruídas por um enorme incêndio, pondo em causa o emprego de 150 dos seus mais de 500 trabalhadores. No meio da tragédia, a Administração veio assegurar que ninguém seria despedido e garantiu que, nem sequer haveria perdas salariais dos seus trabalhadores.
Estes disponibilizaram-se, de imediato, para trabalharem, se necessário, 24 horas seguidas para ajudarem à retoma da produção e organizaram-se em grupos de segurança e de limpezas para obviarem uma paragem demorada da laboração da fábrica.
Que dois belos exemplos!...
Assim, surgiu a ideia de adquirirmos produtos da Sicasal e posteriormente os entregar ao Banco Alimentar.
Não só ajudaríamos quem bem o merece, como quem bem o necessita.
Compra produtos enlatados da marca Sicasal e entrega-os no Banco Alimentar
CAMPANHA DE SOLIDARIEDADE
Divulga e Participa
As empresas têm sucesso, quando Administrações e trabalhadores estão todos focalizados no mesmo objectivo.
Apoiemos aqueles que merecem antes do mais a nossa consideração.
A isto chama-se "EXEMPLO A SEGUIR!!!!"
Incendio http://www.publico.pt/Local/incendio-deflagrou-na-fabrica-da-sicasal-em-mafra-1520959
Não vão despedir + a fábrica "não está completamente destruída, mas está muito danificada", especificando que cerca de 20% da área total foi afetada e que corresponde à área de produção. Ler mais: http://aeiou.visao.pt/sicasal-nao-vai-despedir-ninguem-apos-incendio=f633520#ixzz1eWtQ6Fiz http://aeiou.visao.pt/sicasal-nao-vai-despedir-ninguem-apos-incendio=f633520
Uma semana depois já a funcionar a 80% http://aeiou.visao.pt/sicasal-nao-vai-despedir-ninguem-apos-incendio=f633520
Produtos Sicasal Salsichas, fiambres, todo o tipo de enchidos, charcutaria carnes frescas e congeladas, fumados.
mãos à obra sem renegar ou esquecer nada."
Este email que recebi em 23 de Novembro (referente ao que se passou e passa na Sicasal) é um bom exemplo do que acima é dito:
"A é uma empresa Portuguesa. Ontem as suas instalações fabris foram parcialmente destruídas por um enorme incêndio, pondo em causa o emprego de 150 dos seus mais de 500 trabalhadores. No meio da tragédia, a Administração veio assegurar que ninguém seria despedido e garantiu que, nem sequer haveria perdas salariais dos seus trabalhadores.
Estes disponibilizaram-se, de imediato, para trabalharem, se necessário, 24 horas seguidas para ajudarem à retoma da produção e organizaram-se em grupos de segurança e de limpezas para obviarem uma paragem demorada da laboração da fábrica.
Que dois belos exemplos!...
Assim, surgiu a ideia de adquirirmos produtos da Sicasal e posteriormente os entregar ao Banco Alimentar.
Não só ajudaríamos quem bem o merece, como quem bem o necessita.
Compra produtos enlatados da marca Sicasal e entrega-os no Banco Alimentar
CAMPANHA DE SOLIDARIEDADE
Divulga e Participa
As empresas têm sucesso, quando Administrações e trabalhadores estão todos focalizados no mesmo objectivo.
Apoiemos aqueles que merecem antes do mais a nossa consideração.
A isto chama-se "EXEMPLO A SEGUIR!!!!"
Incendio http://www.publico.pt/Local/incendio-deflagrou-na-fabrica-da-sicasal-em-mafra-1520959
Não vão despedir + a fábrica "não está completamente destruída, mas está muito danificada", especificando que cerca de 20% da área total foi afetada e que corresponde à área de produção. Ler mais: http://aeiou.visao.pt/sicasal-nao-vai-despedir-ninguem-apos-incendio=f633520#ixzz1eWtQ6Fiz http://aeiou.visao.pt/sicasal-nao-vai-despedir-ninguem-apos-incendio=f633520
Uma semana depois já a funcionar a 80% http://aeiou.visao.pt/sicasal-nao-vai-despedir-ninguem-apos-incendio=f633520
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Rússia soviética: a impunidade histórica da esquerda
Ontem vi pela primeira vez o filme O Concerto. Um filme muito humano, comovente na história que conta, divertido por vezes, um enredo original e que prende do principio ao fim. O trailer está aqui.
Ao mesmo tempo o filme recorda o que foi a opressão brutal do regime comunista russo, dentro desta a perseguição aos judeus, a dor enorme e sem fim a que foram sujeitas durante quase 80 anos, populações inteiras, homens e mulheres concretas, mergulhadas num horror pelo triunfo de uma ideologia que se conta sem sombra de dúvidas na origem das maiores brutalidades (em quantidade e dimensão) da história humana.
Mas, no entanto, quem fala disso? Onde está o juizo histórico sobre esse período e até sobre os seus responsáveis (não me refiro sequer ao juizo penal)? O que me fez recordar uma vez mais como é possivel a esquerda se ter safado impune de toda a tragédia a que deu origem no século passado...é "de mestre"...!
Nota final: lembra o Público hoje que faz hoje anos (28 de Dezembro de 1973) que foi publicado em Paris o livro "O Arquipélago do Gulag" de Alexander Soljenitsine. É bom recordá-lo!
Ao mesmo tempo o filme recorda o que foi a opressão brutal do regime comunista russo, dentro desta a perseguição aos judeus, a dor enorme e sem fim a que foram sujeitas durante quase 80 anos, populações inteiras, homens e mulheres concretas, mergulhadas num horror pelo triunfo de uma ideologia que se conta sem sombra de dúvidas na origem das maiores brutalidades (em quantidade e dimensão) da história humana.
Mas, no entanto, quem fala disso? Onde está o juizo histórico sobre esse período e até sobre os seus responsáveis (não me refiro sequer ao juizo penal)? O que me fez recordar uma vez mais como é possivel a esquerda se ter safado impune de toda a tragédia a que deu origem no século passado...é "de mestre"...!
Nota final: lembra o Público hoje que faz hoje anos (28 de Dezembro de 1973) que foi publicado em Paris o livro "O Arquipélago do Gulag" de Alexander Soljenitsine. É bom recordá-lo!
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As greves na CP
É impressionante constatar como existe em Portugal um país a pelo menos duas velocidades: a dos que estão em 2011 na actual situação politica e económica e os que ainda estão em 1974, em pleno PREC...
E o mais surpreendente é que esta última parte do país além de concentrado em sectores especificos (como os dos transportes) representa, de acordo com os resultados das últimas eleições, e se excluirmos o PS (o que é duvidoso, seja o caso...), 16% do eleitorado (que vota)...!
Vem isto a propósito das greves na CP em que tanto quanto percebi a razão da contestação (do conflito) é a existência de 200 processos disciplinares a maquinistas e outros funcionários que na última greve geral desrespeitaram os serviços minimos que tinham ficado estabelecidos...que queriam? Que não se cumpra a lei em plena impunidade?
Como muito bem disse o porta-voz da admninistração da CP esta não está disposta a abdicar do exercicio do poder disciplinar que a lei lhe confere e ao qual está aliás legalmente obrigado. Sem contar já com o que estas greves significam de perda de receita e por isso até de tesouraria para satisfazer os salários dos trabalhadores. É muito dificil perceber isto?
Só mesmo para quem ainda vive nos anos setenta...mas, meus senhores, a "festa" (viver acima dos próprios meios, reivindicar sem limites, ter tudo e não dar nada, etc.) acabou. Quantas vezes será preciso dizê-lo?
E o mais surpreendente é que esta última parte do país além de concentrado em sectores especificos (como os dos transportes) representa, de acordo com os resultados das últimas eleições, e se excluirmos o PS (o que é duvidoso, seja o caso...), 16% do eleitorado (que vota)...!
Vem isto a propósito das greves na CP em que tanto quanto percebi a razão da contestação (do conflito) é a existência de 200 processos disciplinares a maquinistas e outros funcionários que na última greve geral desrespeitaram os serviços minimos que tinham ficado estabelecidos...que queriam? Que não se cumpra a lei em plena impunidade?
Como muito bem disse o porta-voz da admninistração da CP esta não está disposta a abdicar do exercicio do poder disciplinar que a lei lhe confere e ao qual está aliás legalmente obrigado. Sem contar já com o que estas greves significam de perda de receita e por isso até de tesouraria para satisfazer os salários dos trabalhadores. É muito dificil perceber isto?
Só mesmo para quem ainda vive nos anos setenta...mas, meus senhores, a "festa" (viver acima dos próprios meios, reivindicar sem limites, ter tudo e não dar nada, etc.) acabou. Quantas vezes será preciso dizê-lo?
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segunda-feira, dezembro 26, 2011
A Internet reduzida a mim fecha mais portas do que as que abre
Já noutra ocasião tinha lido sobre isto: como a chamada "personalização" da Internet (através dos respectivos algoritmos) está a reduzir a Internet (por definição ampla, ilimitada, surpreendente, vasta, etc.) ao tamanho de cada um de nós e por isso limitada, fechada, preconceituosa, já conhecida, etc.
Ou seja, já não abre portas e cada vez mais as fecha...
Esta palestra brilhante de 9 minutos explica o que está a acontecer, como isso nos empobrece e é o contrário da "promessa" que a Internet trazia consigo...
Ou seja, já não abre portas e cada vez mais as fecha...
Esta palestra brilhante de 9 minutos explica o que está a acontecer, como isso nos empobrece e é o contrário da "promessa" que a Internet trazia consigo...
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Mensagem de Natal de Passos Coelho
Gostei muito da mensagem de Natal do Primeiro-ministro. Não foi apenas o pormenor do Presépio por trás (significativo de um Chefe de Governo que não lhe sendo conhecida fé em Jesus [o que não quer dizer não esteja lá mas pode ser não a reconheça pelo nome], O reconhece no entanto como raíz e razão da festa do Natal) mas sobretudo uma parte importante do seu conteúdo que não sei se foi entendido na sua totalidade e por todos: o apelo à responsabilidade individual, à autonomia e liberdade de cada um, ao espírito de empreendimento e iniciativa, à capacidade de dar vida a empresas, obras, projectos e realizações. Muito bem.
Procurei-a mas não a encontrei (a ontem transmitida na RTP1, apenas em versão texto)...mas dei com esta (que estou a ouvir enquanto escrevo isto, mas já percebi não é a mesma, nem sequer o Presépio está lá...): aqui.
Procurei-a mas não a encontrei (a ontem transmitida na RTP1, apenas em versão texto)...mas dei com esta (que estou a ouvir enquanto escrevo isto, mas já percebi não é a mesma, nem sequer o Presépio está lá...): aqui.
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sexta-feira, dezembro 23, 2011
Espanha: revisão da lei do aborto
Noticia hoje a TSF que o Governo espanhol vai rever a lei do aborto. Durante toda a campanha o actual Primeiro-Ministro Rajoy havia-o assumido como compromisso eleitoral e agora vai cumpri-lo. A diferença que faz haver dirigentes do centro-direita "com eles no sítio" e também no seio desse mesmo centro-direita uma força operante capaz de puxar os seus dirigentes para a frente...!
Um trabalho apaixonante para levar por diante aqui em Portugal...!;-)
Um trabalho apaixonante para levar por diante aqui em Portugal...!;-)
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Passos Coelho e a emigração
Continua a saga em torno das declarações do Primeiro-Ministro com uma série de virgens ofendidas a rasgar as vestes de indignação...não há pachorra!
É que além de se estar a sobrevalorizar uma simples frase (ainda por cima razoável dentro do contexto) vem junto um "choradinho" para o qual não há paciência. Ampliado pelo dramatismo de "andámos nós a pagar a formação destes quadros" e "lá se vão os nossos melhores cérebros"...vejamos então:
"Andámos nós a pagar a formação destes quadros": pois andámos e mal. Andámos porque a tanto nos obriga os impostos que pagamos em vez de aliviando essa carga, nos deixarem a nós, ás familias portuguesas, usar os nossos recursos como entendemos, escolhendo a educação que queremos para os nossos filhos, e limitando-nos a contribuir solidariamente para aqueles que sem uma ajuda estatal não teriam acesso à educação...
Andámos nós a pagar porque numa negação total de todos os ideais de igualdade do 25 de Abril convencemo-nos todos de que toda a gente devia ter uma formação no ensino superior, em vez de apenas seguir esses estudos quem tenha essa vocação, e valorizando todas as profissões para as quais essas qualificações não são necessárias, e onde, inclusive, todos estes licenciados desempregados poderiam ganhar bem mais do que ganham os "quinhentistas" e até, quem sabe, seriam mais felizes...
"Lá se vão os nossos melhores cérebros": eis o que se encontra por demonstrar. Uma licenciatura (e na minha vida profissional sou disso testemunha com frequência) hoje em dia só prova que a pessoa foi capaz de ( e mesmo assim de vez em quando nem isso...) aplicar a força correcta no ponto preciso que lhe permitiu o acesso ao canudo, e mais nada. Entre os licenciados haverá cérebros e descerebrados como em todos os campos, sendo que estes últimos não são menos que os primeiros, apenas estão a ser usados para propósitos distintos dos que as suas capacidades profissionais lhes fariam prosseguir e aí com maior êxito do que serem usados "como cérebros".
Além de que só Deus sabe no que à promoção do país que isso proporcionará (esta vaga de emigração) como pode vir a ser uma vantagem de Portugal ter lá fora massa critica suficiente, conhecedora das qualidades e potencialidades do país, e capaz por isso de nos atrair investimentos, encomendas, ligações úteis.
Não resisto a uma última sobre os "cérebros": perguntem ao professor universitário que tenham por mais perto como escrevem, pensam, reagem, agem, estudam, procedem nos exames, uma parte desses cérebros, numa demonstração evidente da pobreza, indigência, falta de qualidade e desperdício de boa parte do ensino secundário público...
Notas finais: estas linhas são um desabafo que em nada responsabiliza o Dr. Passos Coelho que não tem culpa nenhuma que eu saia em sua defesa (não que dela precise) por sentir que há uma injustiça que lhe está a ser feita.
São apenas três exemplos (talvez ridicularizáveis) mas sabiam que:
a) Em São Paulo neste momento uma grande sociedade internacional de Advogados está a recusar clientes novos por não ter recursos humanos suficientes para lhes fazer face?
b) Que Moçambique está a crescer a 7% ao ano (bem sei a base é baixa, mas o crescimento é sempre crescimento)
c) Que no suplemento de emprego do Expresso já são quase tantos os anuncios para empregos no estrangeiro (nomeadamente Angola) quanto os dos nacionais?
É que além de se estar a sobrevalorizar uma simples frase (ainda por cima razoável dentro do contexto) vem junto um "choradinho" para o qual não há paciência. Ampliado pelo dramatismo de "andámos nós a pagar a formação destes quadros" e "lá se vão os nossos melhores cérebros"...vejamos então:
"Andámos nós a pagar a formação destes quadros": pois andámos e mal. Andámos porque a tanto nos obriga os impostos que pagamos em vez de aliviando essa carga, nos deixarem a nós, ás familias portuguesas, usar os nossos recursos como entendemos, escolhendo a educação que queremos para os nossos filhos, e limitando-nos a contribuir solidariamente para aqueles que sem uma ajuda estatal não teriam acesso à educação...
Andámos nós a pagar porque numa negação total de todos os ideais de igualdade do 25 de Abril convencemo-nos todos de que toda a gente devia ter uma formação no ensino superior, em vez de apenas seguir esses estudos quem tenha essa vocação, e valorizando todas as profissões para as quais essas qualificações não são necessárias, e onde, inclusive, todos estes licenciados desempregados poderiam ganhar bem mais do que ganham os "quinhentistas" e até, quem sabe, seriam mais felizes...
"Lá se vão os nossos melhores cérebros": eis o que se encontra por demonstrar. Uma licenciatura (e na minha vida profissional sou disso testemunha com frequência) hoje em dia só prova que a pessoa foi capaz de ( e mesmo assim de vez em quando nem isso...) aplicar a força correcta no ponto preciso que lhe permitiu o acesso ao canudo, e mais nada. Entre os licenciados haverá cérebros e descerebrados como em todos os campos, sendo que estes últimos não são menos que os primeiros, apenas estão a ser usados para propósitos distintos dos que as suas capacidades profissionais lhes fariam prosseguir e aí com maior êxito do que serem usados "como cérebros".
Além de que só Deus sabe no que à promoção do país que isso proporcionará (esta vaga de emigração) como pode vir a ser uma vantagem de Portugal ter lá fora massa critica suficiente, conhecedora das qualidades e potencialidades do país, e capaz por isso de nos atrair investimentos, encomendas, ligações úteis.
Não resisto a uma última sobre os "cérebros": perguntem ao professor universitário que tenham por mais perto como escrevem, pensam, reagem, agem, estudam, procedem nos exames, uma parte desses cérebros, numa demonstração evidente da pobreza, indigência, falta de qualidade e desperdício de boa parte do ensino secundário público...
Notas finais: estas linhas são um desabafo que em nada responsabiliza o Dr. Passos Coelho que não tem culpa nenhuma que eu saia em sua defesa (não que dela precise) por sentir que há uma injustiça que lhe está a ser feita.
São apenas três exemplos (talvez ridicularizáveis) mas sabiam que:
a) Em São Paulo neste momento uma grande sociedade internacional de Advogados está a recusar clientes novos por não ter recursos humanos suficientes para lhes fazer face?
b) Que Moçambique está a crescer a 7% ao ano (bem sei a base é baixa, mas o crescimento é sempre crescimento)
c) Que no suplemento de emprego do Expresso já são quase tantos os anuncios para empregos no estrangeiro (nomeadamente Angola) quanto os dos nacionais?
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quarta-feira, dezembro 21, 2011
Barrigas de aluguer: o "novo" debate
Como é inevitável aí está o debate sobre as barrigas de aluguer, praticamente o cumulo da exploração da mulher, da comercialização da natalidade e da instrumentalização das crianças. O motivo: a apresentação pelo BE de um projecto-lei.
Hoje no Público lá está um artigo do Miguel Vale de Almeida (aqui no site da ILGA) e também um outro do Pedro Vaz Patto, na linha daquele que sobre o mesmo assunto, publicou na Voz da Verdade.
Mais uma vez (recordemo-nos do pedido de referendo sobre a lei da Procriação Medicamente Assistida que apesar de reunir as assinaturas necessárias foi miseravelmente negado pela maioria parlamentar de então) aí estaremos batendo-nos pela instituição familiar, a dignidade da mulher e da criança por nascer. E pedindo à actual maioria de centro-direita que assuma as suas responsabilidades perante o seu eleitorado.
Enquanto nos preparamos, vale a pena recorrer à vasta informação que aqui se encontra.
Hoje no Público lá está um artigo do Miguel Vale de Almeida (aqui no site da ILGA) e também um outro do Pedro Vaz Patto, na linha daquele que sobre o mesmo assunto, publicou na Voz da Verdade.
