sexta-feira, junho 16, 2006

Fecho das maternidades: a primeira morte

A morte na passada 4ª feira de uma criança de 24 semanas, durante o transporte da mãe, de Elvas (onde a maternidade local foi encerrada) para Portalegre, veio tristemente demonstrar que o mais elaborado dos cálculos economicistas, não chega para resolver as questões da vida.
Desde o principio me pareceu que esta medida era um disparate. Um disparate porque durante séculos, milhões de crianças, nasceram em casa, sem necessidade de se observar os racios estabelecimento hospitalar/número de partos e médicos. Um disparate porque quer se queira quer não dificulta a fixação de jovens casais no interior (não é a mesma coisa, ir para uma Vila ou cidade que tem maternidade e outra em que há que fazer 50 a 80 kilometros, por estradas complicadas, até se chegar a uma). Um disparate porque não é possível convidar as pessoas a ter filhos e depois tornar tudo mais complicado!
A morte daquela criança (que ainda ninguém foi capaz de negar, ocorreu na sequência do transporte a que foi submetida) aí está para demonstrar a inteligência de quem hoje em dia governa a saúde em Portugal...

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