segunda-feira, fevereiro 04, 2013

Angola suspende actividades da IURD




Como se pode presumir (sou católico, apostólico, romano) não tenho qualquer ligação com a IURD nem portuguesa nem angolana, mas a notícia de hoje no Público, de que as autoridades daquele país suspenderam a actividade da mesma e de mais seis outras confissões evangélicas, por causa de uma tragédia que ocorreu em Luanda, na última passagem de ano, deixa-me preocupado.

E deixa-me preocupado porque independentemente de todas as considerações que possam ser feitas sobre a idoneidade, seriedade, verdadeiras motivações e actuação, dessas franjas evangélicas (um mundo muito vasto e no qual muitas vezes este tipo de igrejas-seita são mal-vistas), o que está em causa é o princípio da liberdade religiosa, a primeira e mais fundamental das liberdades, sem a qual todas as outras não existem. E defender a liberdade dos outros, como tantas vezes já aqui escrevi, é defender a liberdade de todas e a minha (de católico) também. E isso independentemente de qualquer reconhecimento, retribuição ou consideração, por parte das mesmas em face da Igreja católica.

Outro assunto são toda a espécie de ilicitos que podem ser praticados em qualquer das confissões religiosas, respectivas igrejas e, em especial, ministros e responsáveis. Nesse ponto há que fazer respeitar a lei e sancionar qualquer crime. Pois a actividade religiosa não pode revestir-se de nenhuma espécie de imunidade civil. Mas vejo com dificuldade que essa necessária sanção deva passar pela proibição da respectiva actividade na sua vertente religiosa...

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