Mais uma vez (recordemo-nos do pedido de referendo sobre a lei da Procriação Medicamente Assistida que apesar de reunir as assinaturas necessárias foi miseravelmente negado pela maioria parlamentar de então) aí estaremos batendo-nos pela instituição familiar, a dignidade da mulher e da criança por nascer. E pedindo à actual maioria de centro-direita que assuma as suas responsabilidades perante o seu eleitorado.
Enquanto nos preparamos, vale a pena recorrer à vasta informação que aqui se encontra.
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terça-feira, dezembro 20, 2011
As declarações de Passos Coelho e os Professores
As declarações de Passos Coelho em que este recordava ao universo de professores, a quem este ano e nos próximos o Estado português não poderá proporcionar trabalho, a existência de um vasto mercado dos milhões de falantes de Português, como uma hipótese de trabalho, suscitou um coro de indignação que não tem qualquer razão de ser.
Primeiro porque a pista é realista e boa. Existe de facto um mercado grande para esses professores e essa é uma alternativa real que inclusivamente lhes pode vir a trazer uma compensação bem maior do que a que resultaria de um emprego menor em indesejada localização e sem qualquer perspectiva de melhoria.
Depois porque estas declarações fizeram soltar o socialista que se esconde na alma portuguesa (consequência de anos de deseducação iniciados no paternalismo do Estado Novo e prosseguida no Portugal democrático) mesmo quando disfarçado de "preocupado social" e de acordo com o qual o Estado, a própria sociedade Portuguesa, tem obrigação de proporcionar a cada um o emprego que este deseja e do qual se crê credor em função e exclusivo resultado das suas escolhas pessoais e de formação. Ora, esse direito não existe! Cada um, com os limites próprios e das suas circunstâncias, é responsável pelas suas escolhas e pelas consequências destas. Isto é, pessoas houve que decidiram ser professores e fizeram a formação respectiva, o que implica aceitar as consequências: se a vida for propicia será essa a sua profissão e meio de sustento, se tal não acontecer terão de encontrar saídas noutros horizontes geográficos ou noutros campos de actividade. E isso será cada vez mais assim.
A única coisa que faltou nas declarações de Passos Coelho foi indicar qual a causa deste desemprego dos professores: é que não há alunos, não nascem crianças! O homem perdoa, a demografia, não...E sabe Deus como tantos desses Professores não são responsáveis em termos de mentalidade comum por esse clima cultural e humano em que a natalidade foi posta de parte, a maternidade menorizada, a família indicada como um modelo ultrapassado, o amor humano reduzido à sexualidade, etc...
Primeiro porque a pista é realista e boa. Existe de facto um mercado grande para esses professores e essa é uma alternativa real que inclusivamente lhes pode vir a trazer uma compensação bem maior do que a que resultaria de um emprego menor em indesejada localização e sem qualquer perspectiva de melhoria.
Depois porque estas declarações fizeram soltar o socialista que se esconde na alma portuguesa (consequência de anos de deseducação iniciados no paternalismo do Estado Novo e prosseguida no Portugal democrático) mesmo quando disfarçado de "preocupado social" e de acordo com o qual o Estado, a própria sociedade Portuguesa, tem obrigação de proporcionar a cada um o emprego que este deseja e do qual se crê credor em função e exclusivo resultado das suas escolhas pessoais e de formação. Ora, esse direito não existe! Cada um, com os limites próprios e das suas circunstâncias, é responsável pelas suas escolhas e pelas consequências destas. Isto é, pessoas houve que decidiram ser professores e fizeram a formação respectiva, o que implica aceitar as consequências: se a vida for propicia será essa a sua profissão e meio de sustento, se tal não acontecer terão de encontrar saídas noutros horizontes geográficos ou noutros campos de actividade. E isso será cada vez mais assim.
A única coisa que faltou nas declarações de Passos Coelho foi indicar qual a causa deste desemprego dos professores: é que não há alunos, não nascem crianças! O homem perdoa, a demografia, não...E sabe Deus como tantos desses Professores não são responsáveis em termos de mentalidade comum por esse clima cultural e humano em que a natalidade foi posta de parte, a maternidade menorizada, a família indicada como um modelo ultrapassado, o amor humano reduzido à sexualidade, etc...
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segunda-feira, dezembro 19, 2011
Rui Tavares, Bolsas 2.0 e subsidiariedade
Uma vez no fim de um Prós e Contras em que ambos tinhamos tido intervenção (creio era sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo) tive ocasião de dizer a Rui Tavares que este era decididamente um esquerdista "desgraçado" mas escrevia bem que se farta...;-)
Por isso é sempre com gosto que o leio no Público. Vem isto a propósito do seu artigo de hoje "Bolsas 2.0" em que dá conta num primeiro balanço do programa de Bolsas que ele lançou, creio a partir dos fundos de que dispõe no Parlamento Europeu e com a colaboração activa (financiamento) também dos Gato Fedorento (a quem as boas gargalhadas que às vezes proporcionam não "perdoam" a ajuda que dão à mentalidade comum e as intervenções às vezes "mortais" no campo político que fazem com a cobertura de humoristas mas de facto fazendo campanha, veja-se no segundo referendo do aborto...).
Além da iniciativa ser louvável é uma boa demonstração do principio da subsidiariedade, isto é, de que a sociedade civil por si própria, contem as energias necessárias para providenciar muitos dos serviços e apoios que uma comunidade necessita sem necessidade de uma direcção estatal centralizada a dizer que iniciativas são necessárias, quantas bolsas e para quê ou como deve um eurodeputado utilizar o seu dinheiro. Mas com esta conclusão já não sei se ele estará de acordo...;-)
Por isso é sempre com gosto que o leio no Público. Vem isto a propósito do seu artigo de hoje "Bolsas 2.0" em que dá conta num primeiro balanço do programa de Bolsas que ele lançou, creio a partir dos fundos de que dispõe no Parlamento Europeu e com a colaboração activa (financiamento) também dos Gato Fedorento (a quem as boas gargalhadas que às vezes proporcionam não "perdoam" a ajuda que dão à mentalidade comum e as intervenções às vezes "mortais" no campo político que fazem com a cobertura de humoristas mas de facto fazendo campanha, veja-se no segundo referendo do aborto...).
Além da iniciativa ser louvável é uma boa demonstração do principio da subsidiariedade, isto é, de que a sociedade civil por si própria, contem as energias necessárias para providenciar muitos dos serviços e apoios que uma comunidade necessita sem necessidade de uma direcção estatal centralizada a dizer que iniciativas são necessárias, quantas bolsas e para quê ou como deve um eurodeputado utilizar o seu dinheiro. Mas com esta conclusão já não sei se ele estará de acordo...;-)
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domingo, dezembro 18, 2011
Isabel Moreira, a Constituição e Maria José Nogueira Pinto
Quando comecei a escrever este post procurei uma fotografia de Isabel Moreira. De link em link fui parar a este belissimo texto dela sobre Maria José Nogueira Pinto e a uma impressionante fotografia desta. Belissimo porque dando conta de uma experiência pessoal reproduz muitos (tantos) dos testemunhos que foram dados, privada e publicamente, na e sobre a morte da Zézinha. Impressionate a fotografia pela energia, seriedade e profundidade do olhar e que tantas recordações me suscitou e sobretudo este desafio que a morte dos amigos representa: levar as coisas de Deus a sério...
A fotografia é esta:
O que originariamente ia escrever neste post é que subscrevia do ponto de vista juridico (apreciação de constitucionalidade, valor da Lei de Enquadramento Orçamental e mais uns pormenores) uma boa parte dos artigos que no Sol na sexta-feira passada e hoje no Público a Isabel Moreira publicou. Embora não possa deixar de ser levada em consideração a opinião de Jorge Bacelar Gouveia sobre a mesma questão...
A fotografia é esta:
O que originariamente ia escrever neste post é que subscrevia do ponto de vista juridico (apreciação de constitucionalidade, valor da Lei de Enquadramento Orçamental e mais uns pormenores) uma boa parte dos artigos que no Sol na sexta-feira passada e hoje no Público a Isabel Moreira publicou. Embora não possa deixar de ser levada em consideração a opinião de Jorge Bacelar Gouveia sobre a mesma questão...
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quinta-feira, dezembro 15, 2011
A Crise: um encontro hoje e o editorial do i
Hoje na Universidade Católica realiza-se um encontro às 19h00 (conforme convite abaixo) em que o assunto é o Manifesto do movimento católico Comunhão e Libertação intitulado "A Crise: desafio a uma Mudança".
Coincidentemente saiu hoje um editorial no jornal "i" em que há alguns pontos coincidentes com o juizo acima referido, nomeadamente a percepção do convite à mudança pessoal e familiar que a crise constitui. Vale a pena ler.
Coincidentemente saiu hoje um editorial no jornal "i" em que há alguns pontos coincidentes com o juizo acima referido, nomeadamente a percepção do convite à mudança pessoal e familiar que a crise constitui. Vale a pena ler.
quarta-feira, dezembro 14, 2011
Extraordinária intervenção no Parlamento Europeu!
Do euro-deputado Nigel Farage do grupo Europe of Freedom and Democracy. Os bois chamados pelos nomes, a realidade exposta a cores e ao vivo, a denuncia da actual União Europeia que é simultaneamente uma negação da ideia dos seus pais fundadores e uma consequência dos sucessivos "grandes passos em frente" da burocracia de Bruxelas e de toda a casta de politicos que nos seus próprios países venderam uma ilusão aos seus eleitorados (que depois e em referendo sempre se recusaram a consultar...).
Pode ser vista (dois minutos e pouco) aqui.
Pode ser vista (dois minutos e pouco) aqui.
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Estados Unidos: um católico candidato pelo Partido Republicano?
Muito interessante o artigo de Monsenhor Albacete no Ilsussidiario sobre as eleições presidenciais nos Estados Unidos e o candidato a candidato do Partido Republicano Newt Gingrich que se descobre ser um católico recém-convertido provindo de uma confissão baptista.
Vale a pena ler aqui.
Quanto ao homem é este:
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O equívoco dos resultados da politica da droga em Portugal
Dá o Público de hoje notícia de que se realiza hoje em Lisboa um encontro da Open Society Foundation que se dedica entre outras coisas a fazer "lobbying a favor de politicas de droga não repressivas" deslocando-se inclusivamente a Portugal um dos seus membros, o magnata Richard Branson da Virgin.
O motivo do encontro é o "êxito" da politica da droga portuguesa que assenta na descriminalização do consumo decidida por um governo socialista em 2001 (lei essa contra a qual com outros amigos promovi uma iniciativa popular de referendo que infelizmente se deteve nas 65 mil assinaturas angariadas, falta de devida projecção da questão na comunicação social que fez arrefecer o ímpeto inicial...). Ora esse êxito é um dos maiores embustes que os governos socialistas tem feito passar a nivel internacional contra toda a evidência estatistica conforme é reconhecido por todas as autoridades mundiais em questões da droga e organismos internacionais crediveis e de referência...!
Em Portugal campeão na denúncia deste embuste tem sido Manuel Pinto Coelho que preside à Associação para um Portugal Livre de Drogas de cujos corpos sociais também faço parte. Recomendo por isso sejam lidos os seus artigos que se encontram no site da APLD. Aí se pode verificar pela evidência da realidade como o "êxito" da politica portuguesa da droga se cifra em aumento dos consumos, das mortes por overdose, no estacionamento dos toxicodependentes em programas de Metadona e sobretudo no crescimento de uma mentalidade de tolerância com a droga que oculta a sua perigosidade e é por isso objectivamente responsável por mergulhar gerações inteiras de jovens no drama da toxicodependência com elevadissimos custos sociais.
Nesse como em outros campos impõe-se uma mudança decidida e a coragem de olhar para a realidade e pôr em causa todos os preconceitos ideológicos.
O motivo do encontro é o "êxito" da politica da droga portuguesa que assenta na descriminalização do consumo decidida por um governo socialista em 2001 (lei essa contra a qual com outros amigos promovi uma iniciativa popular de referendo que infelizmente se deteve nas 65 mil assinaturas angariadas, falta de devida projecção da questão na comunicação social que fez arrefecer o ímpeto inicial...). Ora esse êxito é um dos maiores embustes que os governos socialistas tem feito passar a nivel internacional contra toda a evidência estatistica conforme é reconhecido por todas as autoridades mundiais em questões da droga e organismos internacionais crediveis e de referência...!
Em Portugal campeão na denúncia deste embuste tem sido Manuel Pinto Coelho que preside à Associação para um Portugal Livre de Drogas de cujos corpos sociais também faço parte. Recomendo por isso sejam lidos os seus artigos que se encontram no site da APLD. Aí se pode verificar pela evidência da realidade como o "êxito" da politica portuguesa da droga se cifra em aumento dos consumos, das mortes por overdose, no estacionamento dos toxicodependentes em programas de Metadona e sobretudo no crescimento de uma mentalidade de tolerância com a droga que oculta a sua perigosidade e é por isso objectivamente responsável por mergulhar gerações inteiras de jovens no drama da toxicodependência com elevadissimos custos sociais.
Nesse como em outros campos impõe-se uma mudança decidida e a coragem de olhar para a realidade e pôr em causa todos os preconceitos ideológicos.
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terça-feira, dezembro 13, 2011
A Cigarra e a Formiga: versões alemã e portuguesa
Desconheço o autor destas duas versões da clássica história da Cigarra e da Formiga e que me chegou por um amigo (censurei uma parte referente à intensa vida "afectiva" da Cigarra e outra que denota a origem francesa destas versões e que inclui os imigrantes ilegais no rol dos bodes expiatórios...;-). Está uma delicia!
É assim:
Versão alemã
A formiga trabalha durante todo o Verão debaixo de Sol. Constrói a sua casa e enche-a de provisões para o Inverno.
A cigarra acha que a formiga é burra, ri, vai para a praia, bebe umas bejecas, "...", vai ao Rock in Rio e deixa o tempo passar.
Quando chega o Inverno a formiga está quentinha e bem alimentada. A cigarra está cheia de frio, não tem casa nem comida e morre de fome.
Fim
Versão portuguesa
A formiga trabalha durante todo o Verão debaixo de Sol. Constrói a sua casa e enche-a de provisões para o Inverno.
A cigarra acha que a formiga é burra, ri, vai para a praia, bebe umas bejecas, "...", vai ao Rock in Rio e deixa o tempo passar.
Quando chega o Inverno a formiga está quentinha e bem alimentada.
A cigarra, cheia de frio, organiza uma conferência de imprensa e pergunta porque é que a formiga tem o direito de estar quentinha e bem alimentada enquanto as pobres cigarras, que não tiveram sorte na vida, têm fome e frio.
A televisão organiza emissões em directo que mostram a cigarra a tremer de frio e esfomeada ao mesmo tempo que exibem vídeos da formiga em casa, toda quentinha, a comer o seu jantar com uma mesa cheia de coisas boas à sua frente.
A opinião pública tuga escandaliza-se porque não é justo que uns passem fome enquanto outros vivem no bem bom. As associações anti pobreza manifestam-se diante da casa da formiga.
Os jornalistas organizam entrevistas e mesas redondas com montes de comentadores que comentam a forma injusta como a formiga enriqueceu à custa da cigarra e exigem ao Governo que aumente os impostos da formiga para contribuir para a solidariedade social.
A CGTP, o PCP, o BE, os Verdes, a Geração à Rasca, os Indignados e a ala esquerda do PS com a Helena Roseta e a Ana Gomes à frente e o apoio implícito do Mário Soares organizam manifestações diante da casa da formiga.
Os funcionários públicos e os transportes decidem fazer uma greve de solidariedade de uma hora por dia (os transportes à hora de ponta) de duração ilimitada.
Fernando Rosas escreve um livro que demonstra as ligações da formiga com os nazis de Auschwitz.
Para responder às sondagens o Governo faz passar uma lei sobre a igualdade económica e outra de anti descriminação (esta com efeitos retroactivos ao princípio do Verão).
Os impostos da formiga são aumentados sete vezes e simultaneamente é multada por não ter dado emprego à cigarra.
A casa da formiga é confiscada pelas Finanças porque a formiga não tem dinheiro que chegue para pagar os impostos e a multa.
A formiga abandona Portugal e vai-se instalar na Suíça onde, passado pouco tempo, começa a contribuir para o desenvolvimento da economia local.
A televisão faz uma reportagem sobre a cigarra, agora instalada na casa da formiga e a comer os bens que aquela teve de deixar para trás. Embora a Primavera ainda venha longe já conseguiu dar cabo das provisões todas organizando umas "parties" com os amigos e umas "raves" com os artistas e escritores progressistas que duram até de madrugada. Sérgio Godinho compõe a canção de protesto "Formiga fascista, inimiga do artista...".
A antiga casa da formiga deteriora-se rapidamente porque a cigarra está-se "..." para a sua conservação. Em vez disso queixa-se que o Governo não faz nada para manter a casa como deve de ser. É nomeada uma comissão de inquérito para averiguar as causas da decrepitude da casa da formiga. O custo da comissão (interpartidária mais parceiros sociais) vai para o Orçamento de Estado: são 3 milhões de euros por ano.
Enquanto a comissão prepara a primeira reunião para daí a três meses a cigarra morre de overdose.
Rui Tavares comenta no Público a incapacidade do Governo para corrigir o problema da desigualdade social e para evitar as causas que levaram a cigarra à depressão e ao suicídio.
A casa da formiga, ao abandono, é ocupada por um bando de baratas, okupas, filhos da classe média-alta, que se recusam a viver como os pais capitalistas mas de esquerda-caviar e que lhes vão pagando as semanadas.
Ana Gomes um pouco a despropósito afirma que as carências da integração social se devem à compra dos submarinos, faz uma relação que só ela entende entre as baratas ilegais e os voos da CIA e aproveita para insultar Paulo Portas.
A formiga, entretanto, refez a vida na Suíça e está quase milionária...
É assim:
Versão alemã
A formiga trabalha durante todo o Verão debaixo de Sol. Constrói a sua casa e enche-a de provisões para o Inverno.
A cigarra acha que a formiga é burra, ri, vai para a praia, bebe umas bejecas, "...", vai ao Rock in Rio e deixa o tempo passar.
Quando chega o Inverno a formiga está quentinha e bem alimentada. A cigarra está cheia de frio, não tem casa nem comida e morre de fome.
Fim
Versão portuguesa
A formiga trabalha durante todo o Verão debaixo de Sol. Constrói a sua casa e enche-a de provisões para o Inverno.
A cigarra acha que a formiga é burra, ri, vai para a praia, bebe umas bejecas, "...", vai ao Rock in Rio e deixa o tempo passar.
Quando chega o Inverno a formiga está quentinha e bem alimentada.
A cigarra, cheia de frio, organiza uma conferência de imprensa e pergunta porque é que a formiga tem o direito de estar quentinha e bem alimentada enquanto as pobres cigarras, que não tiveram sorte na vida, têm fome e frio.
A televisão organiza emissões em directo que mostram a cigarra a tremer de frio e esfomeada ao mesmo tempo que exibem vídeos da formiga em casa, toda quentinha, a comer o seu jantar com uma mesa cheia de coisas boas à sua frente.
