terça-feira, fevereiro 05, 2013

Forças Armadas, duplo uso e Serviço Militar Obrigatório




Noticia hoje o Publico que o Governo quer criar unidade militar de ajuda de emergência sem mais meios, isto é, socorrendo-se do que já existe. A proposta consta da revisão do Conceito Estratégico da Defesa Nacional que presentemente se discute no parlamento. No fundo um seguimento do princípio do "duplo uso" das Forças Armadas: nas acções militares "strictu sensu" e também em missões civis (que não se segurança interna) conforme as necessidades.

Parece-me isto muito bem. E pena tenho que tenham passado gerações pelo Serviço Militar Obrigatório sem que esse duplo uso tivesse tido lugar fazendo com que quem tivesse na altura uma visão mais limitada e incompleta das razões do SMO pudesse ter encontrado um horizonte de utilidade e serviço que os teria confortado e entusiasmado. Mas está-se sempre a tempo de corrigir rumo.

Como se está sempre a tempo e com alegria constato o debate está reaberto de voltar a por em cima da mesa a hipótese do retorno do Serviço Militar Obrigatório, uma instituição preciosa de integração social, educação das gerações e aprendisagem de muitos e variados misteres. Ao longo da minha vida profisisonal tenho constatado, com as inevitáveis excepções, uma grande diferença entre quem fez o SMO e quem não o fez. Uma diferença de mentalidade, de comportamento e de atitude. E essa diferença atribuo-a, sem dúvida, à convivência que as pessoas tiveram ou não com as virtudes militares, a vida comunitária e uma experiência de dificuldade e superação. Já aqui suscitei o tema e constato a discussão não morreu. Prossigamos pois com coragem na mesma.


Sem comentários: