Como muito bem explicou Nicolau dos Santos no Expresso, a responsabilidade do possível fecho da GM em Azambuja deve procurar-se antes de mais nas estapafurdias reivindicações salariais da respectiva comissão de trabalhadores nos anos precedentes.
Na verdade a falta de competitividade na produção do Combo dever-se-á antes de mais a não se ter percebido ainda na Europa, que ou as pessoas estão dispostas a prescindir de alguns dos direitos adquiridos nos últimos anos, ou os fechos serão inevitáveis. Embora, também seja verdade que não se perceba muito bem (e aí estava certo Daniel de Oliveira do BE) o que irá acontecer quando na Europa já não houver quem possa comprar esses competitivos produtos fabricados no terceiro mundo...
De qualquer das formas a hoje anunciada greve na fábrica espanhola da GM em solidariedade com a GM portuguesa é uma bonita iniciativa com a implícita recusa de Salamanca em fabricar o novo produto da Opel se este implicar o fecho da Azambuja.
Que haja alguém disposto a perder, para que outros não percam, é facto a assinalar, nesta sociedade cada vez mais egoista e desumana.
Boa sorte pois para todos! E em conjunto, os que estamos longe do assunto, rezemos a S. José (patrono dos operários, carpinteiro de profissão) para que a ninguém, nunca, falte trabalho.
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