A opinião pública tuga escandaliza-se porque não é justo que uns passem fome enquanto outros vivem no bem bom. As associações anti pobreza manifestam-se diante da casa da formiga.
Os jornalistas organizam entrevistas e mesas redondas com montes de comentadores que comentam a forma injusta como a formiga enriqueceu à custa da cigarra e exigem ao Governo que aumente os impostos da formiga para contribuir para a solidariedade social.
A CGTP, o PCP, o BE, os Verdes, a Geração à Rasca, os Indignados e a ala esquerda do PS com a Helena Roseta e a Ana Gomes à frente e o apoio implícito do Mário Soares organizam manifestações diante da casa da formiga.
Os funcionários públicos e os transportes decidem fazer uma greve de solidariedade de uma hora por dia (os transportes à hora de ponta) de duração ilimitada.
Fernando Rosas escreve um livro que demonstra as ligações da formiga com os nazis de Auschwitz.
Para responder às sondagens o Governo faz passar uma lei sobre a igualdade económica e outra de anti descriminação (esta com efeitos retroactivos ao princípio do Verão).
Os impostos da formiga são aumentados sete vezes e simultaneamente é multada por não ter dado emprego à cigarra.
A casa da formiga é confiscada pelas Finanças porque a formiga não tem dinheiro que chegue para pagar os impostos e a multa.
A formiga abandona Portugal e vai-se instalar na Suíça onde, passado pouco tempo, começa a contribuir para o desenvolvimento da economia local.
A televisão faz uma reportagem sobre a cigarra, agora instalada na casa da formiga e a comer os bens que aquela teve de deixar para trás. Embora a Primavera ainda venha longe já conseguiu dar cabo das provisões todas organizando umas "parties" com os amigos e umas "raves" com os artistas e escritores progressistas que duram até de madrugada. Sérgio Godinho compõe a canção de protesto "Formiga fascista, inimiga do artista...".
A antiga casa da formiga deteriora-se rapidamente porque a cigarra está-se "..." para a sua conservação. Em vez disso queixa-se que o Governo não faz nada para manter a casa como deve de ser. É nomeada uma comissão de inquérito para averiguar as causas da decrepitude da casa da formiga. O custo da comissão (interpartidária mais parceiros sociais) vai para o Orçamento de Estado: são 3 milhões de euros por ano.
Enquanto a comissão prepara a primeira reunião para daí a três meses a cigarra morre de overdose.
Rui Tavares comenta no Público a incapacidade do Governo para corrigir o problema da desigualdade social e para evitar as causas que levaram a cigarra à depressão e ao suicídio.
A casa da formiga, ao abandono, é ocupada por um bando de baratas, okupas, filhos da classe média-alta, que se recusam a viver como os pais capitalistas mas de esquerda-caviar e que lhes vão pagando as semanadas.
Ana Gomes um pouco a despropósito afirma que as carências da integração social se devem à compra dos submarinos, faz uma relação que só ela entende entre as baratas ilegais e os voos da CIA e aproveita para insultar Paulo Portas.
A formiga, entretanto, refez a vida na Suíça e está quase milionária...
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Pedro Lomba e Assunção Esteves: a propósito dos deputados e dos políticos
Hoje no Público Pedro Lomba atira-se a Assunção Esteves (salvo seja...;-) a propósito de uma frase desta última que ele transcreve assim: "Os deputados sabem que podem contar comigo para defender a imagem a que temos direito, que é uma imagem de dignidade. E é uma dignidade acrescida pelo sentido de entrega que é superior ao do cidadão comum, á das pessoas que estão habituadas às suas vidinhas".
Enveredando pela exploração caricatural desta frase e pelo fácil apelo primário contra "os políticos" Pedro Lomba constrói um artigo que agradará ao sentimento anti-partidário de boa parte da nossa população, mas presta um mau serviço à política, á democracia e ao serviço do bem comum que é a grande marca de quem se empenha em intervir na vida do país a qualquer nivel de responsabilidade: local ou nacional, no executivo ou na fiscalização, em termos sectoriais ou gerais.
Sou testemunha dos bons sentimentos de tantos e tantos que se dedicam à política e dos sacrificios que isso implica a nivel profissional, pessoal e familiar. E não é por um punhado de meliantes que também os há na política que se pode julgar esse empenho de milhares e milhares de homens e mulheres deste país.
E que sim, em termos civicos, esão uns furos acima da generalidade da população que vive a sua vidinha...! Não quer isto dizer que sejam superiores a outros, mereçam mais do que outros ou se possam arrogar títulos especiais. Mas no serviço do bem comum (e não faço aqui distinções ideológicas, partidárias ou outras) estão claramente à frente de outros, mesmo se cheios de limites, dificuldades, pecados, estupidezes e ilusões. Um à frente que repito não lhes dá direitos nenhuns senão o de serem respeitados por essa generosidade da qual todos beneficiamos. Mas voltarei ao tema.
Enveredando pela exploração caricatural desta frase e pelo fácil apelo primário contra "os políticos" Pedro Lomba constrói um artigo que agradará ao sentimento anti-partidário de boa parte da nossa população, mas presta um mau serviço à política, á democracia e ao serviço do bem comum que é a grande marca de quem se empenha em intervir na vida do país a qualquer nivel de responsabilidade: local ou nacional, no executivo ou na fiscalização, em termos sectoriais ou gerais.
Sou testemunha dos bons sentimentos de tantos e tantos que se dedicam à política e dos sacrificios que isso implica a nivel profissional, pessoal e familiar. E não é por um punhado de meliantes que também os há na política que se pode julgar esse empenho de milhares e milhares de homens e mulheres deste país.
E que sim, em termos civicos, esão uns furos acima da generalidade da população que vive a sua vidinha...! Não quer isto dizer que sejam superiores a outros, mereçam mais do que outros ou se possam arrogar títulos especiais. Mas no serviço do bem comum (e não faço aqui distinções ideológicas, partidárias ou outras) estão claramente à frente de outros, mesmo se cheios de limites, dificuldades, pecados, estupidezes e ilusões. Um à frente que repito não lhes dá direitos nenhuns senão o de serem respeitados por essa generosidade da qual todos beneficiamos. Mas voltarei ao tema.
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segunda-feira, dezembro 12, 2011
Europa: abriu a caça à independência dos ingleses
Nos últimos dias abriu a caça a Cameron pela atitude corajosa deste em defesa do Reino Unido na última cimeira europeia. Já era tempo de alguém na União Europeia ter a coragem de não embarcar na onda e experimentar romper o consenso. João Carlos Espada hoje no Público explica bem as razões da Inglaterra e a razoabilidade da posição adoptada. E vai mais longe recordando que as "bizarrias" inglesas tem a ver com o precioso valor da liberdade e do principio do "No taxation without representation". Vale a pena ler o artigo que está aqui.
Provavelmente o tempo se encarregará de dar razão aos ingleses como tem acontecido com todas as posições dos euro-cépticos ao longo destes anos...
Provavelmente o tempo se encarregará de dar razão aos ingleses como tem acontecido com todas as posições dos euro-cépticos ao longo destes anos...
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sexta-feira, dezembro 09, 2011
Cesarianas sem justificação clinica devem ser pagas a um preço inferior
Com a autoridade de quem teve quatro filhos por cesariana (a minha mulher...;-) sempre me pareceu que havia alguma coisa de errado no elevadissimo recurso a cesarianas nos partos nos últimos anos. Errado porque casos como o da minha mulher de "ir a jogo" várias vezes nessas condições são muito raros (e assim muito provavelmente a uma cesariana segue-se por receios diversos o "fecho da loja" com todas as consequências para uma familia que fica privada de crescer e para uma sociedade que definha por falta de crianças) e porque suspeito que o recurso ás cesarianas não é ditado (como o foi com a minha mulher) por razões médicas (impossibilidade de saída do feto por outro modo) mas de comodidade das puérperas ou dos médicos (as cesarianas de forma geral, novamente a minha mulher foi pelo menos duas vezes, que eu me lembre, uma excepção, têm sempre lugar em datas e horas convenientes para estes...), medo do risco que um parto natural sempre implica, etc.
Bem sei me sujeito a uma critica dura das mulheres ("já te dou a comodidade"...;-) e dos médicos que alegarão o fazem na melhor das práticas médicas, mas lá que tenho esta suspeita, tenho...
Na medida da reflexão acima parece-me de saudar as tentativas (por via económica) de atacar o fenómeno, mas ao mesmo tempo suscita-me uma perplexidade (que sempre se aplica na área da Saúde): então e se num hospital a percentagem é a que a mãe natureza dita, se atingidos os limites percentuais dos objectivos de redução, faz-se parto natural, mesmo que este não seja aconselhável? Esquisito de facto...!
Bem sei me sujeito a uma critica dura das mulheres ("já te dou a comodidade"...;-) e dos médicos que alegarão o fazem na melhor das práticas médicas, mas lá que tenho esta suspeita, tenho...
Na medida da reflexão acima parece-me de saudar as tentativas (por via económica) de atacar o fenómeno, mas ao mesmo tempo suscita-me uma perplexidade (que sempre se aplica na área da Saúde): então e se num hospital a percentagem é a que a mãe natureza dita, se atingidos os limites percentuais dos objectivos de redução, faz-se parto natural, mesmo que este não seja aconselhável? Esquisito de facto...!
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quinta-feira, dezembro 08, 2011
Ajuda externa dos EUA vai servir para promover direitos dos homossexuais
Diz o Publico hoje. Lida a noticia percebe-se que a ideia é os EUA ajudarem a que nos países onde a homossexualidade é reprimida de facto (prisão, penas degradantes ou mesmo de morte, etc.) isso deixe de acontecer. O que, claro, é coisa com que só se pode concordar. Embora seja pena que a mesma determinação não se manifeste em defesa das vitimas de perseguição política (como na China) ou religiosa (como nos países árabes)...
Mas o problema é que se está mesmo a ver a mesma agenda cobrir os países onde as populações democraticamente decidiram não haver casamento gay ou as Igrejas se reservam o direito de não os casar ou...ou...tantos exemplos mais.
A unica noticia boa é que isto corresponde a uma instrução expressa de Obama (que insisto é a maior das ilusões políticas que vi na minha vida) e o faz perder votos e sobretudo no eleitorado negro...venham pois mais destas...! ;-)
Mas o problema é que se está mesmo a ver a mesma agenda cobrir os países onde as populações democraticamente decidiram não haver casamento gay ou as Igrejas se reservam o direito de não os casar ou...ou...tantos exemplos mais.
A unica noticia boa é que isto corresponde a uma instrução expressa de Obama (que insisto é a maior das ilusões políticas que vi na minha vida) e o faz perder votos e sobretudo no eleitorado negro...venham pois mais destas...! ;-)
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quarta-feira, dezembro 07, 2011
Austeridade: um pouco de humor
Porque rir é o melhor remédio...afixo aqui o texto de um email recebido há minutos:
"Baltazar oferece incenso; Belchior oferece ouro; ... e vem o Gaspar e tira tudo!!!"
Além do sentido de humor, o significativo (ou preocupante se pensarmos em futuros contextos eleitorais) é que este email chegou-me por um daqueles militantes de referência de Lisboa do PPD-PSD...se for desabafo ou simples humor, não tem problema, mas se reflectir o que vai no espírito das "hostes", já é preocupante...!?
"Baltazar oferece incenso; Belchior oferece ouro; ... e vem o Gaspar e tira tudo!!!"
Além do sentido de humor, o significativo (ou preocupante se pensarmos em futuros contextos eleitorais) é que este email chegou-me por um daqueles militantes de referência de Lisboa do PPD-PSD...se for desabafo ou simples humor, não tem problema, mas se reflectir o que vai no espírito das "hostes", já é preocupante...!?
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Novo Tratado? Um referendo europeu impõem-se!
Hoje no Público aparece a noticia de que Manuel Maria Carrilho propõe um referendo único na Europa (as declarações estão na TVI24 aqui). Não posso estar mais de acordo.
Na verdade o que pode vir a ocorrer em termos de união política, orçamental e fiscal, é de tal modo grave que um referendo assim (europeu no sentido de um só escrutinio e eleitorado) é uma exigência democrática "de vida ou de morte".
Vale a pena ler o que a propósito (do novo tratado que Merkozy se prepara para propor, da importância das decisões que daí resultam, dos passos em frente, para o abismo, acrescento eu, que se dão por vezes na União Europeia] escreve hoje Pacheco Pereira na Sábado.
Imperdível por isso o sub-blog Sim ao Referendo Europeu que Pacheco Pereira abriu no seu Abrupto.
Na verdade o que pode vir a ocorrer em termos de união política, orçamental e fiscal, é de tal modo grave que um referendo assim (europeu no sentido de um só escrutinio e eleitorado) é uma exigência democrática "de vida ou de morte".
Vale a pena ler o que a propósito (do novo tratado que Merkozy se prepara para propor, da importância das decisões que daí resultam, dos passos em frente, para o abismo, acrescento eu, que se dão por vezes na União Europeia] escreve hoje Pacheco Pereira na Sábado.
Imperdível por isso o sub-blog Sim ao Referendo Europeu que Pacheco Pereira abriu no seu Abrupto.
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terça-feira, dezembro 06, 2011
Dilma Rousseff: agora e então
Não tenho dúvidas que se fosse brasileiro não era na actual presidente do Brasil que teria votado mas a figura impressiona-me. Vem isto a propósito das noticias de hoje de que se demitiu um dos seus ministros (o sétimo em ordem de demissões e sexto na ordem dos com complicações em casos de corrupção). Não há duvida que, ao contrário de Lula, ela não se compadece com estes casos, com aquela coragem, determinação e dureza que caracterizam as mulheres.
E também não há duvida que ao longo dos anos os revolucionários do PT se foram transformando num bando de salteadores de altissimo coturno...
O segundo motivo para a referir aqui é a impressão que me fez a fotografia dela ainda tão nova em frente de um tribunal militar depois de dias e dias de tortura...que tempera e que dignidade! E ao mesmo tempo penso o que terão sentido (que sentimentos tinham sobre o que faziam e como isso coexistia com as suas existências humanas) então os homens que a torturaram e o que pensarão agora ao olhá-la como presidente do Brasil...? Que pensarão eles sobre essa época já longinqua? Alguma vez se arrependeram? Se confessaram até? Se calhar agora com filhas ou netas da idade de Dilma nessa altura...
Enfim, a humanidade é um mistério! E a fotografia é esta:
E também não há duvida que ao longo dos anos os revolucionários do PT se foram transformando num bando de salteadores de altissimo coturno...
O segundo motivo para a referir aqui é a impressão que me fez a fotografia dela ainda tão nova em frente de um tribunal militar depois de dias e dias de tortura...que tempera e que dignidade! E ao mesmo tempo penso o que terão sentido (que sentimentos tinham sobre o que faziam e como isso coexistia com as suas existências humanas) então os homens que a torturaram e o que pensarão agora ao olhá-la como presidente do Brasil...? Que pensarão eles sobre essa época já longinqua? Alguma vez se arrependeram? Se confessaram até? Se calhar agora com filhas ou netas da idade de Dilma nessa altura...
Enfim, a humanidade é um mistério! E a fotografia é esta:
segunda-feira, dezembro 05, 2011
Feriados e pontes: mal, mas que remédio...
No Frases de ontem do Público encontra-se esta de Pedro Marques Lopes retirada do Diário de Notícias de ontem:
"Quero lá saber se os outros povos têm mais ou menos dias santos ou datas comemorativas. Os que temos são nossos, os que decidimos como comunidade celebrar e que têm um significado atente a maioria da população a eles ou não."
É exactamente o que eu penso. E no valor inestimável familiar e de amizade das pontes e de outras ocasiões preciosas de estarmos juntos, descansar e também de, quando aplicável, celebrar a nossa fé. Se nos tiram isso para onde vão aqueles traços de vida mais calma e bem gozada, atenta ao principal, que são caracteristicas dos povos do Sul...? Quero lá saber o que pensa a Troika disso...!
Embora reconheça que no estado em que estamos (ou seja necessitados do dinheiro dos outros) o que mais temos é que sujeitar-nos :-( (nesse sentido é muito clara e explicita a excelente entrevista de Passos Coelho que saiu ontem, se não estou em erro, no Público...
"Quero lá saber se os outros povos têm mais ou menos dias santos ou datas comemorativas. Os que temos são nossos, os que decidimos como comunidade celebrar e que têm um significado atente a maioria da população a eles ou não."
É exactamente o que eu penso. E no valor inestimável familiar e de amizade das pontes e de outras ocasiões preciosas de estarmos juntos, descansar e também de, quando aplicável, celebrar a nossa fé. Se nos tiram isso para onde vão aqueles traços de vida mais calma e bem gozada, atenta ao principal, que são caracteristicas dos povos do Sul...? Quero lá saber o que pensa a Troika disso...!
Embora reconheça que no estado em que estamos (ou seja necessitados do dinheiro dos outros) o que mais temos é que sujeitar-nos :-( (nesse sentido é muito clara e explicita a excelente entrevista de Passos Coelho que saiu ontem, se não estou em erro, no Público...
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domingo, dezembro 04, 2011
Crise, divida publica e responsabilidades
Está colocada online uma Petição a pedir o julgamento do anterior Primeiro-Ministro pelas responsabilidades do seu Governo na duplicação da divida publica do país. A petição já tem quase 30 mil assinaturas.
Parece-me:
- são devidas todas as vénias a quem (Manuela Ferreira Leite, Tavares Moreira, Medina Carreira, etc.) há muito nos alertava de que estavamos a caminho do abismo;
- em democracia (salvo no que respeita a actos ilicitos) a sanção ou o prémio exerce-se nas urnas
- não se sai da crise a fazer lista de culpados e eventualmente persegui-los e castigá-los. Sai-se da crise olhando-a de frente, percebendo as oportunidades de mudança que ela oferece, etc.
- goste-se ou não, e com excepção de não significativos assaltos à mão armada nos gastos públicos, os "culpados" e beneficiários da divida publica fomos nós todos em infraestruturas publicas, prestações sociais, confortos económicos vários e por termos vivido como habitantes de paises ricos, sem ter os meios para tal
Parece-me:
- são devidas todas as vénias a quem (Manuela Ferreira Leite, Tavares Moreira, Medina Carreira, etc.) há muito nos alertava de que estavamos a caminho do abismo;
- em democracia (salvo no que respeita a actos ilicitos) a sanção ou o prémio exerce-se nas urnas
- não se sai da crise a fazer lista de culpados e eventualmente persegui-los e castigá-los. Sai-se da crise olhando-a de frente, percebendo as oportunidades de mudança que ela oferece, etc.
- goste-se ou não, e com excepção de não significativos assaltos à mão armada nos gastos públicos, os "culpados" e beneficiários da divida publica fomos nós todos em infraestruturas publicas, prestações sociais, confortos económicos vários e por termos vivido como habitantes de paises ricos, sem ter os meios para tal
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Iluminações de Natal: também na Póvoa de Varzim
Passava ontem de corrida diante de uma televisão e vejo a noticia de que também na Póvoa de Varzim os comerciantes locais em face da decisão da respectiva Câmara de não colocar luzes de Natal, decidiram fazê-lo eles próprios...não fora os riscos pessoais (desemprego, pobreza, dificuldades várias) que todos corremos, quase diria bendita crise e que dure muitos anos...!
