quarta-feira, dezembro 06, 2006

Aborto livre: Não Obrigada!

Hoje foi a apresentação da Plataforma Não Obrigada.
Ordenada, concorrida, leve e direito ao assunto. Um sucesso!
No fim, um desafio ao Governo: quando ganhar o Não, está disponível para gastar o dinheiro que reservou para as clinicas do aborto (espanholas) em politicas de apoio às mães que querem ter os seus filhos? No dia 12 de Fevereiro veremos...
Ouço a TSF às 19h00: nada sobre o acontecimento. Se fosse um grupo do sim...
Mas que esperar de uma rádio que durante toda a campanha do referendo da PMA ( www.referendo-pma.org ), 82 mil assinaturas, não organizou um fórum, sequer, sobre o tema do pedido de referendo...? Eu bem sei que não era uma petição da JS...
Isto é que é isenção! Hein?

2 comentários:

Anónimo disse...

Abortos, galaduras e ovos estrelados
Não concordo com ditaduras nem com fundamentalismos, quer sejam muçulmanos, cristãos ou outros. Aceito que um membro das "Testemunhas de Jeová" se recuse a dar ou a receber sangue, porém, não concordo que isso fosse lei em qualquer país, e que, em consequência, todos os cidadãos desse país fossem impedidos de o fazer, incluindo os não crentes. Alem disso, um membro dessa religião não deve ter o direito de decidir sobre o não recebimento de sangue de um seu familiar que dele necessite, ainda que seja o parente mais próximo: um filho ainda sem vontade própria; ou um idoso. Nestes casos, os critérios médicos devem prevalecer. No caso dos idosos, deverá ser respeitada a sua vontade, desde que a tenha deixado expressa, o que exclui o simples facto de estar referenciado como “testemunha de Jeová”, pois poderá disso ter-se arrependido em qualquer momento. Do mesmo modo, um indivíduo baptizado catolicamente em tempos poderá não seguir as regras da religião católica, deixar de ser crente ou até trocar de religião! Se assim não fosse o que faziam aqui as outras religiões, incluindo as “testemunhas de Jeová”, num país com séculos de catolicismo romano?
Aceito que um sacerdote católico apostólico romano possa estar impedido de casar e que seja obrigado a abstinência sexual, esse sacrifício, que o põe à prova só o valoriza. Essa condição foi aceite livremente e poderá ser sempre rejeitada a qualquer momento, passando o sacerdote a ser um cidadão comum como qualquer outro. Mas, não estaria correcto que tal fosse exigido a um sacerdote dum credo não romano só porque está em Portugal (ex.: adventista, anglicano, ortodoxo, luterano, etc...). Portugal é um país laico.
É lógico que um Padre cristão aconselhe os seus paroquianos a não praticarem o aborto em qualquer circunstancia, porque a ética cristã o impede e um verdadeiro cristão não deverá fazê-lo em qualquer circunstância. Porém, é abusivo que essa visão seja imposta aos restantes cidadãos, ainda por cima num país que se diz laico. O aborto não é o melhor método de contracepção e por isso deverá ser pago para incentivar a busca de alternativas.
Há que mudar: com a actual situação quem ganha são as clínicas espanholas, inglesas, além das tais "parteiras de vão de escada". com risco de vida e de prisão para a mulher Concordo com a despenalização civil do aborto, desde que seja feito dentro de um prazo aceitável, definido por critérios médicos, mas nunca religiosos. Quem tem autoridade para dizer que existe um ser humano num útero: um Padre ou um médico? – Obviamente que um médico!
Aceito o critério de que a mãe deve decidir sobre a continuação ou não da gravidez até ao prazo limite em que possa existir a mínima possibilidade do feto poder sobreviver fora útero materno e a lei que se propõe a referendo está muito longe disso... Mesmo que você seja incapaz de praticar um aborto deixe passar a lei e vote SIM! Até porque ninguém será obrigado a fazê-lo se não o desejar. De contrário, está a impor o seu ponto de vista, que, embora respeitável, elimina o poder de decisão de outras pessoas que pensam de forma diferente e terão até uma religião diferente também da sua, e Portugal é um país laico, é sempre bom lembrá-lo. Não pense que é o detentor de toda a verdade. Você não terá mais moralidade para criticar: 1º.) A circuncisão obrigatória nos meninos Judeus; 2º.) A ablação do clitóris nas meninas, feita também por crença religiosa; 3º.) a recusa de dar e levar sangue por parte das “Testemunhas de Jeová”; 4º.) A obrigação de algumas mulheres muçulmanas terem que usar a burca? Nos países onde foi obrigatório o seu uso até há poucos anos ainda há muitas mulheres que a usam por sua livre vontade.
Lembro ainda que a igreja católica apostólica romana também tem sido contra todos os métodos de prevenção da gravidez, incluindo o uso de preservativos, pílulas, DIU, e outros, de onde se deduz que para um verdadeiro católico a prática de sexo destina-se apenas à procriação e, não havendo abstinência, os filhos virão, naturalmente, a pouco e pouco, talvez um por cada ano, enquanto a mulher estiver em idade fértil. São filosofias (...) que deverão ser aceites por quem com elas concordar.
As posições partidárias baseiam-se em estratégias eleitorais, e, como estamos num país maioritariamente católico é difícil para alguns partidos abandonar as posições tradicionalistas, mas estão a fazê-lo na medida do possível. Dizer-se que existe uma criança logo que o espermatozoide entra em contacto com o óvulo é abusivo! Deixo um conselho para quem assim pensa: Cuidado! Quando comer um ovo estrelado confirme antes se tem galadura e se tiver recuse-o porque irá comer um pintainho estrelado, o que deve ser um nojo!

Maria Feliz disse...

Sem dúvida alguma, do mais bem sustenado que já li! (o comentário...)