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sexta-feira, dezembro 02, 2011
Espanha: é mandá-los passear...
O exemplo é politicamente incorrecto (proposta de trasladação do corpo de Francisco Franco do Vale dos Caídos para um local a escolher pela família) mas a reacção do Governo espanhol a esta e outras propostas de uma comissão constituida para avaliar a situação daquele monumento (criado com o objectivo de promover a reconciliação nacional e por isso reunindo os restos mortais de combatentes dos dois lados) foi como deve ser: "a principal preocupação dos espanhois é o desemprego, não é onde Franco está enterrado" e "o PP não vai abrir debates que não existem como fazia o governo Zapatero, criando situações para distrair a opinião pública"...;-)
Realmente (apesar do caracter eventualmente reaccionario deste debate que só interessa àqueles que ainda estão em 1936-1939 [desde que se omita a perseguição à Igreja, a profanação dos túmulos nas Igrejas e a destruição destas, o assassinato de milhares de leigos, padres e freiras, claro]) é esta a diferença que pode fazer uma maioria de centro-direita sem papas na lingua e certa do que importa. Mas, também é verdade, que por lá não houve quem tivesse tomado também esse campo como aconteceu entre nós...
Realmente (apesar do caracter eventualmente reaccionario deste debate que só interessa àqueles que ainda estão em 1936-1939 [desde que se omita a perseguição à Igreja, a profanação dos túmulos nas Igrejas e a destruição destas, o assassinato de milhares de leigos, padres e freiras, claro]) é esta a diferença que pode fazer uma maioria de centro-direita sem papas na lingua e certa do que importa. Mas, também é verdade, que por lá não houve quem tivesse tomado também esse campo como aconteceu entre nós...
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Razões para não ir à Igreja
Extraordinário este video encontrado por uma sobrinha no You Tube, cheio de sentido de humor. Tão verdadeiro! Vejam aqui.
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quinta-feira, dezembro 01, 2011
Aumenta a infecção de SIDA nos homossexuais
Creio já o ter referido neste Blog mas a noticia hoje no Diário Notícias (fiz uma pesquisa e os resultados estão aqui) veio mais uma vez alertar para que "Aumenta o número de infectados nos homossexuais". Por força do politicamente correcto e por receio do lobby gay os media, o associativismo civico do tema e instâncias oficiais, esforçaram-se ao longo dos últimos anos por jurar a pés juntos que não, que a infecção da Sida não tinha nada a ver com homossexualidade, que quem corria grandes riscos era a população heterosexual, que os toxicodependentes só estavam em risco se não obedecessem à ditadura da redução de danos, etc. Resultado: a infecção cresce impante na comunidade (como hoje em dia se diz) homossexual e a situação não promete melhor. Veja-se este artigo.
O que mais espanta não é que isto aconteça (era fatal...) mas que demorem tanto tempo a perceber...veja-se por todas, esta noticia de 2009 no Diário de Notícias (e se há jornal insuspeito é este...;-)
No fundo, no fundo, em nome da ideologia, assim se matam os amigos...
O que mais espanta não é que isto aconteça (era fatal...) mas que demorem tanto tempo a perceber...veja-se por todas, esta noticia de 2009 no Diário de Notícias (e se há jornal insuspeito é este...;-)
No fundo, no fundo, em nome da ideologia, assim se matam os amigos...
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quarta-feira, novembro 30, 2011
Europa: concordando com Mário Soares
Não tenho especial simpatia (de facto, nenhuma...;-) por Mário Soares (contas antigas relacionadas com a miserável descolonização dos anos 70) a não ser a gratidão pelo seu contributo para termos parado os comunistas depois do 25 de Abril, mas quando uma pessoa diz uma coisa acertada, isso é-o, independentemente de outras considerações.
Assim a ocasião de concordar é dada por esta parte das suas declarações no Público de ontem quando diz:
"A União Europeia está desorientada. Dantes era constituída por duas grandes famílias políticas: os socialistas e os democratas-cristãos que seguiam a doutrina social da Igreja. Hoje não há democratas-cristãos, ou quase não há, porque já não seguem a doutrina social da Igreja, seguem o neoliberalismo, tendo o dinheiro como principal valor".
Embora não concorde com a extensão do anátema (o que tem faltado é neo-liberalismo, isto é ter obrigado os bancos a suportarem o custo das asneiras que fizeram, salvando-os à custa de todos os contribuintes...) é bem visto de facto.
Sobretudo porque nunca é demais recordá-lo a União Europeia é uma ideia e iniciativa de politicos católicos (de Missa diária, acrescente-se) que não vejo se reveriam hoje na actual construção europeia e nos seus atropelos ao princípio da subsidiariedade, um dos pilares da Doutrina Social da Igreja.
Assim a ocasião de concordar é dada por esta parte das suas declarações no Público de ontem quando diz:
"A União Europeia está desorientada. Dantes era constituída por duas grandes famílias políticas: os socialistas e os democratas-cristãos que seguiam a doutrina social da Igreja. Hoje não há democratas-cristãos, ou quase não há, porque já não seguem a doutrina social da Igreja, seguem o neoliberalismo, tendo o dinheiro como principal valor".
Embora não concorde com a extensão do anátema (o que tem faltado é neo-liberalismo, isto é ter obrigado os bancos a suportarem o custo das asneiras que fizeram, salvando-os à custa de todos os contribuintes...) é bem visto de facto.
Sobretudo porque nunca é demais recordá-lo a União Europeia é uma ideia e iniciativa de politicos católicos (de Missa diária, acrescente-se) que não vejo se reveriam hoje na actual construção europeia e nos seus atropelos ao princípio da subsidiariedade, um dos pilares da Doutrina Social da Igreja.
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terça-feira, novembro 29, 2011
Emigração: uma história dramática e comovente
Por circunstâncias familiares (um primo da minha mulher que foi para Paria há uns anos trabalhar em imobiliário e cujos clientes eram os emigrantes portugueses em França e países limitrofes) fiquei conhecedor do mundo da emigração portuguesa em França (ainda ou provinda da vaga dos anos 60 e 70 do século passado).
São histórias impressionantes de coragem, drama, risco, amizade, valores sólidos, sacrificio, aventura, amor, família, dedicação às suas terras de origem, saudade e identidade nacional. Comoventes mesmo quando vistas na sua dureza e também injustiça e miséria.
Vem isto a propósito do Público de hoje que traz uma carta de uma portuguesa (hoje adulta, casada, três filhas, professora, a iniciar uma vida nova como empreendedora) ao fotógrafo (Gérald Bloncourt) que a imortalizou numa imagem, ela criança de seis anos, tirada num bidonville nos anos 60. Vale a pena ler.
A fotografia é esta:
São histórias impressionantes de coragem, drama, risco, amizade, valores sólidos, sacrificio, aventura, amor, família, dedicação às suas terras de origem, saudade e identidade nacional. Comoventes mesmo quando vistas na sua dureza e também injustiça e miséria.
Vem isto a propósito do Público de hoje que traz uma carta de uma portuguesa (hoje adulta, casada, três filhas, professora, a iniciar uma vida nova como empreendedora) ao fotógrafo (Gérald Bloncourt) que a imortalizou numa imagem, ela criança de seis anos, tirada num bidonville nos anos 60. Vale a pena ler.
A fotografia é esta:
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domingo, novembro 27, 2011
Euro-cépticos: a homenagem devida!
Lendo o artigo de ontem do Vasco Pulido Valente (o euro) no Público de ontem, destaco o final:
"E, por ironia, os partidários do euro querem agora as garantias que não pediram na hora própria: a união fiscal e a união política. As várias manobras para transformar o BCE num sucedâneo do Banco de Inglaterra ou da Reserva Federal americana, a absurda insistência na criação de eurobonds que nos salvem da dívida e habilidades do mesmo género, só mostram, e mostram bem, a intransigência da Alemanha, que já rejeitou para sempre as fantasias da UE e sabe que a única maneira de acabar com a crise do euro é acabar com o euro, idealmente com tranquilidade e disciplina. Portugal escusa de protestar em nome de uma "solidariedade" que nunca valeu nada. Por muito que nos custe, e vai custar, a única saída está em preparar com cuidado o nosso inevitável regresso ao escudo."
Impossivel não prestar as devidas homenagens a Manuel Monteiro, João Ferreira do Amaral e, no seu tempo de O Independente, Paulo Portas. E Paulo Teixeira Pinto no Pensar Portugal.
"E, por ironia, os partidários do euro querem agora as garantias que não pediram na hora própria: a união fiscal e a união política. As várias manobras para transformar o BCE num sucedâneo do Banco de Inglaterra ou da Reserva Federal americana, a absurda insistência na criação de eurobonds que nos salvem da dívida e habilidades do mesmo género, só mostram, e mostram bem, a intransigência da Alemanha, que já rejeitou para sempre as fantasias da UE e sabe que a única maneira de acabar com a crise do euro é acabar com o euro, idealmente com tranquilidade e disciplina. Portugal escusa de protestar em nome de uma "solidariedade" que nunca valeu nada. Por muito que nos custe, e vai custar, a única saída está em preparar com cuidado o nosso inevitável regresso ao escudo."
Impossivel não prestar as devidas homenagens a Manuel Monteiro, João Ferreira do Amaral e, no seu tempo de O Independente, Paulo Portas. E Paulo Teixeira Pinto no Pensar Portugal.
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Os incidentes na greve geral
Irrita-me profundamente a personagem do revolucionário mariquinhas*...
Isto é aquele desordeiro que por razões politicas e/ou de gosto pessoal (e às vezes as duas juntas) arma confusões, depois apanha umas bastonadas da polícia e vai a correr á comunicação social, aos tribunais ou ao governo, queixar-se da violência policial...veja-se isso aqui. Sendo a noticia também um magnifico exemplo de um Estado com pés de barro que cada vez que exerce a autoridade, não se sentindo seguro de por que o faz, tropeça nesse exercício...é de gargalhada.
Da minha experiência do PREC estas coisas tem regras: um tipo tenta virar o barco e depois não se queixa de que a onda o arrastou. Não só fica mal a um revolucionário andar a recorrer ao sistema legislativo burguês (que em principio não respeita) como é até francamente ridiculo.
Nota conspirativa: porque não ficou em São Bento ou tendo ficado não actuou o serviço de ordem da CGTP...? É que com esses "não há pão para malucos"...;-)
*no sentido de queixinhas, choramingas, etc. Se não ainda tenho aqui outra discussão sobre tema diverso e por agora não é isso de que se ocupa este post...;-)
Isto é aquele desordeiro que por razões politicas e/ou de gosto pessoal (e às vezes as duas juntas) arma confusões, depois apanha umas bastonadas da polícia e vai a correr á comunicação social, aos tribunais ou ao governo, queixar-se da violência policial...veja-se isso aqui. Sendo a noticia também um magnifico exemplo de um Estado com pés de barro que cada vez que exerce a autoridade, não se sentindo seguro de por que o faz, tropeça nesse exercício...é de gargalhada.
Da minha experiência do PREC estas coisas tem regras: um tipo tenta virar o barco e depois não se queixa de que a onda o arrastou. Não só fica mal a um revolucionário andar a recorrer ao sistema legislativo burguês (que em principio não respeita) como é até francamente ridiculo.
Nota conspirativa: porque não ficou em São Bento ou tendo ficado não actuou o serviço de ordem da CGTP...? É que com esses "não há pão para malucos"...;-)
*no sentido de queixinhas, choramingas, etc. Se não ainda tenho aqui outra discussão sobre tema diverso e por agora não é isso de que se ocupa este post...;-)
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Fado no património imaterial da humanidade
A declaração do Fado como fazendo parte do património da humanidade foi um belissimo acontecimento do qual estavamos bem necessitados para apimentar com uma boa noticia de vez em quando esta sopa insonsa em que às vezes nos sentimos a viver...!
Como dizia alguém na TSF uma das coisas que impressionou nesta candidatura foi o sentimento de unidade nacional que suscitou: aquela verdadeira que não oculta as diferenças, mas diz "há algo maior que nos une". Bonito!
E parabéns a quem a protagonizou, organizou e apoiou! Obrigado.
Como dizia alguém na TSF uma das coisas que impressionou nesta candidatura foi o sentimento de unidade nacional que suscitou: aquela verdadeira que não oculta as diferenças, mas diz "há algo maior que nos une". Bonito!
E parabéns a quem a protagonizou, organizou e apoiou! Obrigado.
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Agricultura: o regresso à terra
Na revista dominical do Público (imaginativamente intitulada Pública...;-) vem uma extensa e interessante reportagem intitulada "Portugal está a regressar à terra". Vale a pena ler.
Estou convencido não apenas que esse é um dos caminhos de saída da crise, como também um dos seus desejáveis resultados: o abandono do caminho da desertificação, uma vida mais simples e depois melhor, uma maior adequação entre o perfil das pessoas e os seus trabalhos (já não determinados por critérios de sucesso da mentalidade contemporânea, em modelos que esgotam as pessoas), o fim do desperdicio dos nossos melhores recursos, o tomar em próprias mãos do seu destino.
Depois de anos trágicos de destruição da agricultura nacional (da qual um dos grandes responsáveis foi o actual presidente) até que enfim há um caminho diferente. Disso também se faz eco aqui.
Estou convencido não apenas que esse é um dos caminhos de saída da crise, como também um dos seus desejáveis resultados: o abandono do caminho da desertificação, uma vida mais simples e depois melhor, uma maior adequação entre o perfil das pessoas e os seus trabalhos (já não determinados por critérios de sucesso da mentalidade contemporânea, em modelos que esgotam as pessoas), o fim do desperdicio dos nossos melhores recursos, o tomar em próprias mãos do seu destino.
Depois de anos trágicos de destruição da agricultura nacional (da qual um dos grandes responsáveis foi o actual presidente) até que enfim há um caminho diferente. Disso também se faz eco aqui.
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sábado, novembro 26, 2011
Alguns filmes a ver
Chegado aquela idade confortável de parte dos filhos já estarem crescidos tem-se multiplicado as ocasiões de ir jantar fora e ao Cinema com a minha mulher. Numa vida tão empenhada como a nossa, esses momentos são uma grande ajuda depois à vida do dia a dia.
Recentemente vimos dois que recomendamos (os links são para os trailers no yutube) e que é bom vão ver depressa porque sendo muito decentes não vão estar muito tempo em cartaz...:
50/50: uma história muito humana de doença e amizade. Começa com uma linguagem desbragada mas depois acerta o tom...;-) Mais um esforço de juízo sobre os factos e dava um dos melhores filmes dos últimos tempos
Não sei como ela consegue: com aquela actriz (aqui não irritante) do Sexo e a Cidade, num papel delicioso de mulher casada e com filhos e embrenhada na sua carreira. Neste filme o salto acima é dado e mais não digo para não estragar revelando o fim...
Recentemente vimos dois que recomendamos (os links são para os trailers no yutube) e que é bom vão ver depressa porque sendo muito decentes não vão estar muito tempo em cartaz...:
50/50: uma história muito humana de doença e amizade. Começa com uma linguagem desbragada mas depois acerta o tom...;-) Mais um esforço de juízo sobre os factos e dava um dos melhores filmes dos últimos tempos
Não sei como ela consegue: com aquela actriz (aqui não irritante) do Sexo e a Cidade, num papel delicioso de mulher casada e com filhos e embrenhada na sua carreira. Neste filme o salto acima é dado e mais não digo para não estragar revelando o fim...
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sexta-feira, novembro 25, 2011
Mais um exemplo entusiasmante de que há energias para vencer a crise!
Como diz o juizo de Comunhão e Libertação ao qual voltarei aqui, a crise é um desafio de mudança. E uma dessas mudanças é a compreensão pela sociedade inteira que esta tem em si própria as energias e força necessárias em multiplos campos para não necessitar que seja o Estado a substituir-se-lhe e que não se pode andar sempre a pedir tudo seja ao Governo central seja ao local.
Hoje no Publico, mais um exemplo de como isto é verdade: tendo decidido a Câmara não realizar por sua conta uma série de iluminações de Natal, os comerciantes da Rua Castilho tomaram a iniciativa e a suas próprias expensas vão fazê-las eles e isso acompanhado de uma série de iniciativas de animação dessa zona comercial. A noticia está também aqui.
A juntar ao exemplo daqueles pais que numa escola se encarregaram eles próprios com a ajuda da Dyrup da respectiva remodelação, e daquelas escolas pelo país inteiro em que os prémios monetários de mérito escolar foram dados na mesma, apesar do Ministério da Educação ter decidido não financiá-los, estes são sinais de uma mentalidade nova com a qual, assim sim, poderemos sair da crise mais fortes e capazes, decididos a perceber o valor da palavra, do principio, da subsidiariedade.
Hoje no Publico, mais um exemplo de como isto é verdade: tendo decidido a Câmara não realizar por sua conta uma série de iluminações de Natal, os comerciantes da Rua Castilho tomaram a iniciativa e a suas próprias expensas vão fazê-las eles e isso acompanhado de uma série de iniciativas de animação dessa zona comercial. A noticia está também aqui.
A juntar ao exemplo daqueles pais que numa escola se encarregaram eles próprios com a ajuda da Dyrup da respectiva remodelação, e daquelas escolas pelo país inteiro em que os prémios monetários de mérito escolar foram dados na mesma, apesar do Ministério da Educação ter decidido não financiá-los, estes são sinais de uma mentalidade nova com a qual, assim sim, poderemos sair da crise mais fortes e capazes, decididos a perceber o valor da palavra, do principio, da subsidiariedade.
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quinta-feira, novembro 24, 2011
Greve Geral: quatro apontamentos
De acordo com a boa teoria das greves gerais, esta ou é insurreccional ou não é nada (Georges Sorel dixit)...assim esta é mais uma a somar à série de greves gerais que maxime permite ao Governo saber qual a real dimensão da sua oposição na função pública e o berbicaixo que são hoje em dia as suas empresas de transportes (quando pela simples mudança geracional ou pela privatização, desaparecer o dominio comunista sobre as mesmas, acabam as greves gerais...).
Tenho de trabalhar e por isso estou indisponivel para o realizar mas fica-me a pena de não haver uma meia dúzia de maduros que produzindo umas faixas a dizer "a festa acabou!" se coloquem em frente a alguns pontos fortes da greve ;-) Na verdade que pensa esta gente (alguma boa, tenho privado na AML com uma dirigente da CGTP, da sua ala católica...) que muda com isto?
Do tratamento que os media derem aos três episódios de vandalismo de hoje (junto de repartições de finanças) depende o futuro desse tipo de acções. Ignorando-os ou reduzindo-os ás suas proporções (são fruto de um grupo de irresponsáveis nostálgicos do Black Bloc e da "luta armada" da extrema-esquerda dos anos setenta) a coisa morre...se embarcarem (os media) na excitação então a mensagem que passarão é: "vale a pena, porque nos dá o que queremos: publicidade". Atenção, pois.
Nota final: tivessem estes actos como protagonistas outros grupos da nossa sociedade (extrema-direita por exemplo) era o "aqui d'el rei". Não o tendo sido (supondo-o) vão ser classificados como "expressão do mal-estar na sociedade portuguesa com a austeridade imposta pela Troika". Vão ver...
Tenho de trabalhar e por isso estou indisponivel para o realizar mas fica-me a pena de não haver uma meia dúzia de maduros que produzindo umas faixas a dizer "a festa acabou!" se coloquem em frente a alguns pontos fortes da greve ;-) Na verdade que pensa esta gente (alguma boa, tenho privado na AML com uma dirigente da CGTP, da sua ala católica...) que muda com isto?
Do tratamento que os media derem aos três episódios de vandalismo de hoje (junto de repartições de finanças) depende o futuro desse tipo de acções. Ignorando-os ou reduzindo-os ás suas proporções (são fruto de um grupo de irresponsáveis nostálgicos do Black Bloc e da "luta armada" da extrema-esquerda dos anos setenta) a coisa morre...se embarcarem (os media) na excitação então a mensagem que passarão é: "vale a pena, porque nos dá o que queremos: publicidade". Atenção, pois.
Nota final: tivessem estes actos como protagonistas outros grupos da nossa sociedade (extrema-direita por exemplo) era o "aqui d'el rei". Não o tendo sido (supondo-o) vão ser classificados como "expressão do mal-estar na sociedade portuguesa com a austeridade imposta pela Troika". Vão ver...
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terça-feira, novembro 22, 2011
Otelo Saraiva de Carvalho
Republico aqui um artigo do Rui Moreira (do Porto) que saiu no Jornal de Noticias há dois dias. Sei bem que é o perdão que nos deve comandar, mas esse pressupõe um(a) arrependido(a) que no-lo pede. O que não é manifestamente o caso de Otelo. Nem nunca o pediu pelas prisões arbitrárias e sevicias no PREC, nem pelas FP-25 Abril. E agora ainda vem clamar por uma revolução, o que em face do actual Código Penal, é crime...o que seria se o mesmo tivesse sido feito por qualquer protagonista da extrema-direita...!? Caía o Carmo e a Trindade...
Mas a esquerda dominante nos media é assim: tudo para os meus (maluqueiras incluidas) e nada para os outros...
Recomendo pois leiam este artigo:
Óscar da impunidade
JN – 2011-11-20
Otelo Saraiva de Carvalho (OSC) disse, em entrevista recente, que "ultrapassados os limites (os militares deveriam) fazer uma operação militar e derrubar o Governo". Marques Júnior, outro capitão de Abril, tratou de rejeitar a ideia, garantindo não haver condições para os militares fazerem um golpe. O "establishment" político menosprezou a importância essa declaração e o assunto foi selado por Marcelo na sua homilia dominical.
Será que ninguém leva a sério as bravatas de OSC? Ora, a sua história mostra que ele constitui uma ameaça. Foi ele o chefe do COPCON que, em 1975, procedeu a inúmeras detenções arbitrárias, assinando mandados de captura em branco, de tal forma que em finais de Março desse ano havia mais presos políticos, da extrema-esquerda à direita, do que no dia 24 de Abril de 1974. Presos esses que nunca foram acusados de nada e que foram sujeitos a tortura e sevícias, como consta de um relatório elaborado por pessoas acima de qualquer suspeita. No 25 de Novembro, esteve do lado dos derrotados, e foi detido por essa razão, para logo ser libertado. Depois, e apesar disso, pode concorrer às eleições presidenciais e, perdida a batalha, optou por se travestir de Óscar, e liderou uma organização terrorista, as FP 25 de Abril, que foi responsável pelo assassinato de dezassete pessoas inocentes. Por esse crime foi preso, julgado e condenado em tribunal, apesar de traído os seus camaradas, fingindo que nada tinha que ver com a organização. Mais uma vez, foi libertado, sem nunca se mostrar arrependido, por obra e graça de uma amnistia vergonhosa. Anos mais tarde, foi promovido retroactivamente, com uma indemnização de 49800 euros, muito superior à que receberam as famílias das vítimas das FP-25.
Não acredito que haja 800 militares (os tais que, segundo ele, poderiam fazer um golpe de Estado) dispostos a seguir a sua sugestão, ou a marchar com ele. Os militares têm o direito de se manifestar ordeiramente mas, no mais, sabem que devem ficar pelos quartéis, porque Portugal é uma democracia. Ainda assim, OSC não pode ser descartado como se fosse um qualquer indigente mental, nem ter um estatuto de eterna impunidade por ter participado no 25 de Abril. Também não se pode tomar a sua declaração à laia de um desabafo. OSC nunca foi um democrata, e odeia a liberdade. A sua participação no 25 de Abril teve, como móbil, razões corporativas. Mandou no COPCON porque queria submeter o país à sua ditadura. Envolveu-se num golpe de Estado contra a liberdade, e perdeu. Fez parte de um grupo terrorista e nem sequer teve coragem para o assumir. Foi libertado, e nunca pediu perdão. Vive tranquilo, com uma reforma maior do que a que recebem 95% dos reformados deste país.
Ora, em democracia, esse sistema que ele abomina, a lei deve ser cumprida por todos, e o seu acto pode configurar o crime de "instigação pública de um crime", previsto no artº 297º do CP. De facto, OSC poderá ter instigado o crime de "alteração violenta do Estado de Direito", previsto no artº 325º do CP, o qual no seu número 1 refere que "quem, por meio de violência ou ameaça de violência, tentar destruir, alterar ou subverter o Estado de direito constitucionalmente estabelecido, é punido com pena de três a doze anos".
Em memória das vítimas das FP-25 de Abril, do meu Pai, cuja história é narrada em pormenor no relatório das sevícias, e que foi um dos muitos que foram presos e seviciados sem que nunca tenha sido acusado de qualquer crime, em homenagem à instituição militar que não merece ser confundida com OSC e quejandos, a bem dos meus filhos que, espero, possam continuar a viver em liberdade, exijo que este assunto não fique esquecido. Não me conformo com o encolher de ombros do procurador-geral da República. Se Portugal tinha alguma dívida com OSC, já a pagou muitas vezes. Agora, devia ser a hora de esse senhor se sentar no banco dos réus para, por uma vez, perceber que não é mais do que os outros portugueses. É, aliás, e a meu ver, bastante menos do que qualquer cidadão comum.
Mas a esquerda dominante nos media é assim: tudo para os meus (maluqueiras incluidas) e nada para os outros...
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Óscar da impunidade
JN – 2011-11-20
Otelo Saraiva de Carvalho (OSC) disse, em entrevista recente, que "ultrapassados os limites (os militares deveriam) fazer uma operação militar e derrubar o Governo". Marques Júnior, outro capitão de Abril, tratou de rejeitar a ideia, garantindo não haver condições para os militares fazerem um golpe. O "establishment" político menosprezou a importância essa declaração e o assunto foi selado por Marcelo na sua homilia dominical.
Será que ninguém leva a sério as bravatas de OSC? Ora, a sua história mostra que ele constitui uma ameaça. Foi ele o chefe do COPCON que, em 1975, procedeu a inúmeras detenções arbitrárias, assinando mandados de captura em branco, de tal forma que em finais de Março desse ano havia mais presos políticos, da extrema-esquerda à direita, do que no dia 24 de Abril de 1974. Presos esses que nunca foram acusados de nada e que foram sujeitos a tortura e sevícias, como consta de um relatório elaborado por pessoas acima de qualquer suspeita. No 25 de Novembro, esteve do lado dos derrotados, e foi detido por essa razão, para logo ser libertado. Depois, e apesar disso, pode concorrer às eleições presidenciais e, perdida a batalha, optou por se travestir de Óscar, e liderou uma organização terrorista, as FP 25 de Abril, que foi responsável pelo assassinato de dezassete pessoas inocentes. Por esse crime foi preso, julgado e condenado em tribunal, apesar de traído os seus camaradas, fingindo que nada tinha que ver com a organização. Mais uma vez, foi libertado, sem nunca se mostrar arrependido, por obra e graça de uma amnistia vergonhosa. Anos mais tarde, foi promovido retroactivamente, com uma indemnização de 49800 euros, muito superior à que receberam as famílias das vítimas das FP-25.
Não acredito que haja 800 militares (os tais que, segundo ele, poderiam fazer um golpe de Estado) dispostos a seguir a sua sugestão, ou a marchar com ele. Os militares têm o direito de se manifestar ordeiramente mas, no mais, sabem que devem ficar pelos quartéis, porque Portugal é uma democracia. Ainda assim, OSC não pode ser descartado como se fosse um qualquer indigente mental, nem ter um estatuto de eterna impunidade por ter participado no 25 de Abril. Também não se pode tomar a sua declaração à laia de um desabafo. OSC nunca foi um democrata, e odeia a liberdade. A sua participação no 25 de Abril teve, como móbil, razões corporativas. Mandou no COPCON porque queria submeter o país à sua ditadura. Envolveu-se num golpe de Estado contra a liberdade, e perdeu. Fez parte de um grupo terrorista e nem sequer teve coragem para o assumir. Foi libertado, e nunca pediu perdão. Vive tranquilo, com uma reforma maior do que a que recebem 95% dos reformados deste país.
Ora, em democracia, esse sistema que ele abomina, a lei deve ser cumprida por todos, e o seu acto pode configurar o crime de "instigação pública de um crime", previsto no artº 297º do CP. De facto, OSC poderá ter instigado o crime de "alteração violenta do Estado de Direito", previsto no artº 325º do CP, o qual no seu número 1 refere que "quem, por meio de violência ou ameaça de violência, tentar destruir, alterar ou subverter o Estado de direito constitucionalmente estabelecido, é punido com pena de três a doze anos".
Em memória das vítimas das FP-25 de Abril, do meu Pai, cuja história é narrada em pormenor no relatório das sevícias, e que foi um dos muitos que foram presos e seviciados sem que nunca tenha sido acusado de qualquer crime, em homenagem à instituição militar que não merece ser confundida com OSC e quejandos, a bem dos meus filhos que, espero, possam continuar a viver em liberdade, exijo que este assunto não fique esquecido. Não me conformo com o encolher de ombros do procurador-geral da República. Se Portugal tinha alguma dívida com OSC, já a pagou muitas vezes. Agora, devia ser a hora de esse senhor se sentar no banco dos réus para, por uma vez, perceber que não é mais do que os outros portugueses. É, aliás, e a meu ver, bastante menos do que qualquer cidadão comum.
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Três artigos com muito interesse: Espanha, Itália (Berlusconi) e Homoparentalidade
Realmente e muitas vezes a leitura diária com interesse não está nos jornais mas na Internet.
De como Berlusconi não está morto mas com tempo e até 2013 se pode retomar a iniciativa politica e não deixar a Itália cair na armadilha socialista: aqui.
Um juizo implacável sobre a Espanha de Zapatero e todo um programa que a nova maioria do PP tem pela frente (um artigo do meu amigo Mário Mauro, eurodeputado da Forza Itália, um amigo de Portugal e dos católicos que por cá tentam construir uma presença de serviço do bem comum, especialista em liberdade de educação, orador no primeiro encontro do Fórum para a Liberdade de Educação).
Um artigo brilhante do Padre Gonçalo Portocarrero sobre a ideologia de género e a insidiosa ofensiva gay da homoparentalidade, saído no blog do Padre Nuno Serras Pereira.
De como Berlusconi não está morto mas com tempo e até 2013 se pode retomar a iniciativa politica e não deixar a Itália cair na armadilha socialista: aqui.
Um juizo implacável sobre a Espanha de Zapatero e todo um programa que a nova maioria do PP tem pela frente (um artigo do meu amigo Mário Mauro, eurodeputado da Forza Itália, um amigo de Portugal e dos católicos que por cá tentam construir uma presença de serviço do bem comum, especialista em liberdade de educação, orador no primeiro encontro do Fórum para a Liberdade de Educação).
Um artigo brilhante do Padre Gonçalo Portocarrero sobre a ideologia de género e a insidiosa ofensiva gay da homoparentalidade, saído no blog do Padre Nuno Serras Pereira.
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segunda-feira, novembro 21, 2011
Espanha: a vitória do Partido Popular
Até que enfim, Zapatero foi-se embora...!
Agora vai ser preciso juntar os cacos e reconstruir tudo outra vez. E não é só á economia do país que me refiro mas sobretudo àquele pacote fracturante a que ele (como Sócrates em Portugal) dedicou o "melhor" do seu tempo e energia: casamento gay, aborto, educação para a cidadania, etc.
Como fazê-lo com inteligência, determinação e sem medo (penso no contexto global de ambos os centro-direita, mentalmente colonizados pela esquerda post-moderna) é o grande desafio. Porque para o resto há (ou não) as troikas de serviço...!
Agora vai ser preciso juntar os cacos e reconstruir tudo outra vez. E não é só á economia do país que me refiro mas sobretudo àquele pacote fracturante a que ele (como Sócrates em Portugal) dedicou o "melhor" do seu tempo e energia: casamento gay, aborto, educação para a cidadania, etc.
Como fazê-lo com inteligência, determinação e sem medo (penso no contexto global de ambos os centro-direita, mentalmente colonizados pela esquerda post-moderna) é o grande desafio. Porque para o resto há (ou não) as troikas de serviço...!
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domingo, novembro 20, 2011
Eleições ontem para a Distrital de Lisboa do PSD
Foram ontem as eleições para a Distrital de Lisboa do PSD. A lista que integrava (a B liderada pelo Jorge Paulo Roque da Cunha, sob o lema Rasgar a Indiferença) teve 28% na eleição para a Comissão Política Distrital e 22% na Área Metropolitana de Lisboa (para a Assembleia Distrital) tendo eleito, só em Lisboa, 76 delegados. Ou seja identificaram-se connosco, grosso modo, 1/4 dos militantes que foram ás urnas.
Alguns apontamentos:
- Na secção de Lisboa (área geográfica do concelho)votaram só 18% dos militantes com capacidade eleitoral (isto é com quotas pagas). Isto é uma abstenção brutal (mas não escandalosa quando comparada com eleições anteriores)
- A lista vencedora (nas eleições para a Comissão Politica Distrital) teve, grandes numeros, 1.200 votos e a nossa 450. Distancia entre as duas: 750 votos. Já nas eleições para a Assembleia Distrital funcionaram em cheio os "sindicatos de voto" e por isso as votações nas três listas nossas concorrentes foram: 511,395 e 399. Muito equilibrado, pois. A nossa teve 364 votos.
- Restam pois os desafios: como mobilizar os militantes? Como intervir nos próximos anos?
Ou muito me engano ou ontem foi o principio do esboçar de uma resposta ás questões acima. Ao trabalho, pois!
Alguns apontamentos:
- Na secção de Lisboa (área geográfica do concelho)votaram só 18% dos militantes com capacidade eleitoral (isto é com quotas pagas). Isto é uma abstenção brutal (mas não escandalosa quando comparada com eleições anteriores)
- A lista vencedora (nas eleições para a Comissão Politica Distrital) teve, grandes numeros, 1.200 votos e a nossa 450. Distancia entre as duas: 750 votos. Já nas eleições para a Assembleia Distrital funcionaram em cheio os "sindicatos de voto" e por isso as votações nas três listas nossas concorrentes foram: 511,395 e 399. Muito equilibrado, pois. A nossa teve 364 votos.
- Restam pois os desafios: como mobilizar os militantes? Como intervir nos próximos anos?
Ou muito me engano ou ontem foi o principio do esboçar de uma resposta ás questões acima. Ao trabalho, pois!
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sexta-feira, novembro 18, 2011
O caso Duarte Lima (e breve apontamento sobre Assunção Esteves)
Não conheço Duarte Lima, nunca estive com ele, nem no partido (somos ambos do PPD-PSD) nem em lugar nenhum (que eu tenha dado por isso, ja se sabe ;-), mas há qualquer coisa que me desagrada na forma como os assuntos dele com a Justiça estão a ser tratados...e a preocupação não é apenas humana (como a que tenho com qualquer pessoa que se encontre em situação semelhante, mas sobretudo com as pessoas que são importantes e estão no topo e de repente conhecem a "parte baixa" da vida e por isso são abandonados por todos os que os adularam, procuraram e dele usufruiram) mas também com o sistema (media e aparato da justiça) em geral (que a qualquer momento pode cair em cima de qualquer um de nós).
Não percebo:
1º Porque era preciso deter o homem ontem para o ouvir hoje
2º Como é possivel os jornalistas tenham sido informados das operações em seu torno (detenção e buscas) para o que só encontro uma explicação (ambas ilegais) má (alguém de dentro os avisou) ou péssima (foi a investigação quem o fez)
3º Porque é que um negócio ruinoso e em que parece se descuidou o banco (nas garantias que pediu e no mau cálculo que fez do interesse e viabilidade do financiamento) é apresentado como burla (no maximo vejo aqui responsabilidades que podem ser pedidas pelos accionistas do BPN à respectiva gestão no período)
4º Como um caso de polícia ocupa tanto noticiário
Mas, como o outro, isto se calhar sou eu que não estou a ver bem "o filme"...!?
(ainda por incompreensibilidade dos media: parece a minha ex.colega de parlamento Assunção Esteves optou por não auferir um vencimento na AR, á qual preside, por ter uma pensão de 7 mil e tal euros. Título do Sol: "pensão milionária"...milionária...!!!!!?????)
Não percebo:
1º Porque era preciso deter o homem ontem para o ouvir hoje
2º Como é possivel os jornalistas tenham sido informados das operações em seu torno (detenção e buscas) para o que só encontro uma explicação (ambas ilegais) má (alguém de dentro os avisou) ou péssima (foi a investigação quem o fez)
3º Porque é que um negócio ruinoso e em que parece se descuidou o banco (nas garantias que pediu e no mau cálculo que fez do interesse e viabilidade do financiamento) é apresentado como burla (no maximo vejo aqui responsabilidades que podem ser pedidas pelos accionistas do BPN à respectiva gestão no período)
4º Como um caso de polícia ocupa tanto noticiário
Mas, como o outro, isto se calhar sou eu que não estou a ver bem "o filme"...!?
(ainda por incompreensibilidade dos media: parece a minha ex.colega de parlamento Assunção Esteves optou por não auferir um vencimento na AR, á qual preside, por ter uma pensão de 7 mil e tal euros. Título do Sol: "pensão milionária"...milionária...!!!!!?????)
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quinta-feira, novembro 17, 2011
OE inconstitucional? Já nada me espanta...!
Hoje no Público a Isabel Moreira defende a inconstitucionalidade da lei do Orçamento de Estado, provavelmente com razão (em algumas das suas disposições). O artigo está aqui.
Eu no entanto desde que li os acórdãos do Tribunal Constitucional sobre a lei do aborto de 2007 (para já não falar da lei de 1984) que já deixei de esperar que o Tribunal Constitucional saiba reconhecer uma inconstitucionalidade quando a tem por frente...!
E considero perigosissima (apesar do meu apoio genérico ao Governo nas medidas que está a tomar) esta situação em que de repente em frente dos olhos de toda a gente se acha que a excepcionalidade de uma situação pode derrogar principios e normas da Constituição. Agora é com direitos mais económicos, e amanhã, se for com direitos mais individuais...?
Mas aqui outra vez, já nada me espanta, desde que o então presidente Jorge Sampaio executou aquele golpe de estado constitucional no derrube do governo de Santana Lopes...
Eu no entanto desde que li os acórdãos do Tribunal Constitucional sobre a lei do aborto de 2007 (para já não falar da lei de 1984) que já deixei de esperar que o Tribunal Constitucional saiba reconhecer uma inconstitucionalidade quando a tem por frente...!
E considero perigosissima (apesar do meu apoio genérico ao Governo nas medidas que está a tomar) esta situação em que de repente em frente dos olhos de toda a gente se acha que a excepcionalidade de uma situação pode derrogar principios e normas da Constituição. Agora é com direitos mais económicos, e amanhã, se for com direitos mais individuais...?
Mas aqui outra vez, já nada me espanta, desde que o então presidente Jorge Sampaio executou aquele golpe de estado constitucional no derrube do governo de Santana Lopes...
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quarta-feira, novembro 02, 2011
Pais substituem escola e pintam sala: um exemplo de subsidiariedade
No Público de 30 de Outubro apareceu a noticia com o título acima. "Um grupo de pais de alunos da Escola Básica do Bairro de São Miguel, em Alvalade, decidiu meter mãos à obra este fim-de-semana e pintar e arranjar as instalações. Dizem que estão cansados de ver a degradação da sala de aulas dos miúdos e, por isso, avançaram com a intervenção."
A noticia merece ser lida na versão completa (que o site do Público não tem, mas posso enviar a quem me pedir) porque tem mais e óptimos pormenores: estes pais conseguiram o patrocínio de uma marca de tintas, organizaram-se entre si em dois turnos, pintaram paredes e armários e até "estão a arranjar uma solução para evitar que os pombos pousem nos parapeitos da sala. (...) um problema de saúde pública".
Porque sublinho isto? Porque é a demonstração de que:
a) na sociedade civil existem as potencialidades e energia para resolver muitos dos problemas quotidianos sem que seja necessário o Estado (neste caso sob vestes de Câmara Municipal de Lisboa) intervenha
b) são as pessoas e não as burocracias estatais as mais aptas a dar-se a solução dos proprios problemas
c) o que se pede ao Estado em muitos dos problemas e situações com que nos defrontamos em Portugal é apenas que saia do caminho e não atrapalhe, pois nós seremos capazes com os nossos meios, engenho e arte, de nos dar a resposta que precisamos
d) estes tempos de crise e falta de verbas podem ser excelentes para nos reeducarmos na nossa responsabilidade comunitária, na partilha de tempo e recursos, na auto-organização colectiva
e) problemas públicos (de todos) como a saúde pública podem ser resolvidos pela iniciativa privada (em sentido estrito ou lato, abrangendo as instituições sociais) e são-no melhor do que pelas estruturas estatais: caras, ideológicas, ineficientes...
Ou seja, mais uma demonstração em acto do principio da subsidiariedade, impensável em tempos de governo socialista...! ;-)
A noticia merece ser lida na versão completa (que o site do Público não tem, mas posso enviar a quem me pedir) porque tem mais e óptimos pormenores: estes pais conseguiram o patrocínio de uma marca de tintas, organizaram-se entre si em dois turnos, pintaram paredes e armários e até "estão a arranjar uma solução para evitar que os pombos pousem nos parapeitos da sala. (...) um problema de saúde pública".
Porque sublinho isto? Porque é a demonstração de que:
a) na sociedade civil existem as potencialidades e energia para resolver muitos dos problemas quotidianos sem que seja necessário o Estado (neste caso sob vestes de Câmara Municipal de Lisboa) intervenha
b) são as pessoas e não as burocracias estatais as mais aptas a dar-se a solução dos proprios problemas
c) o que se pede ao Estado em muitos dos problemas e situações com que nos defrontamos em Portugal é apenas que saia do caminho e não atrapalhe, pois nós seremos capazes com os nossos meios, engenho e arte, de nos dar a resposta que precisamos
d) estes tempos de crise e falta de verbas podem ser excelentes para nos reeducarmos na nossa responsabilidade comunitária, na partilha de tempo e recursos, na auto-organização colectiva
e) problemas públicos (de todos) como a saúde pública podem ser resolvidos pela iniciativa privada (em sentido estrito ou lato, abrangendo as instituições sociais) e são-no melhor do que pelas estruturas estatais: caras, ideológicas, ineficientes...
Ou seja, mais uma demonstração em acto do principio da subsidiariedade, impensável em tempos de governo socialista...! ;-)
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quinta-feira, outubro 27, 2011
O Ministro da Saúde e aborto
A resposta do Ministro Paulo Macedo à pergunta que ontem lhe foi colocada sobre a questão do aborto além de revelar que este não percebeu a pergunta (aquilo em que foi questionado foi se o actual governo tencionava continuar com a politica do partido socialista de deitar dinheiro para cima de quem aborta através da isenção de taxas moderadoras, concessão de licenças e subsidio "de parentalidade"...!, pagamento das despesas de transporte que não são feitas a quem se encontra em situação de doença grave, etc.) mostra o desnorte em que se encontra parte dos responsáveis do centro-direita ou aqueles que estes colocam em postos de responsabilidade, em relação àquelas que são as preocupações dos seus eleitores e também aquele medo primitivo que a esquerda dominante na comunicação social conseguiu impor sobre este e outros temas aparentados...
No entanto e no que à pergunta respeitava tratava-se tão só de uma questão de justiça (porque há-de quem aborta ser mais bem tratado que um doente com doença grave?) e também de inteligência na redução de custos do SNS: ou abortar é uma prioridade "de saúde"?
No entanto e no que à pergunta respeitava tratava-se tão só de uma questão de justiça (porque há-de quem aborta ser mais bem tratado que um doente com doença grave?) e também de inteligência na redução de custos do SNS: ou abortar é uma prioridade "de saúde"?
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quarta-feira, outubro 26, 2011
Portugal com 2ª mais baixa taxa de fecundidade do mundo...!
Venho reparando nos artigos que se multiplicam na imprensa sobre os 7 mil milhões de pessoas (7 biliões) a que estamos a chegar no mundo e escandalizo-me com frequência com o egoismo, frieza e falta de confiança e esperança, com que a maioria dos que escrevem sobre o assunto, o abordam.
E depois fico também confuso quando comparo esse crescimento demográfico com o cenário do inverno demográfico e com as conhecidas taxas de fecundidade miseráveis quando comparadas com a taxa minima de substituição da população, pelo menos no mundo ocidental.
Mas a perplexidade atingiu hoje o seu cume com esta notícia da tsf:
«Portugal tem a segunda taxa de fecundidade mais baixa do mundo, o que na prática significa que as mulheres portuguesas estão entre as que têm menos filhos.
Em média, cada mulher portuguesa tem apenas 1,3 filhos, muito abaixo do necessário para renovar a população. Este número encontra-se no Relatório sobre a Situação da População Mundial em 2011, feito pelo Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) e que está a ser apresentado em várias capitais mundiais.
Numa altura em que a população mundial se prepara para chegar à barreira dos 7 mil milhões de habitantes, os especialistas salientam que nos países ricos as baixas taxas de fecundidade são uma preocupação.
Neste relatório, as Nações Unidas admitem que «a falta de mão de obra ameaça bloquear as economias de alguns países industrializados».
As baixas taxas de fecundidade significam menos pessoas a entrar no mercado de trabalho, numa tendência que põe em causa o crescimento económico e a viabilidade da segurança social.»
E depois fico também confuso quando comparo esse crescimento demográfico com o cenário do inverno demográfico e com as conhecidas taxas de fecundidade miseráveis quando comparadas com a taxa minima de substituição da população, pelo menos no mundo ocidental.
Mas a perplexidade atingiu hoje o seu cume com esta notícia da tsf:
«Portugal tem a segunda taxa de fecundidade mais baixa do mundo, o que na prática significa que as mulheres portuguesas estão entre as que têm menos filhos.
Em média, cada mulher portuguesa tem apenas 1,3 filhos, muito abaixo do necessário para renovar a população. Este número encontra-se no Relatório sobre a Situação da População Mundial em 2011, feito pelo Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) e que está a ser apresentado em várias capitais mundiais.
Numa altura em que a população mundial se prepara para chegar à barreira dos 7 mil milhões de habitantes, os especialistas salientam que nos países ricos as baixas taxas de fecundidade são uma preocupação.
Neste relatório, as Nações Unidas admitem que «a falta de mão de obra ameaça bloquear as economias de alguns países industrializados».
As baixas taxas de fecundidade significam menos pessoas a entrar no mercado de trabalho, numa tendência que põe em causa o crescimento económico e a viabilidade da segurança social.»
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terça-feira, outubro 25, 2011
Lisboa: debate sobre o estado da cidade
Esta a decorrer neste momento na Assembleia Municipal de Lisboa o debate sobre o estado da cidade. Acabo de intervir sobre os temas das autarquias familiarmente responsaveis e a acção social da Camara Municipal de Lisboa (a quem me pedir posso enviar a minha intervenção).
Mas o ponto mais importante e o desconforto que se sente perante a distancia entre o discurso prazenteiro e satisfeito de Antonio Costa (falando do que fez como se fosse grande coisa e do que nao fez como tendo feito e anunciando o que, nao, vai fazer) porque e um remake de Jose Socrates: propaganda. Mas que de acordo com os dados disponiveis (e como acontecia com o outro) cola...!?
Escrever assim soa como cruel mas tal e a distancia entre o que e dito e a realidade que nao ha outra forma de expressa-lo e na politica (e isso de facto e cruel) o que conta nao e a intencao subjectiva de bem mas o resultado objectivo de mal (se esse for o caso). E de facto a actual gestao nao e melhor que as anteriores de Carmona Rodrigues e Santana Lopes e entao em relaçao a este ultimo esta a milhas do que um bom presidente da camara (como Santana Lopes foi) pode e deve ser...
Mas enfim, e para isso que aqui estamos, como deputados da oposiçao e com dois anos para construir uma alternativa e libertar a autarquia deste dominio socialista que e objectivamente prejudicial para a cidade.
Por razoes misteriosas hoje nao consigo por acentuaçao neste texto...?
Mas o ponto mais importante e o desconforto que se sente perante a distancia entre o discurso prazenteiro e satisfeito de Antonio Costa (falando do que fez como se fosse grande coisa e do que nao fez como tendo feito e anunciando o que, nao, vai fazer) porque e um remake de Jose Socrates: propaganda. Mas que de acordo com os dados disponiveis (e como acontecia com o outro) cola...!?
Escrever assim soa como cruel mas tal e a distancia entre o que e dito e a realidade que nao ha outra forma de expressa-lo e na politica (e isso de facto e cruel) o que conta nao e a intencao subjectiva de bem mas o resultado objectivo de mal (se esse for o caso). E de facto a actual gestao nao e melhor que as anteriores de Carmona Rodrigues e Santana Lopes e entao em relaçao a este ultimo esta a milhas do que um bom presidente da camara (como Santana Lopes foi) pode e deve ser...
Mas enfim, e para isso que aqui estamos, como deputados da oposiçao e com dois anos para construir uma alternativa e libertar a autarquia deste dominio socialista que e objectivamente prejudicial para a cidade.
Por razoes misteriosas hoje nao consigo por acentuaçao neste texto...?
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domingo, outubro 23, 2011
Europa: Euro ou Erro?
É impressionante ler o Público de hoje desde o título da 1ª página "Maratona negocial de última hora para tentar salvar o euro" até 5 páginas de texto no interior sem contar com a opinião.
Não excluindo algum histerismo podemos estar de facto perante o fim da moeda única que só seria possivel manter se fosse verdadeira a quimera (nós os europeus somos todos iguais, cada país conta da mesma maneira e estaremos cá para as dificuldades de cada um, seja o que for que aconteça) que os dirigentes europeus nos tem tentado vender ao longo destes anos...no que (e já parece que só bato no ceguinho...;-) se tem distinguido o bom do nosso presidente da republica que depois de ter sido o "bom aluno" que a mais não ambiciona (e assim destruiu a nossa frota de pescas e arrasou os nossos campos e o mundo rural) agora se admira muito por afinal os seus mestres de escola serem "maus"...
Parece-me muito útil, também no Público, se leia o artigo da Isabel Arriaga e Cunha ("Só um milagre pode salvar o euro") para ter conhecimento de causa sobre os riscos e os desafios do momento presente mas também todo os resto das noticias entre as quais a de que "o chefe da diplomacia alemã defendeu que os paises que precisem da ajuda do fundo de socorro devem estar "preparados para renunciar a partes da sua soberania"...só por muita caridade não faço nenhuma alusão aos anos 30 do século passado...
Concluindo: tenho tentado fazer o que posso para ser entusiasta da União Europeia (veja-se aqui a prova) mas realmente não consigo sair desta posição de euro-céptico em que me encontro há tantos anos quantos os da nossa entrada na CEE...feitios (como diria o Solnado)...!
Não excluindo algum histerismo podemos estar de facto perante o fim da moeda única que só seria possivel manter se fosse verdadeira a quimera (nós os europeus somos todos iguais, cada país conta da mesma maneira e estaremos cá para as dificuldades de cada um, seja o que for que aconteça) que os dirigentes europeus nos tem tentado vender ao longo destes anos...no que (e já parece que só bato no ceguinho...;-) se tem distinguido o bom do nosso presidente da republica que depois de ter sido o "bom aluno" que a mais não ambiciona (e assim destruiu a nossa frota de pescas e arrasou os nossos campos e o mundo rural) agora se admira muito por afinal os seus mestres de escola serem "maus"...
Parece-me muito útil, também no Público, se leia o artigo da Isabel Arriaga e Cunha ("Só um milagre pode salvar o euro") para ter conhecimento de causa sobre os riscos e os desafios do momento presente mas também todo os resto das noticias entre as quais a de que "o chefe da diplomacia alemã defendeu que os paises que precisem da ajuda do fundo de socorro devem estar "preparados para renunciar a partes da sua soberania"...só por muita caridade não faço nenhuma alusão aos anos 30 do século passado...
Concluindo: tenho tentado fazer o que posso para ser entusiasta da União Europeia (veja-se aqui a prova) mas realmente não consigo sair desta posição de euro-céptico em que me encontro há tantos anos quantos os da nossa entrada na CEE...feitios (como diria o Solnado)...!
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sexta-feira, outubro 21, 2011
Cavaco: a crise e Vasco Pulido Valente
As recentes observações de Cavaco sobre algumas medidas do Orçamento de Estado (mesmo se são legitimas as dúvidas sobre algumas destas e se não há outros lados por onde mexer) e o juizo implacável que Vasco Pulido Valente faz hoje no Público sobre como chegámos a este ponto sem que nos anos do seu mandato o Presidente tenha feito o que deveria para que isso não acontecesse, tornam irresistivel recordar como estavam certos aqueles que antes das últimas presidenciais diziam que merecia a pena o centro-direita ter um outro candidato...mas, de facto, nada é mais inútil do que, aparentemente, ter razão antes de tempo...
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A morte de Khadafi
Impressionam-me sempre muito estas mortes. Por várias razões:
O contraste entre o poder destes ditadores(com tudo o que este traz incluindo o dominio dos outros e a riqueza) e as suas imagens finais: um corpo massacrado. A curiosidade sobre o encontro dele com Deus. O triunfo da cobardia e da hipocrisia de todos os que o serviram, usaram e adularam, e agora o condenam, festejam a sua morte e fingem nunca ter sido seus amigos. O desepero das horas finais e a loucura dos últimos gestos. A horrivel politica dos ditadores bons (os que convém ao mundo ocidental) e os ditadores maus (os que deixaram de servir e se abandonam). A riqueza acumulada por pessoas como ele e nas quais nunca chegam a tocar ou gozar e que ou morrerá nas contas escondidas ou irá parar às contas dos novos detentores do poder. A ilusão de todas estas revoluções árabes que não prometem senão futuras ditaduras, dominios islâmicos ou confusão generalizada. O primitivismo de boa parte destes países seja na sua vida social e política seja nas próprias condições de vida. Novamente a curiosidade sobre o que acontecerá aos seus familiares e principais ajudantes: será que se arrependem agora das malfeitorias feitas? Com que angustia fogem, se escondem ou entregam?
Não sei se é de cada vez perceber melhor o amor de Deus por cada homem, o facto de Ele se ajoelhar perante a nossa liberdade, o valor infinito da humanidade de cada um, mas cada vez menos consigo me alegrar com estas mortes e assalta-me sempre uma infinita pena, e pergunto-me se do ponto vista "educativo" (para todos os outros ditadores) não seria mais justo que pessoas como Kadhafi fossem deixadas vivas, pagar os seus crimes na prisão e todos termos a possibilidade de ver (e algumas coisas sê-lo-iam certamente com grande surpresa) qual a sua evolução, que lições tirariam das suas vidas, a que conclusões chegariam, e como assim, poderiam de facto ajudar a que quem se encontra na mesma estrada que eles percorreram, fizesse meia-volta e aprendesse de facto a lição...!?
Nota final: mortes como estas não vão ajudar nenhum dos ditadores no poder a pensar, por um momento sequer, em retirar-se do poder ou fazer marcha atrás nos seus crimes, tão claro lhes está o que o destino lhes reserva (mesmo se ás vezes pensam poder evitá-lo)...
O contraste entre o poder destes ditadores(com tudo o que este traz incluindo o dominio dos outros e a riqueza) e as suas imagens finais: um corpo massacrado. A curiosidade sobre o encontro dele com Deus. O triunfo da cobardia e da hipocrisia de todos os que o serviram, usaram e adularam, e agora o condenam, festejam a sua morte e fingem nunca ter sido seus amigos. O desepero das horas finais e a loucura dos últimos gestos. A horrivel politica dos ditadores bons (os que convém ao mundo ocidental) e os ditadores maus (os que deixaram de servir e se abandonam). A riqueza acumulada por pessoas como ele e nas quais nunca chegam a tocar ou gozar e que ou morrerá nas contas escondidas ou irá parar às contas dos novos detentores do poder. A ilusão de todas estas revoluções árabes que não prometem senão futuras ditaduras, dominios islâmicos ou confusão generalizada. O primitivismo de boa parte destes países seja na sua vida social e política seja nas próprias condições de vida. Novamente a curiosidade sobre o que acontecerá aos seus familiares e principais ajudantes: será que se arrependem agora das malfeitorias feitas? Com que angustia fogem, se escondem ou entregam?
Não sei se é de cada vez perceber melhor o amor de Deus por cada homem, o facto de Ele se ajoelhar perante a nossa liberdade, o valor infinito da humanidade de cada um, mas cada vez menos consigo me alegrar com estas mortes e assalta-me sempre uma infinita pena, e pergunto-me se do ponto vista "educativo" (para todos os outros ditadores) não seria mais justo que pessoas como Kadhafi fossem deixadas vivas, pagar os seus crimes na prisão e todos termos a possibilidade de ver (e algumas coisas sê-lo-iam certamente com grande surpresa) qual a sua evolução, que lições tirariam das suas vidas, a que conclusões chegariam, e como assim, poderiam de facto ajudar a que quem se encontra na mesma estrada que eles percorreram, fizesse meia-volta e aprendesse de facto a lição...!?
Nota final: mortes como estas não vão ajudar nenhum dos ditadores no poder a pensar, por um momento sequer, em retirar-se do poder ou fazer marcha atrás nos seus crimes, tão claro lhes está o que o destino lhes reserva (mesmo se ás vezes pensam poder evitá-lo)...
quarta-feira, outubro 05, 2011
Uma experiência socialista... em 1931
Numa altura em que se lançam tantos anátemas sobre os ricos e a expoliação das respectivas fortunas seria o remédio da crise é bom recordar este texto que no ano passado me enviou um dos meus afilhados de casamento.
(declaração de interesses: não sou rico, nem coisa que se pareça, também acho imoral o uso que vejo de tanta riqueza, mas a caridade não se decreta, parte de um coração comovido, e, claro, as fortunas obtidas ilegalmente devem ser objecto de censura penal, fiscal e social)
Uma experiência socialista... em 1931.
Um professor de economia da universidade Texas Tech disse que raramente chumbava um aluno, mas tinha, uma vez, chumbado uma turma inteira. Esta turma em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e "justo".
O professor então disse, "Ok, vamos fazer uma experiência socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos as vossas notas dos exames." Todas as notas seriam concedidas com base na média da turma e, portanto seriam "justas". Isto quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém chumbaria. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia 20 valores...
Logo que a média dos primeiros exames foi calculada, todos receberam 12 valores. Quem estudou com dedicaçăo ficou indignado, pois achou que merecia mais, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado!
Quando o segundo teste foi aplicado, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que também eles se deviam aproveitar da média das notas. Portanto, agindo contra os seus princípios, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. O resultado, a segunda média dos testes foi 10. Ninguém gostou.
Depois do terceiro teste, a média geral foi um 5. As notas nunca mais voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, procura de culpados e palavrões passaram
a fazer parte da atmosfera das aulas daquela turma. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No fim de contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar os outros.
Portanto, todos os alunos chumbaram...Para sua total surpresa.
O professor explicou que a experiência socialista tinha falhado porque ela era baseada no menor esforço possível da parte de seus participantes. Preguiça e mágoas foi o seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual a experiência tinha começado. "Quando a recompensa é grande", disse, o professor, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem o seu consentimento para dar a outros que não lutaram por elas, então o fracasso é inevitável."
O pensamento abaixo foi escrito em 1931. "É impossível levar o pobre à prosperidade através de leis que punem os ricos pela sua prosperidade.>> Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa tem de trabalhar recebendo menos. O governo só pode dar a alguém aquilo que tira de outro alguém. Quando metade da população descobre que não precisa de trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."
(declaração de interesses: não sou rico, nem coisa que se pareça, também acho imoral o uso que vejo de tanta riqueza, mas a caridade não se decreta, parte de um coração comovido, e, claro, as fortunas obtidas ilegalmente devem ser objecto de censura penal, fiscal e social)
Uma experiência socialista... em 1931.
Um professor de economia da universidade Texas Tech disse que raramente chumbava um aluno, mas tinha, uma vez, chumbado uma turma inteira. Esta turma em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e "justo".
O professor então disse, "Ok, vamos fazer uma experiência socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos as vossas notas dos exames." Todas as notas seriam concedidas com base na média da turma e, portanto seriam "justas". Isto quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém chumbaria. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia 20 valores...
Logo que a média dos primeiros exames foi calculada, todos receberam 12 valores. Quem estudou com dedicaçăo ficou indignado, pois achou que merecia mais, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado!
Quando o segundo teste foi aplicado, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que também eles se deviam aproveitar da média das notas. Portanto, agindo contra os seus princípios, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. O resultado, a segunda média dos testes foi 10. Ninguém gostou.
Depois do terceiro teste, a média geral foi um 5. As notas nunca mais voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, procura de culpados e palavrões passaram
a fazer parte da atmosfera das aulas daquela turma. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No fim de contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar os outros.
Portanto, todos os alunos chumbaram...Para sua total surpresa.
O professor explicou que a experiência socialista tinha falhado porque ela era baseada no menor esforço possível da parte de seus participantes. Preguiça e mágoas foi o seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual a experiência tinha começado. "Quando a recompensa é grande", disse, o professor, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem o seu consentimento para dar a outros que não lutaram por elas, então o fracasso é inevitável."
O pensamento abaixo foi escrito em 1931. "É impossível levar o pobre à prosperidade através de leis que punem os ricos pela sua prosperidade.>> Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa tem de trabalhar recebendo menos. O governo só pode dar a alguém aquilo que tira de outro alguém. Quando metade da população descobre que não precisa de trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."
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Humor em tempos de crise...
Que pelo menos não nos falte o humor nesta circunstância do país...;-)
Nobel da Física
Este ano Portugal será um forte candidato ao prémio da Nobel da Física!
Depois da descoberta do átomo, do neutrão, do protão e do electrão, acabou de ser descoberto o Pelintrão.
E como se caracteriza o Pelintrão?
O pelintrão é um tuga sem massa e sem energia, mas que suporta qualquer carga!
Nobel da Física
Este ano Portugal será um forte candidato ao prémio da Nobel da Física!
Depois da descoberta do átomo, do neutrão, do protão e do electrão, acabou de ser descoberto o Pelintrão.
E como se caracteriza o Pelintrão?
O pelintrão é um tuga sem massa e sem energia, mas que suporta qualquer carga!
terça-feira, outubro 04, 2011
Prémios de mérito aos melhores alunos: a Subsidiariedade funciona!
É impressionante a profusão de notícias sobre entidades, organismos, associações e particulares, que desde o fim dos prémios de mérito aos melhores alunos das escolas secundárias, se propõem a fazê-lo em vez do Estado.
Um exemplo é esta da Ordem dos Médicos.
A importância disto é enorme pois veio demonstrar que esteve bem o Governo ao deixar-se substituir pela sociedade nesse campo especifico. E que esta (a sociedade) desde que solicitada responde espôntaneamente ás necessidades sem necessidade do Governo ou do seu orçamento (que recorde-se é suportado por todos nós através dos impostos ou do fardo da divida).
Ou seja: de facto a Subsidiariedade funciona!
Um exemplo é esta da Ordem dos Médicos.
A importância disto é enorme pois veio demonstrar que esteve bem o Governo ao deixar-se substituir pela sociedade nesse campo especifico. E que esta (a sociedade) desde que solicitada responde espôntaneamente ás necessidades sem necessidade do Governo ou do seu orçamento (que recorde-se é suportado por todos nós através dos impostos ou do fardo da divida).
Ou seja: de facto a Subsidiariedade funciona!
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terça-feira, setembro 13, 2011
25 Anos de Casados
Faço hoje 25 anos de casados. Casei-me em 1986 na Matriz de Caminha.
Como a minha mulher não lê este blog, posso escrever sobre o nosso aniversário.
Só para confirmar o que diz o Miguel Esteves Cardoso: "É quando o amor continua (perdura, digo eu) que estamos mais apaixonados"...;-)
Como a minha mulher não lê este blog, posso escrever sobre o nosso aniversário.
Só para confirmar o que diz o Miguel Esteves Cardoso: "É quando o amor continua (perdura, digo eu) que estamos mais apaixonados"...;-)
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segunda-feira, setembro 12, 2011
11 de Setembro: a coragem e o Bem
"Uma das lições do 11 de Setembro é que o mal é verdadeiro mas a coragem também" disse ontem o Presidente Bush na cerimónia que teve lugar no Ground Zero em Nova Iorque.
Numa linha ainda mais profunda (mas com a mesma asserção de que a constatação do mal não oculta a do Bem) e muito bem esteve a Aura Miguel na RR como se pode ler aqui.
Numa linha ainda mais profunda (mas com a mesma asserção de que a constatação do mal não oculta a do Bem) e muito bem esteve a Aura Miguel na RR como se pode ler aqui.
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sexta-feira, setembro 09, 2011
Aborto gratuito: excelente artigo de Henrique Raposo!
No Expresso.
O aborto gratuito é ofensivo
Henrique Raposo (www.expresso.pt)
8:00 Segunda feira, 5 de setembro de 2011
I. "O aborto não pode ter isenção como tem a gravidez (...)". José Manuel Silva, bastonário da ordem dos médicos (Expresso de sábado).
II. O Estado não deve considerar que o aborto é crime até x semanas, sim senhora, mas também não deve instituir o aborto gratuito no seu serviço de saúde. O aborto não é um direito, meus caros. Se uma pessoa quer fazer um aborto, tem bom remédio: pagar do seu bolso. A irresponsabilidade não pode ser recompensada. A irresponsabilidade não pode ser subsidiada. A irresponsabilidade não pode ser transformada num direito. E, acima de tudo, a irresponsabilidade não pode ser colocada no mesmo patamar da responsabilidade que é assumir uma gravidez e ter um filho.
Em qualquer cenário financeiro, este aborto gratuito seria sempre uma política imoral. Ora, no nosso contexto de crise, esta política sobe vários níveis de imoralidade. É uma daquelas coisas realmente ofensivas. Os cortes da saúde chegaram e as taxas moderadoras têm de subir, mas o aborto é gratuito. Faz todo o sentido, sim senhora. As maternidades debatem-se com problemas sérios para suportar a sua atividade principal (recorde-se: trazer crianças a este mundo), mas o aborto é gratuito. Faz sentido, sim senhora. Num contexto de crise demográfica, o tratamento de fertilidade deixou de ser uma prioridade, mas o aborto é gratuito . Faz sentido, sim senhora. Mas sabem o que é ainda pior? Num país onde o aborto é completamente gratuito (até acho que a mulher recebe um subsídio de - pasme-se - maternidade), é quase impossível encontrar um especialista em saúde materna nos centros de saúde. Portanto, no Portugal progressista de 2011, uma mulher que dá à luz é menos protegida do que uma mulher que escolhe abortar. Meus caros, tudo isto é uma imoralidade tremenda, para usar um eufemismo publicável.
O aborto gratuito é ofensivo
Henrique Raposo (www.expresso.pt)
8:00 Segunda feira, 5 de setembro de 2011
I. "O aborto não pode ter isenção como tem a gravidez (...)". José Manuel Silva, bastonário da ordem dos médicos (Expresso de sábado).
II. O Estado não deve considerar que o aborto é crime até x semanas, sim senhora, mas também não deve instituir o aborto gratuito no seu serviço de saúde. O aborto não é um direito, meus caros. Se uma pessoa quer fazer um aborto, tem bom remédio: pagar do seu bolso. A irresponsabilidade não pode ser recompensada. A irresponsabilidade não pode ser subsidiada. A irresponsabilidade não pode ser transformada num direito. E, acima de tudo, a irresponsabilidade não pode ser colocada no mesmo patamar da responsabilidade que é assumir uma gravidez e ter um filho.
Em qualquer cenário financeiro, este aborto gratuito seria sempre uma política imoral. Ora, no nosso contexto de crise, esta política sobe vários níveis de imoralidade. É uma daquelas coisas realmente ofensivas. Os cortes da saúde chegaram e as taxas moderadoras têm de subir, mas o aborto é gratuito. Faz todo o sentido, sim senhora. As maternidades debatem-se com problemas sérios para suportar a sua atividade principal (recorde-se: trazer crianças a este mundo), mas o aborto é gratuito. Faz sentido, sim senhora. Num contexto de crise demográfica, o tratamento de fertilidade deixou de ser uma prioridade, mas o aborto é gratuito . Faz sentido, sim senhora. Mas sabem o que é ainda pior? Num país onde o aborto é completamente gratuito (até acho que a mulher recebe um subsídio de - pasme-se - maternidade), é quase impossível encontrar um especialista em saúde materna nos centros de saúde. Portanto, no Portugal progressista de 2011, uma mulher que dá à luz é menos protegida do que uma mulher que escolhe abortar. Meus caros, tudo isto é uma imoralidade tremenda, para usar um eufemismo publicável.
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Ainda a comparticipação da pílula
Da leitura do comunicado do Ministério da Saúde, dando por boa a história apresentada, pode-se suspeitar se a então a saída a público do estudo da medida não corresponde a uma manobra bem orquestrada seja pela indústria afectada seja pelos lobbies ideológicos que vivem desta ou com esta estão objectivamente concertados (em termos de objectivos coincidentes)...
E fica também uma questão: então e a pílula do dia seguinte que é objecto de receita médica e suponho eu de comparticipação...?
E fica também uma questão: então e a pílula do dia seguinte que é objecto de receita médica e suponho eu de comparticipação...?
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Comparticipação na Pílula: a gravidez não é uma doença!
A anunciada supressão da comparticipação na pílula (que de facto não impede o acesso à mesma já que continuará a ser distribuida gratuitamente nos centros de saúde) veio provocar um escândalo e muita confusão.
O escândalo é sobretudo ideológico e há que ter paciência. Já a confusão propositada é a da relação (inexistente ou quanto muito em sentido inverso) entre as práticas da contracepção e a do aborto. Ora, quanto a esta última (confusão) é necessário ter muito claro que não há evidência empirica de que a generalização da contracepção faça diminuir as taxas de aborto e antes pelo contrário em países de grande consumo de contracepção o drama do aborto é em termos quantitativos muito impressivo.
Mas entretanto parece que a industria da contracepção (como as do aborto ou os lobbies que trabalham na área do HIV-SIDA) é muito forte e já apareceu um desmentido do Ministério da Saúde...se de facto a medida não for para a frente é muito mau sinal quanto à fortaleza e independência do Governo em relação a estes e outros interesses...
De qualquer das formas esta polémica fez-me pensar o seguinte: se a gravidez não é uma doença porque é distribuida gratuitamente a pílula...!? Então porque acontece isso com a pílula e não com, por exemplo, os remédios para a diabetes, ou o cancro, ou etc...!?
Alguém me explica? Por mim só vejo ideologia nisto tudo...
Que defendo eu sobre este assunto? Que:
- não há razão e é objectivamente injusto (por ofensa do principio da igualdade) que a pílula seja distribuida gratuitamente
- que sempre que receitada como um medicamento (isto é, por razões médicas) deve ser comparticipada
- que a medida a ir para a frente pode ser uma oportunidade de ouro para as mulheres portuguesas conhecerem outros métodos de regulação da fertilidade que não são prejudiciais à sua saúde e ao contrário do que a douta ignorância da mentalidade comum afirma tem uma taxa de sucesso superior à da contracepção quimica
Mais informações sobre esse método aqui.
O escândalo é sobretudo ideológico e há que ter paciência. Já a confusão propositada é a da relação (inexistente ou quanto muito em sentido inverso) entre as práticas da contracepção e a do aborto. Ora, quanto a esta última (confusão) é necessário ter muito claro que não há evidência empirica de que a generalização da contracepção faça diminuir as taxas de aborto e antes pelo contrário em países de grande consumo de contracepção o drama do aborto é em termos quantitativos muito impressivo.
Mas entretanto parece que a industria da contracepção (como as do aborto ou os lobbies que trabalham na área do HIV-SIDA) é muito forte e já apareceu um desmentido do Ministério da Saúde...se de facto a medida não for para a frente é muito mau sinal quanto à fortaleza e independência do Governo em relação a estes e outros interesses...
De qualquer das formas esta polémica fez-me pensar o seguinte: se a gravidez não é uma doença porque é distribuida gratuitamente a pílula...!? Então porque acontece isso com a pílula e não com, por exemplo, os remédios para a diabetes, ou o cancro, ou etc...!?
Alguém me explica? Por mim só vejo ideologia nisto tudo...
Que defendo eu sobre este assunto? Que:
- não há razão e é objectivamente injusto (por ofensa do principio da igualdade) que a pílula seja distribuida gratuitamente
- que sempre que receitada como um medicamento (isto é, por razões médicas) deve ser comparticipada
- que a medida a ir para a frente pode ser uma oportunidade de ouro para as mulheres portuguesas conhecerem outros métodos de regulação da fertilidade que não são prejudiciais à sua saúde e ao contrário do que a douta ignorância da mentalidade comum afirma tem uma taxa de sucesso superior à da contracepção quimica
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domingo, agosto 28, 2011
Aquecimento global: eu bem me parecia...!
No Público de hoje saem duas páginas muito interessantes sobre as próximas presidenciais americanas e a candidatura de Rick Perry e o ambiente de primárias no Partido Republicano.
Fazendo referência a este último ponto o artigo tem um quadro à parte em que retoma as opiniões de Rick Perry, Mitt Romney e Michele Bachmann, sobre um conjunto de assuntos: casamento gay, teoria da evolução, aborto e, cá está, aquecimento global...Ou seja, confirma-se trata-se este último de um assunto tão ideológico como os restantes e "tabu" para a mentalidade politicamente correcta dos media e da esquerda...ou seja, não é assunto em que se os deva levar a sério e para enervá-los nada como dar-lhes para trás nisso...;-)
Fazendo referência a este último ponto o artigo tem um quadro à parte em que retoma as opiniões de Rick Perry, Mitt Romney e Michele Bachmann, sobre um conjunto de assuntos: casamento gay, teoria da evolução, aborto e, cá está, aquecimento global...Ou seja, confirma-se trata-se este último de um assunto tão ideológico como os restantes e "tabu" para a mentalidade politicamente correcta dos media e da esquerda...ou seja, não é assunto em que se os deva levar a sério e para enervá-los nada como dar-lhes para trás nisso...;-)
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A espionagem pelo SIED ao telefone de um jornalista do Público
Percebo a indignação que percorre o meio dos jornalistas quanto à espionagem ao telefone do jornalista Nuno Simas (então do Publico, agora da Lusa). Assusta-me também a sensação generalizada de que o uso de escutas telefónicas é frequente no nosso país e por isso a nossa liberdade é menor do que aquela que cremos usufruir. Pessoalmente já me asseveraram fontes muito crediveis que também eu e outros amigos das movimentações civicas a favor da Vida e da Família fomos ocasional ou permanentemente objecto de vigilância pelos serviços de informações...será verdade? O simples facto de se poder admiti-lo é já de si um triste retrato da situação...
Dito isto não será normal no caso que essa espionagem tivesse existido...? O dito jornalista escreve sobre a actividade dos serviços com caracter de regularidade. Não será função da contra-espionagem procurar assegurar-se de que não existiam nos serviços "buracos" pelos quais as informações chegavam à comunicação social e assim podiam também chegar a muitos outros meios, com prejuizo para a segurança nacional...? Questão diferente é se as ditas escutas ou vigilâncias foram efectuadas no quadro e de acordo com os procedimentos legais aplicáveis e eventual respaldo judicial.
Percebo este controle a que aludo acima é dificil, mas, bolas!, há-de existir forma de o efectuar...! E de assim nós ficarmos sossegados quanto à nossa liberdade e quanto às secretas cumprirem a sua missão que é de facto indispensável.
Nota final: como português confiado em que alguém estará a tratar da segurança de todos nós, estou muito intranquilo com:
a) que todos os dias matérias dos serviços estejam nos jornais, se saiba quem lá trabalha, como fazem e o que fazem, etc.
b) o eventual predominio da Maçonaria nos quadros dirigentes dos serviços de informações...
Dito isto não será normal no caso que essa espionagem tivesse existido...? O dito jornalista escreve sobre a actividade dos serviços com caracter de regularidade. Não será função da contra-espionagem procurar assegurar-se de que não existiam nos serviços "buracos" pelos quais as informações chegavam à comunicação social e assim podiam também chegar a muitos outros meios, com prejuizo para a segurança nacional...? Questão diferente é se as ditas escutas ou vigilâncias foram efectuadas no quadro e de acordo com os procedimentos legais aplicáveis e eventual respaldo judicial.
Percebo este controle a que aludo acima é dificil, mas, bolas!, há-de existir forma de o efectuar...! E de assim nós ficarmos sossegados quanto à nossa liberdade e quanto às secretas cumprirem a sua missão que é de facto indispensável.
Nota final: como português confiado em que alguém estará a tratar da segurança de todos nós, estou muito intranquilo com:
a) que todos os dias matérias dos serviços estejam nos jornais, se saiba quem lá trabalha, como fazem e o que fazem, etc.
b) o eventual predominio da Maçonaria nos quadros dirigentes dos serviços de informações...
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Católicos e política: um artigo óptimo de Henrique Raposo
Excelente artigo no Expresso de Henrique Raposo sobre a ataraxia política de muitos católicos: veja-se no site online deste jornal.
Com a devida vénia aqui está o texto respectivo:
Os católicos e a política
Henrique Raposo (www.expresso.pt)
8:00 | Sexta feira, 26
Há sempre um ponto que me desgosta em muitos amigas e amigos católicos: é a distância em relação ao debate público e político, é o nojo fácil pela política. Isso é visível, por exemplo, no Facebook. Ali podemos ver milhentas pessoas a assumir com orgulho a identidade católica e, ao mesmo tempo, a desprezar a identidade política. Na secção "religious views", surge triunfante a palavra "católica". Na secção "political views", surge um pobre e fácil "não uso disso" ou um "são todos iguais", etc. Na revista Communio (Setembro 1988), o omnipresente Francisco Lucas Pires escreveu um artigo que é, para mim, a melhor resposta a esta pobreza apolítica de um certo catolicismo.
Nesta prosa, intitulada "Pureza de Coração e Vida Política", Lucas Pires afirma que existem duas maneiras de um cristão lidar com a esfera política. A primeira passa por aceitar que os princípios e regras da esfera política são de "outro tipo" e que, por isso, o cristão só deve ter preocupações com a salvação da sua consciência. Ou seja, o cristão deve criar uma redoma à sua volta, retirando-se assim dos debates da Cidade. Nesta via, o cristão julga-se tão puro, que não quer sujar as mãos na realidade. "Sim, sou muito católico, mas não quero nada com a política, são todos iguais".
Como já perceberam, Francisco Lucas Pires critica esta primeira via, e defende uma alternativa. Para o ex-líder do CDS e inspirador de boa parte do PSD atua l, um cristão tem o dever de lutar na Cidade, tem o dever de fazer opções públicas e políticas. Porque o leigo não é o padre a viver fora da Cidade. O leigo tem de viver no mundo, tem de produzir e/ou participar numa narrativa normativa para a Cidade, mesmo quando essa Cidade é dura e suja. Sim, a política namora com o pecado e com a mentira, mas - precisamente por causa disso - a política é o terreno propício para se apurar a "pureza de coração". Só podemos testar a nossa pureza num mundo imperfeito e duro. A redoma apolítica é uma via fácil e pouco cristão.
Portanto, numa lógica algo parecida à de T.S. Eliot, Lucas Pires diz que o cristão tem de tentar influenciar o espaço público, tem de levar os seus valores cristãos para a Cidade. O cristão não tem apenas de salvar a sua consciência: também tem de salvar a sua cultura. O cristão não é apenas um ser metafísico, também é um ser historicamente situado. No fundo, não deve existir uma separação entre a obediência moral (a Cristo, a Deus) e a vida política e colectiva aqui na Cidade dos homens. Pelo contrário: deve existir uma tensão criadora entre a ética cristã e a realidade política.
Com a devida vénia aqui está o texto respectivo:
Os católicos e a política
Henrique Raposo (www.expresso.pt)
8:00 | Sexta feira, 26
Há sempre um ponto que me desgosta em muitos amigas e amigos católicos: é a distância em relação ao debate público e político, é o nojo fácil pela política. Isso é visível, por exemplo, no Facebook. Ali podemos ver milhentas pessoas a assumir com orgulho a identidade católica e, ao mesmo tempo, a desprezar a identidade política. Na secção "religious views", surge triunfante a palavra "católica". Na secção "political views", surge um pobre e fácil "não uso disso" ou um "são todos iguais", etc. Na revista Communio (Setembro 1988), o omnipresente Francisco Lucas Pires escreveu um artigo que é, para mim, a melhor resposta a esta pobreza apolítica de um certo catolicismo.
Nesta prosa, intitulada "Pureza de Coração e Vida Política", Lucas Pires afirma que existem duas maneiras de um cristão lidar com a esfera política. A primeira passa por aceitar que os princípios e regras da esfera política são de "outro tipo" e que, por isso, o cristão só deve ter preocupações com a salvação da sua consciência. Ou seja, o cristão deve criar uma redoma à sua volta, retirando-se assim dos debates da Cidade. Nesta via, o cristão julga-se tão puro, que não quer sujar as mãos na realidade. "Sim, sou muito católico, mas não quero nada com a política, são todos iguais".
Como já perceberam, Francisco Lucas Pires critica esta primeira via, e defende uma alternativa. Para o ex-líder do CDS e inspirador de boa parte do PSD atua l, um cristão tem o dever de lutar na Cidade, tem o dever de fazer opções públicas e políticas. Porque o leigo não é o padre a viver fora da Cidade. O leigo tem de viver no mundo, tem de produzir e/ou participar numa narrativa normativa para a Cidade, mesmo quando essa Cidade é dura e suja. Sim, a política namora com o pecado e com a mentira, mas - precisamente por causa disso - a política é o terreno propício para se apurar a "pureza de coração". Só podemos testar a nossa pureza num mundo imperfeito e duro. A redoma apolítica é uma via fácil e pouco cristão.
Portanto, numa lógica algo parecida à de T.S. Eliot, Lucas Pires diz que o cristão tem de tentar influenciar o espaço público, tem de levar os seus valores cristãos para a Cidade. O cristão não tem apenas de salvar a sua consciência: também tem de salvar a sua cultura. O cristão não é apenas um ser metafísico, também é um ser historicamente situado. No fundo, não deve existir uma separação entre a obediência moral (a Cristo, a Deus) e a vida política e colectiva aqui na Cidade dos homens. Pelo contrário: deve existir uma tensão criadora entre a ética cristã e a realidade política.
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segunda-feira, julho 18, 2011
Casamento gay e independência da Madeira
Conforme o tempo passa mais gosto de Alberto João Jardim: desempoeirado, autêntico, razoável e de bom senso político no registo politicamente incorrecto.
Vem isto a propósito do que reproduz o Público no passado dia 1 de Julho como sendo suas declarações (sobre a exibição no Funchal de bandeiras da FLAMA):
"A partir do momento em que há casamentos gay por que razão não pode haver pessoas que pensem a favor da independência?" Lol!
Vem isto a propósito do que reproduz o Público no passado dia 1 de Julho como sendo suas declarações (sobre a exibição no Funchal de bandeiras da FLAMA):
"A partir do momento em que há casamentos gay por que razão não pode haver pessoas que pensem a favor da independência?" Lol!
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quarta-feira, julho 13, 2011
Europa: bem me parecia íamos por mau caminho...!
E Manuel Monteiro confirma-o e resume-o como ninguém (e com uma autoridade total) hoje no Público, neste artigo (realmente que pena quem sai de um partido do sistema, parece nunca mais encontrar espaço e poiso, nem os novos partidos conseguirem vingar...!):
Ricos sem património e com o dinheiro dos outros
Público 2011-07-13 Manuel Monteiro
Na verdade, todos falharam! Falharam os governantes, mas também falharam os iluminados do discurso fácil
________________________________________
Numa conferência de imprensa, a 18 de Setembro de 1992, a propósito do Tratado de Maastricht e na qualidade de presidente do então CDS, afirmei: "Na verdade, a União Económica e Monetária queima etapas da construção europeia. Ainda não entrou em vigor o Mercado Único, ainda estamos a assistir a crises espectaculares no Sistema Monetário Europeu e já os tecnocratas exigem mais. E exigem mais no curto espaço de cinco a seis anos. Seria preferível deixar funcionar o Mercado Único e consolidar o delicado Sistema Monetário Europeu. A União proposta em Maastricht é precipitada e podemos pagar caro por isso."
Mais tarde, a 9 de Maio de 1995, tive também oportunidade de publicamente referir: "A obsessão de chegar à moeda única sacrificou a economia real a uma economia que só existe no papel. O dogmatismo com que abrimos todas as fronteiras à competição com economias bem mais fortes e novas economias bem mais baratas, ignorou criminosamente os prejuízos que daí resultam para as nossas fábricas, a nossa lavoura e a nossa pesca. (...) Em nome da moeda única, em nome da abertura indiscriminada de fronteiras e em nome do escudo caro, sacrificámos o crescimento, a produção e o emprego. Valeu a pena? Não valeu. (...). Basta referir que, na vigência deste triângulo fatal - Maastricht, GATT e SME - crescemos menos que a Europa, ficámos mais longe dela, perdemos produtividade na indústria, na agricultura e nas pescas e, como todos sabem, assistimos ao disparar em flecha do desemprego. A ferida social tem hoje actores conhecidos. É o desempregado, mas é também a classe média que teme perder o emprego; é o excluído, o pobre e o novo pobre, quantos deles vítimas da dissolução do Estado político e da desarticulação das formas tradicionais de solidariedade. A ferida social representa uma Nação doente, perante um Estado impotente para a proteger e defender. Nunca o poder político esteve tão longe da realidade. Cá, como por essa Europa fora, a ferida social provocará a falência do tal pensamento único e o fracasso dos seus representantes na classe política."
Hoje gostaria de perguntar ao então primeiro-ministro Cavaco Silva, aos que com ele governaram, e à esmagadora maioria da classe dirigente portuguesa, se têm orgulho do caminho que seguiram. Na verdade, todos falharam! Falharam os governantes, mas também falharam os iluminados do discurso fácil que preenchiam seminários e conferências anunciando a miragem de um mundo novo, do lucro fácil, da economia artificial, do sucesso sem trabalho, sem esforço, sem produção.
O que temos em mãos não é obra do acaso, é simplesmente o resultado da teimosia, da mediocridade, do arrivismo de quem busca em qualquer ocasião a possibilidade de saltar de ideia em ideia para alcançar o benefício pessoal. Sócrates conduziu-nos à falência e não tem desculpa, mas Sócrates foi apenas o filho político de vários pais menores que nos ensinaram ao longo de mais de vinte anos a ser ricos sem património e com o dinheiro dos outros.
Agora só temos duas alternativas. Ou seguimos cega e exclusivamente o que da Europa nos dizem para seguir, ou pensamos com seriedade nos avisados conselhos do prof. João Ferreira do Amaral. Com seriedade e com humildade, recordando afinal que se já o tivéssemos ouvido há mais tempo talvez não estivéssemos como estamos. Ex-dirigente do CDS-PP e da Nova Democracia
Ricos sem património e com o dinheiro dos outros
Público 2011-07-13 Manuel Monteiro
Na verdade, todos falharam! Falharam os governantes, mas também falharam os iluminados do discurso fácil
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Numa conferência de imprensa, a 18 de Setembro de 1992, a propósito do Tratado de Maastricht e na qualidade de presidente do então CDS, afirmei: "Na verdade, a União Económica e Monetária queima etapas da construção europeia. Ainda não entrou em vigor o Mercado Único, ainda estamos a assistir a crises espectaculares no Sistema Monetário Europeu e já os tecnocratas exigem mais. E exigem mais no curto espaço de cinco a seis anos. Seria preferível deixar funcionar o Mercado Único e consolidar o delicado Sistema Monetário Europeu. A União proposta em Maastricht é precipitada e podemos pagar caro por isso."
Mais tarde, a 9 de Maio de 1995, tive também oportunidade de publicamente referir: "A obsessão de chegar à moeda única sacrificou a economia real a uma economia que só existe no papel. O dogmatismo com que abrimos todas as fronteiras à competição com economias bem mais fortes e novas economias bem mais baratas, ignorou criminosamente os prejuízos que daí resultam para as nossas fábricas, a nossa lavoura e a nossa pesca. (...) Em nome da moeda única, em nome da abertura indiscriminada de fronteiras e em nome do escudo caro, sacrificámos o crescimento, a produção e o emprego. Valeu a pena? Não valeu. (...). Basta referir que, na vigência deste triângulo fatal - Maastricht, GATT e SME - crescemos menos que a Europa, ficámos mais longe dela, perdemos produtividade na indústria, na agricultura e nas pescas e, como todos sabem, assistimos ao disparar em flecha do desemprego. A ferida social tem hoje actores conhecidos. É o desempregado, mas é também a classe média que teme perder o emprego; é o excluído, o pobre e o novo pobre, quantos deles vítimas da dissolução do Estado político e da desarticulação das formas tradicionais de solidariedade. A ferida social representa uma Nação doente, perante um Estado impotente para a proteger e defender. Nunca o poder político esteve tão longe da realidade. Cá, como por essa Europa fora, a ferida social provocará a falência do tal pensamento único e o fracasso dos seus representantes na classe política."
Hoje gostaria de perguntar ao então primeiro-ministro Cavaco Silva, aos que com ele governaram, e à esmagadora maioria da classe dirigente portuguesa, se têm orgulho do caminho que seguiram. Na verdade, todos falharam! Falharam os governantes, mas também falharam os iluminados do discurso fácil que preenchiam seminários e conferências anunciando a miragem de um mundo novo, do lucro fácil, da economia artificial, do sucesso sem trabalho, sem esforço, sem produção.
O que temos em mãos não é obra do acaso, é simplesmente o resultado da teimosia, da mediocridade, do arrivismo de quem busca em qualquer ocasião a possibilidade de saltar de ideia em ideia para alcançar o benefício pessoal. Sócrates conduziu-nos à falência e não tem desculpa, mas Sócrates foi apenas o filho político de vários pais menores que nos ensinaram ao longo de mais de vinte anos a ser ricos sem património e com o dinheiro dos outros.
Agora só temos duas alternativas. Ou seguimos cega e exclusivamente o que da Europa nos dizem para seguir, ou pensamos com seriedade nos avisados conselhos do prof. João Ferreira do Amaral. Com seriedade e com humildade, recordando afinal que se já o tivéssemos ouvido há mais tempo talvez não estivéssemos como estamos. Ex-dirigente do CDS-PP e da Nova Democracia
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quinta-feira, julho 07, 2011
Zézinha (Maria José Nogueira Pinto): obrigado e até ao Céu!
Morreu hoje a Maria José Nogueira Pinto que conheci em 1980 quando comecei a trabalhar com o Jaime, seu marido na revista "Futuro Presente". Conhecia-a então e no tempo fomos ficando amigos de casa. Sendo momento de dor pela perda de uma amiga e pela falta que faz aos seus, é também ocasião de dar graças a Deus por uma vida dada no bom combate. Muito bem na sua memória o José Ribeiro e Castro nas suas declarações. Curiosamente ambos tínhamos jantado juntos ontem e estado a falar sobre ela a uns amigos americanos.
Na história dos nossos movimentos cívicos (pro-família e pro-vida), começada com os Juntos pela Vida em 1996/1997 ela foi decisiva (a origem mesmo) e desde então para mim pessoalmente determinante no meu envolvimento na política "oficial" e dos partidos.
Uma grande mulher, uma grande católica, uma grande portuguesa.
Na Misericórdia esperamo-la já no Céu e com ela daí contamos. Como na despedida entre o Francisco e a Jacinta (pastorinhos de Fátima): "Até ao Céu!"
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sexta-feira, julho 01, 2011
A privatização da RTP 1 e Pinto Balsemão
Tenho dois receios em relação à privatização da RTP e/ou de algum ou dos dois dos seus canais: o primeiro é puramente sentimental e aquela pena de ver eventualmente desaparecer aquelas entidades ou marcas, "companhias de bandeira" (como a TAP) com as quais vivi durante 50 anos (quase...;-). O segundo é que na voragem desapareçam as RTP Internacional e África que sendo moderadamente viajado (sobretudo para paragens africanas) sei bem como são importantes para as nossas comunidades espalhadas pelo mundo e para esses países de origem lusófona com que temos especiais laços.
Mas é provavelmente verdadeiro que é mais importante desapareça essa despesa para o Estado português (que é, recorde-se, paga por nós) e que o mesmo serviço da Internacional e da África podem ser subcontratados a qualquer canal privado e por metade ou menos do actual custo e a mesma qualidade...?
Já me dá vontade inversa (ou seja, vender esses canais rapidamente) as declarações de Pais Amaral e Pinto Balsemão queixando-se da concorrência que daí adviria. Ou seja, quem louvando os valores da concorrência se tem batido e bem pela iniciativa privada na televisão, vem agora dizer: "o argumento da concorrência é bom de ser invocado para eu existir mas péssimo quando invocado por outros pela mesma razão"...
Além de que ver Pinto Balsemão (o introdutor da SIC em Portugal e através desta de toda a ordinarice em que foi pioneiro e a que depois a televisão inteira cedeu) a dizer que a privatização da RTP pode fazer baixar a qualidade da programação é uma anedota...!
Mas é provavelmente verdadeiro que é mais importante desapareça essa despesa para o Estado português (que é, recorde-se, paga por nós) e que o mesmo serviço da Internacional e da África podem ser subcontratados a qualquer canal privado e por metade ou menos do actual custo e a mesma qualidade...?
Já me dá vontade inversa (ou seja, vender esses canais rapidamente) as declarações de Pais Amaral e Pinto Balsemão queixando-se da concorrência que daí adviria. Ou seja, quem louvando os valores da concorrência se tem batido e bem pela iniciativa privada na televisão, vem agora dizer: "o argumento da concorrência é bom de ser invocado para eu existir mas péssimo quando invocado por outros pela mesma razão"...
Além de que ver Pinto Balsemão (o introdutor da SIC em Portugal e através desta de toda a ordinarice em que foi pioneiro e a que depois a televisão inteira cedeu) a dizer que a privatização da RTP pode fazer baixar a qualidade da programação é uma anedota...!
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